Infecções (Virais) Flashcards

1
Q

Cite o nome das principais infecções virais que acomete a cavidade oral (8)

A
  • Herpes Simples
  • Varicela e Herpes Zóster
  • Mononucleose Infecciosa
  • Citomegalovirus
  • Enteroviroses
  • Sarampo
  • Rubéola
  • HPV
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Q

Cite o nome dos agentes virais do HHV-1 ao HHV-8, e as doenças causadas por eles.

A

(HHV-1) Herpes Simples 1

  • Herpes Simples (+ Oral)

(HHV-2) Herpes Simples 2

  • Herpes Simples (+ Genital)

(HHV-3) Varicela-zoster

  • Varicela (Catapora)

(HHV 4) Esptein-Barr

  • Mononucleose Infecciosa

(HHV-5) Citomegalovírus

  • Citomegalovirose

(HHV-6 e HHV-7) Vírus da Roséola

  • Exantema Súbito
  • Erupção semelhante

(HHV-8) Vírus do Sarcoma

  • Sarcoma de Kaposi
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3
Q

Sobre a Herpes Simples:

  • Qual porcentagem dos adultos tem titulos sorologicos positivos?
  • Como se transmite?
  • Qual faixa etária predomina e como se manifesta os casos primários?
  • Como se manifesta nos adultos?
A

Estima-se que 90% dos adultos estão colonizados.

  • HHV-1 é mais relacionado a secreção oral infectada.
  • HHV-2 é mais relacionado a lesões ou secreção genital durante ato sexual.

Ambos podem causar infecção oral ou genital, mas é mais comum o descrito acima. E a semelhança estrutural entre os vírus 1 e 2 é tão grande, que pode adquirir imunidade contra um tipo após infectar com o outro (ou atenuar os sintomas).

Faixa etária:

  • Atinge MAIS COMUMENTE CRIANÇAS entre 6 meses a 5 anos de idade (pico em 2-3 anos).

A GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA PRIMÁRIA AGUDA é padrão mais comum da infecção primária sintomática nessa faixa etária:

  • Cerca de 90% são por HSV-1 e ocorre em 12% dos infectados.
  • Após incubação de 3-7 dias, tem início ABRUPTO e é frequentemente acompanhada por LINFONODOPATIA CERVICAL ANTERIOR, calafrios, FEBRE ALTA, náuseas, anorexia, irritabilidade e LESÕES ORAIS DOLOROSAS.
  • Em imunocomprometidos pode ter infecção disseminada com lesões pulmonares, hemolíticas, hepáticas, neurológicas.

Em ADULTOS, manifesta-se por FARINGOTONSILITES, geralmente afetando amigdalas e parede porteior da faringe.

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4
Q

Sobre a Herpes Simples:

  • Qual a diferença das lesões primárias herpéticas (abaixo) das aftas?
A
  • As lesões virais geralmente acometem a região de mucosa QUERATINIZADA que reveste o osso, como palato duro e gengiva (embora possa acometer também lábios, pele perioral (vesículas satélite) e parede posterior de orofaringe).
  • São geralmente múltiplas e dolorosas, iniciando-se como VESÍCULAS PUNTIFORMES (não apareccem nas aftas herpertiformes), com fluido claro e muito contaminante, confluentes ou não, que se rompem, formando na evolução lesões ulceradas (fibrina) que coaslescem formando lesões maiores.
  • Depois formam crostas, sumindo sem deixar sem cicatriz em torno de 1-2 semanas.
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5
Q

Sobre a Herpes Simples:

  • Após a primoinfeção pelo HHV-1, onde o vírus se aloja e fica no seu estado latente?
  • O vírus pode ser transmitido durante sua fase assintomática após a reativação?
A
  • Segue o trajeto conforme o esquema abaixo.
  • Sim, 70% da população transmite o HHV-1 de forma assintomática, pelo menos 1x/mês.
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6
Q

Sobre a Herpes Simples:

  • Quando reativa e causa infecção sintomática, onde se localiza e como se manifesta?
A
  • As infecções recorrentes geralmente se manifestam com HERPES LABIAL (local mais comum de recidiva, ocorrendo em 15-45% da população).
  • Geralmente começa com sintomas prodrômicos (dor, ardência, prurido, formidamentol calor localizado, eritema).
  • Após 6-24h, aparecem múltiplas vesículas (1-3mm) que se rompem formando máculas eritematosas, que podem coalescer ou aumentar ligeiramente de tamanho. Por último, formam crostas.
  • A cicatrização ocorre em 7-10 dias.
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7
Q

Sobre a Herpes Simples:

  • As lesões abaixo são características de HHV-1?
A

Sim, são múltiplas máculas eritematosas no palato duro. Vão evoluir com crostas e cicatrização.

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8
Q

Sobre a Herpes Simples:

  • Quais os fatores que precipitam uma reativação do herpes labial?
A
  • Idade avançada
  • Luz UV
  • Estresse
  • Fadiga
  • Calor ou frio
  • Gravidez
  • Alergia
  • Trauma
  • Tratamento dentário
  • Doenças respiratórias
  • Febre
  • Menstruação
  • Doenças sistêmicas
  • Neoplasias malignas
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9
Q

Sobre a Herpes Simples:

  • Como é feito o diagnóstico?
A
  • Clínico.
  • Pode ser confirmado por cultura, imunofluorescência direta ou PCR.
  • Testes sorológicos são poucos sensíveis.
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10
Q

Sobre a Herpes Simples:

  • Cite 3 achados histopatológicos.
A
  • ACANTÓLISE.
  • DEGENERAÇÃO BALONIZANTE (núcleo claro e aumentado em algumas células).
  • CÉLULAS DE TZANCK (células livres flutuando em vesícula intraepitelial. Não são patognomônicas).
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11
Q

Sobre a Herpes Simples:

  • Qual o tratamento indicado?
A

Antivirais tópicos são controversos, podendo ter utilidade somente nos pródromos e fase pré-vesicular. Antivirais VO só tem valor também no período inicial. Se iniciado nos primeiros 3 dias da infecção e mantido por 5-7 dias, costuma reduzir duração dos sintomas e infectividade.

  • Aciclovir 15mg/Kg/5x/dia (crianças)
  • Aciclovir 200mg/5x/dia, 400mg/3x/dia ou 800mg/2x/dia (adultos).

Pode ser dado profilaticamente em período de exposição solar:

  • Aciclovir 400mg 2x/dia

Alternativas:

  • Fanciclovir (250mg/3x/dia por 5 dias).
  • Valaciclovir (500mg/2x/dia).

Se resistência a esses antivirais, opção:

  • Foscarnete EV (40mg/Kg/3x/dia)
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12
Q

Sobre a Varicela (Catapora):

  • Como se manifesta a sua primoinfecção?
  • Quais os estágios evolutivos das lesões?
  • Por quanto tempo pode transmitir?
  • É mais leve ou grave no adulto?
A

Primoinfecção:

  • Geralmente é SINTOMÁTICA, em 5-9 anos de idade, sendo transmitido via gotículas de ar ou contato com lesão.
  • Após incubação 15 dias em média, gera pródromos inespecíficos ou ausentes, e depois febre que pode se prolongar até 3 dias após o exantema. O exantema é polimorfo (observamos lesões em diferentes estágios evolutivos, em couro cabeludo, face, tronco, tendo distribuição CERNTRÍPETA e progressão CENTRÍFUGA (mais no corpo e tronco para depois cabeça e extremidades). São muito pruriginosas e acometem mucosas (oral, orofaringe, genitália, conjuntiva. Pode deixar manchas ou cicatrizes.
  • Mácula → Pápula → Vesícula (< 1 cm, conteúdo cristalino) → Pústula → Crosta.

Transmissão:

  • Pode transmitir 2 dias antes do exantema, até a formação da crosta.

Complicações:

  • Complicações são raras, e mais vista em adultos (risco de morte 15 vezes maior).
  • Incluem infecções bacterianas secudárias, pneumonia, distúrbios do TGI, hematológicos e Síndrome de Reye (encefalite e hepatite após uso de aspirina durante o quadro viral). Se ocorrer na gravidez, pode gerar abordos ou malformações.
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13
Q

Sobre a Varicela (Catapora):

  • Como se manifesta na boca?
  • Onde o vírus fica latente?
  • Como é diagnosticado?
  • Qual o tratamento?
A

Lesões Orais:

  • São comuns e PODEM PRECEDER AS LESÕES CUTÂNEAS. Geralmente é vesícula que pode virar úlcera e coalescer.

Latência:

  • Após a primoinfecção atinge nervos sensitivos e sua latência no GÂNGLIO ESPINHAL DORSAL.

Diagnóstico:

  • Clínico. Achados de anatomopatológicos idênticos ao Herpes Simples.

Tratamento:

  • Sintomáticos (tópicos e banhos mornos com sabão, bicarbonato ou loções de calamina, antipiréticos, exceto aspirina).
  • Antivirais não são indicados em imunocompetentes. No entanto, pode ser feito, principalmente nas primeiras 24 horas para reduzir a gravidade em pacientes com maior chance de complicações (> 13 anos de idade, imunodeficiência, grávidas ou prematuros).
  • A vacinação (triplice viral) é a principal forma de prevenção.
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14
Q

Sobre o Herpes Zóster:

  • Qual o agente?
  • Qual a prevalência?
  • Como são as suas 3 fases clínicas?
A
  • Herpes-Zóster (cobreiro): mesmo vírus da catapora (HHV-3) que sofre reativação.
  • Prevalência aumenta com idade e é esperada somente 1 reativação ao longo da vida. Ocorre em cerca de 20% das pessoas. São predisponentes estresse, alcoolismo, senilidade, tratamento dentário, neoplasias, radiação, imunossupressores.

Fases clínicas:

  • PRODRÔMICA: ganglionites ativas associadas a DOR INTENSA que precede erupção cutânea. A dor desenvolve-se na área do epitélio inervado pelo nervo sensitivo afetado (dermátomo). Febre, mal-estar e cefaleia 1-4 dias antes da erupção.
  • AGUDA: vesículas, pústulas, ulceras e crostas, seguindo trajeto do nervo. ERUPÇÃO RESPEITANDO LINHA MÉDIA. Regride em 2-3 semanas.
  • CRÔNICA: cerca de 15% dos casos (maioria acima de 60 anos), podendo evoluir com NEURALGIA PÓS-HERPÉTICA (3 meses após erupção aguda), regredindo em 2 meses a 1 ano (ou persistindo).
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15
Q

Sobre o Herpes Zóster:

  • Quais os principais zonas nervosas que acomete?
  • Cite complicações otorrinolaringológicas dessa doença.
A

Zonas nervosas:

  • Costuma acometer zona torácica (53%), cervical (20%), trigeminal (15%) e lombossacral (11%).
  • As lesões orais ocorrem com envolvimento do TRIGÊMEO e RESPEITAM A LINHA MÉDIA.

Complicações:

  • Pode ás vezes causas perda de vitalidade dos dentes da região e osteonecrose dos maxilares.
  • Envolvimento ocular e cegueira
  • Paralisia de Bell (30% infecção ativa pelo VVZ) ou Ramsay Hunt (paralisia periférica, surdez e vertigem).
  • Neuralgia pós-herpética
  • Encefalites e AVC
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16
Q

Sobre o Herpes Zóster:

  • Como é confirmado o diagnóstico?
  • Como é feito o tratamento?
A

Diagnóstico:

  • Clínico. Mas pode ser confirmado com cultura viral (leva 24h), esfregaços citológicos, hibridização e PCR.

Tratamento:

  • Higiene local.
  • Corticoterapia para dor.
  • Antivirais (PRINCIPALMENTE PRIMEIRAS 72H) com doses altas: Aciclovir (800mg 5x/dia), Fanciclovir (500mg/3x/dia), ou Valaciclovir (1000mg/3x/dia), todos por 7 dias. Reduz a dor e o risco de nevralgia.
  • Vacinação: previne infecção primária, reduz sua morbidade e o risco de nevralgia. Sua proteção não reduz com a idade. Indicada acima de 50 anos.
  • Para nevralgia: capsaicina, analgésicos, tricíclicos, anticonvulsivantes, gapapentina, estimulação nervosa elétrica percutânea, biofeedback, bloqueio nervoso e anestésicos tópicos.
17
Q

Sobre a Mononucleose Infecciosa:

  • O EBV (HHV-4) é o único causador?
  • Como ocorre a transmissão?
  • Qual o quadro clínico?
A

Agente:

  • É o principal (esse vírus tem sorologia positiva para 80-95% da população adulta). Mas pode ser causada por CMV, toxoplasma, adenovírus e vírus da hepatite.

Transmissão:

  • Contato íntimo (saliva, beijo, canudos). Em crianças, saliva nos dedos ou brinquedos.

Quadro clínico:

  • Pródromos (fadiga, mal-estar, 2 semanas antes do surgimento da febre).
  • Febre (geralmente 2-14 dias).
  • Linfadenopatia (aumentados simetricamente, acometendo cadeias anterior e POSTERIOR).
  • Faringoamigdalite (edema, hiperplasia e EXSUDATO difuso na superfície, com abscessos amigdalianos secundários).
  • Petéquias (palato, transitórias: 24-48h) e Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN) são comuns.
  • Hepatoesplenomegalia (50%).
  • Exantema maculopapular (1-7 dias). Raro, precipitado por penicilina,
  • Seu potencial oncogênico ocorre pela infecção dos linfócitos B.
18
Q

Sobre a Mononucleose Infecciosa:

  • Como é feito o diagnóstico laboratorial?
  • Qual o tratamento?
  • Cite outras 6 doenças (no geral) que podem ser causadas pelo EBV.
A

Diagnóstico pela presença dos achados:

  • Leucocitose por linfocitose.
  • Aumento > 10% linfócitos atípicos
  • ANTICORPOS HETERÓFILOS (reação de Paul-Bunnel, com hemácias de carneiro, presente em 90% dos adultos, com sensibilidade menor em crianças < 4 anos).
  • Sorologia anti-VCA e anti-EBNA (padrão-ouro, mas solicitada se suspeita com anticorpos heterófilos negativos ou crianças).

Tratamento:

  • Repouso (evitar ruptura esplênica)
  • Sintomáticos (antipiréticos, AINES)
  • Corticoesteroides somente se comprometimento de vias aéreas intenso (risco de vida)
  • Antivirais sem evidências de benecífio
  • Antibioticoterapia se infecções secundárias (comum).

Regressão em 4-6 semanas

19
Q

Sobre a Mononucleose Infecciosa:

  • Cite outras 6 doenças (no geral) que podem ser causadas pelo EBV.
A
  • Mononucleose infecciosa
  • Leucoplasia Pilosa Oral
  • Carcinoma Nasofaríngeo
  • Linfoma (Burkitt)
  • Linfoma (Hodgkin e Não-Hodgkin)
  • Granulose Linfomatoide
  • Paralisia Facial
20
Q

Sobre o Citomegalovírus:

  • Como o CMV é transmitido?
  • Em quais órgãos permanece latente?
  • Como se manifesta a maioria dos casos?
  • Como o CMV se manifesta na mucosa oral?
  • Como é feito o diagnóstico do CMV?
  • Qual o aspecto característico do histopatológico das células endoteliais e do epitélio acometimetido pelo CMV?
  • Qual o tratamento?
A

Transmissão:

  • Transplacentária, parto, amamentação, troca de líquidos corporais, transfusão sanguínea, transplante de órgãos.

Latência:

  • Nas glândulas salivares, endotélio, macrófagos e linfócitos.

Quadro:

  • Cerca de 90% assintomático e 10% com sintomas inespecífico (febre, dor muscular, articular, tremor, dor abdominal, tosse erupção cutânea, diarréia). Raramente, pode causar sialoadenite aguda (xerostomia, aumento de volume dor), faringoamigdalites, retinites e cegueira.
  • Na boca, gera ulcerações inespecíficas.

Diagnóstico:

  • Isolamento viral em cultura de fibroblasto da urina
  • PCR de biópsia em lesão
  • ELISA IgM e IgG
  • Histopatológico (abaixo): corpos de inclusão intranucleares cristalinos e purpúricos circundados por halo claro, (CÉLULAS DE REED-STERNBERG ou em “OLHOS DE CORUJA”. Tratado considera patognomônico para CMV).

Tratamento:

  • Sintomáticos (imunocompetentes) devendo ser indicado tratamento da doença de base.
  • Imunossuprimidos (GANCICLOVIR, foscarnet, cidofovir ou valganciclovir).
21
Q

Sobre as Enteroviroses:

  • Quais vírus estão associados?
  • Qual deles tem maior risco de graves complicações neurológicas e morte?
  • Quais as 2 doenças mais associadas?
  • Como se manifesta cada uma delas?
  • Como são diagnosticadas e tratadas?
A

Alguns vírus do gênero Enterovirus (família Picornaviridae, do tipo RNA, como o coxsackie A e B, enterovírus 71 e echovírus), transmitidos via oro-fecal ou por fômites, podem causar doenças (mais de 30 documentadas), sendo as principais:

  • HERPANGINA: febre alta, odignofagia e lesões vesiculares ulceradas (2-4mm) em FARINGE POSTERIOR, com cicatrização em 7 a 10 dias. Pode ser tratada com bochechos de corticoide 3x/dia e antivirais em casos mais graves.
  • DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA: causada geralmente por por coxsackie A16. A implantação inicia-se normalmente na mucosa bucal e ileal, em seguida, dissemina-se para nódulos linfáticos em 24h. O vírus pode estar presente nas fezes do paciente por até 1 mês após início da infecção. Cursa com lesões papulovesiculares e ulceradas em toda a cavidade oral (primeiro local, sem pródromos), mãos, pés e nádegas. As lesões orais assemelham-se às da herpangina, porém podem ser mais numerosas e não estão confinadas às áreas posteriores da boca.

Enterovírus 71 está relacionado a complicações neurológicas e maior mortalidade.

  • Diagnóstico é clinico e tratamento de suporte (alívio sintomático, antipiréticos e anestésicos).
22
Q

Sobre o Sarampo:

  • Qual tempo de incubação?
  • Quais os pródromos?
  • Qual o aspecto, nome em que fase surgem as lesões típicas da cavidade oral?
  • Como evolui o exantema?
  • Quais complicações podem ocorrer?
  • Por quanto tempo transmite?
A
  • Paramixovírus (RNA vírus do gênero Morbilivirus da família Paramyxoviridae).
  • Incubação 10-12 dias
  • Febre progressiva (pico máximo no início do exantema), tosse intensa, conjuntivite, coriza e rinorreia.
  • MANCHAS DE KOPLIK (máculas brancas com halo de hiperemia ao redor na mucosa jugal, sendo sinal patgnomônico. Surge DURANTE OS PRÓDROMOS).
  • Exantema maculopapular morbiliforme, com áreas de pele íntegra de permeio ao lado de lesões confluentes. Se inicia na fronte, região retroauricular e nuca, de evolução craniocaudal lenta (tronco e extremidades), desaparecendo com descamação fina, furfurácea e acastanhada.
  • Pode ser complicada com otite média (mais comum), pneumonia, bronquite persistente e diarreia. Alguns casos com encefalite.
  • Transmissão 3 dias antes a 6 dias após início do exantema (secreção e aerossol).
23
Q

Sobre o Sarampo:

  • Qual tempo de incubação?
  • Quais os pródromos?
  • Qual o aspecto e nome das lesões na cavidade oral, e qual fase aparece?
  • Como é o exantema?
  • Quais complicações podem ocorrer?
  • Por quanto tempo transmite?
A
  • Incubação de 10-12 dias
  • Pródromos com febre progressiva (pico máximo no início do exantema), tosse intensa, conjuntivite, coriza e rinorreia.
  • MANCHAS DE KOPLIK (máculas brancas com halo de hiperemia ao redor na mucosa jugal, sendo sinal patgnomônico. Suge durante os pródromos). Essas manchas não são as únicas manifestações orais possíveis. A candidíase, a gengivite ulcerativa necrosante (GUN) e a estomatite necrosante podem ocorrer se houver má nutrição significante.
  • Exantema maculopapular morbiliforme, com áreas de pele íntegra de permeio ao lado de lesões confluentes. Se inicia na fronte, região retroauricular e nuca, de evolução craniocaudal lenta (tronco e extremidades), desaparecendo com descamação fina, furfurácea e acastanhada.
  • Pode ser complicada com otite médiA (mais comum), pneumonia, bronquite persistente e diarreia. Alguns casos pode evoluir com PANENCEFALITE ESCLEROSANTE SUBAGUDA (complicação tardia).
  • Transmissão 3 dias antes a 6 dias após início do exantema (secreção e aerossol).
24
Q

Sobre o Sarampo:

  • Como é feito o diagnóstico de Sarampo?
  • Na histopatologia tem algum achado sugestivo?
  • Existe algum tratamento específico?
A
  • Diagnóstico por Sorologia (IgM e IgG. Costuma positivar com 1-2 dias após o exantema) ou Isolamento viral (geralmente por PCR, com amostras coletadas até o 5º dia do surgimento do exantema).
  • Células Gigantes de Warthin-Finkeldey (foto, linfócitos gigantes multinucleados, biópsia de tecidos linfóides) podem vir presentes no anatomopatológico e sugere a doença. Mas não é exclusivo do sarampo.
  • Não existe tratamento específico para o sarampo, sendo o tratamento realizado de suporte (em alguns casos hospitalar) e utilizado reposição de vitamina A (reduz a morbimortalidade). Para imunocomprometidos, pode ser utilizado RIBAVIRINA ou IMUNOGLOBULINA.
25
Q

Sobre a Rubéola:

  • Qual seu agente?
  • Qual sua importância?
  • Quais meses tem pico de incidência?
  • Qual sinal pode ser visto no palato?
A
  • Togavírus
  • Maior importância nos defeitos congênitos (surdez, doença cardíaca e catarata).
  • Pico no inverno e primavera (gotículas respiratórias).
  • Incubação de 14-21 dias, se tornando infectantes 1 semana antes do exantema até 5 dias após erupções.
  • SINAL DE FORCHHEIMER (pequenas pápulas discretas vermelho-cereja que se desenvolvem no palato mole e se estendem ao palato duro).
  • Sorologia (diagnóstico)
  • Tratada com Imunoglobulina Específica e Vacina.
26
Q

Sobre o HPV:

  • Cite 3 lesões benignas orais por esse agente, e onde costumam surgir.
A
  • VERRUGAS (lábios e mucosas queratinizadas, por autoinoculação das mãos).
  • PAPILOMAS (palato mole, pilares amigdalianos e úvula. tem coloração róisea, são pediculados e com superfície vegetante).
  • CONDILOMAS (principalmente na língua. São múltiplos, sésseis e com tendência a coalescência, de superfície mais áspera).
27
Q

Sobre o HPV: os achados abaixo sugerem quais tipos de lesão?

A

Papiloma (esquerda) e condiloma (direita).

28
Q

Sobre o HPV:

  • Ele é considerado fator de risco para carinoma orofaríngeo?
A
  • A relação, especialmente em tonsila palatina, raiz de língua e laringe tem se mostrado consistente no que diz respeito a carcinogênese, Mas nem sempre o vírus é encontrado no CEC.
  • Deve-se perguntar sobre o TABAGISMO e ALCOOLISMO pois se aumenta sinergia para carcinoma ao se avaliar lesões papilomatosas.
29
Q

Sobre o HPV:

  • Como é confirmado o diagnóstico do HPV oral?
  • Cite 3 testes para pesquisa do DNA vial e confirmação do subtipo.
  • Quais os subtipos associados a verrugas, papilomas e
  • Quais os subtipos com maior potencial oncogênico?
  • Qual o tratamento recomendado na boca?
A

Diagnóstico:

  • O diagnóstico é clínico.
  • Pode ser confirmado por histopatológico (coilocitose), após biópsia excisional das lesões.
  • A pesquisa do DNA viral pode ser feito por imunohistoquímica do p16, hibridização in situ ou PCR (fundamental para avaliar oncogenicidade).

Subtipos mais encontrados na cavidade oral são:

  • 2 e 4 (verrugas)
  • 6 e 11 (papilomas e condilomas)
  • 16 e 18 (oncogênicos)

Tratamento:

  • Exérese cirúrgica com cauterização da base para evitar recidivas.
30
Q

Qual o nome da lesão abaixo, causada por HPV?

A
  • DOENÇA DE HECK (hiperplasia epitelial MULTIFOCAL).
  • Doença rara, benigna, afeta mucosa oral de crianças e adultos jovens de diversas regiões do mundo e em diferentes grupos étnicos, como indígenas e esquimós.
  • Associa-se a HPV 13 e 32