Vitamina D Flashcards
Formas da vitamina D e como são adquiridas
Formação na pele a partir de colesterol e UVB - 80%
D3 ou colecalciferol
Dieta 20%:
D2 ergocalciferol - plantas, suplementos
D3 - óleo de fígado de bacalhau, carne, gema de ovo, leite fortificado, manteiga
Hidroxilados no fígado e outros tecidos em 25-hidroxivitD (calcidiol) e depois no rim e outros tecidos 1,25 dihidroxi vitD (calcitriol)
Como é carreada e meia vida
25 > lipofílica, ligada principalmente a proteina carreadora de vitamina D > meia vida 2-3 semanas
1,25 - mais solúvel em água, meia vida 5-8 horas
Como a vitamina D age e principais funções
Através do VDR (receptor de vitamina D, fator de transcrição) presente em quase todas as células
Crítico para a maior parte da ação da vitD, sendo a 1,25 a principal forma ligante
Absorção intestinal de cálcio
Reabsorção renal de Ca e P
Mineralização óssea
VDR associado com vários outros processos - cerca de 3% do genoma mamífero esta sob algum controle da vitD
Qual a forma dosada
25-OH
Níveis séricos recomendados e associação com maiores riscos
De onde vem a recomendação
Problema
> 20-30 ng/ml ou 50-75 nmol/L
Maiores riscos para metabolismo ósseo e saúde em geral quando < 12 ou 30
Estudos observacionais que mostraram efeitos benéficos em vários desfechos inclusive não relacionados com tecidos alvo
Sem padronização das doses usadas nos trabalhos
Como superar esse problema
Entender o perfil do paciente e qual o objetivo buscado
Screening geral - recomendação
Não deve ser realizado
Variação considerável de acordo com clima, latitude, exposição ao sol,pigmentação da pele e outros
Medidas no inverno ou início da primavera por exemplo aumentam a detecção de vitD baixa
Populações sob risco de deficiência e que deveriam ser testadas
> 50 anos - redução da produção endógena e maior risco de osteoporose
*Baixa síntese:
exposição solar (costume, protetor, local de residência), fenotipo de pele escura
Disfunção hepática
*Baixa ingesta/absorção:
Dieta restritiva, desnutrição
Má-absorção gastrointestinal - cirurgia bariátrica, doença celíaca, DII
*Condições osteometabólicas: osteoporose, osteopenia, doença renal, alterações na paratireoide
Obesidade classe III: menor exposição solar, questões dietéticas, baixa hidroxilação no fígado, sequestro pelo tecido adiposo
Baixa atividade física
DM
Medicações que aumentam catabolismo da vitD (fenobarbital, carbamazepina, dexametasona, rifampicina, nifedipino, espiro, ritonavir, acetato de ciproterona)
Mesmo nesses grupos para alguns existe pouca evidencia de eficácia e custo beneficio
Mais importantes *
Quando dosar 1,25
No casos de suspeita de doença renal ou alteração da paratireoide
Consequências da deficiência de Vit D para o esqueleto
Deficiência leve > hiperpara secundário com reabsorção óssea > osteopenia e osteoporose
Deficiência severa prolongada > queda da mineralização de massa óssea recém formada > osteomalácia e raquitismo
Consequentemente perda óssea e fraturas
Evidências sobre suplementação de vitamina D para prevenção de fraturas
Redução de fraturas com suplementação de calcio e vitD. VitD isolada parece não ter benefício. Dificil estimar o efeito isolado da vitD mas parece ser < 1%
Em pacientes com níveis normais a suplementação não mostrou benefícios na redução do risco de fraturas
Evidências sobre efeitos extraesqueléticos da vitD
Estudos pré-clínicos in vitro e in vivo
Dados observacionais mostrando associação de deficiência com várias doenças
Vitamina D e câncer
Trials recentes sem evidência de benefício para redução do risco e de mortalidade. Porém incluidos muitos pacientes com níveis normais
Outros estudos sugerem benefício potencial na mortalidade a longo prazo
É hipotetizada uma relação entre vitD e redução de incidência e mortalidade de câncer e a suplementação pode ser eficaz se diária e em pacientes com IMC dentro da faixa normal
Vitamina D e risco cardiovascular
Aparentemente sem relação, especialmente nos pacientes com níveis séricos normais
Entretanto os estudos tiveram poucos participantes com deficiência severa