Câncer de esôfago Flashcards
Anatomia do esôfago
Esôfago não tem serosa: metástase fácil
Inicia 15 cm depois da arcada dentária
15-18 cm: esôfago cervical - cervicotomia
18-25 cm: parte torácica superior do esôfago - toracotomia mas muito difícil
>25 cm: deixa de ter contato com traqueia
Introdução
- Diagnóstico geralmente tardio
- Geralmente iniciado no epitélio da mucosa e cresce pra lux e profundidade
- Tumor T3: atinge adventícia
- Tumor T4: atinge serosa
- Evolução geralmente lenta
- Tumores de mucosa raramente tem metástase para outros tecidos pois não tem vascularização (precisa afundar mais)
Tipos histológicos:
- Carcinoma: origem na mucosa
- Adenocarcinoma: origem na mucosa glandular
- Escamoso: origem na mucosa escamosa
Grupos de risco:
- Carcinoma escamoso: tabagismo, alcoolismo, HPV (mesmos fatores do CA do trato aéreo digestivo)
- Adenocarcinoma: Barret, DRGE, obesidade. CA de esôfago distal
Patologia
Prognóstico: depende da extensão, penetração, comprometimento linfonodal, se tem metástase a distancia
Carcinoma epidermoide: disseminação linear na submucosa (esofago médio e inferior)
Adenocarcinoma: penetra transversalmente
Na endoscopia é difícil enxergar o tumor em si, o que vemos é uma mancha/irregularidade
Clínica:
Disfagia progressiva rápida Perda de peso importante Tosse após líquidos Rouquidão Icterícia Dispneia
EDA:
- Para pacientes com disfagia
- Encaminhar para histopatológico
- Localização, extensão
- Sonda para nutrição
- Paliativo: dilatação
Estudo radiológico
- Esofagograma
- Estenose ou ulceração (sinal do degrau)
- Extensão e localização
- Comprovar suspeita de fístula (contraste extravasa)
Estadiamento:
Estadiamento:
Extensão: tumor primário, linfonodos regionais e metástase a distância
- pré operatório é presuntivo: por meio de TC, USG, broncoscopia
- completada no pós operatorio: pela histopatologia
Disseminação locorregional (parede, linfonodos regionais e órgãos adjacentes) e sistêmica (fígado, pulmão, peritônio e linfonodos celíacos)
Avalia prognóstico e conduta mais adequada
Diagnostica - avalia tamanho - vê se é tratável - tto cirúrgico - faz complementares se necessário - estadiamento
Tomografia (multi-slice)
- Padrão ouro para estadiamento pois ve muita coisa
- Alta precisão: metas hepáticas, fistulas
- Sensibilidade baixa para comprometimento locorregional
USEndoscópica
- Melhor para confirmar com precisão
- Grau de profundidade
- Avaliar lesões superficais
- Feito onde na EDA mostra tumor sup e na TC não apresenta boa descrição da lesão
Fibrobroncoscopia
Se o pct apresenta tosse é importante para ver se tem invasão da arvore da traqueia
• Neoplasia respiratória concomitante
• Compressão e/ou invasão da árvore traqueal
Tratamento
Curativo: ressecação endoscópica em boas condições clínicas e sem metástase
- Ressecção: esofagectomia com ampla margem de segurança (8cm) e linfadectomia (15 linfonodos) e reconstrução do estômago
Paliativo: casos de metástase (M1) ou T4b (irressecável)
Toracotomia direita:
- facilita dissecção de todo esôfago e de toda cadeia de linfonodos intra-torácicos
- Abre tórax do lado direito e afasta o pulmão - já chega ao esôfago
- Aorta do lado esquerdo
- Tem que mudar paciente de posição e demora muito
- Anastomose D é melhor
- Toracotomia, laparotomia e cervicotomia para anastomose