Tumores colorretais Flashcards
Epidemiologia da neoplasia colorretal
Segunda mais frequente do mundo e Brasil (tanto em homens quanto mulheres)
Vias oncogênicas
- instabilidade cromossômica (evolução do pólipo adenomatoso com mutação nos genes APC, KRAS e P53) • 75%, principalmente homens e cólon esquerdo
- instabilidade de microssatélites (síndrome de Lynch - genes MMR)
- fenótipo metilador (mecanismos epigenéticos) • pólipos serrilhados, principalmente mulheres e cólon direito
Localização mais frequente de pólipos colorretais
Cólon distal e reto
Potencial de malignização do pólipo adenomatoso
10%
Tipos de pólipos em relação à arquitetura
- tubulares (80%)
- vilosos (5-15%) • maior risco de malignização
- tubulovilosos (5-15%)
Tipos de pólipos em relação ao grau de atipia
Displasia de baixo ou alto grau
Qual o passo inicial da carcinogênese?
Mutação do gene APC, que é inativado levando a proliferação celular
Fatores de risco para a malignização do pólipo adenomatoso
Número de pólipos, tamanho, morfologia, variedade histológica e grau de displasia
Principal determinante do risco de metástase linfonodal
Profundidade (Haggitt 4)
Principal tratamento de pólipos colorretais
Polipectomia colonoscópica
Técnica de polipectomia de acordo com o tamanho do pólipo
- sésseis < 1 cm: polipectomia com pinça de biópsia
- sésseis 1 - 2 cm: polipectomia com alça diatérmica após injeção salina
- sésseis > 2 cm: polipectomia a piecemeal
- pediculado: polipectomia com alça diatérmica
Intervalos de nova colonoscopia de acordo com achado da biópsia de pólipo
Critérios de polipectomia curativa para pólipo maligno
- ressecção completa da lesão
- margens livres (mínima de 1mm)
- histologia bem diferenciada
- ausência de lesão vascular ou linfática
Protocolo de seguimento para pacientes tratados endoscopicamente de pólipo maligno
- repetir colonoscopia em três meses com biópsia
- se normal, repetir exame com 1, 3 e 5 anos
Protocolo em pacientes com ressecção fragmentada de pólipo grande ou ressecção duvidosa
Nova colonoscopia em 6 meses
Rastreamento em pacientes com história familiar positiva de CCR
- iniciar triagem aos 40 anos ou 10 anos antes do diagnóstico do familiar de primeiro grau
- colonoscopia a cada 5 anos
Fatores de risco do CCR
- idade > 50 anos (principal)
- etnia afro-americana
- homens
- história pessoal ou familiar de CCR ou pólipos adenomatosos
- dieta pobre em fibras
- etilismo e tabagismo
- DM2
- obesidade
- doença inflamatória intestinal
Idade de início para rastreamento de CCR
50 anos
Métodos de rastreamento de CCR e seus intervalos
- colonoscopia (10 anos)
- colonoscopia virtual (5 anos)
- retossigmoidoscopia (5 anos)
- teste imunoquímico fecal (anual)
- teste de DNA fecal (3 anos)
- sangue oculto nas fezes em 3 amostras (anual)
Clínica do CCR
Inicialmente assintomático. A mudança de hábito intestinal é o sintoma mais comum. Outros: hematoquezia ou melena, dor abdominal, anemia ferropriva, náuseas e vômitos, abdome agudo obstrutivo ou perfurativo
Clínica mais específica dos tumores de cólon direito
Síndrome consumptiva, anemia, massa palpável
Clínica mais específica dos tumores de cólon esquerdo
Dor abdominal em cólica, constipação ou diarreia, episódios de enterorragia com ou sem muco
Clínica mais específica dos tumores de reto
Tenesmo, sangramento retal, fezes com muco ou sangue, hematúria, fístula retovaginal
Características das metástases de tumores colorretais
- aproximadamente 20% dos pacientes no momento do diagnóstico
- linfática, hematogênica, contígua e transperitoneal
- mais comuns em linfonodos, fígado, pulmões e peritônio