Trauma Flashcards

1
Q

Qual explicação para ocorrência de lesão renal aguda em pacientes que sofrem queimadura elétrica?

A

Ocorre uma rabdomiólise secundária à corrente elétrica, com posterior mioglobinúria.

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2
Q

Quais 3 passos constituem a conduta em pacientes com lesão renal aguda por queimadura elétrica?

A

1) Hiperhidratação (7 mL/kg/%SCQ) de cristaloides em 24h;
2) Alcalinização da urina;
3) Estimulação da diurese osmótica com manitol (facilita eliminação de mioglobina).

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3
Q

A lesão inalatória com queimaduras de vias aéreas é semelhante a que quadro? Quais principais agentes causadores?

A

1) Síndrome da Angústia Respiratória no Adulto (SARA);

2) Agentes químicos, principalmente.

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4
Q

Quais 3 passos constituem a conduta em pacientes com lesão de via aérea por queimadura química?

A

1) IOT;
2) VM c/ FiO2 > 50%;
3) Limpeza frequente c/ aspiração de via aérea.

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5
Q

O que é a úlcera de Curling?

A

Úlcera péptica por estresse, típica do paciente queimado.

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6
Q

Quais 3 características da queimadura de 1o grau?

A

1) Atingem só a epiderme;
2) São dolorosas;
3) Apresentam eritema cutâneo.

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7
Q

O que são as queimaduras de 2o grau? Como são divididas e quais delas provocam mais dor?

A

1) Lesão da epiderme e, em certo grau, da derme;
2) Podem ser divididas em superficiais e profundas, sendo as primeiras muito dolorosas pela exposição de terminações nervosas livres;

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8
Q

Quais 3 características da queimadura de 3o grau?

A

1) Destruição de toda derme, impedindo reepitelização;
2) Não há dor, visto que as terminações nervosas já foram destruídas;
3) Só cicatrizam por contração ou enxertia.

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9
Q

O que é acetato de mafenida?

A

É uma sulfonamida utilizada como ATB principalmente em grandes queimados por sua ampla atividade contra Gram -, em especial Pseudomonas spp.

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10
Q

Quais 2 principais indicações de uso de mafenida?

A

1) Grandes queimados c/ infecção por Gram -, principalmente nos casos de falha terapêutica com outros agentes;
2) Feridas infectadas e com tecido necrótico (penetra bem nas escaras e evita proliferação bacteriana).

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11
Q

Quais 2 principais inconvenientes da mafenida?

A

1) Dor intensa durante aplicação;

2) Acidose metabólica pela inibição da anidrase carbônica.

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12
Q

Qual é a complicação infecciosa mais comum no paciente grande queimado?

A

Pneumonia, visto que normalmente apresentam lesão de via aérea e frequentemente são colocados sob VM.

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13
Q

Com relação à resistências dos tecidos à passagem de corrente elétrica, qual ordem decrescente de resistência dos seguintes tecidos: músculo, nervo, vaso e osso?

A

Osso > músculo > nervo > vasos.

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14
Q

As queimaduras de espessura total de membro podem evoluir para que quadro? Quais 2 procedimentos necessários no tratamento desse quadro?

A

1) Síndrome compartimental do membro afetado;

2) Fasciotomia e escarotomia.

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15
Q

Qual principal mecanismo de choque no paciente grande queimado?

A

Perda da termorregulação.

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16
Q

Qual via preferencial de administração de fármacos nos politraumatizados (incluindo grandes queimados)?

A

IV.

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17
Q

Quais 4 sintomas presentes no quadro clínico sugestivo de lesão térmica de vias aéreas?

A

1) Edema de face;
2) Estridor;
3) Roncos;
4) Queimaduras de cílios e vibrissas nasais.

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18
Q

Qual varição de taxa de metabolismo nos seguintes quadros:

1) Jejum prolongado;
2) Fraturas ortopédicas;
3) Sepse;
4) Grande queimado.

A

1) Diminuição da taxa entre 10-30%;
2) Aumento da taxa entre 10-30%;
3) Aumento da taxa entre 30-60%;
4) Aumento da taxa entre 50-100% (depende da SCQ).

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19
Q

Nas queimaduras de 3o grau, além da perda de sensibilidade à dor, quais outras duas perdas ocorrem?

A

Sensibilidade tátil e à pressão.

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20
Q

Quais 4 condutas iniciais em grandes queimados com suspeita de lesão inalatória?

A

1) Cuidados imediatos com as vias aéreas;
2) Hidratação venosa;
3) Cateter urinário;
4) Exames laboratoriais.

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21
Q

Quais 4 principais alterações presentes na resposta hipermetabólica após grandes queimaduras.

A

1) Aumento da temperatura corpórea;
2) Aumento do consumo de glicose e O2;
3) Aumento da formação de CO2;
4) Glicogenólise, lipólise e proteólise.

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22
Q

Em politraumatizados, quais 2 condutas preconizadas no ABCDE do ATLS, levando em conta a letra A?

A

IOT e colar cervical p/ proteção da coluna cervical.

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23
Q

Em politraumatizados, quais 2 condutas preconizadas no ABCDE do ATLS, levando em conta a letra B?

A

Suporte de O2 e RX de tórax na sala de emergência.

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24
Q

Em politraumatizados, quais 4condutas preconizadas no ABCDE do ATLS, levando em conta a letra C?

A

1) Garantir 2 acessos periféricos;
2) Infusão de cristaloides aquecidos;
3) Solicitar hemoderivados;
4) FAST ou lavado peritoneal caso o RX tórax esteja normal.

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25
Q

Em politraumatizados, quais 2 condutas preconizadas no ABCDE do ATLS, levando em conta a letra D?

A

Garantir via aérea adequada e manter oxigenação e controle de PA.

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26
Q

Em politraumatizados, qual conduta preconizada no ABCDE do ATLS, levando em conta a letra E?

A

Manter paciente aquecido.

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27
Q

Em pacientes politraumatizados com pneumotórax hipertensivo diagnosticado, qual a 1a conduta?

A

Punção descompressiva no 2o espaço intercostal, na linha hemiclavicular.

OBS: A IOT antes do procedimento tende a agravar o caso.

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28
Q

Paciente politraumatizado com dor difusa à palpação, com DB dolorosa (indicando peritonite), tem indicação formal de qual procedimento?

A

Laparotomia exploradora.

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29
Q

Qual conduta em paciente politraumatizado, estável hemodinamicamente, Glasgow 14, com queixa de dor abdominal?

A

TC abdome.

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30
Q

No atendimento pré-hospitalar do politraumatizado, qual a 1a medida a ser tomada?

A

Garantir a segurança do local.

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31
Q

Na impossibilidade de IOT, qual via aérea definitiva cirúrgica de escolha? Quais duas situações ela não é usada?

A

1) Cricotireoidostomia;

2) Usada a traqueostomia nos traumas de laringe e em menores de 12 anos.

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32
Q

Quais 4 principais indicações de via aérea definitiva?

A

1) Apneia;
2) Trauma maxilofacial grave c/ sangramento profuso de orofaringe;
3) Vômitos incoercíveis;
4) Rebaixamento do nível de consciência traduzido por Glasgow < 9.

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33
Q

Quais 2 contraindicações p/ realização de intubação nasotraqueal?

A

Apneia e pacientes com sinais de fratura de base de crânio.

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34
Q

Quais 6 etapas da sequência rápida de intubação?

A

1) Preparação;
2) Pré-oxigenação;
3) Sedação (pré-medicação);
4) Pressão cricoide (manobra de Sellick);
5) Paralisia muscular;
6) Intubação.

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35
Q

Quais 3 principais achados compatíveis com rotura traumática de aorta?

A

1) PA assimétrica;
2) Alargamento de mediastino ao RX;
3) Desvio de traqueia ao RX.

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36
Q

Qual indicação de toracotomia na sala de emergência?

A

Vítimas de lesão penetrante (preferencialmente arma branca), com parada cardíaca presenciada ou que cheguem à emergência em AESP (provavelmente tamponamento cardíaco).

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37
Q

Qual a definição de hemotórax maciço?

A

Drenagem imediata de 1500 mL de sangue ou acima de 200-400 mL/h nas primeiras 2h.

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38
Q

Quais 3 condutas no paciente c/ tórax flácido?

A

1) Oxigenoterapia;
2) Analgesia;
3) Internação e avaliação de necessidade de IOT e VM.

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39
Q

O que é a zona de Ziedler?

A

Região entre a linha axilar anterior esquerda, linha paraesternal direita, 2o espaço intercostal esquerdo e 6o espaço intercostas esquerdo, onde estão presentes importantes estruturas cardíacas potencialmente afetas por trauma.

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40
Q

Quais os 4 principais sinais radiográficos de ruptura traumática de aorta?

A

1) Alargamento de mediastino ≥ 6 cm em < 60 anos e ≥ 8 cm em > 60 anos;
2) Desvio da traqueia p/ direita;
3) Rebaixamento do brônquio-fonte esquerdo;
4) Hemotórax esquerdo.

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41
Q

No pneumotórax hipertensivo, qual a causa da instabilidade hemodinâmica?

A

Prejuízo extremo do retorno venoso, levando à queda abrupta da pré-carga.

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42
Q

Quais as 6 lesões com maior risco de morte no trauma torácico?

A

1) Obstrução de vias aéreas;
2) Pneumotórax hipertensivo;
3) Hemotórax maciço;
4) Pneumotórax aberto;
5) Tórax instável c/ contusão pulmonar;
6) Tamponamento cardíaco

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43
Q

Quais 2 opções terapêuticas no paciente traumatizado com suspeita de tórax instável?

A

1) A melhor terapia é a de IOT + VM por um curto espaço de tempo (de forma a prevenir hipóxia até diagnóstico de todas as lesões;
2) Analgesia c/ bloqueios intercostais, administração de O2 suplementar por cateter nasal e infusão cautelosa de líquidos (terapia definitiva).

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44
Q

Em vítimas de lesão por projéteis de alta velocidade com embolia gasosa, qual a causa da morte precoce?

A

Fístulas alveolocapilares (que causam EAP e insuficiência respiratória aguda).

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45
Q

Qual principal complicação da broncoscopia ambulatorial?

A

Pneumotórax.

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46
Q

Em traumas penetrantes no adulto, com evolução p/ tamponamento cardíaco e pneumotórax hipertensivo, qual medida inicial é contra-indicada e porque?

A

IOT, por exacerbar hipotensão e agravar estado hemodinâmico dos pacientes.

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47
Q

Qual medida inicial no tratamento de trauma penetrante em adultos que evoluem p/ tamponamento cardíaco?

A

Punção de Marfan (pericardiocentese).

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48
Q

Qual medida inicial no tratamento de trauma penetrante em adultos que evoluem p/ pneumotórax hipertensivo?

A

Toracocentese descompressiva em 2o espaço intercostal, na linha hemiclavicular.

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49
Q

Ao RX, qual achado sugestivo de aspiração gástrica?

A

Condensação na base direita (local mais frequentemente acometido).

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50
Q

Paciente politraumatizado com dor torácica e infiltrado pulmonar ao RX. Qual principal diagnóstico?

A

Contusão pulmonar.

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51
Q

Paciente politraumatizado submetido à drenagem pleural, com saída de líquido de aspecto leitoso no 3o dia pós-drenagem. Qual hipótese diagnóstica e qual exame solicitado para corroborar a hipótese?

A

Quilotórax secundário à lesão do ducto torácico. Para confirmar diagnóstico, dosa-se os triglicérides no líquido drenado.

52
Q

Pacientes politraumatizados submetidos à drenagem pleural que persistem c/ borbulhamento e sem expansão completa apresentam que possível diagnóstico?

A

Lesão brônquica.

53
Q

Qual principal mecanismo que leva os pacientes c/ tórax instável à hipóxia?

A

Contusão pulmonar

54
Q

Após tratamento do pneumotórax aberto com curativo de 3 pontas, o que o paciente pode desenvolver?

A

Pneumotórax hipertensivo.

55
Q

Qual conduta em paciente politraumatizado com parada cardíaca presenciada à admissão?

A

Toracotomia de reanimação na sala de emergência.

56
Q

O que constitui a toracotomia de reanimação em pacientes politraumatizados com parada cardíaca presenciada à admissão e quais seus 4 passos cirúrgicos?

A

Toracotomia anterolateral esquerda.

Os 4 passos são:

1) Evacuação do tamponamento cardíaco;
2) Controle de hemorragias intratorácicas;
3) Massagem cardíaca aberta;
4) Clampeamento da aorta descendente.

57
Q

Qual tratamento do pneumotórax aberto e qual seu objetivo?

A

Curativo de 3 pontas, criando um mecanismo valvular que impede a progressão do pneumotórax até que seja feito o tratamento definitivo.

58
Q

Qual a sequência mais adequada p/ atendimento de um pneumotórax hipertensivo?

A

Suporte não-invasivo de O2 –> Punção torácica –> Drenagem de tórax –> RX de controle.

59
Q

Definição de tórax instável

A

Fratura de 2 ou mais arcos costais consecutivos em 2 pontos diferentes, ficando uma parte da parede torácica “flutuante”, responsável pelo movimento paradoxal.

60
Q

Quais 3 parâmetros estão presentes tanto no tamponamento cardíaco quanto no pneumotórax hipertensivo?

A

1) Estase jugular;
2) Taquicardia;
3) Amplitude do pulso.

61
Q

Qual localização do lobo médio direito?

A

Entre as fissuras horizontal e oblíqua, correspondendo topograficamente aos 4o e 5o espaços intercostais na parede anterior.

62
Q

Nos traumas torácicos, quais 6 principais indicações de toracotomia ou esternotomia imediatas?

A

1) Hemotórax > 1500 mL;
2) Sangramento pelo dreno torácico > 200 mL por 3h;
3) Tamponamento cardíaco;
4) Ferida mediastinal infectante;
5) Pneumotórax aberto;
6) Lesão esofágica.

63
Q

Nos traumas torácicos, os derrames pleuras devem ser drenados com que tipo de dreno e em que localização?

A

38 F (grande calibre para saída de coágulos), no 5o espaço intercostal na linha axilar média.

64
Q

Quais 2 principais critérios para retirada de dreno torácico?

A

1) Boa expansão torácica ao EF e na RX (realizada todos os dias);
2) Ausência de débito aéreo e líquido significativo (< 100 mL em 24h);

65
Q

Nos traumas abdominais fechados, o que é a hemorragia em 2 tempos e a que se deve?

A

Classicamente associada ao trauma esplênico. Num 1o momento, após o trauma, ocorre sangramento pela lesão no baço, que é tamponada localmente. Após algumas horas, esse tamponamento pode se desfazer por aumento da PA ou por movimento brusco, retornando o sangramento.

66
Q

Do que consiste a manobra de Pringle, que pode se realizada no controle de hemorragias no trauma hepático?

A

Pinçamento das estruturas do hilo hepático (A. Hepática própria, V. Porta e V. Biliar Principal)

67
Q

No tratamento cirúrgico de traumas hepáticos, a persistência de hemorragia mesmo com manobra de Pringle é indicativo do que?

A

Indicativo de que a origem da hemorragia é extra-hepática, sendo a 1a hipótese a de lesão de V. Cava retro-hepática.

68
Q

Em traumas abdominais fechados com lesão de órgãos parenquimatoso, quais parâmetros que permitem abordagem conservadora?

A

Paciente consciente e hemodinamicamente estável

69
Q

O que o lavado peritoneal indica e qual a abordagem?

A

Indica lesão de víscera parenquimatosa intra-abdominal. Em pacientes hemodinamicamente instáveis, deve-se realizar laparotomia exploradora.

70
Q

Como é definida a pressão de perfusão abdominal?

A

PPA = PAM - PIA (pressão intra-abdominal).

71
Q

Quais as 3 principais consequências da síndrome compartimental abdominal?

A

1) Diminuição do retorno venoso;
2) Aumento da pressão intra-craniana;
3) Oligúria e anúria

72
Q

No trauma abdominal fechado, a presença de pneumoretroperitônio é indicado de que?

A

Lesão de duodeno em suas porções retroperitoniais (2a, 3a e 4a porções).

73
Q

O que é a chamada cirurgia de controle de danos e qual sua indicação ?

A

1a abordagem p/ controle temporário das lesões com maior risco à vida em pacientes graves dentro da chamada tríade letal (acidose, hipotermia e coagulopatia), acompanhada de fechamento temporário da cavidade e reanimação em UTI por 48-72h para que então se programe a cirurgia de controle definitivo das lesões.

74
Q

No trauma pancreático com secção do ducto, qual abordagem mais apropriada?

A

Pancreatectomia corpocaudal.

75
Q

O que é o sinal de Kehr e ao que pode estar associado?

A

Dor aguda no ombro por irritação do diafragma homolateral. Pode ser causado por sangramentos ou hematomas secundários a lesões hepáticas e esplênicas.

76
Q

Qual orgão mais comumente lesado em pacientes com o “sinal do cinto de segurança”?

A

Intestino delgado (principalmente nas suas porções retroperitoneais, com possível compressão contra a coluna vertebral.

77
Q

Na classificação de trauma renal, o que compreende o grau I?

A

Contusões e hematomas subcapsulares.

78
Q

Na classificação de trauma renal, o que compreende o grau II?

A

Lacerações < 1 cm s/ lesão do sistema coletor.

79
Q

Na classificação de trauma renal, o que compreende o grau III?

A

Lacerações > 1 cm s/ lesão do sistema coletor.

80
Q

Na classificação de trauma renal, o que compreende o grau IV?

A

Lesão do sistema coletor ou grande laceração.

81
Q

Na classificação de trauma renal, o que compreende o grau V?

A

Avulsão do hilo renal, trombose da A. renal ou múltiplas fragmentações do órgão.

82
Q

Quais as 2 principais causas de lesão de reto?

A

Traumas penetrantes e lesões por empalamento.

83
Q

A fratura de bacia normalmente está associada à lesão de qual órgão?

A

Bexiga.

84
Q

Quais 3 sintomas sugestivos de hemobilia? Qual a causa mais comum de hemobilia?

A

HDA, dor abdominal e icterícia.

Trauma hepático é a principal causa de hemobilia.

85
Q

Qual a conduta preconizada nos quadros sugestivos de hemobilia?

A

Arteriografia (diagnóstica e terapêutica).

86
Q

Em ferimentos colônicos, quando é indicada rafia primária da lesão?

A

Paciente estável hemodinamicamente, sem contaminação grosseira da cavidade, independente da porção colônica afetada.

87
Q

Em ferimentos colônicos c/ pacientes instáveis ou com contaminação prolongada, qual tratamento preconizado?

A

Exteriorização da lesão e sepultamento do coto distal p/ posterior reconstrução do trânsito intestinal.

88
Q

Qual exame mais sensível na suspeita de trauma abdominal c/ choque hemorrágico?

A

Lavado peritoneal (sensibilidade de 98% e especificidade de aprox. 100%).

89
Q

Nos traumas abdominais, o que é a chamada tríade de Sandblom e é sugestiva de que quadro?

A

Tríade: dor abdominal + icterícia + hematêmese; sugestiva de hemobilia.

90
Q

Qual diferença de mecanismo das rupturas de bexiga extraperitoneias e intraperitoneias?

A

Extraperitoneais: associadas a mecanismo de fratura de bacia;
Intraperitoneais: mecanismo de aumento da pressão por uma bexiga cheia.

91
Q

Qual ruptura de bexiga mais frequente: extra ou intraperitoneal?

A

Extra, por se associar a fratura de bacia.

92
Q

Qual única contra-indicação absoluta de lavado peritoneal?

A

Clara indicação de laparotomia exploradora (instabilidade hemodinâmica).

93
Q

Quais 5 critérios positivam o lavado peritoneal?

A

1) Aspiração de sangue > 10 mL;
2) Hemácias > 100.000;
3) Leucócitos > 500;
4) Amilase > 175;
5) Presença de bile, fezes ou restos alimentares.

94
Q

Quais 2 contraindicações à incisão infraumbilical para realização de lavagem peritoneal?

A

Gravidez e fratura de bacia.

95
Q

Qual definição de hipertensão intra-abdominal (HIA)?

A

A HIA é definida como presença repetida ou sustentada de PIA ≥ 12 mmHg.

96
Q

Quais os 4 graus de hipertensão intra-abdominal (HIA)?

A

Grau I: PIA entre 12 e 15 mmHg;
Grau II: PIA entre 16 e 20 mmHg;
Grau III: PIA entre 21 e 25 mmHg;
Grau IV: PIA > 25 mmHg.

97
Q

Em relação à pressão intra-abdominal (HIA), quando ocorre a síndrome compartimental abdominal (SCA)?

A

SCA ocorre quando PIA > 20 mmHg (graus III e IV de HIA).

98
Q

Nas suspeitas de síndrome compartimental abdominal (SCA), quando está indicada laparotomia descompressiva?

A

Quando a pressão de perfusão abdominal (PPA) estiver menor que 50 mmHg.

Lembrar: PPA = PAM - PIA. Laparotomia descompressiva de PPA < 50

99
Q

Em fraturas de últimos arcos costais à esquerda, o que se deve pensar de possível lesão intra-abdominal?

A

Trauma esplênico.

100
Q

Em fraturas de pelve, qual exame essencial que deve ser realizado antes da tentativa de sondagem vesical?

A

Toque retal, de forma a identificar hematomas perineais ou uretrorragia.

101
Q

Qual melhor exame p/ avaliar possível lesão de reto secundária à ferimento por projétil de arma de fogo em região glútea?

A

Retossigmoidoscopia.

102
Q

Nos casos dramáticos de lesão de VCI retro-hepática, qual tratamento preconizado?

A

Shunt intracava, com colocação de dreno de tórax dentro da V. Cava, laçando-se as porções supra e infra-hepáticas.

103
Q

Qual é o 1o sinal de síndrome compartimental do membro?

A

Dor.

104
Q

Em fasciotomias em membro inferior, quantas incisões são realizadas e em quais regiões?

A

2 incisões, uma medial à tíbia (descomprime os grupos posteriores superficial e profundo) e outra lateral (descomprime os grupos anterior e lateral).

105
Q

Em fraturas de bacia, qual conduta após realização de laparotomia explorada e/ou redução e fixação da fratura que evolui com instabilidade hemodinâmica?

A

Arteriografia p/ embolização arterial dos vasos ilíacos que irrigam as estruturas pélvica.

106
Q

O que é o manitol e por que é usado em pacientes c/ TCE que evoluem c/ aumento da PIC?

A

Diurético osmótico potente que permite redução da PIC.

107
Q

Qual contra-indicação para uso de manitol nos pacientes politraumatizados c/ TCE?

A

Pacientes hipotensos, visto que o manitol pode pior o quadro.

108
Q

O quadro de hematoma subdural crônico geralmente está relacionado a que tipo de trauma?

A

Traumas de baixo impacto, mas de repetição, como quedas frequentes da própria altura.

109
Q

Qual via preferencial na monitorização da PIC nos pacientes politraumatizados com TCE?

A

Drenagem através de cateter ventricular, por mais risco de herniação na drenagem lombar.

110
Q

Em traumas c/ TCE e quadro de “intervalo lúcido” são sugestivos de que?

A

Hematoma epidural (extradural).

111
Q

Qual valor de normalidade da PIC?

A

Em teoria, de 0-15 mmHg, aceitando-se na prática clínica até 20 mmHg.

112
Q

Qual a principal causa de HSA?

A

Trauma.

113
Q

Quais 5 principais sintomas associados ao HSA secundário ao trauma.

A

1) Cefaleia súbita de forte intensidade;
2) Alteração transitória do nível de consciência;
3) Fraqueza em MMII;
4) Vômitos em jato;
5) Rigidez nucal.

114
Q

Quadros severos de HIC estão associados clinicamente com a tríade de Cushing. Do que consiste a tríade?

A

Hipertensão, bradicardia e alteração do ritmo respiratório (bradipneia ou ritmo de Cheyne-Stokes).

115
Q

Qual mecanismo pelo qual a hiperventilação é preconizada nos TCEs com aumento da PIC?

A

A redução da PaCO2 arterial pela hiperventilação determina uma alcalose e o aumento do pH tem
um efeito direto sobre as arteríolas, provocando vasoconstrição. Preconiza-se um pCO2 até 30 mmHg, abaixo do qual há risco de diminuição da perfusão cerebral.

116
Q

Qual principal quadro a ser evitado nos TCEs?

A

Hipovolemia.

117
Q

Qual causa mais comum de choque hipovolêmico em crianças?

A

Lesões de vísceras parenquimatosas abdominais.

118
Q

Por quantas vezes o ATLS recomenda infusão de cristaloides se quadro refratário?

A

Até 3 infusões c/ cristaloides p/ se pensar em infusão de hemoderivados.

119
Q

Como é a classificação do TCE conforme escala de Glasgow?

A

TCE leve: 13-14;
TCE moderado: 9-12;
TCE grave: 3-8.

120
Q

Por qual razão as fraturas de arcos costais são raros nas crianças?

A

O gradeado costal é bastante elástico em função do componente cartilaginoso.

121
Q

Quais sintomas presentes na chamada tríade do trauma de laringe?

A

Rouquidão + Enfisema subcutâneo + lesão palpável.

122
Q

Qual conduta nas fraturas de ossos nasais que evoluem p/ hematoma septal?

A

Drenagem precoce em centro cirúrgico e antibioticoterapia p/ evitar formação de abcessos no local.

123
Q

Quais 2 casos em que a traqueostomia é realizada na Emergência em relação à cricotireoidostomia por punção?

A

Crianças < 12 anos ou fraturas de laringe.

124
Q

Em fraturas dos ossos nasais, quais períodos ideias para intervenção cirúrgica?

A

Até 3h do trauma (antes que o edema se instale) ou entre 7-15 depois. Após 15 dias, a consolidação ocorre e dificulta a correção.

125
Q

Como deve ser a abordagem cirúrgica nos casos de rotura diafragmática na fase precoce e na tardia?

A

Precoce: via abdominal, pois não haverá aderências torácicas e melhor avaliação de possíveis lesões intra-abdominais;

Tardia: via toracotomia, por presença de aderências intra-torácicas.

126
Q

Cite 3 alterações características ao EF de pacientes com tamponamento cardíaco?

A

1) Pulso paradoxal (diminuição de mais de 10 mmHg do valor da PA sistólica na inspiração);
2) Tríade de Beck (hipotensão, ingurgitamento jugular e abafamento de bulhas cardíacas);
3) Sinal de Kussmaul (aumento da dilatação das veias jugulares a cada inspiração).