Síndrome de realimentação Flashcards
Definição conceitual
Com quais tipos de fornecimento de energia pode ocorrer
Tempo em que é mais comum
Alterações metabólicas e iônicas que ocorrem após o reinício ou aumento do aporte calórico após período de ausência ou redução do mesmo
Pode ocorrer com dieta oral, enteral, parenteral ou glicose intravenosa (SE)
Primeiras 72h
Definição numérica
Gravidade
Queda do P, K e/ou Mg
Queda do fósforo < 0,65 mmol/L ou maior ou igual a 0,16
10-20% - leve
20-30% - moderado
> 30% grave
Fisiopatologia
Principais íons/vitaminas afetados
Reintrodução de glicose > aumento de insulina > na situação de depleção de níveis totais de K,Mg e P os mesmos são direcionados para dentro das células com queda nos níveis séricos
P é o mais sensível ; K é o mais grave
Entrada ocorre por demanda para utilização na fosforilação da glicose e pela estimulação da bomba de Na/K pela insulina
Mg não é bem entendido
Tiamina - cofator das vias que utilizam glicose para gerar energia
Insulina também aumenta retenção de Na > hipervolemia
Para que o fosforo é usado no corpo
Consequências da hipofosfatemia
Estoque de energia na forma de ATP
Formação das membranas
Condução de impulso elétrico
Relação da afinidade O2 pela hemoglobina
Disfunção da musculatura respiratória - IRpA
Aumento da afinidade da hemoglobina pelo oxigênio, com redução da liberação para os tecidos
Redução da contratilidade muscular cardíaca e arritmias
Sintomas neurológicos - confusão, parestesia, fraqueza
Fosforo valores séricos normais
0,7 - 1,5 mmol/L
2,5-4,5 mg/dL
Outras causas de hipofosfatemia
Deficiência de vitamina D
Aumento do clearence renal - PTH elevado, recuperação de função renal, diálise, poliúria
Deficiência de tiamina > não entendi mecanismo
Alcalose metabolica
Uso de antiácidos com Mg e alumínio
Consequências da hipocalemia
Arritmias cardíacas
Depressão respiratória
Fraqueza muscular, hiporreflexia
Íleo adinâmico
Consequências da deficiência de tiamina
Neurológicas - confusão mental, encefalopatia (Wernicke Korsakoff) ; anormalidades do oculomotor, coma
Cardíacas - beriberi
Acidose lática - sem ela o piruvato se desvia para conversão em lactato (ciclo de Cori)
De que forma a realimentação pode causar insuficiência cardíaca
Anormalidades eletrolíticas
Beriberi - tiamina
Congestão por maior absorção de Na e água a nível renal pela insulina
Como ocorre basicamente a conversão de glicose em energia - coenzimas e produtos
Glicose convertida em piruvato - coenzimas complexo B
Piruvato convertido em acetil-CoA - coenzima tiamina
Nesse processo a energia liberada é armazenada na forma de ATP que será utilizado pela célula posteriormente
ATP contem fosforo
Grupos de risco
Grupo com menor risco e por que
IMC baixo, perda de peso importante recente, baixa ingesta oral, idosos (redução de papilas gustativas e esvaziamento gastrico mais lento > comem menos), pós-bariátrica, intestino curto, oncológicos, alcoólatras, anorexia
Pacientes com DRC não costumam ter risco considerando que frequentemente apresentam hipercalemia e hiperfosfatemia pelo menor clearence renal
Como iniciar no risco extremo, alto e moderado
5 ou máximo de 500 calorias/dia - IMC < 14, perda > 20% do peso, redução muito importante de ingesta/inanição > 15 dias
10 Kcal/Kg ou < 30% do GET
20 Kcal/Kg, ou até 50% do total
Em quanto tempo e como progredir
Aumento de 200-300 Kcal/dia a cada dia ou 33% a cada 1-2 dias
Dieta enteral 10-15 ml/h por dia
SP:
Com risco - 5 Kcal/Kg dia
Sem risco - 10 Kcal/Kg/dia
No paciente que realimenta - como prosseguir
Se grave, P < 0,3 ou k mto baixo avaliar reduzir ou suspender
Se queda leve/moderada abaixo do valor de referência não progredir e repor
Se muito leve pode repor e já progredir
Se queda porém mantendo ainda acima do VR progredir devagar
Como repor fósforo
2 ampolas de fosfato de potássio (1,1 mmol de P e 2 mEq de K em cada ml) em 500 ml de SF ou SG e infundir em BIC a 30 ml/h
Acesso periférico exclusivo para não precipitar