3.1.2 - Perturbações do Humor - Perturbação Bipolar Flashcards
Mania
Elevação do humor - alegria, euforia, boa disposição, otimismo exagerado, fúria, raiva
Comportamento: Aumento da energia, ideias de grandiosidade, desejo sexual com desinibirão, diminuição da necessidade de dormir, distractibilidade
Aparência: exuberante, colorida, excêntrica
Leva a disrrupção do trabalho diário e atividades sociais
Duração no mínimo 1 semana
Ep. misto
Sintomas depressivos e maníacos ao mesmo tempo
Melhor resposta a alguns estabilizadores de humor como valproato
Hipomania
Humor elevado em menor extensão que mania por vários dias (>=4D – DSM- V), com elevação de energia, actividade e sensação de bem-estar, sociabilidade e débito de discurso aumentado, excesso de familiaridade, diminuição da necessidade de dormir
Não causa disfunção social ou ocupacional marcada, nem necessita de internamento
Sem sintomas psicóticos
Ciclos rápidos
PAB com intervalos de dias entre episódios
Mais em mulheres, hipotiroidismo, desencadeadas por AD
Ciclotimia
Instabilidade persistente de humor
Sintomas ligeiros maniformes ou depressivos
Perturbação efetiva bipolar
DSM-5 PAB I -> Basta apenas 1 episódio maníaco Ep. Maníaco Ep. Hipomaníaco Ep. Depressivo Major PAB II -> 1 episódio hipomaníaco + 1 Ep. Depressivo Major e 0 episódios maníacos Ep. Hipomaníaco Ep. Depressivo Major P. Ciclotímica
Mudanças DSM-5 na classificação das perturbações de Humor
- Perturbação bipolar e depressivas surgem em capítulos diferentes
- As perturbações depressivas persistentes passam a incluir uma forma crónica de depressão major, para além da distimia
- Luto deixou de ser uma perturbação de adaptação para uma perturbação depressiva - episódio depressivo major com maior duração (1 a 2A)
- Ansiedade e sintomas mistos podem fazer parte quer do episódio depressivo major quer do episódio maníaco (ou hipomaníaco), que assim devem ser designados “com características mistas”, sendo feita a ressalva de que, a ocorrerem sintomas mistos num episódio depressivo major, a hipótese de se tratar de uma perturbação bipolar e não unipolar se torna mais plausível. Assim, deixa de existir um episódio misto, por oposição aos episódios maníacos.
- nova categoria de perturbação depressiva, de carácter explosivo, aplicada aos jovens até aos 18 anos de idade, que é designada por “perturbação depressiva disruptiva de desregulação do humor”, que se caracteriza por irritabilidade persistente e episódios frequentes de descontrolo comportamental (pelo menos 3x por semana, mínimo 1 ano)
- perturbação disfórica pré-menstrual nas perturbações depressivas
Mudanças ICD11 na Classificação das Perturbações de Humor
- A perturbação bipolar e as perturbações depressivas surgem na mesma categoria diagnóstica, a das PH.
- As perturbações do humor são subdivididas em perturbação bipolar e perturbações depressivas.
- A perturbação bipolar é subdividida em perturbação bipolar tipo I e tipo II.
- A perturbação bipolar tipo I é diagnosticada de acordo com a polaridade do episódio atual (maníaco, hipomaníaco, depressivo ou misto), podendo os sintomas psicóticos ocorrer quer nas formas moderadas quer nas severas (graves) dos episódios
depressivos e nos episódios maníacos e mistos. - A perturbação mista de depressão e ansiedade passa a fazer parte das perturbações
do humor. - episódio depressivo crónico e de episódio depressivo com sintomas melancólicos (anedonia, estreitamento afectivo, insónia terminal, variação circadiana do humor, lentificação ou agitação psicomotora, perda significativa de apetite ou de peso).
Dx de D. Bipolar
o ICD-10: são necessários no mínimo 2 episódios de doença, sendo um deles maníaco ou misto.
o DSM-V: o diagnóstico é feito mesmo que ainda não tenha havido nenhum episódio depressivo,
D. bipolar epidemiologia
Igual prevalência entre mulheres e homens
Risco ↑ em familiares de 1o grau:
o 10% - Risco de doença bipolar
o 20-30%-Riscodeperturbaçãounipolar–maiorseperturbaçõesdepressivas
Estupor maníaco
mudos e imóveis, facies sugere elação, taquipsiquismo intenso
DxD D.Bipolar
Esquizofrenia: Sintomatologia muda de conteúdo rapidamente e só dura o período da doença
Demência: 15d com sintomas psicóticos apenas, sintomas psicóticos/afetivos
Alterações endócrinas: hipertiroidismo pode causar sintomas sugestivos de mania.
Abuso de substâncias: distinção entre mania e comportamento excitado relacionado com abuso de anfetaminas
TTO bipolar - farmacologico
Mania:
Antipsicóticos sedativos (clorpromazina ou haloperidol ou atípicos) +
Estabilizadores de humor - carbonato de lítio e valproato de sódio
Indicação de internamento
- Indicação de internamento
o Episódio maníaco
o Episódio depressivo grave–associado a sintomas psicóticos ou elevado risco suicida
o Falta de suporte social – má adesão terapêutica
o Depressão resistente - Os episódios hipomaníacos não requerem internamento.
Tratamentos Não Biológicos
Tratamentos Não Biológicos
- Psicoterapia – especialmente indicada no tratamento da depressão, não há indicação para psicoterapia no tratamento da mania. Pode-se utilizar na doença bipolar, em situação estável ou deprimida.
o Psicoterapia Cognitiva – efeitos mais rápidos, mas menos duradouros
o Psicoterapia Interpessoal – efeitos mais rápidos, mas menos duradouros
o PsicoterapiaDinâmica–efeitosmaisdemorados,masmaisduradouros,mais
efeitos estruturais, do que na remissão dos sintomas e assim efeito mais
longo.
- Psicoeducação – muito importante no tratamento da doença bipolar, quando não
está maníaco. Quando está a sair do internamento psiquiátrico, quando já está em remissão dos sintomas, quando antecede a alta. Ter mais informação sobre a doença e assim participar ativamente no tratamento tem mais resultados, podendo atuar quando detetam os primeiros sinais e sintomas da doença.
- Terapia Ocupacional – tratamento através da ocupação, que tem algum prazer ao indivíduo.
- Psicomotricidade – contribuir para o tratamento dos sintomas,