SURDEZ IMUNOMEDIADA Flashcards
. O que é a Doença Imunomediada da Orelha Interna (DIMOI)?
A DIMOI é uma condição autoimune que afeta a orelha interna, causando distúrbios auditivos e vestibulares devido a uma reação imune contra os tecidos da orelha interna.
Quais doenças autoimunes sistêmicas podem estar associadas à DIMOI?
Doenças como artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico (LES), esclerodermia, síndrome de Cogan, poliarterite nodosa, e granulomatose de Wegener, entre outras, podem estar associadas.
- Qual é a importância do tratamento da DIMOI?
O tratamento adequado e precoce pode prevenir a progressão da doença e reduzir as sequelas irreversíveis, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
. Qual é a apresentação clínica mais comum da DIMOI?
A DIMOI se manifesta frequentemente como hipoacusia sensorioneural bilateral, flutuante e progressiva, que responde bem ao tratamento com imunossupressores.
Qual anticorpo tem sido associado à DIMOI em pacientes com otosclerose e doença de Ménière?
Anticorpos contra colágeno tipo II, um componente importante da cápsula ótica, estão elevados nesses pacientes, sugerindo uma possível correlação com a autoimunidade.
Qual foi o avanço no diagnóstico da DIMOI a partir de experimentos com animais?
Foi identificado um antígeno da orelha interna com peso molecular de 62-68 kD, cujos anticorpos são semelhantes aos encontrados nos animais de experimentação, permitindo avanços no diagnóstico da DIMOI.
Qual é a relação entre o HLA e a DIMOI?
Há uma maior incidência de HLA Cw7, B16, B18, DR2 e Cw4 em pacientes com DIMOI, em comparação com a população geral, o que pode ajudar no diagnóstico.
Qual é a prevalência da DIMOI em relação ao sexo e faixa etária?
A DIMOI afeta mais mulheres do que homens (proporção de 2:1), principalmente entre 31 e 50 anos, sendo rara em crianças.
Como a imunidade da orelha interna se compara à do cérebro?
Embora ambas tenham barreiras protetoras (como a barreira hematolabiríntica), a orelha interna é mais imunorresponsiva que o cérebro, estimulando rapidamente a imunidade sistêmica quando exposta a antígenos.
Qual é a função imunológica do saco endolinfático na orelha interna?
O saco endolinfático é o centro da imunocompetência na orelha interna, abrigando linfócitos e macrófagos, que desempenham um papel crucial na resposta imune.
Quais imunoglobulinas (Ig) estão presentes na perilinfa e em que proporção?
A IgG é a mais comum na perilinfa, seguida por IgM e IgA. A proporção é de 1:1.000 em relação à concentração no sangue, semelhante à do líquido cerebroespinhal.
Como os linfócitos chegam à orelha interna durante a resposta imunológica?
Os linfócitos chegam pela veia modiolar espiral, cujas células endoteliais expressam moléculas de adesão, permitindo a migração de células imunológicas da circulação para a orelha interna.
Qual é o impacto da resposta inflamatória na orelha interna?
Embora proteja contra infecções, a inflamação pode causar lesões cocleares, com degeneração do órgão de Corti, estria vascular e ducto endolinfático.
Qual é a hipótese para o início da DIMOI?
A hipótese sugere que lesões teciduais por infartos vasculares ou infecções virais liberam antígenos, levando à formação de autoanticorpos e imunocomplexos que danificam a orelha interna.
O que são proteínas de choque térmico (hsp 70) e como elas estão envolvidas na DIMOI?
As hsp 70 são proteínas que ajudam no transporte de proteínas desnaturadas através das membranas celulares durante o estresse. Infecções bacterianas na orelha média podem aumentar a produção de hsp 70, levando à formação de anticorpos.
O que são anticorpos antifosfolipídeos e qual é sua relação com a DIMOI?
Anticorpos antifosfolipídeos, encontrados em pacientes com DIMOI, podem contribuir para a formação de microtrombos na vasculatura labiríntica, afetando a orelha interna.
Qual é a relação entre doenças reumáticas autoimunes e DIMOI?
A associação de acometimento auditivo e vestibular com doenças autoimunes reumáticas sistêmicas sugere fortemente DIMOI, mas essa relação é encontrada em apenas 25% a 30% dos casos.
Como os imunocomplexos afetam a orelha interna na DIMOI?
Imunocomplexos circulantes causam vasculite na orelha interna, resultando em disacusias bilaterais moderadas a profundas, com frequente redução da discriminação vocal.
. Como é o início e a progressão da perda auditiva na DIMOI?
A hipoacusia é de início rápido, com progressão em semanas a meses. Pode começar unilateral, mas geralmente acomete a orelha contralateral, levando eventualmente à surdez total.
Quais são os sintomas associados à DIMOI?
Zumbido e plenitude auricular ocorrem em 25% a 50% dos casos, e tontura intermitente, cabeça leve e ataxia também podem estar presentes, especialmente em casos avançados.
Como a DIMOI pode ser confundida com a doença de Ménière?
A presença de zumbido, plenitude auricular e perda auditiva flutuante pode levar à suspeita de doença de Ménière, mas esses sintomas também são comuns na DIMOI.
Qual é a evolução vestibular da DIMOI?
Cerca de 50% dos pacientes relatam tontura intermitente ou cabeça leve. A vertigem é rara, e muitos sintomas vestibulares desaparecem com o tempo devido ao fenômeno de habituação.
Qual é a importância do histórico familiar na DIMOI?
Um antecedente familiar de doenças imunomediadas ou perda auditiva sensorioneural deve ser investigado, pois algumas doenças autoimunes têm predisposição racial e familiar.
Qual é a evolução clínica típica da DIMOI?
A evolução clínica é geralmente progressiva, mas alguns casos podem estabilizar com tratamento. A perda auditiva pode evoluir para surdez total se não tratada.
O que alguns autores sugerem sobre a evolução da DIMOI?
Alguns autores afirmam que a evolução da DIMOI pode ser variável, com muitos pacientes apresentando evolução benigna, sem necessidade de imunossupressão e sem perda auditiva total.
cite os 5 critérios maiores
cite 4 critérios menos
Qual é o tipo de perda auditiva mais comum na DIMOI?
A perda auditiva é do tipo sensorioneural, geralmente sem alteração retrococlear ou componente condutivo.
Como costuma ser a curva audiométrica na DIMOI?
A curva audiométrica geralmente é descendente, mas pode ser plana ou ascendente, afetando mais as frequências baixas do que as altas.
A perda auditiva na DIMOI é unilateral ou bilateral?
A perda auditiva é frequentemente bilateral e assimétrica em cerca de 79% dos casos.
Qual é o comportamento da discriminação vocal em pacientes com DIMOI?
A discriminação vocal pode ser desproporcionalmente boa ou ruim em relação ao limiar tonal puro, semelhante ao que ocorre em casos de lues ou neurinoma.
O que a eletronistagmografia pode revelar na DIMOI?
A eletronistagmografia pode mostrar redução da resposta calórica na orelha afetada.