Hérnias Flashcards
Fatores de risco para surgimento de hérnias
Fraqueza da parede (tabagismo, desnutrição, diabetes, imunossupressão, doenças do colágeno) e elevação da pressão intra-abdominal (tosse crônica, prostatismo, ascite, obesidade, gestação, tumores)
Localização da linha semilunar
Margem lateral do m. reto abdominal
Limites do canal inguinal
- anterior: aponeurose do m. oblíquo externo
- inferior: ligamento inguinal
- posterior: fáscia transversalis / m. transverso
- início: anel inguinal interno (lateral e profundo)
- fim: anel inguinal externo (medial e superficial)
Conteúdo do canal inguinal nos homens
- cordão espermático
- m. cremaster
- a. e v. testicular
- vasos deferentes
- vasos cremastéricos
- processo vaginalis
- ramo genital do n. genitofemoral
Conteúdo do canal inguinal nas mulheres
Ligamento redondo
Zonas de fragilidade da parede abdominal
- triângulo de Hasselbach: local das hérnias inguinais DIRETAS, onde a parede abdominal não é recoberta por musculatura
- orifício miopectíneo de Frouchard: dividido em inferior (hérnias femorais) e superior (hérnias inguinais diretas medial e indiretas lateral aos vasos epigástricos inferiores)
Limites do triângulo de Hasselbach
- inferior: ligamento inguinal
- medial: borda lateral do m. reto abdominal
- lateral: vasos epigástricos inferiores
Limites do orifício miopectíneo de Frouchard
- superior: tendão conjunto
- inferior: ligamento de Cooper
- lateral: m. iliopsoas
- medial: reto abdominal e púbis
Fisiopatologia das hérnias inguinais
- direta: fraqueza da parede posterior (medial aos vasos epigástricos inferiores, dentro do triângulo de Hasselbach)
- indireta: fraqueza do anel inguinal interno (lateral aos vasos epigástricos inferiores)
Classificação de Nyhus para hérnias inguinais
- tipo I: indireta com anel normal
- tipo II: indireta com anel inguinal interno dilatado
- tipo III: defeito na parede posterior
• tipo IIIA: direta
• tipo IIIB: indireta
• tipo IIIC: femoral - tipo IV: recorrência
• tipo IVA: direta
• tipo IVB: indireta
• tipo IVC: femoral
• tipo IVD: mista
Epidemiologia das hérnias inguinais
Mais comuns em homens (9:1), lado direito é mais acometido
Epidemiologia das hérnias femorais
Mais comum em mulheres (4:1), correspondem a apenas 4% das hérnias da região
Exames complementares para hérnias inguinais
- USG: boa especificidade, rápido e acessível
- TC: útil para diagnósticos diferenciais e planejamento difícil
- RNM: padrão-ouro, avalia planos musculares e adiposos
Tratamento cirúrgico das hérnias inguinais
Hernioplastia com colocação de tela livre de tensão, exceto se houver infecção grosseira, recusa do paciente, indisponibilidade do material ou urgências selecionadas (sendo indicada a técnica de Shouldice)
Indicação de watchful waiting para hérnias inguinais
Pensar em homens assintomáticos com risco cirúrgico elevado
Principais complicações das hérnias inguinais
Encarceramento (hérnia torna-se irredutível) e estrangulamento (edema, com isquemia e necrose)
Indicação cirúrgica em casos de estrangulamento da hérnia
Cirurgia de urgência, com inguinotomia, laparoscopia ou laparotomia se sinais de comprometimento visceral
Quando reduzir a hérnia e observar?
Encarceramento recente sem comprometimento sistêmico, sendo necessário observação clínica após
Técnica cirúrgica padrão para tratamento de hérnias inguinais
Hernioplastia aberta a Lichtenstein (utiliza-se uma tela de polipropileno para reforçar a parede posterior do canal inguinal)
Melhores indicações para hernioplastia videoassistida pré peritoneal (TAPP ou TEP)
Hérnia bilateral e/ou recidivada, podendo também ser oferecida para casos primários
Localização da hérnia de Spiegel
Lateralmente na parede abdominal anterior (hérnia da linha semilunar)
Localização da hérnia femoral
Abaixo do ligamento inguinal
Fatores de risco para hérnias incisionais
Cicatrização prejudicada e uso de tensão excessiva na sutura
Características da técnica de Bassini
Aproxima o ligamento inguinal do tendão conjunto sem uso de tela (alto índice de recidiva, em desuso)