12. Nulidades Flashcards

1
Q

A falta de nomeação de curador ao réu maior de dezoito e menor de vinte e um anos é causa de nulidade relativa.

A

Errado.

A doutrina dispõe que após o advento do Código Civil de 2002, houve a redução da maioridade para 18 (dezoito) anos, de modo que tornou-se desnecessária a nomeação de curador aos menores de 21 (vinte e um anos) que sejam maiores de 18 (dezoito).

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2
Q

A falta ou a deficiência de defesa no processo constituem nulidade absoluta, independentemente de comprovação de prejuízo para o réu.

A

Errado.

Súmula 523, STF: No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.

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3
Q

A ilegitimidade do representante da parte pode ser sanada a qualquer tempo, mediante a ratificação dos atos processuais.

A

Certo.

Literalidade do art. 568.

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4
Q

A falta da citação do acusado é causa insanável de nulidade absoluta.

A

Errado.

Ao contrário do afirmado, a falta da citação do acusado é vício sanável, nos termos do artigo 570 do Código de Processo Penal, a saber:

Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que o interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de argüi-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar direito da parte.

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5
Q

O juiz poderá ordenar a suspensão do ato caso a falta de citação prejudique a defesa do réu.

A

Certo.

Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que o interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de argüi-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar direito da parte.

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6
Q

A nulidade absoluta pode ser decretada de ofício pelo juiz prolator da sentença, mesmo findo o processo penal.

A

Errado.

De fato a nulidade absoluta pode ser arguida a qualquer tempo, mesmo após o trânsito em julgado. Todavia, não pode ser de ofício pelo juiz, mas sim por meio de revisão criminal ou HC pela defesa.

Quanto aos legitimados, em que pese a nulidade absoluta poder ser decretada de ofício pelo juiz prolator da sentença, entende-se que não é possível o seu reconhecimento após o fim do processo penal.

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7
Q

As eventuais nulidades relativas ocorridas na instrução criminal do processo ordinário devem ser arguidas até ____________.

A

As alegações finais.

As nulidades ocorridas durante a instrução do feito devem ser arguidas na fase de alegações finais.

Se a matéria não foi suscitada em sede de alegações finais, inegável a preclusão do tema.

STJ. 6ª Turma. REsp 1875319/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 15/09/2020.

OBS: O mesmo se aplica ao tribunal do júri.

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8
Q

As nulidades ocorridas posteriormente à pronúncia deverão ser arguidas _________.

A

Logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes.

Art. 571 As nulidades deverão ser argüidas:

(…)

V - as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes (art. 447);

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9
Q

C/E
As nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser sanada a qualquer tempo.

A

Certo.

Art. 568. A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, mediante ratificação dos atos processuais.

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10
Q

As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante poderão ser supridas a todo tempo, antes da sentença final.

A

Certo.

Literalidade do art. 569.

Lembre-se que é até a sentença final e não até o recebimento da denúncia.

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11
Q

A realização de audiência instrutória quando injustificadamente ausente o representante do Ministério Público não configura, por si só, nulidade daquele ato processual.

A

Certo.

Segundo o entendimento majoritário desta Corte, não há qualquer vício a ser sanado nas hipóteses em que, apesar de intimado, o Ministério Público deixa de comparecer à audiência e o Magistrado, condutor do processo, formula perguntas às testemunhas sobre os fatos constantes da denúncia, mormente nas hipóteses em que a defesa não se insurge no momento oportuno e que não há demonstração de efetivo prejuízo

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12
Q

Segundo a orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal, o princípio pas de nullité sans grief aplica-se mesmo aos casos de nulidade absoluta.

A

Certo.

A orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal (STF) é no sentido de que o “princípio do pas de nullité sans grief exige, em regra, a demonstração de prejuízo concreto à parte que suscita o vício, podendo ser ela tanto a nulidade absoluta quanto a relativa, pois não se decreta nulidade processual por mera presunção” (HC 132.149-AgR, Rel. Min. Luiz Fux).

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13
Q

A nulidade de um ato processual, uma vez declarada, implicará necessariamente a nulidade dos atos subsequentes.

A

Errado.

Art. 573 § 1º A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam conseqüência.

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14
Q

No rito do juizado especial criminal, o comparecimento do acusado à audiência preliminar sem o acompanhamento de advogado é causa de nulidade absoluta, mesmo que o réu tenha recusado a proposta de transação penal.

A

Errado.

Ao contrário do afirmado, em que pese ser a regra a nulidade absoluta pelo comparecimento do réu à audiência preliminar sem o advogado, o STF tem posicionamento no sentido de que se ele comparecer e não aceitar a proposta de transação penal e esta for renovada na audiência de instrução e julgamento e, aí sim, ele comparece com advogado, não haverá nulidade (HC 92.870)

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15
Q

Constatado o excesso de linguagem na decisão de pronúncia do magistrado, incide nulidade.

A

Certo

Havendo excesso de linguagem, o Tribunal deverá ANULAR a sentença de pronúncia e os consecutivos atos processuais, determinando-se que outra seja prolatada.

Não basta o desentranhamento e envelopamento. É necessário anular a sentença e determinar que outra seja prolatada.

STF. 1ª Turma. RHC 127522/BA, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 18/8/2015 (Info 795).

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16
Q

Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.

A

Certo.

Literalidade do Art. 566.

17
Q

As nulidades ocorridas durante o julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal devem ser arguidas logo depois de ocorrerem.

A

Certo.

Literalidade do art. 571, VIII.

18
Q

A inquirição das testemunhas pelo Juiz antes que seja oportunizada às partes a formulação das perguntas, com a inversão da ordem prevista no art. 212 do Código de Processo Penal, constitui nulidade relativa.

A

Certo.

Entendimento jurisprudencial.

19
Q

A coisa julgada sana qualquer alegação de nulidade processual.

A

Errado.
Em se tratando de sentença condenatória ou absolutória imprópria, as nulidades absolutas podem ser arguidas mesmo após o trânsito em julgado, na medida em que, nessa hipótese, há instrumentos processuais aptos a fazê-lo, como a revisão criminal e o habeas corpus, que somente podem ser ajuizados em favor do condenado.

20
Q

A sentença que refuta a tese de insuficiência probatória alegada pela defesa e deixa de apreciar pedido de desclassificação, acatando de forma integral e remissiva os argumentos da acusação expostos nas alegações finais padece de nulidade.

A

Certo.

STJ: É nulo o acórdão que se limita a ratificar a sentença e a adotar o parecer ministerial, sem sequer transcrevê-los, deixando de afastar as teses defensivas ou de apresentar fundamento próprio. Isso porque, nessa hipótese, está caracterizada a nulidade absoluta do acórdão por falta de fundamentação ( info 557)

21
Q

É cabível a fundamentação per relationem no processo penal?

A

A jurisprudência admite a chamada fundamentação per relationem, mas desde que o julgado faça referência concreta às peças que pretende encampar, transcrevendo delas partes que julgar interessantes para legitimar o raciocínio lógico que embasa a conclusão a que se quer chegar.

(STJ - Info 557).

22
Q

A sentença deve ser anulada, quando o juiz deixa de apreciar pedido de desclassificação formulado pela defesa.

A

Via de regra, não.

O julgador não está obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas partes, quando já tenha encontrado motivo suficiente para proferir a decisão. O julgador possui o dever de enfrentar apenas as questões capazes de infirmar (enfraquecer) a conclusão adotada na decisão recorrida. (…) STJ. 1ª Seção. EDcl no MS 21.315-DF, Rel. Min. Diva Malerbi (Desembargadora convocada do TRF da 3ª Região), julgado em 8/6/2016 (Info 585).

23
Q

A realização da audiência de instrução e julgamento sem a presença do membro do Ministério Público, mesmo que intimado, enseja a nulidade absoluta do ato.

A

Errado.

Não gera nulidade do processo o fato de, em audiência de instrução, o magistrado, após o registro da ausência do representante do MP (que, mesmo intimado, não compareceu), complementar a inquirição das testemunhas realizada pela defesa, sem que o defensor tenha se insurgido no momento oportuno nem demonstrado efetivo prejuízo.

(Info 577).

24
Q

A infringência à regra de prevenção constitui nulidade relativa que pode ser sanada ex officio a qualquer tempo pelo Juiz ou Relator.

A

Errado.

Nulidade relativa não pode ser reconhecida ex officio.

25
Q

No mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público contra decisão proferida em processo penal, é dispensável a citação do réu como litisconsorte passivo.

A

Errado.

Súmula 701, STF: No mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público contra decisão proferida em processo penal, é obrigatória a citação do réu como litisconsorte passivo.

26
Q

A falta de intimação de expedição de precatória para inquirição de testemunha é casa de nulidade?

A

Sim

Súmula 155. É relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de precatória para inquirição de testemunha.

27
Q

C/E
A não comunicação ao acusado de seu direito de permanecer em silêncio é causa de nulidade relativa, cujo reconhecimento depende da comprovação do prejuízo.

A

Certo.

Esta colenda Quinta Turma, acompanhando entendimento consolidado no Supremo Tribunal Federal, firmou o entendimento de que eventual irregularidade na informação acerca do direito de permanecer em silêncio é causa de nulidade relativa, cujo reconhecimento depende da comprovação do prejuízo.

(ut, RHC 67.730/PE, Rel. Ministro JORGE MUSSI, Quinta Turma, DJe 04/05/2016) (AgInt no AREsp 917470/SC, Relator Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA , DJe 10/08/2016)..

28
Q

C/E
O tribunal ad quem não poderá reconhecer de ofício a nulidade da sentença absolutória de primeiro grau proferida por juiz incompetente, contra a qual tenha o Ministério Público interposto recurso, sem, no entanto, alegar o vício de incompetência absoluta.

A

Certo.

Súmula n. 160 do Supremo Tribunal Federal: “é nula a decisão do tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício”.

29
Q

É causa de nulidade a falta de fundamentação do despacho que recebe a denúncia ?

A

Sim

Súmula 564 do STF:

“A ausência de fundamentação do despacho de recebimento de denúncia por crime falimentar enseja nulidade processual, salvo se já houver sentença condenatória”

30
Q

A ausência da assinatura das testemunhas em relatório circunstanciado de busca e apreensão legalmente realizada pela polícia consiste em nulidade relativa?

A

Não. Mera irregularidade.

Segundo a jurisprudência desta Corte, “a circunstância de não constar no termo de busca e apreensão a assinatura de testemunhas, especificamente designadas para tal fim, conforme dispõem os arts. 245, § 7º, e 530-C do CPP, não tem o condão de ensejar a nulidade da diligência sub judice, por se tratar de mera irregularidade formal”.

(HC 193.992/RS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 06/02/2014, DJe 26/02/2014).

31
Q

C/E
É relativa a nulidade do julgamento pelo júri quando os quesitos da defesa não precedem aos das circunstâncias agravantes.

A

Errado. É nulidade absoluta.

Súmula 162 do STF:

É absoluta a nulidade do julgamento pelo júri, quando os quesitos da defesa não precedem aos das circunstâncias agravantes.

32
Q

É __________(absoluta/relativa) a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção, independentemente de prejuízo às partes.

A

Relativa.

Súmula 706 do STF:

É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção.

33
Q

C/E
É nula a decisão do tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação ou em casos de recurso de ofício.

A

Errado.

Súmula do 160 STF:

É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.

34
Q

C/E
É nula a prisão em flagrante se utilizada algema quando inexistentes resistência, receio de fuga ou perigo à integridade física do agente ou alheia.

A

Certo.

Súmula vinculante 11: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

35
Q

C/E
Na fase inquisitorial o réu constituiu causídico que, intimado para apresentar resposta à acusação, o fez, bem como compareceu a todos os aros do processo. Nessa situação, eventual falta de citação e ausência do réu não constitui nulidade.

A

Errado.
A apresentação de resposta à acusação por advogado constituído durante o inquérito policial não supre eventual nulidade da citação. A citação é imprescindível para a formação da relação juridíco-processual.

Ainda que o réu tenha constituído advogado antes do oferecimento da denúncia — na data da prisão em flagrante — e o patrono tenha atuado, por determinação do Juiz, durante toda a instrução criminal, é nula a ação penal que tenha condenado o réu sem a sua presença, o qual não foi citado nem compareceu pessoalmente a qualquer ato do processo, inexistindo prova inequívoca de que tomou conhecimento da denúncia. STJ. 6ª Turma. REsp 1580435-GO, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 17/3/2016 (Info 580).

36
Q

A inexistência de oportunidade para a entrevista reservada entre o acusado e seu defensor no momento que antecede a audiência de instrução é causa de nulidade _________.

A

Relativa.

O fato de não ter sido oportunizada entrevista reservada entre o paciente e seu defensor antes da audiência de instrução e julgamento não é capaz de acarretar, por si só, a nulidade do processo, sem a demonstração de efetivo prejuízo para a defesa, de acordo com o princípio pas de nullité sans grief, adotado pelo artigo 563 do Código de Processo Penal.

(STF - HC: 99684 SP, Relator: Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-232 DIVULG 10-12-2009 PUBLIC 11-12-2009 EMENT VOL-02386-03 PP-00464)

37
Q

A participação de pessoa como jurado em julgamento de processo no qual ela tenha exercido essa mesma função anteriormente gera nulidade?

A

Sim.

Súmula 206 do STF:

É nulo o julgamento ulterior pelo júri com a participação de jurado que funcionou em julgamento anterior do mesmo processo.

38
Q

C/E
É desnecessária a oitiva da defesa para o desaforamento de processo em julgamento pelo tribunal do júri, quando tal ato for recomendado em razão das graves repercussões sociais do processo.

A

Errado.

Súmula nº 712 do STF:

É nula a decisão que determina o desaforamento de processo da competência do júri sem audiência da defesa.