OTITE MÉDIA AGUDA Flashcards

1
Q

O que é Otite Média Aguda (OMA) e qual a principal causa?

A

A OMA é uma infecção do ouvido médio, geralmente causada por infecções respiratórias ou alergias que levam à obstrução da tuba auditiva, resultando em acúmulo de líquido e proliferação de patógenos.

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2
Q

Qual é o papel da obstrução tubária na fisiopatologia da OMA?

A

A obstrução tubária impede a drenagem adequada da orelha média, levando à redução da pressão e ao acúmulo de líquido, criando um ambiente propício para a proliferação de patógenos.

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3
Q

Quais são os principais mediadores envolvidos na inflamação da OMA?

A

Os mediadores inflamatórios, liberados em resposta a infecções ou alergias, provocam congestão e edema na mucosa respiratória e na orelha média, contribuindo para a obstrução tubária.

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4
Q

Quais são as consequências da OMA recorrente em crianças pequenas?

A

OMA recorrente pode causar perda auditiva condutiva, prejudicando o desenvolvimento da linguagem, cognitivo e social, especialmente em crianças menores de 2 anos.

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5
Q

Como é definido um quadro de OMA recorrente?

A

OMA recorrente é definido por 3 ou mais episódios em 6 meses, ou 4 ou mais episódios em 12 meses.

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6
Q

Por que crianças de 6 a 12 meses são mais suscetíveis à Otite Média Aguda (OMA)?

A

Crianças são mais suscetíveis à OMA porque a tuba auditiva é mais curta e reta, facilitando a entrada de fluídos da nasofaringe para a orelha média, aumentando o risco de infecção.

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7
Q

Qual é o papel da pressão negativa na orelha média no desenvolvimento de OMA?

A

A pressão negativa na orelha média, causada pela obstrução da tuba auditiva, cria um ambiente propício para o acúmulo de líquido e proliferação de patógenos, favorecendo o desenvolvimento de OMA.

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8
Q

Quais são os agentes etiológicos mais comuns de OMA, tanto virais quanto bacterianos?

A

Os agentes virais mais comuns são o Vírus Sincicial Respiratório, Adenovírus e Influenza. Entre os agentes bacterianos, os principais são Streptococcus pneumoniae (20-40%), Haemophilus influenzae (15-30%) e Moraxella catarrhalis (10-20%).

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9
Q

Quais são os principais sintomas clínicos da OMA?

A

Os principais sintomas incluem otalgia (dor no ouvido), febre em 50% dos casos, além de sintomas inespecíficos como vômitos, diarreia e irritabilidade em crianças pequenas.

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10
Q

Como é feito o diagnóstico de OMA e qual é a característica mais importante observada na otoscopia?

A

O diagnóstico de OMA é feito pela otoscopia, que revela hiperemia, edema e, o mais importante, abaulamento da membrana timpânica.

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11
Q

Qual a relação entre quadros respiratórios prévios e o desenvolvimento de OMA?

A

A maioria dos casos de OMA é precedida por infecções virais do trato respiratório ou alergias, que causam inflamação e edema da tuba auditiva, levando à disfunção e acúmulo de líquido na orelha média.

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12
Q

Qual é a conduta recomendada para pacientes com OMA não complicada?

A

Para pacientes com OMA não complicada (idade >6 meses, unilateral, sem otorreia ou bilateral em >2 anos), a conduta é observar por 72 horas e reavaliar, pois até 80% dos casos melhoram sem antibiótico. O tratamento inclui analgésicos, anti-inflamatórios e corticóides se necessário.

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13
Q

Quando se deve iniciar antibioticoterapia imediatamente em crianças com OMA?

A

A antibioticoterapia deve ser iniciada imediatamente em crianças com menos de 6 meses, com otorreia, toxemia, dor por mais de 48 horas, febre >39°C, OMA bilateral em crianças menores de 2 anos, falha terapêutica prévia, imunodeficiência, ou anomalias craniofaciais.

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14
Q

Qual é o antibiótico de escolha para tratamento de OMA e qual a dose recomendada?

A

O antibiótico de escolha é Amoxicilina com Clavulanato (50-90 mg/kg/dia). Outras opções incluem Amoxicilina isolada (80-90 mg/kg/dia), cefuroxima e ceftriaxona. Para alérgicos à penicilina, pode-se optar por azitromicina ou claritromicina.

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15
Q

Qual é a duração recomendada da antibioticoterapia para OMA em diferentes faixas etárias?

A

Abaixo de 2 anos ou em casos graves: 10 dias

De 2 a 5 anos com quadro leve a moderado: 7 dias

Acima de 6 anos com quadro leve a moderado: 5 a 7 dias

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16
Q

Em quais situações não se deve optar pela conduta expectante na OMA?

A

Não se deve optar pela observação em crianças menores de 6 meses, com otorreia, toxemia, dor por mais de 48 horas, febre >39°C, OMA bilateral em menores de 2 anos, falha terapêutica prévia, imunodeficiências, anomalias craniofaciais ou infecção associada.

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17
Q

Em qual situação, mesmo com um quadro de OMA não complicada, a antibioticoterapia deve ser iniciada?

A

A antibioticoterapia deve ser iniciada em casos de OMA não complicada se houver dificuldade de acesso ao serviço de saúde para reavaliação em 72 horas, para garantir tratamento adequado caso o quadro piore.

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18
Q

Qual é a principal vantagem da conduta expectante em casos de OMA não complicada?

A

A principal vantagem é evitar o uso desnecessário de antibióticos, já que até 80% dos casos de OMA não complicada se resolvem espontaneamente dentro de 72 horas, reduzindo o risco de resistência bacteriana e efeitos colaterais.

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19
Q

Quais são as principais indicações para o uso de corticoides no tratamento de OMA?

A

Corticoides podem ser indicados em casos de OMA para reduzir a inflamação e aliviar sintomas, especialmente quando há edema significativo que contribui para a dor e a disfunção da tuba auditiva.

20
Q

Quais são as complicações potenciais da OMA não tratada adequadamente?

A

As complicações da OMA não tratada incluem mastoidite, perfuração da membrana timpânica, perda auditiva permanente, meningite e abscesso cerebral.

21
Q

Quais são as medidas complementares recomendadas para tratar OMA em crianças?

A

As medidas incluem o uso de anti-inflamatório esteroidal, como Prednisolona (0,5-1 mg/kg/dia), corticoide nasal para reduzir a inflamação na nasofaringe, e lavagem nasal de baixa pressão/volume para evitar o acúmulo de secreções que podem alcançar a orelha média.

22
Q

Quando as intervenções cirúrgicas são indicadas para OMA?

A

Intervenções cirúrgicas são indicadas em quadros que não respondem ao tratamento clínico ou que evoluem com complicações.

23
Q

O que é meringotomia e em que situações ela é utilizada no tratamento de OMA?

A

A meringotomia é uma técnica cirúrgica que envolve a realização de um pequeno corte na membrana timpânica para aspirar a secreção retida na orelha média. Em casos crônicos, é feita com colocação de um tubo de ventilação para permitir a entrada de ar.

24
Q

Quando a adenoidectomia é indicada no tratamento de OMA?

A

adenoidectomia é indicada quando, mesmo após meringotomia com tubo de ventilação, o paciente continua com quadros crônicos de OMA.

25
Q

Quais são os métodos de prevenção das complicações da OMA?

A

Os métodos de prevenção incluem a vacinação contra o vírus Influenza, pneumococo e Haemophilus influenzae tipo B, que reduzem a incidência de infecções respiratórias associadas à OMA.

26
Q

Quais são as complicações mais graves da Otite Média Aguda (OMA)?

A

As complicações mais graves incluem meningite, abscessos intracranianos e extracranianos, e paralisia facial periférica, devido à proximidade da infecção com o Sistema Nervoso Central.

27
Q

O que é paralisia facial periférica (PFP) associada à OMA e como ocorre?

A

A PFP pode ocorrer quando o edema da orelha média comprime o nervo facial, que passa pela região da mastoide, especialmente se houver mastoidite. Isso causa fraqueza ou paralisia dos músculos faciais do lado afetado.

28
Q

Qual é a conduta para pacientes com OMA que evoluem com paralisia facial periférica (PFP)?

A

A conduta inclui antibioticoterapia, corticoterapia sistêmica com Prednisolona ou Prednisona (0,5-1 mg/kg/dia), e meringotomia com aspiração da secreção para reduzir a pressão na orelha média e no nervo facial.

29
Q

Por que é importante realizar a meringotomia em casos de OMA com paralisia facial periférica?

A

A meringotomia é importante para aliviar a pressão acumulada na orelha média e reduzir a compressão do nervo facial, prevenindo danos permanentes.

30
Q

Qual é a relação entre mastoidite e paralisia facial periférica na OMA?

A

A mastoidite pode aumentar o risco de compressão do nervo facial devido ao edema e inflamação na região mastoide, levando ao desenvolvimento de paralisia facial periférica.

31
Q

O que é mastoidite e como ela se desenvolve em pacientes com OMA?

A

Mastoidite é o acúmulo de secreção nas células da mastoide, que pode levar à erosão óssea e à formação de abscesso retroauricular. É uma complicação da OMA, causada pela disseminação da infecção para a região mastoide.

32
Q

Quais são os sinais clínicos típicos de mastoidite?

A

Os sinais clínicos incluem uma lesão hiperemiada e elevada atrás da orelha, deslocando o pavilhão auricular para frente e para baixo. A área pode estar inchada e dolorosa.

33
Q

Qual é a conduta inicial no tratamento de mastoidite?

A

A conduta inclui internação, antibioticoterapia e corticoterapia sistêmica para prevenir complicações, como paralisia facial periférica (PFP). Caso não haja melhora em 72 horas, é indicada intervenção cirúrgica.

34
Q

Quando a intervenção cirúrgica é indicada em casos de mastoidite?

A

A cirurgia é indicada se não houver melhora clínica após 72 horas de antibioticoterapia e corticoterapia. O procedimento envolve a abertura da mastoide para drenagem da secreção acumulada, e pode ser associada à miringotomia.

35
Q

Qual é o objetivo da corticoterapia sistêmica no manejo da mastoidite?

A

A corticoterapia sistêmica é utilizada para reduzir a inflamação e prevenir a evolução da mastoidite para complicações mais graves, como paralisia facial periférica.

36
Q

O que é petrosite e como ela está relacionada à Otite Média Aguda (OMA)?

A

Petrosite é uma complicação rara da OMA que ocorre quando a infecção se espalha para o ápice petroso do osso temporal. Ela pode afetar nervos cranianos próximos, como o nervo abducente e o trigêmeo.

37
Q

O que é a Síndrome de Gradenigo e qual é sua tríade clássica de sintomas?

A

A Síndrome de Gradenigo é uma condição associada à petrosite, caracterizada pela tríade clássica: paralisia do nervo abducente (causando diplopia e estrabismo), dor facial (principalmente retrorbitária) e otorreia purulenta.

38
Q

Quais nervos cranianos podem ser afetados pela petrosite e quais os sintomas correspondentes?

A

A petrosite pode afetar o nervo abducente, causando paralisia com diplopia e estrabismo, e o nervo trigêmeo, causando dor facial intensa, especialmente na região retrorbitária.

39
Q

Qual é o tratamento para petrosite associada à OMA?

A

O tratamento inclui internação, antibioticoterapia venosa e, na maioria dos casos, drenagem cirúrgica do abscesso. Em alguns casos, se o paciente responder bem ao antibiótico, o tratamento não cirúrgico pode ser considerado.

40
Q

A petrosite sempre apresenta todos os sintomas da Síndrome de Gradenigo?

A

Não. Nem toda petrosite apresenta todos os sintomas da tríade clássica da Síndrome de Gradenigo. Os sintomas podem variar entre os pacientes.

41
Q

O que caracteriza a Otite Média com Efusão (OME)?

A

A OME é caracterizada pela presença de fluidos na orelha média, sem sinais de infecção ou inflamação. A evolução é subaguda, geralmente entre 3 semanas e 3 meses, e pode causar perda auditiva condutiva.

42
Q

Quais são os achados típicos na otoscopia de um paciente com Otite Média com Efusão (OME)?

A

A otoscopia revela uma membrana timpânica transparente, sem abaulamento, e bolhas de ar podem ser vistas atrás da membrana timpânica.

43
Q

Qual é o curso clínico esperado para a maioria dos casos de Otite Média com Efusão (OME)?

A

De 75 a 90% dos pacientes com OME evoluem com resolução espontânea, sem necessidade de intervenção.

44
Q

Quais são as indicações para tratamento cirúrgico em casos de Otite Média com Efusão (OME)?

A

Indica-se cirurgia (colocação de tubo de ventilação) quando a OME persiste por mais de 3 meses, com perda auditiva ≥ 40 dB, presença de retração ou erosão da orelha média, crianças com atraso no desenvolvimento ou fala, ou com comorbidades como Transtorno do Espectro Autista ou outras deficiências sensoriais.

45
Q

Quais tratamentos farmacológicos são recomendados para Otite Média com Efusão (OME)?

A

Os antibióticos e corticoides orais podem ser usados em casos iniciais, especialmente se forem sequelas de OMA. Corticoides nasais podem ser indicados para reduzir o edema da mucosa nasal. Anti-histamínicos, descongestionantes e mucolíticos não são recomendados.

46
Q

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de Otite Média com Efusão (OME)?

A

A OME é mais comum em pacientes com rinite alérgica, inflamação nasal frequente, ou em casos de OMA em resolução que deixam secreção não infecciosa na orelha média.

47
Q
A