DOENÇA DO ANEL DE WALDEGER Flashcards

1
Q

O que é o anel linfático de Waldeyer?

A

É um conjunto de tecidos linfóides da via aérea superior, composto pelas tonsilas palatinas, adenoides, tonsilas faríngeas, tecido linfático peritubário e tonsila lingual.

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2
Q

: Quais estruturas formam o anel linfático de Waldeyer?

A

Tonsilas palatinas, adenoides, tonsilas faríngeas, tecido linfático peritubário e tonsila lingual.

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3
Q

Por que um paciente com inflamação no anel de Waldeyer pode apresentar dor de garganta sem alteração nas tonsilas palatinas?

A

Porque a inflamação pode estar localizada na tonsila lingual, visível apenas por laringoscopia.

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4
Q

Qual é a função principal do anel linfático de Waldeyer?

A

Atuar na defesa imunológica da via aérea superior contra patógenos.

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5
Q

Qual é a importância das tonsilas no sistema de defesa do corpo?

A

As tonsilas participam do sistema linfóide de defesa, mas não são a única barreira; o corpo também utiliza sistemas linfáticos em outros locais, como o sistema linfático intersticial e o linfático hematógeno.

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6
Q

Por que a remoção das amígdalas nem sempre compromete a defesa imunológica?

A

Porque o corpo possui outros mecanismos de defesa, como o sistema reticuloendotelial e outros tecidos linfáticos distribuídos pelo organismo.

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7
Q

: Quais são as principais categorias de doenças do anel linfático?

A

Doenças inflamatórias, obstrutivas e tumorais.

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8
Q

Como é feito o diagnóstico das doenças do anel linfático?

A

Principalmente por anamnese e exame físico.

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9
Q

: Quais são os principais tipos de doenças inflamatórias do anel linfático?

A

Faringites, tonsilites (amigdalites), tonsilites linguais e adenoidites.

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10
Q

O que é faringite?

A

É um processo inflamatório da mucosa da faringe.

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11
Q

Quais são as possíveis causas de faringite?

A

Pode ser causada por infecções virais, bacterianas, fúngicas ou por causas inflamatórias, como refluxo gastrofaríngeo e alergias

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12
Q

Por que um paciente com faringite alérgica pode não apresentar sinais de infecção bacteriana?

A

Porque a faringite alérgica é causada por uma reação alérgica, não por infecção bacteriana.

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13
Q

Qual deve ser uma suspeita diagnóstica em pacientes com dor de garganta sem febre e em bom estado geral?

A

Refluxo gastroesofágico, que pode causar ardência na garganta.

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14
Q

Além do refluxo, quais outras causas podem provocar faringites irritativas?

A

Exposição a substâncias irritativas, como fumaça.

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15
Q

Quais são as classificações clínicas das faringites?

A

Agudas, recorrentes, crônicas (mais de 3 semanas) e crônica caseosa.

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16
Q

O que caracteriza uma faringite crônica?

A

Faringite com duração de mais de 3 semanas.

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17
Q

: O que são as faringites recorrentes?

A

Faringites que ocorrem repetidamente; os critérios de Paradise são usados para diagnóstico, especialmente para amigdalites.

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18
Q

O que é o caseum nas amígdalas e como ele se diferencia de pus?

A

O caseum são massas de odor fétido que se acumulam nas amígdalas, mas não indicam infecção. Diferente do pus, o paciente não apresenta sinais de doença e pode ter apenas mau hálito.

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19
Q

Quais são as formas clínicas de apresentação das faringotonsilites?

A

Eritematosas e eritematopultáceas, vesiculosas e úlcero-necrosantes.

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20
Q

Quais são as causas comuns de faringotonsilite eritematosa e eritematopultácea?

A

Podem ser causadas por infecções bacterianas, virais (como Epstein-Barr, causador da mononucleose infecciosa) e difteria.

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21
Q

Quais vírus podem causar faringotonsilite vesiculosa?

A

Herpes simples e herpangina.

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22
Q

Quais são as possíveis causas de faringotonsilite úlcero-necrosante?

A

Pode ser causada por infecção de Plaut-Vincent, sífilis ou agranulocitose.

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23
Q

Por que é importante diferenciar caseum de placas de pus nas amígdalas?

A

Porque o caseum não indica infecção ativa, enquanto o pus é sinal de infecção, exigindo tratamento adequado.

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24
Q

Qual é a causa viral mais frequente de faringotonsilite?

A

O vírus da influenza.

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25
Q

Quais são os principais vírus causadores de faringotonsilite?

A

Influenza, parainfluenza, adenovírus, rinovírus, ecovírus, vírus sincicial respiratório, herpes simples e coxsackie (causador da herpangina).

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26
Q

: Qual é a principal bactéria associada à faringotonsilite bacteriana?

A

Streptococcus beta-hemolítico do grupo A.

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27
Q

Quais bactérias, além do Streptococcus beta-hemolítico, podem causar faringotonsilite?

A

Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e Moraxella catarrhalis.

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28
Q

Qual é a relação entre sintomas gastrointestinais e as causas de faringotonsilite?

A

Sintomas gastrointestinais estão frequentemente associados a causas virais de faringotonsilite.

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29
Q

Por que o vírus da influenza costuma causar surtos no início do ano?

A

O vírus influenza é sazonal e é comum que ocorra mais casos no início do ano, levando a surtos de gripe.

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30
Q

Qual é a principal bactéria causadora de tonsilites bacterianas?

A

Streptococcus beta-hemolítico do grupo A (EBHGA).

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31
Q

Qual é o tratamento recomendado para infecções por Streptococcus beta-hemolítico do grupo A?

A

Penicilina benzatina (benzetacil).

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32
Q

Quais complicações podem ser causadas por infecção com Streptococcus beta-hemolítico do grupo A?

A

Problemas cardíacos, articulares e febre reumática.

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33
Q

Quais outras bactérias podem causar tonsilites além do Streptococcus beta-hemolítico do grupo A?

A

Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e Moraxella catarrhalis.

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34
Q

Qual é a diferença entre os tipos de Streptococcus que afetam as vias aéreas superiores e as amígdalas?

A

Para as amígdalas, o Streptococcus mais comum é o beta-hemolítico do grupo A, enquanto nas infecções de vias aéreas superiores (IVAS), Streptococcus pneumoniae é um causador importante.

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35
Q

Quais são as características clínicas de uma faringotonsilite viral?

A

Febre baixa, odinofagia moderada, coriza, sintomas nasais, aftas e sintomas gastrointestinais.

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36
Q

Quais são os sinais e sintomas típicos de uma faringotonsilite bacteriana?

A

Início abrupto, febre alta, odinofagia intensa, hiperemia/hiperplasia amigdaliana com ou sem pus, petéquias e edema de palato.

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37
Q

: Como diferenciar faringotonsilite viral de bacteriana em relação aos sintomas nasais?

A

Faringotonsilite viral geralmente apresenta coriza e obstrução nasal, enquanto a bacteriana raramente tem sintomas nasais.

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38
Q

Como costuma ser o início dos sintomas na infecção por Streptococcus beta-hemolítico do grupo A?

A

Início súbito com febre acima de 38°C, dor de garganta intensa e achados como hiperemia, hipertrofia e exsudato tonsilar, além de linfadenopatia cervical.

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39
Q

Qual a intensidade da odinofagia em casos de faringotonsilite viral comparada à bacteriana?

A

Na faringotonsilite viral, a odinofagia tende a ser moderada, enquanto na bacteriana é intensa.

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40
Q

Como são classificadas as complicações das infecções por Streptococcus?

A

Em complicações supurativas e não supurativas.

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41
Q

Quais são as principais complicações não supurativas da infecção estreptocócica?

A

ebre reumática e glomerulonefrite aguda.

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42
Q

Quais são as complicações supurativas da infecção estreptocócica?

A

Abscesso peritonsilar, abscesso retrofaríngeo e abscesso cervical.

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43
Q

Quais são os principais sintomas do quadro clínico das faringotonsilites agudas?

A

Odinofagia (dor de garganta), febre, mialgia, artralgia, disfagia (dificuldade de deglutição) e cefaleia.

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44
Q

O que é odinofagia e qual sua relação com faringotonsilites?

A

Odinofagia é dor ao engolir e é um sintoma comum em faringotonsilites.

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45
Q

Qual é o tratamento para faringotonsilites virais?

A

Tratamento sintomático com analgésicos, antitérmicos, AINEs (como diclofenaco e nimesulida) e hidratação.

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46
Q

Qual é o tratamento padrão-ouro para faringotonsilites bacterianas causadas por Streptococcus beta-hemolítico do grupo A?

A

Amoxicilina por via oral, 875 mg de 12 em 12 horas, por 10 dias.

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47
Q

Qual é a alternativa de tratamento para faringotonsilite bacteriana em pacientes alérgicos à penicilina?

A

Uso de claritromicina (macrolídeo).

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48
Q

Quando é indicado o uso de penicilina benzatina no tratamento de faringotonsilite?

A

No caso de faringotonsilites bacterianas, principalmente quando o paciente não pode aderir ao tratamento oral.

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49
Q

Quais são os benefícios dos anti-inflamatórios no tratamento das faringotonsilites virais?

A

Ajudam a desinflamar a faringe, aliviando sintomas como dor e desconforto.

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50
Q

Quais fatores devem ser investigados em pacientes com faringotonsilites recorrentes?

A

Alergias, refluxo faringo-laríngeo e anemias.

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51
Q

O que é o lisado bacteriano e como ele atua no tratamento de faringotonsilites recorrentes?

A

O lisado bacteriano, como o Broncho-Vaxom, é composto de lisados de bactérias que estimulam a resposta imunológica das amígdalas, reduzindo recorrências.

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52
Q

Qual é o esquema de tratamento com lisado bacteriano para faringotonsilites recorrentes?

A

10 dias de tratamento, seguido de uma pausa de 20 dias, repetindo o ciclo por aproximadamente 3 meses.

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53
Q

Qual é uma opção de tratamento para pacientes com faringotonsilites recorrentes e predisposição alérgica?

A

Vacinas antialérgicas podem ser indicadas para pacientes alérgicos com amidalites recorrentes.

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54
Q

Quais são as principais abordagens terapêuticas para faringotonsilites recorrentes?

A

Uso de lisado bacteriano, vacinas antialérgicas e, em alguns casos, intervenção cirúrgica.

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55
Q

O que ocorre nas tonsilas durante a faringotonsilite crônica?

A

As tonsilas desenvolvem fibrose, tornando-se criptípticas (com superfícies esburacadas) e têm redução da função imunológica.

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56
Q

O que é a faringotonsilite crônica caseosa?

A

É uma forma crônica em que há formação de caseum, pequenas bolinhas amareladas que se acumulam nas criptas das tonsilas, sem sinais de pus e sem sintomas de infecção ativa.

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57
Q

Quais fatores associados devem ser investigados em casos de faringotonsilite crônica?

A

DRGE (doença do refluxo gastroesofágico) e rinite.

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58
Q

Quais são algumas complicações das tonsilites?

A

Abscesso periamigdaliano, abscesso parafaríngeo, abscesso retrofaríngeo, escarlatina, febre reumática, angina de Ludwig e glomerulonefrite.

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59
Q

Como é feito o manejo do caseum nas tonsilas?

A

O caseum pode ser espremido usando um abaixador de língua enquanto o paciente respira fundo, para remover o conteúdo caseoso das criptas.

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60
Q

O que é o abscesso periamigdaliano e qual sua importância?

A

É a principal complicação das tonsilites, sendo um caso grave que pode necessitar de drenagem ou cirurgia.

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61
Q

: Quais são os principais sinais e sintomas do abscesso periamigdaliano?

A

Prostração, desidratação, trismo (dificuldade em abrir a boca), assimetria das amígdalas e abaulamento do palato anterior.

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62
Q

O que é trismo e qual sua relação com abscesso periamigdaliano?

A

: Trismo é a dificuldade de abrir a boca devido à rigidez, comum em abscesso periamigdaliano por conta da inflamação.

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63
Q

Qual é o sinal clínico distintivo na inspeção das amígdalas em abscesso periamigdaliano?

A

Assimetria significativa das amígdalas, com uma delas frequentemente abaulada e deslocada medialmente.

64
Q

Como é feito o tratamento do abscesso periamigdaliano?

A

Pode incluir drenagem ambulatorial ou cirúrgica. A drenagem alivia a dor e reduz a inflamação.

65
Q

Qual é a importância da hidratação em pacientes com abscesso periamigdaliano?

A

Pacientes frequentemente apresentam prostração e desidratação devido à dificuldade de deglutição, podendo precisar de hidratação venosa e alimentação pastosa.

66
Q

Quais são os principais passos na conduta para um paciente com abscesso periamigdaliano?

A

Internação, exame de imagem (tomografia), drenagem, hidratação, boa analgesia, suporte calórico e antibioticoterapia endovenosa.

67
Q

Quando é indicado o uso de tomografia em casos de abscesso periamigdaliano?

A

Para avaliar se há extensão do abscesso para espaços adjacentes, como abscesso parafaríngeo ou retrofaríngeo.

68
Q

Em quais condições o paciente com abscesso periamigdaliano pode ser tratado ambulatorialmente?

A

Se o abscesso for drenado com sucesso, sem sinais de complicações graves, e o paciente puder seguir antibioticoterapia oral em casa.

69
Q

Quais são as complicações mais graves associadas a abscesso periamigdaliano e tonsilites?

A

: Abscesso parafaríngeo, abscesso retrofaríngeo, escarlatina, febre reumática, angina de Ludwig e glomerulonefrite.

70
Q

: O que indica a evolução de um abscesso parafaríngeo ou retrofaríngeo?

A

A infecção está se adentrando no pescoço, com formação de coleções purulentas na região cervical.

71
Q

Qual é a importância da antibioticoterapia endovenosa no abscesso periamigdaliano?

A

Controla a infecção sistêmica e previne a disseminação, especialmente em casos graves.

72
Q

: Qual é o objetivo da hidratação em pacientes com abscesso periamigdaliano?

A

Compensar a desidratação causada pela dificuldade de ingestão de líquidos devido à dor e trismo (dificuldade de abrir a boca).

73
Q

Por que é importante oferecer suporte calórico a pacientes com abscesso periamigdaliano?

A

Para evitar perda de peso e desnutrição, já que esses pacientes frequentemente têm dificuldade para comer devido à dor intensa.

74
Q

Em que situações a drenagem do abscesso periamigdaliano pode ser feita no ambulatório?

A

Quando o abscesso é acessível, não há complicações e o paciente está hemodinamicamente estável, permitindo manejo ambulatorial.

75
Q

O que é angina de Ludwig e como está relacionada a complicações de abscessos cervicais?

A

Angina de Ludwig é uma infecção cervical grave que envolve o tecido do assoalho da boca e pescoço, frequentemente associada a complicações de abscessos orofaríngeos.

76
Q

Por que é necessário monitorar leucocitose em pacientes com abscesso periamigdaliano?

A

Leucocitose pode indicar infecção ativa e a necessidade de continuar antibioticoterapia e monitorar sinais de complicação.

77
Q

Quais são os sinais de que um abscesso periamigdaliano está em estágio de flutuação e pronto para drenagem?

A

Presença de uma área com abaulamento que, ao toque, apresenta flutuação (sensação de líquido acumulado).

78
Q

Quando deve ser considerado o uso de antibioticoterapia oral após drenagem do abscesso periamigdaliano?

A

: Após drenagem completa do abscesso e caso o paciente esteja estável e sem sinais de complicação, o tratamento pode ser finalizado com antibióticos orais em casa.

79
Q

Quais exames são recomendados antes de realizar a drenagem de um abscesso periamigdaliano?

A

Hemograma para avaliar leucocitose e, em alguns casos, tomografia para verificar a extensão da infecção.

80
Q

a: Qual vírus é responsável pela mononucleose infecciosa?

A

Vírus Epstein-Barr (EBV).

81
Q

: Quais são os principais sintomas clínicos da mononucleose infecciosa?

A

Linfadenopatia, febre, faringoamigdalite, esplenomegalia e hepatomegalia.

82
Q

O que pode indicar o surgimento de rash cutâneo após o uso de penicilina em pacientes com mononucleose?

A

Esse rash é comum na mononucleose e pode ajudar a confirmar o diagnóstico, especialmente se a penicilina foi administrada erroneamente devido à suspeita de infecção estreptocócica

83
Q

Qual achado no hemograma é típico da mononucleose infecciosa?

A

Atipia linfocitária, com presença de linfócitos atípicos.

84
Q

Quais exames laboratoriais auxiliam no diagnóstico de mononucleose infecciosa?

A

Sorologia para Epstein-Barr (IgM e IgG) e dosagem de transaminases.

85
Q

Qual é o tratamento recomendado para mononucleose infecciosa?

A

Hidratação, analgesia, evitar penicilinas, tratar infecções secundárias e, se necessário, uso de corticoide (prednisona 20 mg) para reduzir o edema.

86
Q

por que penicilinas devem ser evitadas em pacientes com mononucleose?

A

O uso de penicilina pode causar rash cutâneo em pacientes com mononucleose, podendo ser confundido com uma reação alérgica.

87
Q

Qual é a causa da tonsilite úlcero-necrotizante de Plaut-Vincent?

A

É causada pela simbiose entre o bacilo fusiforme e o espiroqueta (bacilos + espiroquetas).

88
Q

Qual é a característica clínica mais marcante da tonsilite úlcero-necrotizante de Plaut-Vincent?

A

Disfagia dolorosa unilateral e presença de úlcera unilateral na amígdala afetada.

89
Q

O que é observado ao exame físico na tonsilite úlcero-necrotizante?

A

Úlcera com pseudomembrana friável e facilmente destacável na amígdala afetada.

90
Q

Como diferenciar a pseudomembrana da amígdala na tonsilite úlcero-necrotizante de placas de pus?

A

A pseudomembrana na tonsilite úlcero-necrotizante é facilmente destacável, enquanto as placas de pus geralmente não se soltam com facilidade

91
Q

Qual exame deve ser realizado para confirmar o diagnóstico de tonsilite úlcero-necrotizante?

A

Cultura da secreção da úlcera.

92
Q

Qual é o tratamento indicado para a tonsilite úlcero-necrotizante?

A

: Penicilina intravenosa (EV) + metronidazol (500 mg de 8 em 8 horas).

93
Q

Por que pacientes com tonsilite úlcero-necrotizante podem apresentar lesões nos dentes?

A

As bactérias causadoras da infecção já habitam a cavidade oral, e a infecção pode ocorrer em condições de baixa imunidade ou desequilíbrio da flora oral.

94
Q

Qual é o agente causador da herpangina?

A

Vírus Coxsackie A, B e Echovírus.

95
Q

Em qual grupo etário a herpangina é mais comum?

A

É mais comum em crianças.

96
Q

Quais são as características clínicas da herpangina?

A

Presença de vesículas no palato mole, úvula e pilares amigdalianos, que se rompem formando úlceras e aftas.

97
Q

Quais são os sintomas associados à herpangina?

A

Dor intensa, febre, cefaleia, disfagia, vômitos, linfadenopatia cervical e, frequentemente, diarreia.

98
Q

Qual é o tempo de resolução espontânea da herpangina?

A

A herpangina geralmente se resolve espontaneamente entre 5 a 10 dias.

99
Q

Qual é o tratamento recomendado para aliviar os sintomas da herpangina?

A

Uso de anti-inflamatórios, como ibuprofeno, para aliviar dor e inflamação.

100
Q

Como a tonsilite por herpes se assemelha à herpangina?

A

Ambas apresentam vesículas que se rompem formando aftas na orofaringe.

101
Q

Quais outras doenças podem causar lesões específicas na orofaringe, embora mais raras?

A

Sífilis, tuberculose e papilomas.

102
Q

O que é hipertrofia de adenoide?

A

É o aumento das adenoides, que pode obstruir a passagem nasal e causar dificuldades respiratórias.

103
Q

Qual é o principal sintoma observado em crianças com hipertrofia de adenoide?

A

Ronco desde o nascimento, que piora durante infecções respiratórias.

104
Q

Por que pacientes com hipertrofia de adenoide são conhecidos como “respiradores bucais”?

A

Porque a obstrução nasal faz com que respirem pela boca com frequência.

105
Q

Quais são as queixas comuns dos pais de crianças com hipertrofia de adenoide?

A

Que a criança ronca muito e frequentemente apresenta nariz entupido.

106
Q

Onde estão localizadas as adenoides e como sua hipertrofia impacta a respiração?

A

As adenoides ficam atrás do nariz. Quando aumentadas, podem obstruir a passagem de ar nasal

107
Q

Quais alterações faciais podem ocorrer devido à respiração bucal em pacientes com hipertrofia de adenoide?

A

Base nasal alargada, nariz voltado para cima e face alongada.

108
Q

Como a hipertrofia de adenoide pode afetar a qualidade do sono da criança?

A

A obstrução nasal e o ronco dificultam a respiração, levando a sono fragmentado e de baixa qualidade.

109
Q

Quais são os principais sintomas de hipertrofia de adenoide?

A

Obstrução nasal, roncos, apneia, facilidade para otites, deformidade do palato e da face, dificuldades de aprendizado, déficit de crescimento e enurese.

110
Q

Por que a hipertrofia de adenoide facilita o desenvolvimento de otites?

A

A adenoide aumentada pode obstruir o óstio faríngeo da tuba auditiva, prejudicando a ventilação do ouvido médio e aumentando o risco de infecções.

111
Q

O que é palato ogival e como ele se relaciona com a hipertrofia de adenoide?

A

É uma deformidade em que o palato fica fundo e arqueado, causada pelo hábito de respirar pela boca em crianças com hipertrofia de adenoide.

112
Q

Como a respiração bucal em pacientes com hipertrofia de adenoide pode afetar o aprendizado?

A

A respiração inadequada reduz a oxigenação cerebral, deixando a criança mais agitada e dificultando a concentração e o aprendizado.

113
Q

Quais alterações faciais podem ocorrer devido à hipertrofia de adenoide?

A

Deformidade da face, incluindo alongamento facial e alterações na base nasal.

114
Q

: Como a hipertrofia de adenoide pode impactar o crescimento da criança?

A

Pode levar a déficit de crescimento devido à má qualidade do sono e baixa oxigenação crônica.

115
Q

O que é enurese e qual sua relação com a hipertrofia de adenoide?

A

Enurese é a incapacidade de conter a urina. Pode ocorrer em crianças com hipertrofia de adenoide devido ao impacto do sono inadequado no controle esfincteriano.

116
Q

: Quais são os graus de gravidade na hipertrofia de adenoide e o impacto de uma hipertrofia severa?

A

A hipertrofia pode variar em grau. Em casos graves, pode obstruir totalmente a respiração nasal e a tuba auditiva, gerando pressão negativa e maiores dificuldades respiratórias.

117
Q

Quais distúrbios comportamentais podem ser observados em crianças com hipertrofia de adenoide?

A

Crianças podem apresentar agitação e problemas de comportamento devido à respiração inadequada e sono de baixa qualidade.

118
Q

Como a hipertrofia de adenoide pode afetar a fala da criança?

A

Pode causar distúrbios de fala, já que a respiração bucal altera o desenvolvimento dos músculos e ossos envolvidos na fala.

119
Q

Qual o impacto das alterações musculoesqueléticas causadas pela respiração bucal em crianças?

A

A respiração bucal pode deformar o crânio, a face e o septo nasal em desenvolvimento, levando a alterações permanentes na estrutura facial e na postura dental.

120
Q

Por que a hipertrofia de adenoide pode levar a alterações ortodônticas?

A

: A respiração bucal contínua pode deformar o alinhamento dos dentes e da arcada dentária, necessitando de tratamento ortodôntico prolongado.

121
Q

: Que tipos de alterações cardiovasculares podem ocorrer em pacientes com hipertrofia de adenoide?

A

A obstrução respiratória crônica pode sobrecarregar o sistema cardiovascular, afetando a oxigenação e podendo contribuir para problemas circulatórios.

122
Q

Como a respiração bucal afeta o desenvolvimento ósseo em crianças?

A

A respiração bucal altera a formação do crânio e da face, pois a boca, sendo um “acessório” na respiração, não suporta o mesmo fluxo de ar sem provocar deformidades.

123
Q

Quais alterações físicas podem ser observadas em pacientes com hipertrofia de adenoide?

A

Hipotonia da musculatura facial, lábio inferior evertido, fenda labial, olheiras, hipercifose, pé plano, escápulas aladas, pectus excavatum, e alterações dentárias como palato ogival, mordida cruzada e mordida aberta.

124
Q

Qual exame de imagem é indicado para avaliação da hipertrofia de adenoide?

A

O raio X de cavum (radiografia em perfil da rinofaringe) é indicado, pois permite avaliar o espaço nasofaríngeo e a presença de hipertrofia.

125
Q

Qual é o melhor exame para avaliar o grau de obstrução causada pela hipertrofia de adenoide?

A

A endoscopia nasal é o melhor exame, pois permite visualizar diretamente a obstrução na rinofaringe e estimar a porcentagem de bloqueio.

126
Q

Como é feita a classificação da hipertrofia da tonsila faríngea (adenoide)?

A

A classificação utiliza a tabela de Brodsky, que divide a hipertrofia em graus de 0 a 4, com base no percentual de obstrução do volume da tonsila faríngea (0 = sem hipertrofia; 4 = acima de 75% de obstrução).

127
Q

Quais são as alterações posturais que podem ocorrer em pacientes com hipertrofia de adenoide?

A

Hipercifose, pé plano, escápulas aladas e pectus excavatum são alterações posturais associadas.

128
Q

Que alterações na boca e dentes podem ocorrer em pacientes com hipertrofia de adenoide?

A

Palato ogival, mordida cruzada e mordida aberta são comuns devido à respiração bucal crônica.

129
Q

Qual a função da tonsila faríngea (adenoide) no sistema imunológico?

A

A adenoide faz parte do sistema linfático e ajuda a capturar e destruir patógenos inalados pelo nariz, contribuindo para a defesa imunológica principalmente na infância.

130
Q

Por que o raio X de frente (fronto-naso) não é adequado para o diagnóstico da hipertrofia de adenoide?

A

O raio X de frente não fornece uma visão clara do cavum (rinofaringe) onde a adenoide está localizada; o raio X de perfil é mais adequado para visualizar essa região.

131
Q

Como a hipertrofia de adenoide pode afetar o sono das crianças?

A

A obstrução respiratória pode causar apneia obstrutiva do sono, levando a sono fragmentado, ronco e cansaço diurno.

132
Q

Qual a importância de tratar a hipertrofia de adenoide em crianças?

A

O tratamento é importante para melhorar a respiração, prevenir alterações no desenvolvimento facial e postural, melhorar a qualidade do sono e reduzir infecções de ouvido.

133
Q

Quais sinais faciais podem indicar hipertrofia de adenoide?

A

Hipotonia da musculatura facial, lábio inferior evertido, olheiras e fenda labial são sinais faciais comuns.

134
Q

Como a hipertrofia de adenoide pode contribuir para o surgimento de pectus excavatum?

A

A respiração inadequada leva a uma postura compensatória com o peito afundado (pectus excavatum), causada por mudanças na musculatura e esqueleto torácico durante o desenvolvimento.

135
Q

Quais são os impactos odontológicos a longo prazo da hipertrofia de adenoide não tratada?

A

Pode causar desalinhamento dentário, mordida cruzada ou aberta, necessitando de tratamento ortodôntico prolongado.

136
Q

Quais são os graus de obstrução na classificação de Brodsky para hipertrofia da adenoide?

A

Grau 0 (sem hipertrofia), Grau 1 (até 25% de obstrução), Grau 2 (25-50%), Grau 3 (50-75%) e Grau 4 (acima de 75% de obstrução).

137
Q

Em quais casos a adenoidectomia (remoção da adenoide) pode ser indicada?

A

Indicada em casos graves de obstrução respiratória, apneia do sono, infecções recorrentes, ou impacto significativo no crescimento e desenvolvimento facial.

138
Q

Qual exame é usado para avaliar a hipertrofia de adenoide e como é realizada a classificação?

A

A endoscopia nasal é usada para avaliar a hipertrofia de adenoide, e a classificação é feita de forma subjetiva, baseada na experiência do otorrino.

139
Q

Qual é a diferença entre nasofibrolaringoscopia e videolaringoscopia?

A

Nasofibrolaringoscopia é feita com um aparelho flexível pelo nariz para visualizar a nasofaringe, enquanto a videolaringoscopia é um exame com aparelho rígido usado para visualizar a laringe.

140
Q

Qual é o tratamento inicial recomendado para hipertrofia de adenoide com menos de 70% de obstrução?

A

O uso de spray nasal com corticoide pode ser tentado como tratamento inicial.

141
Q

Quando a adenoidectomia é indicada no tratamento da hipertrofia de adenoide?

A

A adenoidectomia é indicada em casos de hipertrofia superior a 70%, especialmente quando associada a apneia obstrutiva do sono, deformidade facial, otites ou sinusites recorrentes.

142
Q

Por que pacientes com hipertrofia de adenoide são mais propensos a otites e sinusites recorrentes?

A

A hipertrofia de adenoide pode obstruir a ventilação nasal e a tuba auditiva, aumentando a chance de infecções no ouvido e nos seios da face.

143
Q

Em que consiste a adenoidectomia e onde é realizada?

A

A adenoidectomia é a remoção cirúrgica da adenoide e é realizada pela boca, não pelo nariz; pode ser feita junto com a amigdalectomia.

144
Q

Quais sinais e sintomas físicos podem indicar a necessidade de adenoidectomia?

A

: Apneia obstrutiva do sono, deformidade facial, otites e sinusites recorrentes, e otite média secretora.

145
Q

Quais são os principais sintomas da hipertrofia das amígdalas?

A

Respiração oral, roncos, apneia, deformidade da face, atraso no crescimento e associação com tonsilites recorrentes.

146
Q

O que caracteriza uma amígdala de Grau 4 na classificação de Brodsky?

A

No Grau 4, as amígdalas ocupam mais de 75% da orofaringe e praticamente encostam na úvula, causando obstrução significativa.

147
Q

: Qual é a diferença entre hipertrofia de amígdala e tonsilite recorrente?

A

A hipertrofia de amígdala é o aumento do tecido amigdaliano, enquanto a tonsilite recorrente é a inflamação repetida das amígdalas, o que nem sempre ocorre em todos os pacientes com hipertrofia.

148
Q

Quais problemas de crescimento e desenvolvimento podem ser associados à hipertrofia de amígdalas?

A

Pode causar deformidade facial e atraso no crescimento devido à respiração oral e à má qualidade do sono.

149
Q

Uma pessoa com hipertrofia das amígdalas sempre apresenta sintomas?

A

Não, algumas pessoas podem ter amígdalas grandes sem apresentar sintomas ou infecções recorrentes.

150
Q

Quais são as indicações comuns para a cirurgia de amigdalectomia em pacientes com hipertrofia das amígdalas?

A

A amigdalectomia pode ser indicada em casos de apneia obstrutiva do sono, infecções recorrentes (tonsilites), obstrução significativa da orofaringe e impacto no crescimento e desenvolvimento.

151
Q

Quais são as principais indicações para a amigdalectomia?

A

Apneia obstrutiva do sono, deformidade facial, amidalite recorrente e amidalite crônica.

152
Q

O que são os critérios de Paradise para amigdalectomia?

A

: São critérios usados para indicar amigdalectomia em casos de amigdalite recorrente, baseados na frequência das infecções.

153
Q

Quais são os critérios de Paradise para indicar amigdalectomia devido a amigdalite recorrente?

A

7 episódios de amigdalite em 1 ano, ou 5 episódios por ano em 2 anos consecutivos, ou 3 episódios por ano em 3 anos consecutivos.

154
Q

Como o exemplo clínico ilustra a aplicação dos critérios de Paradise?

A

Um paciente com 8 amigdalites em um ano preenche os critérios e pode ser considerado para amigdalectomia após tentativa de outros tratamentos.

155
Q

A amigdalectomia é indicada em quais tipos de amigdalite?

A

É indicada em casos de amigdalite crônica e amigdalite recorrente que atendem aos critérios de Paradise.