PARALISIA FACIAL Flashcards
Qual é a diferença entre a paralisia facial periférica e a central em termos de localização da lesão e extensão da paralisia?
Na paralisia facial periférica, a lesão é ipsilateral e paralisa toda a hemiface. Na paralisia facial central, a lesão é contralateral e paralisa apenas o terço inferior da hemiface, poupando o terço superior.
Como os grupos dorsal e ventral do nervo facial afetam a inervação da face?
: O grupo dorsal inerva a parte superior da face, enquanto o grupo ventral inerva a parte inferior. No grupo ventral, metade das fibras cruzam, e a outra metade não, resultando na preservação do terço superior da face em lesões centrais.
Qual é a origem e o trajeto inicial do nervo facial?
O nervo facial se origina no sulco bulbo-pontino, sai da ponte e segue para o meato acústico interno, onde começa a se ramificar.
Quais são as funções principais do nervo facial?
O nervo facial é misto, com 80% de fibras motoras, responsáveis pela mímica facial, e fibras sensitivas, que inervam os 2/3 anteriores da língua para gustação.
Por que a lesão no nervo facial periférico causa paralisia completa de um lado da face?
Porque a lesão ocorre após o cruzamento das fibras no nível periférico, afetando todos os ramos do nervo e paralisando toda a hemiface ipsilateral.
Qual é a primeira ramificação do nervo facial e qual sua função?
A primeira ramificação do nervo facial é o nervo petroso superficial maior, que inerva as glândulas lacrimais e palatinas.
Quais sintomas indicam uma lesão no nível do nervo petroso superficial maior?
Uma lesão neste nível pode causar olhos secos e ressecados, devido ao comprometimento da inervação das glândulas lacrimais.
Qual é a segunda ramificação do nervo facial e sua função principal?
A segunda ramificação é o nervo petroso superficial menor, que inerva a glândula salivar parótida, estimulando sua secreção através de fibras parassimpáticas.
Quais são as três principais glândulas salivares?
As três principais glândulas salivares são a parótida, submandibulares e sublinguais.
Que tipo de fibras o nervo petroso superficial menor fornece à glândula parótida?
Ele fornece fibras parassimpáticas, que estimulam a secreção salivar.
Qual é o terceiro ramo do nervo facial e sua função principal?
O terceiro ramo é o nervo estapédio, que inerva o músculo estapédio, protegendo a orelha interna de ruídos altos.
Como uma lesão no nervo estapédio pode ser diagnosticada clinicamente?
Pode ser diagnosticada com um exame de imitanciometria; a ausência de reflexo acústico sugere uma lesão no nervo facial no nível do nervo estapédio.
Qual a função do músculo estapédio?
O músculo estapédio protege a orelha interna de ruídos altos, reduzindo a amplitude das vibrações transmitidas.
Qual é o quarto ramo do nervo facial e quais suas principais funções?
O quarto ramo é a corda do tímpano, que possui fibras parassimpáticas e sensitivas. Ela inerva as glândulas salivares submandibulares e sublinguais, além dos 2/3 anteriores da língua (gustação).
Que sintomas podem indicar uma lesão na corda do tímpano?
A perda do paladar nos 2/3 anteriores da língua e redução da secreção das glândulas salivares submandibulares e sublinguais podem indicar uma lesão na corda do tímpano.
Após o quarto ramo, por onde o nervo facial passa e onde ele se ramifica para a mímica facial?
: O nervo facial atravessa o osso temporal, passa pela mastoide e pelo lóbulo profundo da parótida, onde se ramifica em ramos temporais, malares, infraorbitais, bucais, mandibulares e cervicais para a mímica facial.
Qual é a implicação clínica de uma lesão terminal do nervo facial após sua passagem pela parótida?
Uma lesão neste nível pode afetar a mímica facial sem comprometer a inervação lacrimal e salivar, indicando uma lesão mais distal no trajeto do nervo facial.
Como uma lesão no nível terminal do nervo facial pode afetar a parótida?
Embora o nervo petroso superficial menor esteja intacto, uma lesão no nervo facial após atravessar a parótida pode reduzir o fluxo salivar devido ao comprometimento da própria glândula.
O que é o segmento pontino do nervo facial?
É o segmento inicial do nervo facial, correspondente à sua origem na ponte, onde o nervo facial (VII par) sai do tronco cerebral junto com o nervo vestibulococlear (VIII par).
Que outros nervos saem do tronco cerebral no mesmo local que o nervo facial?
O nervo vestibulococlear (VIII par) sai junto com o nervo facial na ponte.
Quais sintomas podem ocorrer se houver uma lesão no segmento pontino?
Lesões no segmento pontino podem causar sintomas como vertigem, tontura e hipoacusia, devido ao envolvimento do nervo vestibulococlear, que controla audição e equilíbrio.
: O que é o segmento meatal do nervo facial?
É o segundo segmento do nervo facial, onde ele entra no meato acústico interno e se junta ao nervo intermédio, formando um tronco único.
Por que o segmento meatal do nervo facial é considerado resistente?
O segmento meatal é protegido por um ducto ósseo (o meato acústico interno), tornando-o resistente a lesões; traumas intensos são necessários para afetar essa região.
Quais alterações clínicas podem ocorrer com uma lesão no segmento meatal?
Lesões no segmento meatal podem causar alterações mínimas na secreção salivar, lacrimal e no paladar, devido à função limitada do nervo intermédio nas glândulas secretoras.
Qual é o papel do nervo intermédio no segmento meatal?
O nervo intermédio se junta ao nervo facial no segmento meatal e tem um papel limitado na inervação das glândulas lacrimais e salivares e na gustação.
O que é o segmento labiríntico do nervo facial?
É o segmento do nervo facial que passa ao redor dos canais semicirculares e do vestíbulo, mas sem envolvimento direto com o equilíbrio.
Quais sintomas NÃO são causados por uma lesão no segmento labiríntico do nervo facial, embora o nome sugira o contrário?
Tontura e problemas de equilíbrio não são sintomas de lesão no segmento labiríntico do nervo facial, pois o nervo vestíbulo-coclear (responsável pelo equilíbrio) se encontra no segmento pontino.
Quais sintomas podem indicar uma lesão no segmento labiríntico do nervo facial?
Olhos secos e boca seca, devido ao envolvimento dos nervos petroso superficial maior e menor, que inervam as glândulas lacrimais e salivares.
Quais nervos estão presentes no segmento labiríntico e quais suas funções?
Estão presentes o nervo petroso superficial maior (inervação lacrimal) e o nervo petroso superficial menor (inervação salivar), ambos atuando na secreção de lágrimas e saliva.
: O que é o segmento timpânico do nervo facial?
O segmento timpânico do nervo facial é a porção em que o nervo passa próximo à cavidade timpânica e inclui o nervo estapédio.
O que é deiscência do nervo facial e em qual segmento ela ocorre?
A deiscência do nervo facial é uma alteração anatômica encontrada em até 50% das pessoas, caracterizada por uma “descida” do nervo em direção ao segmento timpânico, tornando-o mais suscetível a inflamações.
Qual complicação pode ocorrer no nervo facial em casos de otite média aguda (OMA) com deiscência?
: A deiscência no segmento timpânico pode levar a uma neurite do nervo facial durante uma otite média aguda, resultando em paralisia facial periférica.
Que sintomas podem indicar o comprometimento do nervo facial em uma otite média aguda?
Sintomas como dor de ouvido (otalgia), secreção no ouvido (otorreia) e surgimento súbito de paralisia facial periférica podem indicar envolvimento do nervo facial no segmento timpânico.
: Qual ramo do nervo facial está presente no segmento timpânico e qual sua função?
O nervo estapédio, que inerva o músculo estapédio, está presente no segmento timpânico e atua protegendo a orelha interna de sons altos.
O que é o segmento mastoideo do nervo facial e qual ramo está presente nele?
O segmento mastoideo é a porção do nervo que entra na região da mastoide e onde se encontra a corda do tímpano, que possui fibras sensitivas para o paladar e fibras parassimpáticas para as glândulas salivares submandibulares e sublinguais.
Quais são as funções da corda do tímpano no segmento mastoideo?
A corda do tímpano inerva os 2/3 anteriores da língua para gustação e possui fibras parassimpáticas para a secreção das glândulas submandibulares e sublinguais.
O que é o segmento extratemporal do nervo facial?
O segmento extratemporal é a parte do nervo que passa pelo forame estilomastoideo, atravessa a parótida e emite ramos na face para a mímica facial e o pescoço.
Qual é a importância clínica do segmento extratemporal do nervo facial?
Lesões nesse segmento afetam a mímica facial, sem comprometer funções como secreção lacrimal e salivar, pois esses ramos foram emitidos em segmentos anteriores.
Por quais ramos o nervo facial se ramifica no segmento extratemporal e quais são suas funções?
No segmento extratemporal, o nervo facial se divide em ramos temporais, malares, infraorbitais, bucais, mandibulares e cervicais, responsáveis pela mímica facial.
Quais características clínicas indicam uma paralisia facial periférica, como a observada na paciente?
Na paralisia facial periférica, todo um lado da face fica paralisado, incluindo o terço superior. O olho no lado afetado não fecha completamente e a comissura labial é desviada para o lado saudável.
Como diferenciar uma paralisia facial periférica de uma paralisia facial central?
Na paralisia periférica, todo o lado da face é afetado, incluindo o terço superior (olho não fecha, testa não franze). Na paralisia central, o terço superior é poupado, permitindo que o paciente feche o olho e franza a testa.
Qual é a causa mais comum para uma paralisia facial periférica súbita, como descrita no caso?
A causa mais comum é a paralisia de Bell, uma condição idiopática em que a paralisia ocorre subitamente, geralmente ao acordar, sem histórico de trauma ou infecção.
Que pergunta inicial é importante para o diagnóstico da paralisia facial?
É importante perguntar sobre histórico de trauma, infecções prévias, e se a paralisia ocorreu de forma súbita ou gradual.
Qual é um sintoma adicional comum que pode ocorrer com a paralisia facial periférica?
Olho seco no lado afetado é comum, devido ao comprometimento do nervo que inerva as glândulas lacrimais.
Qual é a importância do diagnóstico precoce em casos de paralisia facial periférica?
O diagnóstico precoce aumenta as chances de recuperação completa e evita a permanência da paralisia
O que significa que a paralisia facial periférica é “idiopática”?
“Idiopática” significa que a causa é desconhecida. A paralisia de Bell, uma forma comum de paralisia facial periférica, ocorre sem causa aparente.
Por que a comissura labial da paciente está desviada para o lado direito?
A comissura labial desvia-se para o lado saudável, pois os músculos do lado paralisado não conseguem contrair, enquanto os do lado saudável mantêm o tônus.
: Quais são alguns fatores que devem ser investigados em pacientes com paralisia facial periférica súbita?
Deve-se investigar histórico de trauma, infecções recentes, episódios anteriores de paralisia e o início (súbito ou gradual) da paralisia.
Como o olho seco se relaciona com a paralisia facial periférica?
O olho seco ocorre porque a paralisia pode afetar as fibras nervosas que controlam a glândula lacrimal, reduzindo a produção de lágrimas no lado afetado.
Como o diagnóstico diferencial ajuda na distinção entre paralisia facial periférica e central?
: O diagnóstico diferencial ajuda a determinar se o terço superior da face está afetado. Se estiver, trata-se de uma paralisia periférica; se não, sugere uma lesão central.
Por que é importante investigar se a paralisia facial é recorrente?
A recorrência pode indicar uma causa subjacente, como doenças autoimunes ou neuropatias, e ajuda a guiar a abordagem diagnóstica e terapêutica.
Como o tratamento precoce pode beneficiar pacientes com paralisia facial periférica?
: O tratamento precoce, como fisioterapia e medicamentos, ajuda a prevenir danos permanentes aos nervos e favorece uma recuperação funcional completa.
Qual é o papel dos corticosteroides no tratamento da paralisia facial periférica?
Corticosteroides, como a prednisona, são usados por 10 a 15 dias para reduzir a inflamação e acelerar a recuperação. A dose inicial é alta e vai diminuindo gradualmente.
Como pode ser feito o esquema de prednisona para a paralisia facial?
Exemplos de esquemas incluem prednisona 20 mg a cada 12 horas por 7 dias, ou uma dose única diária de 40 mg por 10 dias, ajustado pelo médico conforme necessário.
Por que o aciclovir é indicado em casos de paralisia facial de Bell?
O aciclovir é indicado devido à alta associação entre a paralisia de Bell e infecções pelo vírus herpes, ajudando a controlar uma possível infecção viral subjacente.
Qual é a dosagem recomendada de aciclovir para a paralisia de Bell?
A dose é de 2000 mg ao dia, geralmente administrada como 400 mg cinco vezes ao dia.
Quais tratamentos auxiliares são recomendados junto com medicamentos para paralisia facial periférica?
O uso de colírio para proteger o olho seco e fisioterapia facial para estimular os músculos da face são recomendados.
Qual é a importância da fisioterapia facial no tratamento da paralisia facial?
A fisioterapia ajuda a melhorar a função muscular e prevenir a atrofia dos músculos faciais, favorecendo uma recuperação mais eficaz.
Qual é a duração total recomendada do uso de corticosteroides para a paralisia facial periférica?
: De 10 a 15 dias, com uma dose inicial alta que vai diminuindo gradualmente.
Como ajustar a dose de prednisona para reduzir de forma gradual no tratamento da paralisia facial?
Um exemplo de esquema gradual seria 60 mg por 3 dias, seguido de 40 mg por mais 3 dias e 20 mg por mais 3 dias.
Por que os pacientes com paralisia de Bell recebem tratamento antiviral?
Devido à alta incidência do vírus herpes simplex associado a esses casos, que pode exacerbar a inflamação do nervo facial.
Como o colírio contribui no tratamento de pacientes com paralisia facial periférica?
O colírio protege o olho no lado afetado, prevenindo ressecamento e lesões na córnea, já que o paciente pode ter dificuldade para piscar.
Qual é o principal objetivo do uso de fisioterapia facial na recuperação da paralisia facial periférica?
A fisioterapia ajuda a manter a mobilidade muscular e a prevenir a atrofia, estimulando os músculos e acelerando a recuperação funcional.
Por que é importante iniciar o tratamento da paralisia facial periférica rapidamente?
O início precoce do tratamento aumenta as chances de recuperação total, reduzindo o risco de sequelas permanentes no nervo facial.
: Como ajustar a dose de aciclovir em comprimidos para alcançar 2000 mg diários?
Administrar 400 mg de aciclovir cinco vezes ao dia para totalizar 2000 mg.
Qual é a provável complicação ocorrida no paciente de 10 anos com otite média aguda?
O paciente desenvolveu paralisia facial periférica como complicação da otite média aguda.
Qual condição anatômica pode explicar a paralisia facial periférica neste caso?
A paralisia pode ser explicada pela deiscência do nervo facial no segmento timpânico, que torna o nervo mais vulnerável à inflamação durante a otite média.
Qual é a conduta inicial no tratamento de paralisia facial associada a otite média aguda?
A conduta é tratar a otite média aguda com antibióticos orais; se houver resposta em 48 horas, o tratamento oral pode ser mantido.
Quando a internação e o uso de ceftriaxona intravenosa são indicados no manejo de otite média com paralisia facial?
A internação e administração de ceftriaxona intravenosa são indicadas se o paciente tiver otorreia intensa e paralisia facial importante.
Qual é o esquema de tratamento recomendado após a administração de ceftriaxona intravenosa?
Após a ceftriaxona intravenosa, o tratamento é continuado em casa com amoxicilina e clavulanato.
Como o tratamento da otite média aguda impacta o prognóstico da paralisia facial periférica?
O prognóstico é bom; ao tratar a otite média, a paralisia facial periférica tende a regredir.
Por que o tratamento com corticoide e aciclovir não é indicado neste caso de paralisia facial?
Porque a paralisia facial neste caso é uma complicação da otite média aguda, e o foco deve ser tratar a infecção bacteriana, diferentemente da paralisia de Bell idiopática.
Qual foi a provável sequência de eventos que levou à paralisia facial periférica no paciente?
: A infecção de vias aéreas superiores (IVAS) evoluiu para otite média aguda, e o atraso no início do antibiótico permitiu a progressão da infecção, resultando em paralisia facial periférica.
Quais são os achados otoscópicos característicos da otite média aguda observados no paciente?
Na otoscopia, observou-se abaulamento da membrana timpânica (MT), hiperemia, e presença de secreção amarelada atrás da MT.
Qual é o objetivo do uso de antibióticos orais na paralisia facial secundária à otite média aguda?
: O antibiótico trata a infecção bacteriana da otite média, reduzindo a inflamação e ajudando na recuperação do nervo facial afetado.
Por que a escolha inicial de tratamento foi com antibiótico oral e corticoide?
O antibiótico é para combater a infecção da otite média, e o corticoide ajuda a reduzir a inflamação, aliviando sintomas e prevenindo complicações.
Em que situações o uso de antibiótico intravenoso se torna necessário no manejo da otite média aguda com paralisia facial?
Antibiótico intravenoso, como ceftriaxona, é necessário em casos graves com otorreia intensa e paralisia facial importante para controlar a infecção de forma mais eficaz.
Quais são algumas causas extracranianas de paralisia facial periférica?
Causas extracranianas incluem traumas (laceração do nervo facial, fratura de mandíbula, iatrogenia), neoplasias (tumor de parótida, neuroma do nervo facial), e condições congênitas (ausência do músculo facial)
Quais traumas podem causar paralisia facial periférica extracraniana?
Lacerações do nervo facial, fraturas de mandíbula e iatrogenia (por procedimentos cirúrgicos) são exemplos de traumas extracranianos.
Quais neoplasias extracranianas podem levar à paralisia facial periférica?
Tumores na parótida, no conduto auditivo externo e neuromas do nervo facial podem causar paralisia facial periférica.
Quais são causas intratemporais de paralisia facial periférica?
Causas intratemporais incluem traumas no osso temporal (como cirurgias de mastoide), neoplasias (neuroma do acústico, colesteatoma), infecções (otite média aguda, herpes zoster oticus), idiopáticas (paralisia de Bell), e condições congênitas (osteopetrose).
Como traumas no osso temporal podem causar paralisia facial periférica?
Traumas no osso temporal, como durante uma mastoidectomia para remover colesteatoma, podem causar lesão iatrogênica ao nervo facial.
Quais infecções intratemporais podem causar paralisia facial periférica?
Otite média aguda (OMA), otite média crônica (OMC), otite externa necrosante e herpes zoster oticus são infecções que podem levar à paralisia facial periférica.
O que é paralisia de Bell e onde ela se enquadra nas causas de PFP?
Paralisia de Bell é uma causa idiopática de PFP intratemporal, sem causa aparente.
Quais doenças intracranianas podem levar à paralisia facial periférica?
Doenças intracranianas incluem causas iatrogênicas e condições congênitas como a síndrome de Moebius e ausência da unidade motora.
Quais condições congênitas podem causar paralisia facial periférica?
Entre as condições congênitas estão a ausência do músculo facial, osteopetrose, colesteatoma e a síndrome de Moebius.
Como tumores intratemporais podem levar à paralisia facial periférica?
A: Tumores como neuromas acústicos, colesteatomas, meningiomas e tumores glômicos podem comprimir o nervo facial dentro do osso temporal, causando paralisia.
Por que a osteopetrose é uma causa congênita de paralisia facial periférica intratemporal?
A osteopetrose causa um espessamento anormal dos ossos, incluindo o osso temporal, o que pode comprimir o nervo facial e resultar em PFP.
Qual é a diferença entre a paralisia facial periférica causada por otite média aguda (OMA) e por herpes zoster oticus?
A PFP causada por OMA ocorre devido à inflamação e pressão sobre o nervo facial; já o herpes zoster oticus (síndrome de Ramsay Hunt) resulta da reativação do vírus varicela-zoster no nervo facial, causando dor, vesículas na orelha e PFP.
O que caracteriza a síndrome de Melkersson-Rosenthal como causa de paralisia facial periférica?
É uma condição idiopática caracterizada por paralisia facial recorrente, edema labial e língua fissurada.
Como a síndrome de Moebius se relaciona com paralisia facial periférica intracraniana?
: A síndrome de Moebius é uma condição congênita que causa paralisia dos nervos faciais e abducente, resultando em incapacidade de mover os músculos faciais e os olhos lateralmente
Por que cirurgias no ouvido médio ou no osso temporal têm alto risco de causar paralisia facial periférica?
Devido à proximidade do nervo facial ao osso temporal, lesões inadvertidas durante cirurgias, como mastoidectomias, podem causar PFP por iatrogenia.
Como o colesteatoma pode causar paralisia facial periférica?
O colesteatoma é uma lesão expansiva no ouvido médio que pode erodir estruturas ósseas, incluindo o osso ao redor do nervo facial, levando à compressão e PFP.
Em quais casos de paralisia facial periférica o tratamento envolve cirurgia?
Casos de PFP por tumores (como neuroma do acústico e colesteatoma) ou por fraturas complexas do osso temporal podem requerer intervenção cirúrgica para descompressão do nervo facial.
Como uma fratura de mandíbula pode levar à paralisia facial periférica?
: Fraturas de mandíbula podem danificar o nervo facial diretamente ou comprometer o fluxo sanguíneo para o nervo, resultando em PFP.
Quais sinais e sintomas sugerem que uma paralisia facial periférica é causada por um tumor de parótida?
Uma PFP de instalação lenta e progressiva acompanhada de um nódulo palpável na região da parótida sugere um possível tumor de parótida comprimindo o nervo facial.
Quais exames podem ser indicados para investigar PFP de origem neoplásica?
Ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC) são indicadas para avaliar a presença de tumores no trajeto do nervo facial, especialmente em casos de PFP de progressão lenta.
Por que o colesteatoma é mais frequentemente associado a PFP intratemporal do que outras lesões?
O colesteatoma é uma lesão expansiva e erosiva que pode comprometer o osso ao redor do nervo facial, sendo uma causa frequente de PFP intratemporal.
Como o herpes zoster oticus (síndrome de Ramsay Hunt) se manifesta além da paralisia facial periférica?
Além de PFP, a síndrome de Ramsay Hunt apresenta dor intensa na orelha e vesículas no canal auditivo externo e na orelha, devido à reativação do vírus varicela-zoster.
Qual é a diferença clínica entre PFP idiopática (paralisia de Bell) e PFP causada por otite média?
Na paralisia de Bell, a instalação é súbita e sem fatores desencadeantes identificáveis; na otite média, a PFP costuma ser precedida por sintomas de infecção no ouvido, como dor e febre.
Como a osteopetrose congênita leva à paralisia facial periférica?
Na osteopetrose, o espessamento ósseo no osso temporal pode comprimir o nervo facial dentro do canal facial, causando PFP.
Como a síndrome de Moebius pode ser diferenciada de outras causas congênitas de paralisia facial?
A síndrome de Moebius envolve paralisia dos nervos facial e abducente desde o nascimento, resultando em paralisia facial bilateral e incapacidade de mover os olhos lateralmente.
: Quando considerar a possibilidade de PFP iatrogênica?
eve-se considerar PFP iatrogênica após cirurgias na região do osso temporal, ouvido médio ou parótida, onde o nervo facial está suscetível a lesões acidentais.
Quais doenças sistêmicas podem estar associadas à paralisia facial periférica?
Doenças sistêmicas associadas à PFP incluem diabetes, HIV, doença de Lyme, síndrome de Guillain-Barré, sarcoidose, amiloidose e eclâmpsia.
Qual é a causa mais comum de paralisia facial periférica?
A causa mais comum é a paralisia idiopática, também conhecida como paralisia de Bell, responsável por 60-80% dos casos.
Como a doença de Lyme pode levar à paralisia facial periférica?
A doença de Lyme, transmitida por carrapatos, pode causar PFP em alguns casos devido à inflamação do nervo facial.
: Quais infecções estão associadas à paralisia facial periférica?
Otite média e herpes zoster oticus (síndrome de Ramsay Hunt) estão associadas à PFP, com o herpes zoster causando dor e vesículas no ouvido.
Quais são os principais componentes do exame físico em pacientes com paralisia facial periférica?
O exame físico inclui otoscopia, palpação da parótida e região cervical e avaliação dos 12 pares cranianos para identificar outras possíveis alterações
Qual é o papel da otoscopia no exame físico de PFP?
A otoscopia ajuda a identificar sinais de otite média ou outras anormalidades no ouvido que podem estar associadas à PFP.
Por que é importante palpar a parótida em casos de PFP?
: A palpação da parótida pode revelar a presença de tumores ou infecções que possam estar comprimindo o nervo facial.
Como a avaliação dos 12 pares cranianos contribui para o diagnóstico diferencial da paralisia facial periférica?
: Avaliar todos os pares cranianos ajuda a excluir ou
Por que o nervo abducente (VI par) é frequentemente acometido junto com o nervo facial na paralisia facial periférica?
O VI par passa próximo ao nervo facial após saírem do sulco bulbo-pontino, tornando-o suscetível a lesões e inflamações na mesma região.
Quais sintomas o paciente apresenta se o VI par (abducente) estiver afetado?
: O paciente apresenta estrabismo convergente, pois o VI par inerva o músculo reto lateral, responsável pelo movimento lateral do olho.
Por que o VIII par (vestíbulo-coclear) pode ser acometido em casos de paralisia facial periférica?
O VIII par também passa próximo ao nervo facial na ponte, e ambos saem juntos, aumentando a chance de serem afetados simultaneamente em processos que envolvem o sulco bulbo-pontino.
Qual é o papel da ressonância magnética de mastoide no diagnóstico de paralisia facial idiopática?
A ressonância de mastoide é realizada para excluir outras causas estruturais de PFP. Se o exame estiver normal, o diagnóstico de paralisia de Bell pode ser confirmado e o tratamento adequado iniciado.
Em qual momento a ressonância de mastoide é recomendada em casos de paralisia facial idiopática?
A ressonância é recomendada após o exame físico inicial se houver necessidade de excluir outras causas, especialmente em casos atípicos ou com piora progressiva
O que caracteriza a paralisia de Bell no contexto da PFP?
: A paralisia de Bell é uma paralisia facial idiopática, onde não há evidências de lesões estruturais em exames de imagem, e a condição é geralmente autolimitada.
Qual é o objetivo da classificação de House-Brackmann na avaliação da paralisia facial periférica?
A classificação de House-Brackmann é usada para avaliar o nível de comprometimento motor do nervo facial, variando em 6 graus conforme a severidade da paralisia.
Quantos graus existem na classificação de House-Brackmann?
Existem 6 graus na classificação de House-Brackmann, que vão do funcionamento normal à paralisia completa.
Quais são os movimentos pedidos ao paciente durante a avaliação do grau de paralisia facial?
Pedimos ao paciente que feche os olhos, franza a testa, sorria e faça um bico para avaliar a simetria e a função dos músculos faciais.
Como as rugas da testa ajudam a avaliar o grau de paralisia facial segundo House-Brackmann?
À medida que a paralisia se torna mais severa, as rugas da testa no lado afetado vão se tornando menos visíveis, e a sobrancelha pode perder mobilidade.
O que é avaliado na observação em repouso segundo a classificação de House-Brackmann?
Em repouso, observamos a simetria da face, o alinhamento das sobrancelhas e a presença de movimento involuntário ou fraqueza evidente em um dos lados.
Qual a importância de avaliar o paciente em movimento na classificação de House-Brackmann?
A avaliação em movimento permite identificar limitações sutis na função dos músculos faciais que podem não ser aparentes em repouso, indicando graus leves de paralisia.
Qual o significado de um grau alto (como 5 ou 6) na classificação de House-Brackmann?
Um grau alto indica paralisia severa, com pouca ou nenhuma movimentação facial voluntária no lado afetado.
Como se caracteriza o Grau 1 na classificação de House-Brackmann?
Grau 1 representa a função normal, sem evidência de paralisia facial e com simetria completa dos movimentos faciais em repouso e em ação.
O que caracteriza o Grau 2 na escala de House-Brackmann?
Grau 2 é uma paralisia leve, com assimetria sutil, mínima fraqueza visível em movimento e movimento completo dos olhos e testa, ainda que levemente reduzido.
Como é definido o Grau 3 na classificação de House-Brackmann?
Grau 3 é uma paralisia moderada, com assimetria visível em movimento, fechamento incompleto dos olhos, mas sem deslocamento marcante da boca.
O que indica o Grau 4 na escala de House-Brackmann?
Grau 4 indica paralisia moderada a severa, com assimetria evidente, fechamento incompleto do olho e movimento limitado na testa e sobrancelha.
Como se apresenta o Grau 5 na classificação de House-Brackmann?
Grau 5 representa uma paralisia severa, com movimento mínimo ou ausência de movimento voluntário, dificuldade para fechar os olhos e assimetria evidente tanto em repouso quanto em movimento.
O que significa o Grau 6 na classificação de House-Brackmann?
Grau 6 indica paralisia total, sem qualquer movimento voluntário dos músculos faciais no lado afetado.
Como a classificação de House-Brackmann auxilia no acompanhamento do tratamento?
Ela permite monitorar a progressão ou regressão da paralisia ao longo do tempo, ajudando a ajustar o tratamento e a avaliar a recuperação funcional do nervo facial.
Por que a classificação de House-Brackmann é útil para a comunicação entre profissionais de saúde?
Ela padroniza a avaliação da gravidade da paralisia facial, facilitando a compreensão mútua sobre o estado do paciente e o impacto da paralisia.
Como o diabetes pode contribuir para o desenvolvimento de paralisia facial periférica?
Diabetes pode levar à PFP devido à neuropatia diabética, que danifica os nervos periféricos, incluindo o nervo facial, por mecanismos inflamatórios e de insuficiência vascular.
qual é a relação entre o HIV e a paralisia facial periférica?
Em pacientes com HIV, a imunossupressão aumenta o risco de reativação viral e infecções oportunistas que podem acometer o nervo facial, resultando em PFP.
Como doenças autoimunes podem causar paralisia facial periférica?
Doenças autoimunes, como a síndrome de Guillain-Barré e sarcoidose, podem gerar uma resposta inflamatória que atinge o nervo facial, resultando em PFP.
Qual é o papel do vírus herpes simplex na paralisia facial periférica?
O vírus herpes simplex é associado à paralisia de Bell e pode causar inflamação e edema do nervo facial, resultando em PFP.
O que é a síndrome de Ramsay Hunt e como ela se manifesta na PFP?
A síndrome de Ramsay Hunt é causada pela reativação do vírus varicela-zoster no nervo facial e se manifesta com paralisia facial, dor intensa na orelha e vesículas no canal auditivo.
Qual abordagem terapêutica é recomendada para a síndrome de Ramsay Hunt?
: O tratamento inclui antivirais (como aciclovir ou valaciclovir) e corticosteroides para reduzir a inflamação e acelerar a recuperação do nervo facial.
Como a doença de Lyme pode causar PFP e qual é seu tratamento?
A doença de Lyme, causada pela bactéria Borrelia burgdorferi transmitida por carrapatos, pode atingir o sistema nervoso e causar PFP. O tratamento inclui antibióticos específicos, como doxiciclina.
Qual infecção bacteriana de ouvido está associada à PFP, especialmente em pacientes imunocomprometidos?
A otite externa necrosante, uma infecção grave do ouvido externo frequentemente causada por Pseudomonas aeruginosa, pode se espalhar para o nervo facial, resultando em PFP.
Como a prevalência da PFP por doença de Lyme varia geograficamente?
A PFP por doença de Lyme é mais comum em regiões onde o carrapato Ixodes é prevalente, como certas áreas da América do Norte e da Europa.
Quais são os principais fatores de risco para a PFP causada por otite média?
Otite média não tratada ou recorrente aumenta o risco de PFP devido à proximidade do nervo facial com a orelha média e ao risco de inflamação e compressão do nervo.
O que é paralisia facial congênita?
aralisia facial congênita é uma paralisia presente ao nascimento, geralmente causada por malformações ou anomalias neurológicas e musculares, afetando a expressão facial.
Quais são algumas das principais causas de paralisia facial congênita?
As principais causas incluem a síndrome de Moebius, ausência de unidade motora no nervo facial e malformações estruturais congênitas.
O que caracteriza a síndrome de Moebius e como ela afeta o nervo facial?
A síndrome de Moebius é uma condição rara caracterizada por paralisia facial bilateral e ausência de movimento lateral dos olhos, resultante de agenesia ou hipoplasia dos nervos facial (VII) e abducente (VI).
Quais são os desafios no manejo da síndrome de Moebius?
Os desafios incluem melhorar a função motora facial e ocular, suporte nutricional em casos de dificuldade de sucção e deglutição, e abordagem cirúrgica para reabilitação facial quando possível.
Quais são as opções terapêuticas para melhorar a função facial em pacientes com síndrome de Moebius?
Opções incluem fisioterapia especializada, técnicas de reabilitação motora e, em alguns casos, cirurgia de enxerto muscular, como a transferência do músculo grácil para proporcionar movimento facial.
Qual é o papel do aconselhamento genético em casos de PFP congênita?
O aconselhamento genético é importante para avaliar o risco de recorrência em futuros filhos e para ajudar as famílias a entenderem as causas e o prognóstico da condição.
Como o prognóstico da paralisia facial congênita em pediatria difere da paralisia adquirida?
: Em paralisias congênitas, o prognóstico é variável e depende da causa; em geral, as condições estruturais têm um prognóstico funcional mais limitado, especialmente na ausência de intervenções cirúrgicas.
Que considerações devem ser feitas no prognóstico e no desenvolvimento de crianças com paralisia facial congênita?
O desenvolvimento social e emocional pode ser impactado pela falta de expressões faciais; apoio psicológico e terapias ocupacionais podem ajudar na integração social e na qualidade de vida.
Como a reabilitação precoce pode beneficiar crianças com PFP congênita?
A reabilitação precoce ajuda a fortalecer a musculatura facial remanescente, melhora as habilidades motoras orofaciais e pode evitar complicações funcionais e sociais a longo prazo.
Quais avanços recentes no manejo cirúrgico da PFP congênita são promissores?
: Avanços incluem novas técnicas de transferência de nervos e músculos, como a utilização de nervos cranianos saudáveis para criar movimento facial, oferecendo resultados estéticos e funcionais melhores.
O que caracteriza a paralisia de Bell?
A paralisia de Bell é uma paralisia facial periférica idiopática, geralmente aguda e unilateral, sem etiologia identificável, mas com possível associação ao vírus herpes simples.
Qual é a origem anatômica da paralisia de Bell?
A paralisia de Bell é uma paralisia de neurônio motor inferior, afetando um único lado da face.
Qual achado laboratorial apoiou a associação da paralisia de Bell com o vírus herpes simples?
Estudos com PCR identificaram o vírus herpes simples em pacientes com paralisia de Bell, sugerindo uma relação entre a infecção viral e a condição.
Por que o aciclovir é incluído no tratamento da paralisia de Bell?
Devido à associação entre a paralisia de Bell e o vírus herpes simples, o aciclovir é incluído para tratar uma possível infecção viral subjacente.
Qual é a abordagem terapêutica principal na paralisia de Bell?
O tratamento inclui corticosteroides para reduzir a inflamação e, frequentemente, antivirais como o aciclovir, dado o potencial envolvimento do herpes simples.
Como a paralisia facial periférica com etiologia específica difere da paralisia de Bell?
Diferente da paralisia de Bell, que é idiopática, a PFP com etiologia específica resulta de causas identificáveis, muitas vezes infecciosas, como otite média e herpes zoster oticus.
Quais infecções são causas comuns de PFP específica?
Causas infecciosas de PFP incluem otite média, herpes zoster oticus (síndrome de Ramsay Hunt), e otite externa necrosante.
Qual é o principal sinal que diferencia a síndrome de Ramsay Hunt da paralisia de Bell?
A presença de vesículas no ouvido e dor intensa sugerem a síndrome de Ramsay Hunt, que é causada pela reativação do vírus varicela-zoster, ao contrário da paralisia de Bell.
Por que o diagnóstico de paralisia de Bell é feito por exclusão?
A paralisia de Bell é considerada idiopática; assim, o diagnóstico é feito ao excluir outras causas específicas de PFP, como infecções e traumas.
Qual é o início típico dos sintomas na paralisia de Bell?
A paralisia de Bell geralmente começa de forma súbita, com piora dos sintomas em até 48 horas, incluindo fraqueza ou paralisia unilateral da face.
Quais são os sinais clínicos comuns da paralisia de Bell?
Sinais incluem fraqueza facial unilateral, dificuldade para fechar o olho no lado afetado, ausência de movimentos faciais e perda do tônus muscular facial.
Como é feito o diagnóstico clínico da paralisia de Bell?
O diagnóstico é clínico e de exclusão, com base na apresentação típica de PFP unilateral e na ausência de outras causas específicas, como traumas ou infecções diagnosticadas.
: Quais fatores de risco podem aumentar a chance de desenvolver paralisia de Bell?
: Fatores de risco incluem histórico de infecção viral, diabetes, gravidez (especialmente no terceiro trimestre), e histórico familiar de paralisia facial idiopática.
: Em que situações a paralisia de Bell pode ser confundida com outras condições neurológicas?
A paralisia de Bell pode ser confundida com acidentes vasculares cerebrais (AVC) ou tumores do tronco encefálico; nesses casos, exames de imagem como a ressonância magnética são usados para descartar outras etiologias.
: Qual é o prognóstico da paralisia de Bell?
: O prognóstico é geralmente bom, com recuperação espontânea em semanas a meses na maioria dos casos. Cerca de 70-85% dos pacientes recuperam totalmente a função facial.
Quais complicações podem ocorrer em casos graves de paralisia de Bell?
Complicações incluem sincinésia (movimentos faciais involuntários), lacrimejamento excessivo e contraturas faciais se a recuperação não for completa.
Qual é a diferença na abordagem terapêutica entre paralisia de Bell e PFP causada por herpes zoster oticus?
Na paralisia de Bell, usa-se corticosteroides e, opcionalmente, antivirais (aciclovir); na síndrome de Ramsay Hunt, o tratamento antiviral (valaciclovir ou aciclovir) é essencial, junto com corticosteroides.
Por que é importante tratar a PFP específica secundária a otite média rapidamente?
O tratamento precoce com antibióticos pode prevenir a progressão da infecção e reduzir o risco de dano permanente ao nervo facial.
Qual exame pode ser indicado para avaliar o grau de comprometimento do nervo facial em casos de paralisia de Bell?
O teste de eletroneurografia (ENoG) pode avaliar a extensão do dano nervoso e prever o potencial de recuperação, especialmente em casos de PFP severa.
O que causa a Síndrome de Ramsay Hunt?
A Síndrome de Ramsay Hunt é causada pelo herpes zoster oticus, resultante da reativação do vírus varicela-zoster no nervo facial.
Qual é a tríade clássica de sintomas da Síndrome de Ramsay Hunt?
A tríade inclui vesículas bolhosas no ouvido ou canal auditivo, otalgia intensa e paralisia facial periférica; também podem ocorrer tontura, hipoacusia e zumbido.
Quais são os sintomas adicionais que podem ocorrer na Síndrome de Ramsay Hunt?
Além da tríade, a síndrome pode causar sintomas auditivos e vestibulares, como hipoacusia (perda auditiva) e vertigem.
Qual é o tratamento indicado para a Síndrome de Ramsay Hunt?
: O tratamento inclui antivirais (como aciclovir ou valaciclovir) para combater o vírus, além de corticosteroides para reduzir a inflamação e melhorar a recuperação nervosa.
O que é a Doença de Lyme e como ela é transmitida?
A Doença de Lyme é uma infecção bacteriana causada pela Borrelia burgdorferi, transmitida pela picada de carrapatos.
Como é confirmado o diagnóstico da Doença de Lyme?
O diagnóstico é confirmado por testes sorológicos que identificam anticorpos IgM e IgG contra Borrelia burgdorferi.
Qual é o principal sintoma inicial da Doença de Lyme?
O principal sintoma inicial é o eritema migratório, um rash cutâneo em forma de alvo no local da picada, que se expande ao longo dos dias.
Além da paralisia facial, quais são outros sintomas da Doença de Lyme?
Outros sintomas incluem dores articulares, alterações cardiovasculares, como bloqueio cardíaco, e sintomas neurológicos, como meningite e neuropatias.
Qual é o tratamento recomendado para a Doença de Lyme?
O tratamento inclui antibióticos como amoxicilina ou doxiciclina, geralmente administrados por um período prolongado de até um mês.
Como a Doença de Lyme pode levar à paralisia facial periférica?
A bactéria Borrelia burgdorferi pode infectar o sistema nervoso e causar inflamação do nervo facial, levando a paralisia facial periférica.
O que é a Síndrome de Melkersson-Rosenthal?
É uma condição neurológica rara caracterizada pela tríade de paralisia facial periférica (PFP), língua fissurada (plicada) e edema orofacial recorrente.
Quais são os sinais principais da Síndrome de Melkersson-Rosenthal?
A tríade clássica inclui PFP, língua fissurada (língua plicada) e edema orofacial, que pode afetar o lábio (geralmente superior), a face ou até toda a região perioral.
Como se apresenta o edema na Síndrome de Melkersson-Rosenthal?
: O edema orofacial é recorrente e pode afetar apenas uma parte, como o lábio superior, ou áreas maiores, como toda a face.
Por que é indicada a biópsia do lábio em casos de Síndrome de Melkersson-Rosenthal?
: A biópsia pode mostrar a presença de granulomas epitelioides, ajudando a confirmar o diagnóstico e a excluir outras causas de edema facial e granulomatose.
Qual é o tratamento para a Síndrome de Melkersson-Rosenthal?
O tratamento é sintomático, incluindo corticosteroides para reduzir o edema e a inflamação, e, em alguns casos, imunossupressores em casos recorrentes graves.
Qual é o papel da fisioterapia na Síndrome de Melkersson-Rosenthal?
: A fisioterapia pode ajudar a melhorar a mobilidade facial e prevenir a atrofia muscular decorrente da paralisia facial periférica.
A Síndrome de Melkersson-Rosenthal é uma condição progressiva ou recorrente?
É uma condição recorrente, com crises de PFP e edema orofacial que podem se repetir ao longo da vida.
Qual é a importância de diagnosticar a língua fissurada na Síndrome de Melkersson-Rosenthal?
A língua fissurada é um sinal clínico característico que pode ajudar a diferenciar a Síndrome de Melkersson-Rosenthal de outras causas de PFP com edema orofacial.
A Síndrome de Melkersson-Rosenthal tem causas conhecidas?
: A causa exata é desconhecida, mas acredita-se que tenha um componente genético e possivelmente inflamatório ou imunológico.