OTITE MÉDIA AGUDA Flashcards
O que é Otite Média Aguda (OMA) e qual a principal causa?
A OMA é uma infecção do ouvido médio, geralmente causada por infecções respiratórias ou alergias que levam à obstrução da tuba auditiva, resultando em acúmulo de líquido e proliferação de patógenos.
Qual é o papel da obstrução tubária na fisiopatologia da OMA?
A obstrução tubária impede a drenagem adequada da orelha média, levando à redução da pressão e ao acúmulo de líquido, criando um ambiente propício para a proliferação de patógenos.
Quais são os principais mediadores envolvidos na inflamação da OMA?
Os mediadores inflamatórios, liberados em resposta a infecções ou alergias, provocam congestão e edema na mucosa respiratória e na orelha média, contribuindo para a obstrução tubária.
Quais são as consequências da OMA recorrente em crianças pequenas?
OMA recorrente pode causar perda auditiva condutiva, prejudicando o desenvolvimento da linguagem, cognitivo e social, especialmente em crianças menores de 2 anos.
Como é definido um quadro de OMA recorrente?
OMA recorrente é definido por 3 ou mais episódios em 6 meses, ou 4 ou mais episódios em 12 meses.
Por que crianças de 6 a 12 meses são mais suscetíveis à Otite Média Aguda (OMA)?
Crianças são mais suscetíveis à OMA porque a tuba auditiva é mais curta e reta, facilitando a entrada de fluídos da nasofaringe para a orelha média, aumentando o risco de infecção.
Qual é o papel da pressão negativa na orelha média no desenvolvimento de OMA?
A pressão negativa na orelha média, causada pela obstrução da tuba auditiva, cria um ambiente propício para o acúmulo de líquido e proliferação de patógenos, favorecendo o desenvolvimento de OMA.
Quais são os agentes etiológicos mais comuns de OMA, tanto virais quanto bacterianos?
Os agentes virais mais comuns são o Vírus Sincicial Respiratório, Adenovírus e Influenza. Entre os agentes bacterianos, os principais são Streptococcus pneumoniae (20-40%), Haemophilus influenzae (15-30%) e Moraxella catarrhalis (10-20%).
Quais são os principais sintomas clínicos da OMA?
Os principais sintomas incluem otalgia (dor no ouvido), febre em 50% dos casos, além de sintomas inespecíficos como vômitos, diarreia e irritabilidade em crianças pequenas.
Como é feito o diagnóstico de OMA e qual é a característica mais importante observada na otoscopia?
O diagnóstico de OMA é feito pela otoscopia, que revela hiperemia, edema e, o mais importante, abaulamento da membrana timpânica.
Qual a relação entre quadros respiratórios prévios e o desenvolvimento de OMA?
A maioria dos casos de OMA é precedida por infecções virais do trato respiratório ou alergias, que causam inflamação e edema da tuba auditiva, levando à disfunção e acúmulo de líquido na orelha média.
Qual é a conduta recomendada para pacientes com OMA não complicada?
Para pacientes com OMA não complicada (idade >6 meses, unilateral, sem otorreia ou bilateral em >2 anos), a conduta é observar por 72 horas e reavaliar, pois até 80% dos casos melhoram sem antibiótico. O tratamento inclui analgésicos, anti-inflamatórios e corticóides se necessário.
Quando se deve iniciar antibioticoterapia imediatamente em crianças com OMA?
A antibioticoterapia deve ser iniciada imediatamente em crianças com menos de 6 meses, com otorreia, toxemia, dor por mais de 48 horas, febre >39°C, OMA bilateral em crianças menores de 2 anos, falha terapêutica prévia, imunodeficiência, ou anomalias craniofaciais.
Qual é o antibiótico de escolha para tratamento de OMA e qual a dose recomendada?
O antibiótico de escolha é Amoxicilina com Clavulanato (50-90 mg/kg/dia). Outras opções incluem Amoxicilina isolada (80-90 mg/kg/dia), cefuroxima e ceftriaxona. Para alérgicos à penicilina, pode-se optar por azitromicina ou claritromicina.
Qual é a duração recomendada da antibioticoterapia para OMA em diferentes faixas etárias?
Abaixo de 2 anos ou em casos graves: 10 dias
De 2 a 5 anos com quadro leve a moderado: 7 dias
Acima de 6 anos com quadro leve a moderado: 5 a 7 dias
Em quais situações não se deve optar pela conduta expectante na OMA?
Não se deve optar pela observação em crianças menores de 6 meses, com otorreia, toxemia, dor por mais de 48 horas, febre >39°C, OMA bilateral em menores de 2 anos, falha terapêutica prévia, imunodeficiências, anomalias craniofaciais ou infecção associada.
Em qual situação, mesmo com um quadro de OMA não complicada, a antibioticoterapia deve ser iniciada?
A antibioticoterapia deve ser iniciada em casos de OMA não complicada se houver dificuldade de acesso ao serviço de saúde para reavaliação em 72 horas, para garantir tratamento adequado caso o quadro piore.
Qual é a principal vantagem da conduta expectante em casos de OMA não complicada?
A principal vantagem é evitar o uso desnecessário de antibióticos, já que até 80% dos casos de OMA não complicada se resolvem espontaneamente dentro de 72 horas, reduzindo o risco de resistência bacteriana e efeitos colaterais.