Trauma abdominal Flashcards
• Distribuição trimodal das mortes
o Pico 1: morte rápida, difícil evitar, gravíssimo. Causas da morte – obstrução das vias aéreas, choque, quadro neurológico
o Pico 2: até 24 hrs, lesões tratáveis
o Pico 3: > 24 hrs, morte devido a sepse, TEP, SDMOS
Tipos de trauma
• Contuso (fechado) – acidentes. Baço > fígado > bexiga> vísceras ocas
• Penetrante (tiros, facadas):
o Arma branca: fígado > intestino delgado > diafragma > cólon
o Arma de fogo: intestino delgado > cólon > fígado > estruturas vasculares
Lesões x traumas
- Víscera oca: aumento súbito da pressão abdominal;
- Víscera sólida/retroperitônio: compressão contra parede posterior (+ no idoso);
- Lesão mesentérica e pedículo renal: desaceleração súbita.
Exame físico
• Paciente tem que perder 30% de sangue para ter sintomas alarmantes, antes disso só tem taquicardia – por isso exame físico é falho
TC contrastada
- Padrão ouro
- Precisa que o paciente esteja com estabilidade hemodinâmica
- Avalia retroperitônio
Lavado peritoneal diagnóstico
• Exame (cirúrgico) mais sensível para encontrar hemorragia
• Incisão na cicatriz umbilical, coloca cateter na cavidade e aspira pra ver se vem sangue/conteúdo alimentar.
• Pode ser feito com paciente estável ou instável
• Positivo:
o Aspirado: 10 ml de sangue ou alimentos
o Lavado: hemácias, leucócitos, amilase, bile
USG-FAST
- Avalia presença de líquido
- Subxifoide, hepatorrenal, esplenorrenal, supra-púbica (alguns veem pleura)
- Substitui TC em pacientes instáveis
Conduta no trauma penetrante
• Paciente em observação e dieta zero
• Arma de fogo
o Se lesão penetrar o peritônio: laparotomia exploradora
o Se lesão não penetrou: manter em observação e tratar lesões
• Arma branca
o Choque ou peritonite ou evisceração: laparotomia
o Se não tiver choque ou peritonite ou evisceração: exploração digital da ferida – se for positiva indica violação do peritônio – fica em observação e faz exames – laparatomia exploradora
o Se tudo for negativo: observação, tratar lesões e estabilizar
Atendimento inicial
- 1ª avaliação: ATLS - vias aéreas > ventilação > abdome (parte da circulação) => prevenir hipóxia
- 2ª avaliação: exames e anamnese
- ABCDE
- A: controle de via aérea, colar cervical
- B: FR e qualidade respiratória, fornecer O2, reanimação, tórax
- C: pulso, perfusão, cor, temperatura, buscar sangramentos
- D: avaliar consciência, pupilas
- E: exposição das zonas afetas
Conduta no trauma fechado
- Peritonite, ruptura diafragma, pneumoperitonio – laparotomia
- Se não tiver esses achados mas paciente instável após reposição volêmica – laparotomia exploradora (não politrauma)
- FAST +: laparotomia (politrauma)
- FAST – ou indeterminado: observação, reposição com 1000 ml de cristaloides
Pacientes estáveis
- Paciente que chega estável ou adquire estabilidade
- Rx cervical, tórax e pelve
- Hemograma
- Transaminases
- Enzimas hepáticas e pancreáticas
- B-HCG (feminino em idade fértil)
- Classificação OBO-Rh
- Lactato (pacientes + graves)
- Gasometria arterial
Conduta do paciente estável – avaliação secundária
- Paciente estável – TC – lesão de viscera oca – laparotomia
- Paciente estável – TC- lesão de visceral maciça – TNO (se lesão de viscera maciça for negativo faz laparotomia)
- Paciente em observação com peritonite, instabilidade ou exames alterados – TC ou laparotomia
Trauma contuso
- Conduta -> estabilizar, pranchar e colocar colar cervical
- Máscara de oxigênio e conversar com o pct
- Exame físico de tórax
- Avaliar instabilidade e circulação (acesso venoso - > iniciar reposição volêmica)
- Usar o acesso colher exame para hemograma, glicemia, transaminases, amilase
- Inserir sonda vesical para avaliar nível urinário (pct grave)
- Exame do abdome + exame da pelve (compressão) Se peritonite -> exame neurológico -> laparotomia
- Melhorou o estado de estabilidade hemodinâmica com a reposição -> exame neurológico e reavaliação do exame físico
- Segue hipotenso -> FAST + iniciar transfusão de hemocomponentes
- FAST + -> hemotransfusão e laparotomia
Videolaparoscopia
- Exige estabilidade hemodinâmica pois o volume circulante não pode estar comprometido e pois aumenta a pressão abdominal
- usado quando se tem lesões penetrantes na transição toracoabdominal;