PARALISIA FACIAL Flashcards

1
Q

Qual é a diferença entre a paralisia facial periférica e a central em termos de localização da lesão e extensão da paralisia?

A

Na paralisia facial periférica, a lesão é ipsilateral e paralisa toda a hemiface. Na paralisia facial central, a lesão é contralateral e paralisa apenas o terço inferior da hemiface, poupando o terço superior.

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2
Q

Como os grupos dorsal e ventral do nervo facial afetam a inervação da face?

A

: O grupo dorsal inerva a parte superior da face, enquanto o grupo ventral inerva a parte inferior. No grupo ventral, metade das fibras cruzam, e a outra metade não, resultando na preservação do terço superior da face em lesões centrais.

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3
Q

Qual é a origem e o trajeto inicial do nervo facial?

A

O nervo facial se origina no sulco bulbo-pontino, sai da ponte e segue para o meato acústico interno, onde começa a se ramificar.

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4
Q

Quais são as funções principais do nervo facial?

A

O nervo facial é misto, com 80% de fibras motoras, responsáveis pela mímica facial, e fibras sensitivas, que inervam os 2/3 anteriores da língua para gustação.

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5
Q

Por que a lesão no nervo facial periférico causa paralisia completa de um lado da face?

A

Porque a lesão ocorre após o cruzamento das fibras no nível periférico, afetando todos os ramos do nervo e paralisando toda a hemiface ipsilateral.

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6
Q

Qual é a primeira ramificação do nervo facial e qual sua função?

A

A primeira ramificação do nervo facial é o nervo petroso superficial maior, que inerva as glândulas lacrimais e palatinas.

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7
Q

Quais sintomas indicam uma lesão no nível do nervo petroso superficial maior?

A

Uma lesão neste nível pode causar olhos secos e ressecados, devido ao comprometimento da inervação das glândulas lacrimais.

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8
Q

Qual é a segunda ramificação do nervo facial e sua função principal?

A

A segunda ramificação é o nervo petroso superficial menor, que inerva a glândula salivar parótida, estimulando sua secreção através de fibras parassimpáticas.

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9
Q

Quais são as três principais glândulas salivares?

A

As três principais glândulas salivares são a parótida, submandibulares e sublinguais.

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10
Q

Que tipo de fibras o nervo petroso superficial menor fornece à glândula parótida?

A

Ele fornece fibras parassimpáticas, que estimulam a secreção salivar.

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11
Q

Qual é o terceiro ramo do nervo facial e sua função principal?

A

O terceiro ramo é o nervo estapédio, que inerva o músculo estapédio, protegendo a orelha interna de ruídos altos.

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12
Q

Como uma lesão no nervo estapédio pode ser diagnosticada clinicamente?

A

Pode ser diagnosticada com um exame de imitanciometria; a ausência de reflexo acústico sugere uma lesão no nervo facial no nível do nervo estapédio.

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13
Q

Qual a função do músculo estapédio?

A

O músculo estapédio protege a orelha interna de ruídos altos, reduzindo a amplitude das vibrações transmitidas.

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14
Q

Qual é o quarto ramo do nervo facial e quais suas principais funções?

A

O quarto ramo é a corda do tímpano, que possui fibras parassimpáticas e sensitivas. Ela inerva as glândulas salivares submandibulares e sublinguais, além dos 2/3 anteriores da língua (gustação).

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15
Q

Que sintomas podem indicar uma lesão na corda do tímpano?

A

A perda do paladar nos 2/3 anteriores da língua e redução da secreção das glândulas salivares submandibulares e sublinguais podem indicar uma lesão na corda do tímpano.

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16
Q

Após o quarto ramo, por onde o nervo facial passa e onde ele se ramifica para a mímica facial?

A

: O nervo facial atravessa o osso temporal, passa pela mastoide e pelo lóbulo profundo da parótida, onde se ramifica em ramos temporais, malares, infraorbitais, bucais, mandibulares e cervicais para a mímica facial.

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17
Q

Qual é a implicação clínica de uma lesão terminal do nervo facial após sua passagem pela parótida?

A

Uma lesão neste nível pode afetar a mímica facial sem comprometer a inervação lacrimal e salivar, indicando uma lesão mais distal no trajeto do nervo facial.

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18
Q

Como uma lesão no nível terminal do nervo facial pode afetar a parótida?

A

Embora o nervo petroso superficial menor esteja intacto, uma lesão no nervo facial após atravessar a parótida pode reduzir o fluxo salivar devido ao comprometimento da própria glândula.

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19
Q

O que é o segmento pontino do nervo facial?

A

É o segmento inicial do nervo facial, correspondente à sua origem na ponte, onde o nervo facial (VII par) sai do tronco cerebral junto com o nervo vestibulococlear (VIII par).

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20
Q

Que outros nervos saem do tronco cerebral no mesmo local que o nervo facial?

A

O nervo vestibulococlear (VIII par) sai junto com o nervo facial na ponte.

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21
Q

Quais sintomas podem ocorrer se houver uma lesão no segmento pontino?

A

Lesões no segmento pontino podem causar sintomas como vertigem, tontura e hipoacusia, devido ao envolvimento do nervo vestibulococlear, que controla audição e equilíbrio.

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22
Q

: O que é o segmento meatal do nervo facial?

A

É o segundo segmento do nervo facial, onde ele entra no meato acústico interno e se junta ao nervo intermédio, formando um tronco único.

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23
Q

Por que o segmento meatal do nervo facial é considerado resistente?

A

O segmento meatal é protegido por um ducto ósseo (o meato acústico interno), tornando-o resistente a lesões; traumas intensos são necessários para afetar essa região.

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24
Q

Quais alterações clínicas podem ocorrer com uma lesão no segmento meatal?

A

Lesões no segmento meatal podem causar alterações mínimas na secreção salivar, lacrimal e no paladar, devido à função limitada do nervo intermédio nas glândulas secretoras.

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25
Q

Qual é o papel do nervo intermédio no segmento meatal?

A

O nervo intermédio se junta ao nervo facial no segmento meatal e tem um papel limitado na inervação das glândulas lacrimais e salivares e na gustação.

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26
Q

O que é o segmento labiríntico do nervo facial?

A

É o segmento do nervo facial que passa ao redor dos canais semicirculares e do vestíbulo, mas sem envolvimento direto com o equilíbrio.

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27
Q

Quais sintomas NÃO são causados por uma lesão no segmento labiríntico do nervo facial, embora o nome sugira o contrário?

A

Tontura e problemas de equilíbrio não são sintomas de lesão no segmento labiríntico do nervo facial, pois o nervo vestíbulo-coclear (responsável pelo equilíbrio) se encontra no segmento pontino.

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28
Q

Quais sintomas podem indicar uma lesão no segmento labiríntico do nervo facial?

A

Olhos secos e boca seca, devido ao envolvimento dos nervos petroso superficial maior e menor, que inervam as glândulas lacrimais e salivares.

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29
Q

Quais nervos estão presentes no segmento labiríntico e quais suas funções?

A

Estão presentes o nervo petroso superficial maior (inervação lacrimal) e o nervo petroso superficial menor (inervação salivar), ambos atuando na secreção de lágrimas e saliva.

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30
Q

: O que é o segmento timpânico do nervo facial?

A

O segmento timpânico do nervo facial é a porção em que o nervo passa próximo à cavidade timpânica e inclui o nervo estapédio.

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31
Q

O que é deiscência do nervo facial e em qual segmento ela ocorre?

A

A deiscência do nervo facial é uma alteração anatômica encontrada em até 50% das pessoas, caracterizada por uma “descida” do nervo em direção ao segmento timpânico, tornando-o mais suscetível a inflamações.

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32
Q

Qual complicação pode ocorrer no nervo facial em casos de otite média aguda (OMA) com deiscência?

A

: A deiscência no segmento timpânico pode levar a uma neurite do nervo facial durante uma otite média aguda, resultando em paralisia facial periférica.

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33
Q

Que sintomas podem indicar o comprometimento do nervo facial em uma otite média aguda?

A

Sintomas como dor de ouvido (otalgia), secreção no ouvido (otorreia) e surgimento súbito de paralisia facial periférica podem indicar envolvimento do nervo facial no segmento timpânico.

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34
Q

: Qual ramo do nervo facial está presente no segmento timpânico e qual sua função?

A

O nervo estapédio, que inerva o músculo estapédio, está presente no segmento timpânico e atua protegendo a orelha interna de sons altos.

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35
Q

O que é o segmento mastoideo do nervo facial e qual ramo está presente nele?

A

O segmento mastoideo é a porção do nervo que entra na região da mastoide e onde se encontra a corda do tímpano, que possui fibras sensitivas para o paladar e fibras parassimpáticas para as glândulas salivares submandibulares e sublinguais.

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36
Q

Quais são as funções da corda do tímpano no segmento mastoideo?

A

A corda do tímpano inerva os 2/3 anteriores da língua para gustação e possui fibras parassimpáticas para a secreção das glândulas submandibulares e sublinguais.

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37
Q

O que é o segmento extratemporal do nervo facial?

A

O segmento extratemporal é a parte do nervo que passa pelo forame estilomastoideo, atravessa a parótida e emite ramos na face para a mímica facial e o pescoço.

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38
Q

Qual é a importância clínica do segmento extratemporal do nervo facial?

A

Lesões nesse segmento afetam a mímica facial, sem comprometer funções como secreção lacrimal e salivar, pois esses ramos foram emitidos em segmentos anteriores.

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39
Q

Por quais ramos o nervo facial se ramifica no segmento extratemporal e quais são suas funções?

A

No segmento extratemporal, o nervo facial se divide em ramos temporais, malares, infraorbitais, bucais, mandibulares e cervicais, responsáveis pela mímica facial.

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40
Q

Quais características clínicas indicam uma paralisia facial periférica, como a observada na paciente?

A

Na paralisia facial periférica, todo um lado da face fica paralisado, incluindo o terço superior. O olho no lado afetado não fecha completamente e a comissura labial é desviada para o lado saudável.

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41
Q

Como diferenciar uma paralisia facial periférica de uma paralisia facial central?

A

Na paralisia periférica, todo o lado da face é afetado, incluindo o terço superior (olho não fecha, testa não franze). Na paralisia central, o terço superior é poupado, permitindo que o paciente feche o olho e franza a testa.

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42
Q

Qual é a causa mais comum para uma paralisia facial periférica súbita, como descrita no caso?

A

A causa mais comum é a paralisia de Bell, uma condição idiopática em que a paralisia ocorre subitamente, geralmente ao acordar, sem histórico de trauma ou infecção.

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43
Q

Que pergunta inicial é importante para o diagnóstico da paralisia facial?

A

É importante perguntar sobre histórico de trauma, infecções prévias, e se a paralisia ocorreu de forma súbita ou gradual.

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44
Q

Qual é um sintoma adicional comum que pode ocorrer com a paralisia facial periférica?

A

Olho seco no lado afetado é comum, devido ao comprometimento do nervo que inerva as glândulas lacrimais.

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45
Q

Qual é a importância do diagnóstico precoce em casos de paralisia facial periférica?

A

O diagnóstico precoce aumenta as chances de recuperação completa e evita a permanência da paralisia

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46
Q

O que significa que a paralisia facial periférica é “idiopática”?

A

“Idiopática” significa que a causa é desconhecida. A paralisia de Bell, uma forma comum de paralisia facial periférica, ocorre sem causa aparente.

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47
Q

Por que a comissura labial da paciente está desviada para o lado direito?

A

A comissura labial desvia-se para o lado saudável, pois os músculos do lado paralisado não conseguem contrair, enquanto os do lado saudável mantêm o tônus.

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48
Q

: Quais são alguns fatores que devem ser investigados em pacientes com paralisia facial periférica súbita?

A

Deve-se investigar histórico de trauma, infecções recentes, episódios anteriores de paralisia e o início (súbito ou gradual) da paralisia.

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49
Q

Como o olho seco se relaciona com a paralisia facial periférica?

A

O olho seco ocorre porque a paralisia pode afetar as fibras nervosas que controlam a glândula lacrimal, reduzindo a produção de lágrimas no lado afetado.

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50
Q

Como o diagnóstico diferencial ajuda na distinção entre paralisia facial periférica e central?

A

: O diagnóstico diferencial ajuda a determinar se o terço superior da face está afetado. Se estiver, trata-se de uma paralisia periférica; se não, sugere uma lesão central.

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51
Q

Por que é importante investigar se a paralisia facial é recorrente?

A

A recorrência pode indicar uma causa subjacente, como doenças autoimunes ou neuropatias, e ajuda a guiar a abordagem diagnóstica e terapêutica.

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52
Q

Como o tratamento precoce pode beneficiar pacientes com paralisia facial periférica?

A

: O tratamento precoce, como fisioterapia e medicamentos, ajuda a prevenir danos permanentes aos nervos e favorece uma recuperação funcional completa.

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53
Q

Qual é o papel dos corticosteroides no tratamento da paralisia facial periférica?

A

Corticosteroides, como a prednisona, são usados por 10 a 15 dias para reduzir a inflamação e acelerar a recuperação. A dose inicial é alta e vai diminuindo gradualmente.

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54
Q

Como pode ser feito o esquema de prednisona para a paralisia facial?

A

Exemplos de esquemas incluem prednisona 20 mg a cada 12 horas por 7 dias, ou uma dose única diária de 40 mg por 10 dias, ajustado pelo médico conforme necessário.

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55
Q

Por que o aciclovir é indicado em casos de paralisia facial de Bell?

A

O aciclovir é indicado devido à alta associação entre a paralisia de Bell e infecções pelo vírus herpes, ajudando a controlar uma possível infecção viral subjacente.

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56
Q

Qual é a dosagem recomendada de aciclovir para a paralisia de Bell?

A

A dose é de 2000 mg ao dia, geralmente administrada como 400 mg cinco vezes ao dia.

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57
Q

Quais tratamentos auxiliares são recomendados junto com medicamentos para paralisia facial periférica?

A

O uso de colírio para proteger o olho seco e fisioterapia facial para estimular os músculos da face são recomendados.

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58
Q

Qual é a importância da fisioterapia facial no tratamento da paralisia facial?

A

A fisioterapia ajuda a melhorar a função muscular e prevenir a atrofia dos músculos faciais, favorecendo uma recuperação mais eficaz.

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59
Q

Qual é a duração total recomendada do uso de corticosteroides para a paralisia facial periférica?

A

: De 10 a 15 dias, com uma dose inicial alta que vai diminuindo gradualmente.

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60
Q

Como ajustar a dose de prednisona para reduzir de forma gradual no tratamento da paralisia facial?

A

Um exemplo de esquema gradual seria 60 mg por 3 dias, seguido de 40 mg por mais 3 dias e 20 mg por mais 3 dias.

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61
Q

Por que os pacientes com paralisia de Bell recebem tratamento antiviral?

A

Devido à alta incidência do vírus herpes simplex associado a esses casos, que pode exacerbar a inflamação do nervo facial.

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62
Q

Como o colírio contribui no tratamento de pacientes com paralisia facial periférica?

A

O colírio protege o olho no lado afetado, prevenindo ressecamento e lesões na córnea, já que o paciente pode ter dificuldade para piscar.

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63
Q

Qual é o principal objetivo do uso de fisioterapia facial na recuperação da paralisia facial periférica?

A

A fisioterapia ajuda a manter a mobilidade muscular e a prevenir a atrofia, estimulando os músculos e acelerando a recuperação funcional.

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64
Q

Por que é importante iniciar o tratamento da paralisia facial periférica rapidamente?

A

O início precoce do tratamento aumenta as chances de recuperação total, reduzindo o risco de sequelas permanentes no nervo facial.

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65
Q

: Como ajustar a dose de aciclovir em comprimidos para alcançar 2000 mg diários?

A

Administrar 400 mg de aciclovir cinco vezes ao dia para totalizar 2000 mg.

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66
Q

Qual é a provável complicação ocorrida no paciente de 10 anos com otite média aguda?

A

O paciente desenvolveu paralisia facial periférica como complicação da otite média aguda.

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67
Q

Qual condição anatômica pode explicar a paralisia facial periférica neste caso?

A

A paralisia pode ser explicada pela deiscência do nervo facial no segmento timpânico, que torna o nervo mais vulnerável à inflamação durante a otite média.

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68
Q

Qual é a conduta inicial no tratamento de paralisia facial associada a otite média aguda?

A

A conduta é tratar a otite média aguda com antibióticos orais; se houver resposta em 48 horas, o tratamento oral pode ser mantido.

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69
Q

Quando a internação e o uso de ceftriaxona intravenosa são indicados no manejo de otite média com paralisia facial?

A

A internação e administração de ceftriaxona intravenosa são indicadas se o paciente tiver otorreia intensa e paralisia facial importante.

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70
Q

Qual é o esquema de tratamento recomendado após a administração de ceftriaxona intravenosa?

A

Após a ceftriaxona intravenosa, o tratamento é continuado em casa com amoxicilina e clavulanato.

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71
Q

Como o tratamento da otite média aguda impacta o prognóstico da paralisia facial periférica?

A

O prognóstico é bom; ao tratar a otite média, a paralisia facial periférica tende a regredir.

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72
Q

Por que o tratamento com corticoide e aciclovir não é indicado neste caso de paralisia facial?

A

Porque a paralisia facial neste caso é uma complicação da otite média aguda, e o foco deve ser tratar a infecção bacteriana, diferentemente da paralisia de Bell idiopática.

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73
Q

Qual foi a provável sequência de eventos que levou à paralisia facial periférica no paciente?

A

: A infecção de vias aéreas superiores (IVAS) evoluiu para otite média aguda, e o atraso no início do antibiótico permitiu a progressão da infecção, resultando em paralisia facial periférica.

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74
Q

Quais são os achados otoscópicos característicos da otite média aguda observados no paciente?

A

Na otoscopia, observou-se abaulamento da membrana timpânica (MT), hiperemia, e presença de secreção amarelada atrás da MT.

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75
Q

Qual é o objetivo do uso de antibióticos orais na paralisia facial secundária à otite média aguda?

A

: O antibiótico trata a infecção bacteriana da otite média, reduzindo a inflamação e ajudando na recuperação do nervo facial afetado.

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76
Q

Por que a escolha inicial de tratamento foi com antibiótico oral e corticoide?

A

O antibiótico é para combater a infecção da otite média, e o corticoide ajuda a reduzir a inflamação, aliviando sintomas e prevenindo complicações.

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77
Q

Em que situações o uso de antibiótico intravenoso se torna necessário no manejo da otite média aguda com paralisia facial?

A

Antibiótico intravenoso, como ceftriaxona, é necessário em casos graves com otorreia intensa e paralisia facial importante para controlar a infecção de forma mais eficaz.

78
Q

Quais são algumas causas extracranianas de paralisia facial periférica?

A

Causas extracranianas incluem traumas (laceração do nervo facial, fratura de mandíbula, iatrogenia), neoplasias (tumor de parótida, neuroma do nervo facial), e condições congênitas (ausência do músculo facial)

79
Q

Quais traumas podem causar paralisia facial periférica extracraniana?

A

Lacerações do nervo facial, fraturas de mandíbula e iatrogenia (por procedimentos cirúrgicos) são exemplos de traumas extracranianos.

80
Q

Quais neoplasias extracranianas podem levar à paralisia facial periférica?

A

Tumores na parótida, no conduto auditivo externo e neuromas do nervo facial podem causar paralisia facial periférica.

81
Q

Quais são causas intratemporais de paralisia facial periférica?

A

Causas intratemporais incluem traumas no osso temporal (como cirurgias de mastoide), neoplasias (neuroma do acústico, colesteatoma), infecções (otite média aguda, herpes zoster oticus), idiopáticas (paralisia de Bell), e condições congênitas (osteopetrose).

82
Q

Como traumas no osso temporal podem causar paralisia facial periférica?

A

Traumas no osso temporal, como durante uma mastoidectomia para remover colesteatoma, podem causar lesão iatrogênica ao nervo facial.

83
Q

Quais infecções intratemporais podem causar paralisia facial periférica?

A

Otite média aguda (OMA), otite média crônica (OMC), otite externa necrosante e herpes zoster oticus são infecções que podem levar à paralisia facial periférica.

84
Q

O que é paralisia de Bell e onde ela se enquadra nas causas de PFP?

A

Paralisia de Bell é uma causa idiopática de PFP intratemporal, sem causa aparente.

85
Q

Quais doenças intracranianas podem levar à paralisia facial periférica?

A

Doenças intracranianas incluem causas iatrogênicas e condições congênitas como a síndrome de Moebius e ausência da unidade motora.

86
Q

Quais condições congênitas podem causar paralisia facial periférica?

A

Entre as condições congênitas estão a ausência do músculo facial, osteopetrose, colesteatoma e a síndrome de Moebius.

87
Q

Como tumores intratemporais podem levar à paralisia facial periférica?

A

A: Tumores como neuromas acústicos, colesteatomas, meningiomas e tumores glômicos podem comprimir o nervo facial dentro do osso temporal, causando paralisia.

88
Q

Por que a osteopetrose é uma causa congênita de paralisia facial periférica intratemporal?

A

A osteopetrose causa um espessamento anormal dos ossos, incluindo o osso temporal, o que pode comprimir o nervo facial e resultar em PFP.

89
Q

Qual é a diferença entre a paralisia facial periférica causada por otite média aguda (OMA) e por herpes zoster oticus?

A

A PFP causada por OMA ocorre devido à inflamação e pressão sobre o nervo facial; já o herpes zoster oticus (síndrome de Ramsay Hunt) resulta da reativação do vírus varicela-zoster no nervo facial, causando dor, vesículas na orelha e PFP.

90
Q

O que caracteriza a síndrome de Melkersson-Rosenthal como causa de paralisia facial periférica?

A

É uma condição idiopática caracterizada por paralisia facial recorrente, edema labial e língua fissurada.

91
Q

Como a síndrome de Moebius se relaciona com paralisia facial periférica intracraniana?

A

: A síndrome de Moebius é uma condição congênita que causa paralisia dos nervos faciais e abducente, resultando em incapacidade de mover os músculos faciais e os olhos lateralmente

92
Q

Por que cirurgias no ouvido médio ou no osso temporal têm alto risco de causar paralisia facial periférica?

A

Devido à proximidade do nervo facial ao osso temporal, lesões inadvertidas durante cirurgias, como mastoidectomias, podem causar PFP por iatrogenia.

93
Q

Como o colesteatoma pode causar paralisia facial periférica?

A

O colesteatoma é uma lesão expansiva no ouvido médio que pode erodir estruturas ósseas, incluindo o osso ao redor do nervo facial, levando à compressão e PFP.

94
Q

Em quais casos de paralisia facial periférica o tratamento envolve cirurgia?

A

Casos de PFP por tumores (como neuroma do acústico e colesteatoma) ou por fraturas complexas do osso temporal podem requerer intervenção cirúrgica para descompressão do nervo facial.

95
Q

Como uma fratura de mandíbula pode levar à paralisia facial periférica?

A

: Fraturas de mandíbula podem danificar o nervo facial diretamente ou comprometer o fluxo sanguíneo para o nervo, resultando em PFP.

96
Q

Quais sinais e sintomas sugerem que uma paralisia facial periférica é causada por um tumor de parótida?

A

Uma PFP de instalação lenta e progressiva acompanhada de um nódulo palpável na região da parótida sugere um possível tumor de parótida comprimindo o nervo facial.

97
Q

Quais exames podem ser indicados para investigar PFP de origem neoplásica?

A

Ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC) são indicadas para avaliar a presença de tumores no trajeto do nervo facial, especialmente em casos de PFP de progressão lenta.

98
Q

Por que o colesteatoma é mais frequentemente associado a PFP intratemporal do que outras lesões?

A

O colesteatoma é uma lesão expansiva e erosiva que pode comprometer o osso ao redor do nervo facial, sendo uma causa frequente de PFP intratemporal.

99
Q

Como o herpes zoster oticus (síndrome de Ramsay Hunt) se manifesta além da paralisia facial periférica?

A

Além de PFP, a síndrome de Ramsay Hunt apresenta dor intensa na orelha e vesículas no canal auditivo externo e na orelha, devido à reativação do vírus varicela-zoster.

100
Q

Qual é a diferença clínica entre PFP idiopática (paralisia de Bell) e PFP causada por otite média?

A

Na paralisia de Bell, a instalação é súbita e sem fatores desencadeantes identificáveis; na otite média, a PFP costuma ser precedida por sintomas de infecção no ouvido, como dor e febre.

101
Q

Como a osteopetrose congênita leva à paralisia facial periférica?

A

Na osteopetrose, o espessamento ósseo no osso temporal pode comprimir o nervo facial dentro do canal facial, causando PFP.

102
Q

Como a síndrome de Moebius pode ser diferenciada de outras causas congênitas de paralisia facial?

A

A síndrome de Moebius envolve paralisia dos nervos facial e abducente desde o nascimento, resultando em paralisia facial bilateral e incapacidade de mover os olhos lateralmente.

103
Q

: Quando considerar a possibilidade de PFP iatrogênica?

A

eve-se considerar PFP iatrogênica após cirurgias na região do osso temporal, ouvido médio ou parótida, onde o nervo facial está suscetível a lesões acidentais.

104
Q

Quais doenças sistêmicas podem estar associadas à paralisia facial periférica?

A

Doenças sistêmicas associadas à PFP incluem diabetes, HIV, doença de Lyme, síndrome de Guillain-Barré, sarcoidose, amiloidose e eclâmpsia.

105
Q

Qual é a causa mais comum de paralisia facial periférica?

A

A causa mais comum é a paralisia idiopática, também conhecida como paralisia de Bell, responsável por 60-80% dos casos.

106
Q

Como a doença de Lyme pode levar à paralisia facial periférica?

A

A doença de Lyme, transmitida por carrapatos, pode causar PFP em alguns casos devido à inflamação do nervo facial.

107
Q

: Quais infecções estão associadas à paralisia facial periférica?

A

Otite média e herpes zoster oticus (síndrome de Ramsay Hunt) estão associadas à PFP, com o herpes zoster causando dor e vesículas no ouvido.

108
Q

Quais são os principais componentes do exame físico em pacientes com paralisia facial periférica?

A

O exame físico inclui otoscopia, palpação da parótida e região cervical e avaliação dos 12 pares cranianos para identificar outras possíveis alterações

109
Q

Qual é o papel da otoscopia no exame físico de PFP?

A

A otoscopia ajuda a identificar sinais de otite média ou outras anormalidades no ouvido que podem estar associadas à PFP.

110
Q

Por que é importante palpar a parótida em casos de PFP?

A

: A palpação da parótida pode revelar a presença de tumores ou infecções que possam estar comprimindo o nervo facial.

111
Q

Como a avaliação dos 12 pares cranianos contribui para o diagnóstico diferencial da paralisia facial periférica?

A

: Avaliar todos os pares cranianos ajuda a excluir ou

112
Q

Por que o nervo abducente (VI par) é frequentemente acometido junto com o nervo facial na paralisia facial periférica?

A

O VI par passa próximo ao nervo facial após saírem do sulco bulbo-pontino, tornando-o suscetível a lesões e inflamações na mesma região.

113
Q

Quais sintomas o paciente apresenta se o VI par (abducente) estiver afetado?

A

: O paciente apresenta estrabismo convergente, pois o VI par inerva o músculo reto lateral, responsável pelo movimento lateral do olho.

114
Q

Por que o VIII par (vestíbulo-coclear) pode ser acometido em casos de paralisia facial periférica?

A

O VIII par também passa próximo ao nervo facial na ponte, e ambos saem juntos, aumentando a chance de serem afetados simultaneamente em processos que envolvem o sulco bulbo-pontino.

115
Q

Qual é o papel da ressonância magnética de mastoide no diagnóstico de paralisia facial idiopática?

A

A ressonância de mastoide é realizada para excluir outras causas estruturais de PFP. Se o exame estiver normal, o diagnóstico de paralisia de Bell pode ser confirmado e o tratamento adequado iniciado.

116
Q

Em qual momento a ressonância de mastoide é recomendada em casos de paralisia facial idiopática?

A

A ressonância é recomendada após o exame físico inicial se houver necessidade de excluir outras causas, especialmente em casos atípicos ou com piora progressiva

117
Q

O que caracteriza a paralisia de Bell no contexto da PFP?

A

: A paralisia de Bell é uma paralisia facial idiopática, onde não há evidências de lesões estruturais em exames de imagem, e a condição é geralmente autolimitada.

118
Q

Qual é o objetivo da classificação de House-Brackmann na avaliação da paralisia facial periférica?

A

A classificação de House-Brackmann é usada para avaliar o nível de comprometimento motor do nervo facial, variando em 6 graus conforme a severidade da paralisia.

119
Q

Quantos graus existem na classificação de House-Brackmann?

A

Existem 6 graus na classificação de House-Brackmann, que vão do funcionamento normal à paralisia completa.

120
Q

Quais são os movimentos pedidos ao paciente durante a avaliação do grau de paralisia facial?

A

Pedimos ao paciente que feche os olhos, franza a testa, sorria e faça um bico para avaliar a simetria e a função dos músculos faciais.

121
Q

Como as rugas da testa ajudam a avaliar o grau de paralisia facial segundo House-Brackmann?

A

À medida que a paralisia se torna mais severa, as rugas da testa no lado afetado vão se tornando menos visíveis, e a sobrancelha pode perder mobilidade.

122
Q

O que é avaliado na observação em repouso segundo a classificação de House-Brackmann?

A

Em repouso, observamos a simetria da face, o alinhamento das sobrancelhas e a presença de movimento involuntário ou fraqueza evidente em um dos lados.

123
Q

Qual a importância de avaliar o paciente em movimento na classificação de House-Brackmann?

A

A avaliação em movimento permite identificar limitações sutis na função dos músculos faciais que podem não ser aparentes em repouso, indicando graus leves de paralisia.

124
Q

Qual o significado de um grau alto (como 5 ou 6) na classificação de House-Brackmann?

A

Um grau alto indica paralisia severa, com pouca ou nenhuma movimentação facial voluntária no lado afetado.

125
Q

Como se caracteriza o Grau 1 na classificação de House-Brackmann?

A

Grau 1 representa a função normal, sem evidência de paralisia facial e com simetria completa dos movimentos faciais em repouso e em ação.

126
Q

O que caracteriza o Grau 2 na escala de House-Brackmann?

A

Grau 2 é uma paralisia leve, com assimetria sutil, mínima fraqueza visível em movimento e movimento completo dos olhos e testa, ainda que levemente reduzido.

127
Q

Como é definido o Grau 3 na classificação de House-Brackmann?

A

Grau 3 é uma paralisia moderada, com assimetria visível em movimento, fechamento incompleto dos olhos, mas sem deslocamento marcante da boca.

128
Q

O que indica o Grau 4 na escala de House-Brackmann?

A

Grau 4 indica paralisia moderada a severa, com assimetria evidente, fechamento incompleto do olho e movimento limitado na testa e sobrancelha.

129
Q

Como se apresenta o Grau 5 na classificação de House-Brackmann?

A

Grau 5 representa uma paralisia severa, com movimento mínimo ou ausência de movimento voluntário, dificuldade para fechar os olhos e assimetria evidente tanto em repouso quanto em movimento.

130
Q

O que significa o Grau 6 na classificação de House-Brackmann?

A

Grau 6 indica paralisia total, sem qualquer movimento voluntário dos músculos faciais no lado afetado.

131
Q

Como a classificação de House-Brackmann auxilia no acompanhamento do tratamento?

A

Ela permite monitorar a progressão ou regressão da paralisia ao longo do tempo, ajudando a ajustar o tratamento e a avaliar a recuperação funcional do nervo facial.

132
Q

Por que a classificação de House-Brackmann é útil para a comunicação entre profissionais de saúde?

A

Ela padroniza a avaliação da gravidade da paralisia facial, facilitando a compreensão mútua sobre o estado do paciente e o impacto da paralisia.

133
Q

Como o diabetes pode contribuir para o desenvolvimento de paralisia facial periférica?

A

Diabetes pode levar à PFP devido à neuropatia diabética, que danifica os nervos periféricos, incluindo o nervo facial, por mecanismos inflamatórios e de insuficiência vascular.

134
Q

qual é a relação entre o HIV e a paralisia facial periférica?

A

Em pacientes com HIV, a imunossupressão aumenta o risco de reativação viral e infecções oportunistas que podem acometer o nervo facial, resultando em PFP.

135
Q

Como doenças autoimunes podem causar paralisia facial periférica?

A

Doenças autoimunes, como a síndrome de Guillain-Barré e sarcoidose, podem gerar uma resposta inflamatória que atinge o nervo facial, resultando em PFP.

136
Q

Qual é o papel do vírus herpes simplex na paralisia facial periférica?

A

O vírus herpes simplex é associado à paralisia de Bell e pode causar inflamação e edema do nervo facial, resultando em PFP.

137
Q

O que é a síndrome de Ramsay Hunt e como ela se manifesta na PFP?

A

A síndrome de Ramsay Hunt é causada pela reativação do vírus varicela-zoster no nervo facial e se manifesta com paralisia facial, dor intensa na orelha e vesículas no canal auditivo.

138
Q

Qual abordagem terapêutica é recomendada para a síndrome de Ramsay Hunt?

A

: O tratamento inclui antivirais (como aciclovir ou valaciclovir) e corticosteroides para reduzir a inflamação e acelerar a recuperação do nervo facial.

139
Q

Como a doença de Lyme pode causar PFP e qual é seu tratamento?

A

A doença de Lyme, causada pela bactéria Borrelia burgdorferi transmitida por carrapatos, pode atingir o sistema nervoso e causar PFP. O tratamento inclui antibióticos específicos, como doxiciclina.

140
Q

Qual infecção bacteriana de ouvido está associada à PFP, especialmente em pacientes imunocomprometidos?

A

A otite externa necrosante, uma infecção grave do ouvido externo frequentemente causada por Pseudomonas aeruginosa, pode se espalhar para o nervo facial, resultando em PFP.

141
Q

Como a prevalência da PFP por doença de Lyme varia geograficamente?

A

A PFP por doença de Lyme é mais comum em regiões onde o carrapato Ixodes é prevalente, como certas áreas da América do Norte e da Europa.

142
Q

Quais são os principais fatores de risco para a PFP causada por otite média?

A

Otite média não tratada ou recorrente aumenta o risco de PFP devido à proximidade do nervo facial com a orelha média e ao risco de inflamação e compressão do nervo.

143
Q

O que é paralisia facial congênita?

A

aralisia facial congênita é uma paralisia presente ao nascimento, geralmente causada por malformações ou anomalias neurológicas e musculares, afetando a expressão facial.

144
Q

Quais são algumas das principais causas de paralisia facial congênita?

A

As principais causas incluem a síndrome de Moebius, ausência de unidade motora no nervo facial e malformações estruturais congênitas.

145
Q

O que caracteriza a síndrome de Moebius e como ela afeta o nervo facial?

A

A síndrome de Moebius é uma condição rara caracterizada por paralisia facial bilateral e ausência de movimento lateral dos olhos, resultante de agenesia ou hipoplasia dos nervos facial (VII) e abducente (VI).

146
Q

Quais são os desafios no manejo da síndrome de Moebius?

A

Os desafios incluem melhorar a função motora facial e ocular, suporte nutricional em casos de dificuldade de sucção e deglutição, e abordagem cirúrgica para reabilitação facial quando possível.

147
Q

Quais são as opções terapêuticas para melhorar a função facial em pacientes com síndrome de Moebius?

A

Opções incluem fisioterapia especializada, técnicas de reabilitação motora e, em alguns casos, cirurgia de enxerto muscular, como a transferência do músculo grácil para proporcionar movimento facial.

148
Q

Qual é o papel do aconselhamento genético em casos de PFP congênita?

A

O aconselhamento genético é importante para avaliar o risco de recorrência em futuros filhos e para ajudar as famílias a entenderem as causas e o prognóstico da condição.

149
Q

Como o prognóstico da paralisia facial congênita em pediatria difere da paralisia adquirida?

A

: Em paralisias congênitas, o prognóstico é variável e depende da causa; em geral, as condições estruturais têm um prognóstico funcional mais limitado, especialmente na ausência de intervenções cirúrgicas.

150
Q

Que considerações devem ser feitas no prognóstico e no desenvolvimento de crianças com paralisia facial congênita?

A

O desenvolvimento social e emocional pode ser impactado pela falta de expressões faciais; apoio psicológico e terapias ocupacionais podem ajudar na integração social e na qualidade de vida.

151
Q

Como a reabilitação precoce pode beneficiar crianças com PFP congênita?

A

A reabilitação precoce ajuda a fortalecer a musculatura facial remanescente, melhora as habilidades motoras orofaciais e pode evitar complicações funcionais e sociais a longo prazo.

152
Q

Quais avanços recentes no manejo cirúrgico da PFP congênita são promissores?

A

: Avanços incluem novas técnicas de transferência de nervos e músculos, como a utilização de nervos cranianos saudáveis para criar movimento facial, oferecendo resultados estéticos e funcionais melhores.

153
Q

O que caracteriza a paralisia de Bell?

A

A paralisia de Bell é uma paralisia facial periférica idiopática, geralmente aguda e unilateral, sem etiologia identificável, mas com possível associação ao vírus herpes simples.

154
Q

Qual é a origem anatômica da paralisia de Bell?

A

A paralisia de Bell é uma paralisia de neurônio motor inferior, afetando um único lado da face.

155
Q

Qual achado laboratorial apoiou a associação da paralisia de Bell com o vírus herpes simples?

A

Estudos com PCR identificaram o vírus herpes simples em pacientes com paralisia de Bell, sugerindo uma relação entre a infecção viral e a condição.

156
Q

Por que o aciclovir é incluído no tratamento da paralisia de Bell?

A

Devido à associação entre a paralisia de Bell e o vírus herpes simples, o aciclovir é incluído para tratar uma possível infecção viral subjacente.

157
Q

Qual é a abordagem terapêutica principal na paralisia de Bell?

A

O tratamento inclui corticosteroides para reduzir a inflamação e, frequentemente, antivirais como o aciclovir, dado o potencial envolvimento do herpes simples.

158
Q

Como a paralisia facial periférica com etiologia específica difere da paralisia de Bell?

A

Diferente da paralisia de Bell, que é idiopática, a PFP com etiologia específica resulta de causas identificáveis, muitas vezes infecciosas, como otite média e herpes zoster oticus.

159
Q

Quais infecções são causas comuns de PFP específica?

A

Causas infecciosas de PFP incluem otite média, herpes zoster oticus (síndrome de Ramsay Hunt), e otite externa necrosante.

160
Q

Qual é o principal sinal que diferencia a síndrome de Ramsay Hunt da paralisia de Bell?

A

A presença de vesículas no ouvido e dor intensa sugerem a síndrome de Ramsay Hunt, que é causada pela reativação do vírus varicela-zoster, ao contrário da paralisia de Bell.

161
Q

Por que o diagnóstico de paralisia de Bell é feito por exclusão?

A

A paralisia de Bell é considerada idiopática; assim, o diagnóstico é feito ao excluir outras causas específicas de PFP, como infecções e traumas.

162
Q

Qual é o início típico dos sintomas na paralisia de Bell?

A

A paralisia de Bell geralmente começa de forma súbita, com piora dos sintomas em até 48 horas, incluindo fraqueza ou paralisia unilateral da face.

163
Q

Quais são os sinais clínicos comuns da paralisia de Bell?

A

Sinais incluem fraqueza facial unilateral, dificuldade para fechar o olho no lado afetado, ausência de movimentos faciais e perda do tônus muscular facial.

164
Q

Como é feito o diagnóstico clínico da paralisia de Bell?

A

O diagnóstico é clínico e de exclusão, com base na apresentação típica de PFP unilateral e na ausência de outras causas específicas, como traumas ou infecções diagnosticadas.

165
Q

: Quais fatores de risco podem aumentar a chance de desenvolver paralisia de Bell?

A

: Fatores de risco incluem histórico de infecção viral, diabetes, gravidez (especialmente no terceiro trimestre), e histórico familiar de paralisia facial idiopática.

166
Q

: Em que situações a paralisia de Bell pode ser confundida com outras condições neurológicas?

A

A paralisia de Bell pode ser confundida com acidentes vasculares cerebrais (AVC) ou tumores do tronco encefálico; nesses casos, exames de imagem como a ressonância magnética são usados para descartar outras etiologias.

167
Q

: Qual é o prognóstico da paralisia de Bell?

A

: O prognóstico é geralmente bom, com recuperação espontânea em semanas a meses na maioria dos casos. Cerca de 70-85% dos pacientes recuperam totalmente a função facial.

168
Q

Quais complicações podem ocorrer em casos graves de paralisia de Bell?

A

Complicações incluem sincinésia (movimentos faciais involuntários), lacrimejamento excessivo e contraturas faciais se a recuperação não for completa.

169
Q

Qual é a diferença na abordagem terapêutica entre paralisia de Bell e PFP causada por herpes zoster oticus?

A

Na paralisia de Bell, usa-se corticosteroides e, opcionalmente, antivirais (aciclovir); na síndrome de Ramsay Hunt, o tratamento antiviral (valaciclovir ou aciclovir) é essencial, junto com corticosteroides.

170
Q

Por que é importante tratar a PFP específica secundária a otite média rapidamente?

A

O tratamento precoce com antibióticos pode prevenir a progressão da infecção e reduzir o risco de dano permanente ao nervo facial.

171
Q

Qual exame pode ser indicado para avaliar o grau de comprometimento do nervo facial em casos de paralisia de Bell?

A

O teste de eletroneurografia (ENoG) pode avaliar a extensão do dano nervoso e prever o potencial de recuperação, especialmente em casos de PFP severa.

172
Q

O que causa a Síndrome de Ramsay Hunt?

A

A Síndrome de Ramsay Hunt é causada pelo herpes zoster oticus, resultante da reativação do vírus varicela-zoster no nervo facial.

173
Q

Qual é a tríade clássica de sintomas da Síndrome de Ramsay Hunt?

A

A tríade inclui vesículas bolhosas no ouvido ou canal auditivo, otalgia intensa e paralisia facial periférica; também podem ocorrer tontura, hipoacusia e zumbido.

174
Q

Quais são os sintomas adicionais que podem ocorrer na Síndrome de Ramsay Hunt?

A

Além da tríade, a síndrome pode causar sintomas auditivos e vestibulares, como hipoacusia (perda auditiva) e vertigem.

175
Q

Qual é o tratamento indicado para a Síndrome de Ramsay Hunt?

A

: O tratamento inclui antivirais (como aciclovir ou valaciclovir) para combater o vírus, além de corticosteroides para reduzir a inflamação e melhorar a recuperação nervosa.

176
Q

O que é a Doença de Lyme e como ela é transmitida?

A

A Doença de Lyme é uma infecção bacteriana causada pela Borrelia burgdorferi, transmitida pela picada de carrapatos.

177
Q

Como é confirmado o diagnóstico da Doença de Lyme?

A

O diagnóstico é confirmado por testes sorológicos que identificam anticorpos IgM e IgG contra Borrelia burgdorferi.

178
Q

Qual é o principal sintoma inicial da Doença de Lyme?

A

O principal sintoma inicial é o eritema migratório, um rash cutâneo em forma de alvo no local da picada, que se expande ao longo dos dias.

179
Q

Além da paralisia facial, quais são outros sintomas da Doença de Lyme?

A

Outros sintomas incluem dores articulares, alterações cardiovasculares, como bloqueio cardíaco, e sintomas neurológicos, como meningite e neuropatias.

180
Q

Qual é o tratamento recomendado para a Doença de Lyme?

A

O tratamento inclui antibióticos como amoxicilina ou doxiciclina, geralmente administrados por um período prolongado de até um mês.

181
Q

Como a Doença de Lyme pode levar à paralisia facial periférica?

A

A bactéria Borrelia burgdorferi pode infectar o sistema nervoso e causar inflamação do nervo facial, levando a paralisia facial periférica.

182
Q

O que é a Síndrome de Melkersson-Rosenthal?

A

É uma condição neurológica rara caracterizada pela tríade de paralisia facial periférica (PFP), língua fissurada (plicada) e edema orofacial recorrente.

183
Q

Quais são os sinais principais da Síndrome de Melkersson-Rosenthal?

A

A tríade clássica inclui PFP, língua fissurada (língua plicada) e edema orofacial, que pode afetar o lábio (geralmente superior), a face ou até toda a região perioral.

184
Q

Como se apresenta o edema na Síndrome de Melkersson-Rosenthal?

A

: O edema orofacial é recorrente e pode afetar apenas uma parte, como o lábio superior, ou áreas maiores, como toda a face.

185
Q

Por que é indicada a biópsia do lábio em casos de Síndrome de Melkersson-Rosenthal?

A

: A biópsia pode mostrar a presença de granulomas epitelioides, ajudando a confirmar o diagnóstico e a excluir outras causas de edema facial e granulomatose.

186
Q

Qual é o tratamento para a Síndrome de Melkersson-Rosenthal?

A

O tratamento é sintomático, incluindo corticosteroides para reduzir o edema e a inflamação, e, em alguns casos, imunossupressores em casos recorrentes graves.

187
Q

Qual é o papel da fisioterapia na Síndrome de Melkersson-Rosenthal?

A

: A fisioterapia pode ajudar a melhorar a mobilidade facial e prevenir a atrofia muscular decorrente da paralisia facial periférica.

188
Q

A Síndrome de Melkersson-Rosenthal é uma condição progressiva ou recorrente?

A

É uma condição recorrente, com crises de PFP e edema orofacial que podem se repetir ao longo da vida.

189
Q

Qual é a importância de diagnosticar a língua fissurada na Síndrome de Melkersson-Rosenthal?

A

A língua fissurada é um sinal clínico característico que pode ajudar a diferenciar a Síndrome de Melkersson-Rosenthal de outras causas de PFP com edema orofacial.

190
Q

A Síndrome de Melkersson-Rosenthal tem causas conhecidas?

A

: A causa exata é desconhecida, mas acredita-se que tenha um componente genético e possivelmente inflamatório ou imunológico.