Vulvovaginites 04/10 Flashcards
Tricomaníase.
Clínica. (7)
Corrimento amarelo-esverdeado
Odor fétido
Purulento / bolhoso
Colo “em framboesa ou morango”
pH > 5,0
Prurido
Sinusorragia / disúria
Shiller: aspecto tigreóide
Obs. sintomas urinários podem ser mais incômodos do que o corrimento.
Fatores de risco para candidíase.
1) Gravidez
2) Obesidade
3) Contraceptivo oral combinado
4) Uso de corticoide
5) Imunossupressão
6) Uso de ATBs
7) DM descompensado.
Fisiopatologia da vaginose citolítica.
Aumento de lactobacilos –> pH ácido.
Citólise
Local de coleta de material na suspeita de cervicite por gonococo.
Endocérvice.
A cultura do gonococo é o exame de escolha para o diagnóstico de cervicite gonocócica. A bacterioscopia não deve ser usada, pois apresenta baixa sensibilidade em amostras femininas.
Sintomas urinários + urinoculturas negativas.
Qual diagnóstico diferencial?
Uretrite
Vaginoses não infecciosas (3)
Vaginose citolítica
Vaginite atrófica
Alérgica
Candidíase
Clínica (5)
Corrimento esbranquiçado, aderido, placas destacáveis
Prurido
Ardor
Edema vulvar
pH < 4,5
Tratamento para candidíase por cândida não albicans.
Ácido bórico.
Tratamento candidíase em grávida / lactante.
Miconazol creme 2% vaginal 7 dias
Nistatina 100.000 UI vaginal 14 dias.
Não prescrever tratamento oral.
Qual vulvovaginite precisa ser tratada caso seja encontrada no exame preventivo?
Tricomaníase.
Mesmo se assintomática.
obs. gestante assintomática com vaginose bacteriana também.
Fisiopatologia da vaginose bacteriana
Redução de lactobacilos –> aumento de bactérias anaeróbias (ex: Mobiluncus) e Gardnerella vaginalis.
Quadro clínico da vaginose bacteriana.
Corrimento branco-acinzentado, fluído, bolhoso.
Odor fétido que piora após coito/menstruação.
pH > 4,5
Sem prurido
Whiff + (odor de peixe pobre)
Padrão ouro para diagnóstico de vaginose bacteriana.
Bacterioscopia com gram.
- permite calcular o score de Nugent (padrão ouro) ≥ 7 pontos.
Fisiopatologia da vaginite aeróbia
Inflamação e maturação epitelial deficiente –> proliferação de bactérias entéricas.
- Streptococcus agalactiae, Staphylococcus aureus, E. Coli, Enterococcus fecalis.
Quadro clínico da vaginite aeróbia.
Leucorreia purulenta
Odor fétido
Irritação vulvar e dispareunia
Teste KO10% negativo.
Sintomas da vaginose citolítica
Corrimento vaginal branco, grumoso
Prurido
Dispareunia e disúria
pH 3,5 - 4,5
Principal diagnóstico diferencial da vaginose citolítica.
Candidíase.
Na lâmina, não vai ver hifas. Encontrará aumento de lactobacilos e citólise de células (na seta vermelha, um núcleo isolado - ou seja, tinha alguma célula ali antes).
Sintomas da vaginite atrófica
Corrimento amarelo-esverdeado
Prurido intenso
Dispareunia (de entrada)
Disúria
Estreitamento do intróito e eritema vulvar.
Principal diagnóstico diferencial da vaginite atrófica.
Vaginose bacteriana
Tricomaníase.
Lâmina da vaginite atrófica.
Redução de lactobacilos
Aumento de polimorfonucleares
Aumento da células basais e parabasais.
Tratamento vaginose bacteriana.
1) Metronidazol 500mg 12/12 horas por 7 dias
ou
2) Metronidazol gel vaginal 100mg por 7 dias
Segunda linha com clindamicina tópica ou VO.
Sem alterações para gestante.
Tratamento cervicite.
- Gonococo
Ceftriaxone 500mg IM dose única
Ciprofloxacino 500mg VO dose única - Clamídia
Azitromicina 1g VO dose única
Doxicilina 100mg VO 12/12h por 7 dias.
Qual o diagnóstico?
Candidíase.
Pseudo-hifas, hifas e esporos.
Bacterioscopia da vaginite aeróbia.
HIAE
Células epiteliais imaturas
Aumento de leucócitos
Bactérias.
Vulvovaginites com pH > 4,5. (5).
Vaginose bacteriana
Tricomaníase
Vaginite aeróbia
Vaginite descamativa
Vaginose atrófica (pH >5-6)
Quais informações ajudam a diferenciar vaginose bacteriana de tricomoníase nos enunciados das questões?
1) Vaginose: piora após coito/menstruação e sem sinais inflamatórios (isto é, sem descrição de edema e hiperemia vulvar)
2) Tricomoníase: comportamento de risco, edema, hiperemia e colpite (colo em framboesa).
Diagnóstico.
Tricomoníase.
Protozoário flagelado unicelular, anaeróbio facultativo.
Qual o achado?
Colo em framboesa.
Tricomoníase
Tratamento tricomoníase.
1) Metronidazol 500mg 12/12h VO 7 dias
ou
2) Metronidazol 2g VO dose única.
- sem diferença para o tratamento em gestantes.
Clínica de cervicite.
Assintomática.
Corrimento purulento
Colo hiperemiado e friável
Dispareunia
Sinusorragia.
Verdadeiro ou falso:
Os fatores de risco da candidíase estão relacionados ao aumento de progesterona.
Falso.
Candida sp faz parte da microbiota da pele e mucosas, incluindo trato gastrointestinal e vagina. Entretanto, quando há disbiose, pode se tornar patogênico, ocorrendo mais frequentemente em situações associadas ao aumento de estrogênio, como uso de contraceptivos orais e gestação.
Principal vulvovaginite da infância.
Vulvovaginite inespecífica
- não se identifica um agente etiológico
- relacionada a precária higiene genital e perineal.
Sintomas da vulvovaginite inespecífica.
Corrimento tipicamente esverdeado, castanho ou amarelado.
pH vaginal alcalino
Prurido, disúria, eritema e edema vulvar.
Obs.: Na criança é mais comum encontrar a vulvite sem o comprometimento da mucosa vaginal, isto é, sem descarga vaginal.
Quando suspeitar de vulvovaginite por corpo estranho?
Secreção purulenta, com odor fétido e com sangue.
Tratamento candidíase.
1) Miconazol creme 7 dias
2) Nistatina creme vaginal 14 dias
3) Fluconazol 150mg VO dose única.
A associação dos antifúngicos com corticoides promove rápido alívio dos sintomas vulvares.
O tratamento tópico possui como efeitos colaterais a ardência e irritação locais
Candidíase recorrente
Quatro ou mais episódios por ano.
Agentes etiológicos mais comuns da vaginite aeróbia. (4)
(HIAE)
Escherichia Coli
Staphilococcus aureus
Streptococcus agalactie
Enterococcus fecalis.
Verdadeiro ou falso:
A vaginite atrófica ocorre com frequência em mulheres que fazem antibioticoprofilaxia para infecção urinária.
Falso.
A vaginite atrófica está relacionada com hipoestrogenismo.
Pode ocorrer em mulheres no pós parto, durante amamentação e pós-menopausa.
Descrições de colo uterino que indicam tricomoníase (3).
Colo em framboesa / morango
Aspecto tigroide
Microulcerações.
Vulvovaginites com prurido. (4)
Candidíase
Tricomoníase (eventualmente)
Vaginose citolítica
Vaginite atrófica
Local de coleta da secreção para o teste de pH vaginal.
Fita de papel na parede vaginal lateral por um minuto (evitar tocar o colo).
Critérios de Amsel.
Vaginose bacteriana. 3 de 4:
- Corrimento vaginal branco-acinzentado, homogêneo, aderente às paredes vaginais.
- pH > 4,5
- clue cells
- Whiff test positivo
Verdadeiro ou falso:
A menarca pode ser precedida de uma leucorreia fisiológica.
Verdadeiro.
Pode ocorrer de 6-12 meses antes da primeira menstruação.
Sem sintomas irritativos associados.
O que são clue cells?
Células epiteliais vaginais com bactérias anaeróbias aderidas em sua membrana.
Alta predição para o diagnóstico de vaginose bacteriana.
Verdadeiro ou falso:
Diagnóstico de vaginose bacteriana.
A adição de preparação salina a uma amostra de conteúdo vaginal para o exame “a fresco” libera aminas voláteis com odor de peixe, evidente mesmo sem a adição de KOH.
Verdadeiro.
Assim como a alcalinidade do sêmen ou do sangue menstrual.
Corrimento vaginal fisiológico. (3)
Transparente ou branco
Levemente ácido pH 3,5 - 4,8 (presença de lactobacilos)
Whiff test negativo
Verdadeiro ou falso:
Vaginose bacteriana é fator de risco para IST.
Verdadeiro.
Ocorre um desequilíbrio da flora vaginal que pode levar a uma redução da imunidade.
Tratamento vaginose citolítica
Alcalinizar meio vaginal.
Duchas vaginais com bicarbonato de sódio 3x por semana até remissão de sintomas.
O que é a vaginite descamativa?
Como tratá-la?
Causa desconhecida, mais comum na peri-menopausa - vaginite crônica e purulenta.
Clindamicina 2% via vaginal 7 dias.