Tumores de Glândulas Salivares Flashcards

1
Q

Sobre Tumores das Glândulas Salivares (em geral):

  • Qual a porcentagem dos tumores de glândulas salivares entre todos os tumores do corpo humano?
  • Qual a principal glândula acometida?
  • São mais comuns, tumores benignos ou malignos?
  • Qual glândula tem menor risco de malignidade e qual tem maior risco?
A
  • Cerca de 0,28% (estatística do Brasil)
  • PARÓTIDA predomina no Brasil e no hemisfério norte (subdmandibulares e glandulas menores na ásia e áfrica).
  • Benignos são mais comuns
  • Parótida tem o menor risco. Glândulas salivares menores tem o maior risco.
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Q

Sobre Tumores das Glândulas Salivares (subtipos histopatológicos):

  • Cite subtipos histológicos dos tumores de glândula salivar (benignos e malignos).
A

Benignos:

  • ADENOMA PLEOMÓRFICO
  • CISTOADENOMA PAPILÍFERO LINFOMATOSO (Warthin).
  • Oncocitoma
  • Cistoadenoma
  • Adenoma de células basais
  • Adenoma canalicular

Malignos:

  • CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE
  • ADENOCARCINOMA
  • CARCINOMA ADENOIDE CÍSTICO
  • Adenocarcinoma polimórfico de baixo grau
  • Adenocarcinoma de células acinares
  • Adenocarcinoma de células basais
  • Cistoadenocarcinoma
  • Carcinoma Espinocelular

Obs: CEC de glândulas salivares geralmente ocorre por metástase de doença cutânea (principalmente em couro cabeludo).

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3
Q

Sobre Tumores das Glândulas Salivares (subtipos histopatológicos):

  • Qual o tumor mais comum de glândulas salivares?
  • Qual o segundo tumor mais comum de glândulas salivares?
  • Qual o tumor maligno mais comum das gl salivares?
  • Qual o segundo maligno mais frequente?
  • Qual é o tumor maligno mais comum de glândulas salivares intraorais?
A

Tumor mais comum:

  • Adenoma Pleomórfico (1º)
  • Tumor de Warthin (2º)

Tumor maligno mais comum:

  • Carcinoma mucoepidermoide (1º)
  • Adenocarcinoma (2º)

Tumor maligno mais comum nas glândulas salivares intraorais:

  • Carcinoma Adenóide Cístico
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4
Q

Sobre Tumores das Glândulas Salivares (fatores de risco):

  • Quais os 2 principais vírus associados a tumores de gl. salivares e os tipos histológicos que predispoem?
  • Sobre fatores dietéticos, quais alimentos são de risco e quais de proteção?
  • Cite 5 fatores celulares e genéticos relacionados a risco aumentado e/ou mau prognóstico de tumores de gl. salivar.
  • Qual subtipo histológico tem risco quando temos mutação do gene H-ras e perda do supressor tumoral p16?
  • Qual subtipo histológico tem risco quando temos perda do sistema caderina-caterina (causa perda de adesão celular e risco de metástase) e redução da expresão de quinases ciclina dependentes (perda do supressor tumoral p27) ?
  • O tamanho do tumor tem relação com o grau de recidiva?
  • Qual o significado do encontro de uma fração de fase-S alta em citometria de fluxo ?
A

Vírus associados:

  • EBV (adenoma pleomórfico e CA linfoepitelial) e HHV-8 (warthin).

Fatores dietéticos:

  • Alimentos ricos em colesterol (aumentam risco), frutas, legumes de cor amarela, fígado (reduzem risco).

Fatores genéticos:

  • Mutação do H-ras
  • Perda do supressor p16
  • Perda do supressor p27 (reduz expressão de quinases ciclina dependentes),
  • Perda do sistema caderina-caterina (E-caderina, com menor adesão celular e maior metástases)
  • Frações de fase-S alta em citometria de fluxo (correlação com tamanho do tumor e maior recidiva).

Tumores:

  • CA mucoepidermoide (H-ras e perda do p16).
  • CA adenóide cístico (E-caderina)
  • Adenoma Pleomórfico (o tamanho tem relação direta com recidiva, com menor chance de ressecção completa. A fase-S alta em citometria de fluxo significa tumor maior, com maior grau de recidiva, especialmente nesses tumores.
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5
Q

Sobre Tumores das Glândulas Salivares (risco da radioterapia):

  • Quais as glândulas que tem maior risco de serem afetadas e desenvolver tumor por radioterapia?
  • Qual faixa etária é mais susceptível para tumores formados por radioterapia?
  • Qual os mecanismos precoces e tardios de dano à glândula salivar pela radiação?
  • Quais os genes relacionados á indução dos tumores em gl. salivares pela radiação?
  • Quais os tipos histológicos de tumores de gl. salivar mais relacionados a radiação?
  • Quais os tumores (quando associados) aumentam o risco de tumor de gl. salivar (pela possibilidade de radiação)?
  • Qual exame indicado para acompanhar as glândulas salivares de pacientes que sofreram radiação?
  • Telefone celular aumenta o risco de tumores de gl. salivares?
A

Radioterapia:

  • Salivares menores (palato) e parótidas são as mais afetadas.
  • Jovens (<20 anos), devido ao maior tempo para sofrerem alterações da radioterapia tem mais risco.
  • Lesão da MEMBRANA PLASMÁTICA (precoce). Morte celular clássica / apoptose (tardia).
  • Genes p53 e os pró-apoptóticos PUMA e BAX aumentam risco de tumores por radioterapia.
  • Carcinoma mucoepidermóide e
    Adenocarcinoma (malignos) estão mais associados a radioterapia.
  • Orofaringe, Tireoide e Pulmão são sítios de tumores que quando tratados por radioterapia aumentam risco de lesões de glândulas salivares.

Exame de acompanhamento:

  • ULTRASSONOGRAFIA DE GLÂNDULAS SALIVARES (avaliar grau de atrofia e acompanhar em pacientes que realizaram radioterapia).

Celular:

  • Telefone celular não aumenta risco.
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6
Q

Sobre o Adenoma Pleomórfico:

  • Qual sua importância?
  • Qual faixa etária predomina?
  • Como é seu padrão de crescimento?
  • Qual a taxa de recidiva (e os 3 fatores de risco associados)?
  • Quais os achados histopatológicos?
  • Qual proteína pode positivar?
  • Quais achados indicam malignidade na lâmina (3)?
  • Quais não indicam (2)?
  • Qual sua variante monomórfica?
  • Qual o tratamento?
  • Radioterapia é indicada?
A

Epidemiologia:

  • Tumor mais comum das gl. salivares (45-75% dos casos)
  • Em média 45 anos

Quadro clínico:

  • Crescimento bastante lento, assintomático na maioria das vezes.
  • Apresenta-se como uma massa ovóide única, irregular, com bordas bem definidas, de consistência firme.
  • Pode pegar parótida (mais comum, geralmente móvel) ou palato (mais fixo, lateralmente à linha média).
  • Bom prognóstico
  • Cerca de 5-45% de recivida (AUSÊNCIA DE CÁPSULA e MULTICENTRICIDADE e principalmente RESSECÇÃO INCOMPLETA).

Histopatológico:

  • Massa ovóide irregular com bordas bem definidas e aspecto AMARELO-ESBRANQUIÇADO. Zonas de infarto e hemorragia.
  • GRANDE DIVERSIDADE ARQUITETURAL E CITOMORFOLÓGICA (elementos epiteliais, mioepiteliais e mesenquimais, a lâmina fica “uma bagunça”) e CÁPSULA INCOMPLETA (foto).
  • Há proteína acítica fibrilar glial (GFAP) POSITIVA (não é exclusiva desse tumor).

Malignidade:

  • Necrose
  • Mitoses frequentes
  • Atipia morfológica (núcleos pleomórficos ou hipercromáticos)

Não tem relação com malignidade:

  • Invasão capsular
  • Hipercelularidade

Variante:

  • Mioepitelioma: muito raro, sendo < 1% dos tumores de glandulas salivares. Estroma mais uniforme, sem áreas mixoides ou condroides vistas no pleomórfico, as células não formam ductos. Mais comum em parótida e palato.

Tratamento:

  • Remoção cirúrgica (exérese completa da glândula, com margens livres) se o paciente tiver menos de 40 anos de idade (pelo tempo de evolução maior no futuro).
  • Não é indicada biópsia excisional
  • Não é indicada radioterapia
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7
Q

Sobre o Tumor de Warthin:

  • Qual seu verdadeiro nome?
  • Quais seus subtipos?
  • Quais gl. salivares acomete?
  • Quais os 3 fatores de risco?
  • Qual seu quadro clínico?
  • O que pode ocorrer com o tumor após uma infecção de VAS ou realização de PAAF?
  • Como aparece na cintilografia por tecnécio-99?
  • Qual o tratamento cirúrgico mínimo?
A

Conceito:

  • Cistoadenoma Papilífero Linfomatoso (adenoma formado por cistos ou estruturas papilíferas em camada dupla com células colunares e basaloides em estroma rico de tecido linfoide).

Subtipos:

  • Típico (50% de tecido epitelial)
  • Pobre em estroma (70-80% de tecido epitelial)
  • Rico em estroma (30-20% de tecido epitelial)

Localização:

  • É EXCLUSIVO DA PARÓTIDA

Fatores de risco:

  • 50-60 anos
  • TABAGISTAS
  • SEXO MASCULINO (25:1)

Quadro clínico:

  • Massa flutuante, fibroelástica, indolor.
  • Pode ter AUMENTO SÚBITO E DOR APÓS INFECÇÃO DE VAS (otológica, faríngea ou dentária).
  • PODE AUMENTAR APÓS A PAAF (por ser uma proliferação celular composta de tecido linfóide, reagindo ao trauma). Mas pode ser feita como conduta inicial, não tem problema.
  • Ele BRILHA (achado característico) na Cintilografia com tecnécio-99.

Cirurgia:

  • PAROTIDECTOMIA (no mínimo parcial, não basta apenas exérese). Cirurgia é indicada conforme convicção de crescimento ou na dúvida de ser linfomas (MALT).
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8
Q

Sobre o Carcinoma Mucoepidermóide:

  • Qual sua importância?
  • Qual glândula costuma pegar?
  • Qual seu quadro clínico?
  • Cite 3 fatores clínicos prognósticos.
  • Cite 5 fatores histológicos prognósticos.
  • Como é a sobrevida geral?
  • Qual o tratamento indicado?
A

Estatística:

  • Tumor maligno mais comum das glândulas salivares, com incidência de 3-9%
  • Parótida em 60-70% dos casos.

Quadro clínico:

  • Sexo feminino, 30-80 anos
  • Crescimento lento, assintomático, sendo nódulo solitário, indolor porém com certa sensibilidade, especialmente quando abre a boca (principalmente se parotídeo).
  • Pode causar paralisia facial, trismo ou amolecimento dos dentes se crescimento rápido.

Fatores clínicos de prognóstico:

  • Idade avançada
  • Tamanho grande
  • Sintomas presentes

Fatores histológicos de prognóstico:

  • < 20% de elementos císticos
  • Mais de 4 figuras de mitose por campo
  • Anaplasia
  • Necrose
  • Acometimento neural

Esses fatores são avaliados em uma tabela para classificar em baixo, intermediário ou alto grau.

Sobrevida geral:

  • Ruim
  • T3 é 40% em 5 anos
  • T4 de 15% em 5 anos
  • N+ acarreta queda importante (chega a 0% se T4N3).

Tratamento cirurgico:

  • Sempre!
  • Esvaziamento se for de alto grau (contemplando os níveis II e III).
  • Pode ser feito quimioterapia eletiva. Há relatos de melhora do controle das lesões locais após radioterapia complementar.
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9
Q

Sobre o Adenocarcinoma:

  • Qual sua importância?
  • Existe achado histopatológico típico?
  • Acomete mais qual glândula?
  • Qual seu quadro clínico?
  • Qual o tratamento indicado?
  • Qual seu prognóstico?
A

Características:

  • Segundo tumor maligno mais comum.
  • SEM PADRÃO característico. Seu diagnóstico é dado pela exclusão de outros padrões.
  • Acomete de forma IGUAL salivares maiores e menores.
  • Tumor fixo, aderido, de crescimento lento, geralmente entre 2-8cm, acometendo igual homens e mulheres.

Tratamento:

  • Parotidectomia total
  • Esvaziamento se N+.
  • Radioterapia complementar

Prognóstico:

  • Prognóstico RUIM principalmente se invasão de tecidos ao redor (sobrevida em 5 anos de 45-80%).
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10
Q

Sobre o Carcinoma Adenóide Cístico:

  • Qual sua importância?
  • Qual sexo acomete mais?
  • Qual tendência possui em relação a invasão?
  • Quais seus subtipos histológicos?
  • PAAF positiva qual % de casos?
  • Qual a sobrevida?
  • Qual característica desse tumor predispõe a maior risco de metástases pulmonares?
  • Qual o tratamento indicado?
  • Radioterapia é útil?
A

Características:

  • Tumor mais comum das glândulas salivares intraorais (é o mais comum da glândula submandibular e das glandulas salivares menores).
  • Mais no sexo feminino
  • Crescimento lento
  • Tem tendência a INVASÃO PERINEURAL (paralisia facial quando na parótida).

Subtipos:

  • Cribiforme (mais comum, dando aspecto de queijo suíço)
  • Tubular
  • Sólido.

PAAF:

  • Apenas 77% são detectados por PAAF

Sobrevida:

  • Cerca de 80% em 5 anos (mas chega a 20% em 20 anos. Alguns autores dissem que é incurável).

Metástases pulmonares:

  • Menor expressão da E-caderina (causa perda de adesão celular e risco de metástase).

Tratamento:

  • Cirurgia com ressecção da lesão poupando o nervo facial (tirá-lo não melhora o prognóstico).
  • Esvaziamento se N+.
  • Radioterapia NÃO traz resultado.
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