SURDEZ IMUNOMEDIADA Flashcards

1
Q

. O que é a Doença Imunomediada da Orelha Interna (DIMOI)?

A

A DIMOI é uma condição autoimune que afeta a orelha interna, causando distúrbios auditivos e vestibulares devido a uma reação imune contra os tecidos da orelha interna.

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2
Q

Quais doenças autoimunes sistêmicas podem estar associadas à DIMOI?

A

Doenças como artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico (LES), esclerodermia, síndrome de Cogan, poliarterite nodosa, e granulomatose de Wegener, entre outras, podem estar associadas.

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3
Q
  1. Qual é a importância do tratamento da DIMOI?
A

O tratamento adequado e precoce pode prevenir a progressão da doença e reduzir as sequelas irreversíveis, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

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4
Q

. Qual é a apresentação clínica mais comum da DIMOI?

A

A DIMOI se manifesta frequentemente como hipoacusia sensorioneural bilateral, flutuante e progressiva, que responde bem ao tratamento com imunossupressores.

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5
Q

Qual anticorpo tem sido associado à DIMOI em pacientes com otosclerose e doença de Ménière?

A

Anticorpos contra colágeno tipo II, um componente importante da cápsula ótica, estão elevados nesses pacientes, sugerindo uma possível correlação com a autoimunidade.

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6
Q

Qual foi o avanço no diagnóstico da DIMOI a partir de experimentos com animais?

A

Foi identificado um antígeno da orelha interna com peso molecular de 62-68 kD, cujos anticorpos são semelhantes aos encontrados nos animais de experimentação, permitindo avanços no diagnóstico da DIMOI.

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7
Q

Qual é a relação entre o HLA e a DIMOI?

A

Há uma maior incidência de HLA Cw7, B16, B18, DR2 e Cw4 em pacientes com DIMOI, em comparação com a população geral, o que pode ajudar no diagnóstico.

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8
Q

Qual é a prevalência da DIMOI em relação ao sexo e faixa etária?

A

A DIMOI afeta mais mulheres do que homens (proporção de 2:1), principalmente entre 31 e 50 anos, sendo rara em crianças.

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9
Q

Como a imunidade da orelha interna se compara à do cérebro?

A

Embora ambas tenham barreiras protetoras (como a barreira hematolabiríntica), a orelha interna é mais imunorresponsiva que o cérebro, estimulando rapidamente a imunidade sistêmica quando exposta a antígenos.

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10
Q

Qual é a função imunológica do saco endolinfático na orelha interna?

A

O saco endolinfático é o centro da imunocompetência na orelha interna, abrigando linfócitos e macrófagos, que desempenham um papel crucial na resposta imune.

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11
Q

Quais imunoglobulinas (Ig) estão presentes na perilinfa e em que proporção?

A

A IgG é a mais comum na perilinfa, seguida por IgM e IgA. A proporção é de 1:1.000 em relação à concentração no sangue, semelhante à do líquido cerebroespinhal.

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12
Q

Como os linfócitos chegam à orelha interna durante a resposta imunológica?

A

Os linfócitos chegam pela veia modiolar espiral, cujas células endoteliais expressam moléculas de adesão, permitindo a migração de células imunológicas da circulação para a orelha interna.

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13
Q

Qual é o impacto da resposta inflamatória na orelha interna?

A

Embora proteja contra infecções, a inflamação pode causar lesões cocleares, com degeneração do órgão de Corti, estria vascular e ducto endolinfático.

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14
Q

Qual é a hipótese para o início da DIMOI?

A

A hipótese sugere que lesões teciduais por infartos vasculares ou infecções virais liberam antígenos, levando à formação de autoanticorpos e imunocomplexos que danificam a orelha interna.

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15
Q

O que são proteínas de choque térmico (hsp 70) e como elas estão envolvidas na DIMOI?

A

As hsp 70 são proteínas que ajudam no transporte de proteínas desnaturadas através das membranas celulares durante o estresse. Infecções bacterianas na orelha média podem aumentar a produção de hsp 70, levando à formação de anticorpos.

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16
Q

O que são anticorpos antifosfolipídeos e qual é sua relação com a DIMOI?

A

Anticorpos antifosfolipídeos, encontrados em pacientes com DIMOI, podem contribuir para a formação de microtrombos na vasculatura labiríntica, afetando a orelha interna.

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17
Q

Qual é a relação entre doenças reumáticas autoimunes e DIMOI?

A

A associação de acometimento auditivo e vestibular com doenças autoimunes reumáticas sistêmicas sugere fortemente DIMOI, mas essa relação é encontrada em apenas 25% a 30% dos casos.

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18
Q

Como os imunocomplexos afetam a orelha interna na DIMOI?

A

Imunocomplexos circulantes causam vasculite na orelha interna, resultando em disacusias bilaterais moderadas a profundas, com frequente redução da discriminação vocal.

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19
Q

. Como é o início e a progressão da perda auditiva na DIMOI?

A

A hipoacusia é de início rápido, com progressão em semanas a meses. Pode começar unilateral, mas geralmente acomete a orelha contralateral, levando eventualmente à surdez total.

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20
Q

Quais são os sintomas associados à DIMOI?

A

Zumbido e plenitude auricular ocorrem em 25% a 50% dos casos, e tontura intermitente, cabeça leve e ataxia também podem estar presentes, especialmente em casos avançados.

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21
Q

Como a DIMOI pode ser confundida com a doença de Ménière?

A

A presença de zumbido, plenitude auricular e perda auditiva flutuante pode levar à suspeita de doença de Ménière, mas esses sintomas também são comuns na DIMOI.

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22
Q

Qual é a evolução vestibular da DIMOI?

A

Cerca de 50% dos pacientes relatam tontura intermitente ou cabeça leve. A vertigem é rara, e muitos sintomas vestibulares desaparecem com o tempo devido ao fenômeno de habituação.

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23
Q

Qual é a importância do histórico familiar na DIMOI?

A

Um antecedente familiar de doenças imunomediadas ou perda auditiva sensorioneural deve ser investigado, pois algumas doenças autoimunes têm predisposição racial e familiar.

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24
Q

Qual é a evolução clínica típica da DIMOI?

A

A evolução clínica é geralmente progressiva, mas alguns casos podem estabilizar com tratamento. A perda auditiva pode evoluir para surdez total se não tratada.

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25
Q

O que alguns autores sugerem sobre a evolução da DIMOI?

A

Alguns autores afirmam que a evolução da DIMOI pode ser variável, com muitos pacientes apresentando evolução benigna, sem necessidade de imunossupressão e sem perda auditiva total.

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26
Q

cite os 5 critérios maiores

A
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27
Q

cite 4 critérios menos

A
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28
Q

Qual é o tipo de perda auditiva mais comum na DIMOI?

A

A perda auditiva é do tipo sensorioneural, geralmente sem alteração retrococlear ou componente condutivo.

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29
Q

Como costuma ser a curva audiométrica na DIMOI?

A

A curva audiométrica geralmente é descendente, mas pode ser plana ou ascendente, afetando mais as frequências baixas do que as altas.

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30
Q

A perda auditiva na DIMOI é unilateral ou bilateral?

A

A perda auditiva é frequentemente bilateral e assimétrica em cerca de 79% dos casos.

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31
Q

Qual é o comportamento da discriminação vocal em pacientes com DIMOI?

A

A discriminação vocal pode ser desproporcionalmente boa ou ruim em relação ao limiar tonal puro, semelhante ao que ocorre em casos de lues ou neurinoma.

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32
Q

O que a eletronistagmografia pode revelar na DIMOI?

A

A eletronistagmografia pode mostrar redução da resposta calórica na orelha afetada.

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33
Q

Qual exame de imagem é indicado para diagnóstico diferencial com schwannoma?

A

A ressonância nuclear magnética contrastada ou a audiometria do tronco encefálico são indicadas para o diagnóstico diferencial com schwannoma.

34
Q

Quando é recomendada a realização do teste terapêutico com corticosteroide?

A

O teste terapêutico com corticosteroide é recomendado quando há suspeita clínica de DIMOI, mas sem confirmação laboratorial, lembrando que ele pode interferir nos testes diagnósticos subsequentes.

35
Q

Quais doenças da orelha interna podem estar relacionadas à etiologia autoimune e devem ser consideradas no diagnóstico diferencial da DIMOI?

A

Doenças como surdez súbita, doença de Ménière, surdez sensorioneural crônica ou rapidamente progressiva e otosclerose podem estar relacionadas à etiologia autoimune.

36
Q

Quais doenças autoimunes sistêmicas podem fazer parte do diagnóstico diferencial da DIMOI?

A

Doenças autoimunes como granulomatose de Wegener, síndrome de Cogan, doença de Behçet e síndrome antifosfolipídeo devem ser consideradas no diagnóstico diferencial.

37
Q

Qual doença infecciosa pode evoluir com distúrbios otológicos e ser confundida com DIMOI?

A

A doença de Lyme (borreliose), que pode causar distúrbios otológicos e paralisia facial, deve ser incluída no diagnóstico diferencial.

38
Q

Quais são algumas condições vasculares e hematológicas que podem ser confundidas com DIMOI?

A

Insuficiência vascular e hipercoagulabilidade, como a causada pela síndrome antifosfolipídeo, podem estar envolvidas no diagnóstico diferencial.

39
Q

Quais doenças hereditárias devem ser consideradas no diagnóstico diferencial da DIMOI?

A

A perda auditiva heredodegenerativa e a síndrome do aqueduto vestibular alargado devem ser incluídas no diagnóstico diferencial da DIMOI.

40
Q

Como o schwannoma vestibular pode ser confundido com DIMOI?

A

O schwannoma vestibular ou a cirurgia prévia de schwannoma podem causar perda auditiva sensorioneural e sintomas vestibulares, necessitando de diagnóstico diferencial com DIMOI.

41
Q

Qual doença sexualmente transmissível pode manifestar-se com perda auditiva e ser incluída no diagnóstico diferencial da DIMOI?

A

A lues (sífilis), que pode ter manifestação otológica, deve ser considerada no diagnóstico diferencial de DIMOI.

42
Q

O que é o teste terapêutico utilizado para o diagnóstico da DIMOI?

A

É a administração de prednisona 60 mg/dia (ou 1-2 mg/kg/dia) por 30 dias para observar melhora dos limiares auditivos, sugerindo o diagnóstico.

43
Q

Qual é o tratamento inicial recomendado para a DIMOI?

A

Corticosteroides, geralmente prednisona 60 mg/dia por 4 semanas. Alternativas incluem dexametasona (0,1 mg/kg/dia) ou metilprednisolona em pulsos para perdas auditivas profundas.

44
Q

Como é avaliada a resposta ao tratamento com corticosteroides na DIMOI?

A

Melhora nos limiares tonais (≥10 dB em duas frequências consecutivas) ou melhora na discriminação vocal (≥20% em 4 semanas).

45
Q

Quando o tratamento com corticosteroides é considerado eficaz na DIMOI?

A

Cerca de 70% dos pacientes com teste positivo para anticorpos anti-68 kD (hsp 70) respondem bem ao tratamento com corticosteroides.

46
Q

Quais são as principais contraindicações ao uso de corticosteroides?

A

Hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, úlcera péptica ativa, tuberculose, glaucoma, gestação e psicoses.

47
Q

. Quais são os efeitos colaterais mais comuns da prednisona?

A

Euforia, insônia, taquicardia, ganho de peso, poliúria, alterações gastrointestinais (úlcera péptica), alterações hormonais (estado cushingoide), diabetes mellitus e necrose asséptica do fêmur

48
Q

Quais medicamentos imunossupressores são alternativas quando não há resposta aos corticosteroides?

A

Ciclofosfamida (2-5 mg/kg/dia) e metotrexato. Essas drogas requerem monitoramento devido à mielossupressão e outros efeitos colaterais graves.

49
Q

Quais são os efeitos colaterais da ciclofosfamida?

A

Mielossupressão, cistite hemorrágica, náuseas, vômitos, flebites, tromboses e risco de doenças malignas do trato urinário

50
Q

Como é feita a monitoração do uso de imunossupressores como a azatioprina?

A

Monitorar contagem de leucócitos, evitando linfócitos <3.000 células/mm³ e neutrófilos <1.000 a 1.500 células/mm³.

51
Q

Qual é a vantagem do uso de corticosteroide intratimpânico na DIMOI?

A

O corticosteroide intratimpânico é uma opção minimamente invasiva, com menor risco de efeitos colaterais e pode ser aplicado ambulatorialmente por timpanocentese ou via tubo de ventilação.

52
Q

Quais são as limitações do corticosteroide intratimpânico?

A

É difícil prever a quantidade exata de medicamento que será absorvida ou eliminada pela tuba auditiva, o que pode afetar a eficácia do tratamento

53
Q

Quando o uso de anticoagulantes pode ser considerado na DIMOI?

A

Na presença de anticorpos antifosfolipídeos, o uso de anticoagulantes pode ser aventado como tratamento, embora precise de mais estudos.

54
Q

O que é plasmaférese e como ela pode ser usada no tratamento da DIMOI?

A

A plasmaférese remove o plasma sanguíneo, substituindo-o por albumina ou plasma fresco, ajudando a reduzir imunocomplexos circulantes. Pode ser associada ao uso de corticosteroides e ciclofosfamida para melhorar o efeito imunossupressor.

55
Q

Qual é o esquema proposto para a plasmaférese na DIMOI?

A

São sugeridas sessões diárias por 5 dias consecutivos, seguidas de sessões em dias alternados por 2 semanas, e depois duas vezes por semana, num total de 10 sessões em 1 mês.

56
Q

. Quais são os novos tratamentos biológicos testados na DIMOI?

A

Os inibidores de TNF-α e os antagonistas de receptor de linfócitos CD20 são terapias biológicas em teste. Eles bloqueiam componentes da cascata inflamatória que podem danificar a orelha interna.

57
Q

Quais cuidados devem ser tomados antes do uso de inibidores de TNF-α?

A

É recomendável investigar tuberculose antes do tratamento, já que o TNF-α é fundamental na defesa contra doenças granulomatosas.

58
Q

Quais terapias emergentes ainda não disponíveis para a DIMOI?

A

Terapia genética e terapia com células-tronco estão em desenvolvimento, mas ainda não disponíveis para o tratamento da DIMOI.

59
Q

O que deve ser considerado na reabilitação auditiva de pacientes com DIMOI?

A

O uso de amplificadores sonoros convencionais (AASI), próteses auditivas implantáveis ou implantes cocleares pode ser considerado, dependendo da limitação auditiva do paciente.

60
Q

Qual é a base do tratamento para DIMOI?

A

O tratamento é baseado principalmente no uso de corticosteroides e, em casos de resposta inadequada, no uso de citotóxicos.

61
Q

Quando a plasmaférese é indicada no tratamento da DIMOI?

A

A plasmaférese pode ser utilizada em casos de DIMOI com resposta insatisfatória aos corticosteroides ou citotóxicos, para reduzir imunocomplexos circulantes.

62
Q

Quais são as limitações dos testes laboratoriais na DIMOI?

A

Os testes têm sensibilidade e especificidade variáveis, podendo ser falso-negativos se os sintomas não forem agudos ou se o paciente estiver sob medicação imunossupressora.

63
Q

Por que a associação de prednisona com ciclofosfamida é considerada de alta morbidade?

A

A associação pode causar efeitos adversos graves, como mielossupressão e toxicidade renal, devendo ser evitada na prática diária.

64
Q

Quais são os riscos associados ao uso de plasmaférese?

A

A plasmaférese utiliza plasma de banco, o que pode acarretar riscos inerentes às transfusões, como infecções e reações adversas.

65
Q

. Qual a importância de buscar novos métodos diagnósticos para DIMOI?

A

Novos métodos mais sensíveis e específicos são necessários para diagnosticar a DIMOI com maior precisão e evitar tratamentos desnecessários.

66
Q

O que pode ser confundido com uma resposta positiva à corticoterapia na DIMOI?

A

Uma resposta positiva ao corticosteroide não garante um processo autoimune, pois infecções ou processos inflamatórios, como a lues otológica, também podem responder ao tratamento com prednisona.

67
Q

Qual a relação entre a positividade de anticorpos anti-68 kD/hsp 70 e a resposta à corticoterapia?

A

Pacientes com positividade para anticorpos anti-68 kD/hsp 70 têm maior chance de responder à corticoterapia (70% a 87%), mas até 30% dos pacientes negativos também podem responder, sugerindo possível etiologia viral.

68
Q

O que deve ser considerado nos casos de otosclerose sem história familiar típica?

A

Deve-se levar em consideração a possibilidade de etiologia autoimune em casos de otosclerose sem histórico familiar característico.

69
Q

Um teste laboratorial negativo exclui o diagnóstico de DIMOI?

A

Não, testes laboratoriais negativos não excluem DIMOI, e uma terapia de prova com corticosteroides pode ser indicada para prevenir perda auditiva total.

70
Q

Em que se baseia o diagnóstico de DIMOI?

A

O diagnóstico de DIMOI é principalmente baseado no quadro clínico e na resposta à terapia, mesmo com exames laboratoriais disponíveis.

71
Q

Qual a semelhança antigênica entre o rim e a orelha interna?

A

Rim e orelha interna possuem estruturas antigênicas semelhantes e podem sofrer agressões autoimunes por mecanismos comuns.

72
Q

O que inclui a avaliação clínica básica para DIMOI?

A

História clínica detalhada e investigação familiar.

Exame físico geral e otorrinolaringológico.

Audiometria tonal e vocal, além de imitanciometria.

Exames complementares (como os indicados na Tabela 21-2

73
Q

. Quando a terapia de prova é indicada?

A

A terapia de prova com corticosteroides é indicada mesmo em casos com exames laboratoriais negativos, para tentar prevenir perda auditiva total.

74
Q

O que pode desencadear a Doença Imunomediada da Orelha Interna (DIMOI)?

A

Agressões à orelha interna podem ativar o sistema imunológico local, levando ao desenvolvimento de doença imunomediada.

75
Q

Quais condições devem ser incluídas no diagnóstico diferencial da DIMOI?

A

Condições como surdez súbita, doença de Ménière, otosclerose, insuficiência vascular, schwannoma vestibular e lues otológica devem ser consideradas no diagnóstico diferencial da DIMOI.

76
Q

Qual grupo é mais afetado pela DIMOI?

A

A DIMOI afeta mais frequentemente mulheres de meia-idade, mas pode acometer pacientes de qualquer idade, inclusive crianças.

77
Q

O que significa um teste laboratorial negativo para DIMOI em pacientes com surdez sensorioneural progressiva?

A

Um teste laboratorial negativo não exclui o diagnóstico de DIMOI nesses pacientes.

78
Q

Qual é o principal tratamento para DIMOI?

A

O uso de corticosteroides é a principal opção de tratamento e também pode ser utilizado como um teste terapêutico.

79
Q

Quais os riscos associados ao tratamento de DIMOI?

A

Tratamentos com corticosteroides, imunossupressores e antiblásticos oferecem riscos aos pacientes, devendo-se avaliar cuidadosamente a relação risco-benefício.

80
Q

Qual o papel dos agentes de terapia biológica no tratamento da DIMOI?

A

Agentes de terapia biológica, como anticorpos monoclonais, mostram-se promissores no tratamento de DIMOI, mas possuem limitações devido aos efeitos colaterais, alto custo e dependência de liberação sanitária.

81
Q

Como o diagnóstico precoce de DIMOI pode impactar a qualidade de vida dos pacientes?

A

O diagnóstico e tratamento precoces da DIMOI podem evitar a progressão da doença e prevenir sequelas graves e irreversíveis, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.