EPISTAXE Flashcards

1
Q

O que é epistaxe?

A

É o sangramento nasal secundário a uma alteração na homeostase da mucosa nasal, sendo uma emergência comum na otorrinolaringologia.

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2
Q

Qual a importância de saber se o sangramento nasal é anterior ou posterior?

A

O sangramento posterior é mais volumoso e requer tamponamento específico, enquanto o anterior é mais comum e tende a cessar sozinho.

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3
Q

Quais condições devem ser avaliadas em casos de epistaxe?

A

Deve-se avaliar se há discrasias sanguíneas ou alterações de coagulação, pois podem influenciar a gravidade do sangramento.

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4
Q

Em que faixa etária a epistaxe é mais comum?

A

A epistaxe apresenta um padrão bimodal, sendo mais comum antes dos 10 anos e após os 45 anos.

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5
Q

Qual a porcentagem de casos de epistaxe que necessitam de atendimento especializado?

A

Cerca de 6 a 10% dos casos, especialmente aqueles graves que apresentam maior morbimortalidade.

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6
Q

Como a variação sazonal influencia a ocorrência de epistaxe?

A

No inverno, há mais casos devido ao ressecamento das vias aéreas, o que aumenta o risco de traumas na mucosa nasal.

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7
Q

Por que a epistaxe é mais frequente no inverno?

A

Porque o ar mais seco e as mudanças de temperatura e umidade aumentam o ressecamento da mucosa e há mais casos de IVAS e rinite alérgica.

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8
Q

: Qual o tipo de sangramento nasal mais comum na epistaxe?

A

O sangramento nasal anterior é o mais comum e, geralmente, autolimitado.

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9
Q

Qual é o tratamento inicial indicado para a epistaxe?

A

Compressão do nariz e inclinação da cabeça para frente para evitar a deglutição de sangue

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10
Q

Que fatores de risco podem predispor uma pessoa a episódios de epistaxe?

A

Discrasias sanguíneas, alterações de coagulação, trauma nasal e condições sazonais que levam ao ressecamento da mucosa nasal.

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11
Q

O que significa um sangramento nasal autolimitado?

A

: É um sangramento que cessa sozinho sem necessidade de intervenções médicas.

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12
Q

Quais são as consequências potenciais de uma epistaxe grave não tratada?

A

Pode levar a maior morbimortalidade e necessidade de hospitalização.

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13
Q

Como as Infecções Virais das Vias Aéreas Superiores (IVAS) estão relacionadas com a epistaxe?

A

No inverno, as IVAS aumentam, o que agrava o ressecamento da mucosa nasal e favorece episódios de epistaxe.

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14
Q

Qual a relação entre rinite alérgica e epistaxe?

A

A rinite alérgica pode causar irritação e inflamação na mucosa nasal, aumentando o risco de sangramentos.

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15
Q

Como o ar seco contribui para a ocorrência de epistaxe?

A

O ar seco resseca a mucosa nasal, tornando-a mais suscetível a fissuras e sangramentos.

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16
Q

: Quais condições médicas podem aumentar o risco de epistaxe?

A

: Hipertensão arterial, uso de anticoagulantes, doenças hepáticas, e doenças hematológicas que afetam a coagulação.

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17
Q

Que cuidados domésticos podem ajudar a prevenir a epistaxe em pessoas predispostas?

A

Uso de umidificadores de ar, hidratação da mucosa nasal com soro fisiológico e evitar ambientes muito secos.

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18
Q

Quando é indicado buscar ajuda médica em um caso de epistaxe?

A

Quando o sangramento é volumoso, dura mais de 20 minutos, ou ocorre de forma recorrente.

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19
Q

Qual a diferença entre epistaxe anterior e posterior em termos de gravidade?

A

A epistaxe posterior tende a ser mais grave, pois o sangramento é mais difícil de controlar e pode precisar de intervenção médica.

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20
Q

Como o uso de medicamentos anticoagulantes pode afetar a epistaxe?

A

Medicamentos anticoagulantes dificultam a coagulação, aumentando a intensidade e duração do sangramento.

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21
Q

Quais são os sinais de que a epistaxe pode estar relacionada a um problema sistêmico mais grave?

A

Sangramentos frequentes, hemorragias em outros locais, e dificuldade para estancar o sangramento podem indicar um problema de coagulação ou outra condição sistêmica.

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22
Q

Qual é a importância de inclinar a cabeça para frente durante uma epistaxe?

A

Evita a deglutição de sangue, que pode causar náuseas, vômitos e dificultar a avaliação do volume de perda sanguínea.

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23
Q

Qual é a característica principal da vascularização nasal?

A

O nariz é extremamente vascularizado, envolvendo as artérias dos sistemas carotídeo interno e externo.

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24
Q

Por que ocorre muito sangramento em cirurgias nasais?

A

Devido à rica vascularização do nariz, que torna o sangramento mais intenso durante procedimentos cirúrgicos.

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25
Q

Qual é a causa do inchaço próximo aos olhos após uma rinoplastia?

A

O inchaço é causado pelo traumatismo no osso nasal durante a cirurgia.

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26
Q

Qual é o objetivo da cirurgia de septo nasal?

A

Melhorar a função respiratória, não sendo uma cirurgia estética.

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27
Q

Como a hipertensão e alterações cardíacas afetam o nariz?

A

Pacientes hipertensos ou com doenças cardíacas podem desenvolver circulação colateral, que também afeta a vascularização nasal.

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28
Q

Qual é o tipo de epistaxe mais comum e qual sua prevalência?

A

O sangramento nasal anterior, responsável por 90 a 95% dos casos.

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29
Q

Como o sangramento nasal anterior se compara ao posterior em termos de intensidade?

A

O sangramento anterior é de menor intensidade e geralmente autolimitado.

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30
Q

Qual é a principal área anatômica envolvida no sangramento nasal anterior?

A

O plexo de Kiesselbach (ou área de Little), onde ocorre a maioria dos sangramentos anteriores.

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31
Q

Como o sangramento nasal anterior geralmente é tratado?

A

Normalmente ameniza com compressão e aplicação de gelo, sendo autolimitado.

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32
Q

Em qual grupo etário o sangramento nasal anterior é mais comum?

A

É mais comum em crianças.

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33
Q

Qual artéria tem relevância no contexto do sangramento nasal anterior?

A

A artéria labial superior é importante no contexto da epistaxe anterior.

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34
Q

Como a localização do sangramento nasal posterior afeta sua intensidade?

A

: Quanto mais posterior, mais calibrosos são os vasos, resultando em sangramentos mais volumosos.

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35
Q

Qual a prevalência do sangramento nasal posterior em relação aos casos de epistaxe?

A

Representa apenas 5 a 10% dos casos de epistaxe, sendo mais raro que o sangramento anterior.

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36
Q

Qual a principal artéria envolvida no sangramento nasal posterior?

A

A artéria esfenopalatina, localizada no final da concha média (ou corneto).

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37
Q

Quais são as necessidades de tratamento para o sangramento nasal posterior?

A

Geralmente, é necessário atendimento especializado ou hospitalização devido à gravidade.

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38
Q

Onde ocorre o sangramento nasal posterior em relação à anatomia nasal?

A

Na região posterior da fossa nasal, próxima à coana nasal.

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39
Q

Quais vasculopatias podem causar epistaxe?

A

Vasculopatias podem causar epistaxe recorrente, mesmo após tamponamento.

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40
Q

Como infecções e inflamações nasais contribuem para a epistaxe?

A

: Pacientes com rinopatias inflamatórias, como rinites e sinusites, têm maior risco de sangramento devido à fragilidade da mucosa.

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41
Q

Como discrasias sanguíneas influenciam na epistaxe?

A

Discrasias sanguíneas, que alteram a coagulação, aumentam o risco e a intensidade dos episódios de epistaxe.

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42
Q

Quais medicamentos estão associados ao risco de epistaxe?

A

Descongestionantes nasais em excesso (como sorine) e anticoagulantes podem causar ou agravar a epistaxe.

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43
Q

Quais doenças infecciosas podem levar à epistaxe?

A

Sarampo, varíola, febre tifoide, mononucleose, coqueluche, caxumba, sífilis, lepra e rinossclerose.

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44
Q

Quais são as causas iatrogênicas comuns de epistaxe?

A

: Procedimentos como cirurgias endoscópicas nasais (FESS), rinoplastia, septoplastia, turbinectomia e extrações dentárias.

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45
Q

Quais neoplasias podem causar epistaxe?

A

tumores como angiofibroma, papiloma invertido, carcinoma espinocelular (SCCA), adenocarcinoma, melanoma, linfoma e tumores de seio maxilar.

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46
Q

Como as neoplasias nasais podem ser diagnosticadas em casos de epistaxe?

A

Podem ser visualizadas por meio de exames de imagem, como a tomografia computadorizada.

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47
Q

Por que pacientes com vasculopatias apresentam risco de recorrência da epistaxe?

A

Vasculopatias afetam a integridade dos vasos, causando sangramentos que podem persistir ou retornar mesmo após tratamento inicial, como o tamponamento.

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48
Q

Qual a importância do tratamento de rinopatias inflamatórias na prevenção de epistaxe?

A

O tratamento de rinites e sinusites ajuda a reduzir a inflamação da mucosa nasal, diminuindo a fragilidade e o risco de sangramentos.

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49
Q

Como o uso crônico de descongestionantes nasais, como o sorine, pode causar epistaxe?

A

O uso excessivo de descongestionantes pode levar a ressecamento e lesão da mucosa nasal, aumentando a predisposição ao sangramento.

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50
Q

Qual o mecanismo pelo qual discrasias sanguíneas causam epistaxe?

A

Discrasias sanguíneas interferem na coagulação, dificultando a formação de coágulos e prolongando o sangramento.

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51
Q

: Como infecções sistêmicas podem contribuir para a epistaxe?

A

Doenças infecciosas como sarampo e mononucleose podem fragilizar os vasos sanguíneos ou causar inflamação que aumenta a chance de sangramento.

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52
Q

Por que tumores nasais, como o angiofibroma, podem causar epistaxe?

A

Tumores nasais podem invadir ou comprimir vasos sanguíneos, levando a sangramentos recorrentes e de difícil controle

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53
Q

Como procedimentos odontológicos podem resultar em epistaxe?

A

: Extrações dentárias e outros procedimentos orais podem lesionar estruturas vasculares próximas, desencadeando sangramento nasal.

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54
Q

Qual é o papel da artéria esfenopalatina na epistaxe posterior associada a procedimentos cirúrgicos?

A

A artéria esfenopalatina é um vaso de grande calibre que pode ser rompido em cirurgias nasais, resultando em epistaxe posterior volumosa.

55
Q

Como a rinossclerose está associada à epistaxe?

A

A rinossclerose é uma doença infecciosa crônica que causa inflamação e cicatrizes na mucosa nasal, aumentando a fragilidade e o risco de sangramentos.

56
Q

Traumas intensos são necessários para causar epistaxe?

A

Não, traumas leves, como cutucar o nariz com a unha (trauma ungueal), podem causar epistaxe.

57
Q

Quais tipos de trauma podem levar à epistaxe sem fratura nasal?

A

Traumas leves, como trauma ungueal, intubação nasogástrica, inserção de sondas e barotrauma.

58
Q

O que é um hematoma septal e como é tratado?

A

: É um sangramento interno no septo nasal, geralmente causado por fratura nasal, e deve ser drenado e tamponado para permitir a cicatrização da mucosa.

59
Q

O que é a redução cruenta do osso nasal e quando é indicada?

A

É um procedimento para reposicionar o osso nasal após um trauma intenso que causa desvio. Indicado em fraturas nasais significativas.

60
Q

Como o barotrauma pode causar epistaxe?

A

O aumento da pressão, como em mergulhos profundos, pode romper vasos na mucosa nasal, causando sangramento.

61
Q

Por que é necessário tamponar após a drenagem de um hematoma septal?

A

Para ajudar a mucosa a se unir novamente ao septo, evitando complicações e promovendo a cicatrização.

62
Q

Qual o risco de um hematoma septal não tratado?

A

Pode levar a infecção, necrose do septo e deformidades estruturais no nariz.

63
Q

Qual exame deve ser solicitado em pacientes com histórico de sangramentos nasais muito frequentes?

A

Tomografia e endoscopia nasal (nasofibroscopia) para investigar possíveis causas subjacentes.

64
Q

Que achados podem ser identificados durante uma endoscopia nasal em pacientes com epistaxe?

A

: Lesões vegetantes, cistos, tumores, desvios de septo, perfuração do septo, corpos estranhos, parasitas intranasais e danos por substâncias químicas (como cocaína ou spray nasal).

65
Q

Como o desvio de septo pode contribuir para a epistaxe?

A

Pode criar um “esporão” ósseo que irrita a mucosa nasal, aumentando o risco de sangramento.

66
Q

Quais substâncias químicas podem causar lesões na mucosa nasal e predispor à epistaxe?

A

: Cocaína, sprays nasais e tintas de impressora podem danificar a mucosa e levar a sangramentos.

67
Q

Quais são exemplos de fatores sistêmicos vasculares que podem causar epistaxe?

A

Arteriosclerose e telangiectasia hemorrágica hereditária (síndrome de Rendu-Osler-Weber).

68
Q

Quais sinais clínicos podem indicar fatores vasculares sistêmicos como causa da epistaxe?

A

A presença de telangiectasias e outros sinais cutâneos vasculares.

69
Q

O que é telangiectasia hemorrágica hereditária e como está associada à epistaxe?

A

É uma condição genética (síndrome de Rendu-Osler-Weber) que causa fragilidade dos vasos sanguíneos, levando a sangramentos frequentes, incluindo epistaxe.

70
Q

Quais coagulopatias estão associadas à epistaxe?

A

Trombocitopenias, disfunção plaquetária, uremia, e deficiência de fatores de coagulação (como hemofilia, fator de von Willebrand, falência hepática e doença de Christmas - fator IX

71
Q

Quais medicamentos podem contribuir para epistaxe devido ao seu efeito na coagulação?

A

AAS (ácido acetilsalicílico) e cumarínicos, que são anticoagulantes.

72
Q

Por que é importante solicitar um hemograma em pacientes com epistaxe recorrente?

A

Para avaliar hemoglobina, hematócrito e plaquetas, identificando possíveis alterações hematológicas que contribuem para o sangramento.

73
Q

Como a trombocitopenia contribui para a epistaxe?

A

A trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas) prejudica a formação de coágulos, aumentando o risco de sangramento.

74
Q

Qual a relação entre disfunção plaquetária e epistaxe?

A

A disfunção plaquetária impede a agregação adequada das plaquetas, essencial para estancar sangramentos.

75
Q

Como a uremia pode causar epistaxe?

A

A uremia pode afetar a função plaquetária, reduzindo a capacidade de coagulação e aumentando a chance de sangramentos.

76
Q

Quais fatores de coagulação específicos são comumente deficientes em pacientes com epistaxe?

A

Fator VIII (hemofilia), fator de von Willebrand, e fator IX (doença de Christmas).

77
Q

Quais são as causas mais comuns de epistaxe em crianças?

A

Trauma ungueal e corpos estranhos. O sintoma mais comum de corpo estranho é rinorreia fétida unilateral.

78
Q

Quais são as principais causas de epistaxe em adultos?

A

Traumas e hipertensão.

79
Q

Em qual faixa etária os tumores são uma causa comum de epistaxe?

A

Em pacientes de meia-idade.

80
Q

Por que idosos são mais propensos a epistaxe?

A

Devido à hipertensão e ao ressecamento das mucosas, que ocorre com o envelhecimento.

81
Q

Qual sintoma específico pode indicar a presença de um corpo estranho no nariz de uma criança?

A

Rinorreia fétida unilateral.

82
Q

Qual é o primeiro passo no tratamento de um paciente com epistaxe?

A

A: Realizar o ABC da vida:

A: Garantir via aérea pérvia.
B: Verificar a respiração.
C: Verificar a circulação.

83
Q

Por que o manejo da epistaxe em emergência deve ser dinâmico?

A

Porque envolve uma equipe que atua simultaneamente em diferentes funções, como verificar a via aérea, aferir pressão, e preparar materiais.

84
Q

Qual é o próximo passo após estabilizar o paciente com epistaxe?

A

Iniciar o tamponamento para conter o sangramento ativo.

85
Q

Quais exames são indicados para investigar as causas da epistaxe após o controle do sangramento?

A

Rinoscopia anterior, endoscopia nasal, hemograma e estudo radiológico.

86
Q

Por que é importante realizar um hemograma em pacientes com epistaxe?

A

Para avaliar possíveis alterações hematológicas que podem estar contribuindo para o sangramento.

87
Q

Quais medidas não cirúrgicas podem ser adotadas para controlar a epistaxe?

A

Controle da hipertensão arterial, correção de coagulopatias ou trombocitopenia e uso de vasoconstritores tópicos.

88
Q

Qual o risco do uso excessivo de descongestionantes tópicos como o sorine?

A

Pode causar dependência e ressecamento da mucosa nasal, aumentando o risco de sangramento

89
Q

Qual vasoconstritor é usado no hospital para tamponamento nasal?

A

Uma solução de adrenalina (adrenalina + água destilada) aplicada no tampão nasal.

90
Q

Como pode-se improvisar um vasoconstritor fora do hospital?

A

Encharcar um algodão com neosoro e aplicá-lo no nariz do paciente.

91
Q

Quando é indicada a cauterização com ácido tricloroacético na epistaxe?

A

Para pacientes com sangramento intermitente e sem sangramento ativo no momento da consulta, para queimar o vaso e evitar novos episódios.

92
Q

O que é a cauterização bipolar e quando é utilizada?

A

É uma eletrocauterização realizada com uma pinça bipolar, indicada para controle de sangramento em ambiente cirúrgico.

93
Q

Qual a eficácia do tamponamento nasal no controle da epistaxe?

A

: É eficaz em 80 a 90% dos casos.

94
Q

Qual é o benefício do uso de solução umidificante para pacientes com epistaxe?

A

Lavar o nariz com soro ajuda a hidratar a mucosa nasal, prevenindo o ressecamento e a recorrência de sangramentos.

95
Q

Quais materiais são utilizados para realizar o tamponamento nasal?

A

Pinça baioneta, gaze, aspirador e vasoconstritor.

96
Q

Qual é a função do vasoconstritor no tratamento da epistaxe?

A

Reduzir o fluxo sanguíneo na área afetada, facilitando o controle do sangramento.

97
Q

Quando o ácido tricloroacético é contraindicado para cauterização na epistaxe?

A

Durante um sangramento ativo, pois a cauterização química é mais eficaz em sangramentos intermitentes ou quando o paciente não está sangrando no momento.

98
Q

Como é feita a preparação da solução de adrenalina usada no tampão nasal?

A

A adrenalina é diluída em água destilada antes de ser aplicada na gaze do tampão nasal.

99
Q

Qual é a alternativa ao uso de ácido tricloroacético em casos de epistaxe?

A

A cauterização bipolar, que é realizada com eletrocauterização em um centro cirúrgico.

100
Q

: Em que casos o tamponamento nasal é especialmente indicado?

A

Quando o sangramento é persistente e não responde a outras medidas iniciais, como compressão e vasoconstrição tópica.

101
Q

Como o controle da hipertensão ajuda no manejo da epistaxe?

A

A redução da pressão arterial diminui a força do fluxo sanguíneo, ajudando a estancar o sangramento e a evitar recorrências.

102
Q

Por que é recomendável lavar o nariz com soro após o controle de uma epistaxe?

A

Para manter a mucosa nasal umidificada, prevenindo ressecamento e novas lesões.

103
Q

Quais são as etapas iniciais do tratamento para epistaxe?

A

Aplicar vasoconstritor tópico nasal, fazer compressão nasal direta com a cabeça inclinada para frente, e usar compressas geladas.

104
Q

Como é realizado o tamponamento nasal anterior usando gaze?

A

: Uma “sanfona” é feita com a gaze, inserida no nariz do paciente usando uma pinça baioneta.

105
Q

: Qual é uma alternativa ao uso de gaze para tamponamento nasal anterior?

A

Usar um dedo de luva: corta-se o dedo de uma luva, insere-se no nariz com xilocaína e cria-se um vácuo ao aspirar o ar.

106
Q

Como o dedo de luva é mantido no lugar durante o tamponamento nasal anterior?

A

Ao inserir e aspirar o ar, cria-se um vácuo para fixar o dedo de luva. O ar pode ser removido manualmente.

107
Q

Como é feito o tamponamento nasal posterior?

A

Usa-se uma sonda vesical, inserida pelo nariz até a faringe, e o balonete da sonda é inflado com uma seringa para fixação.

108
Q

Qual é a vantagem de pedir ao paciente para abrir a boca ao inserir a sonda vesical para tamponamento posterior?

A

Através da boca, o profissional consegue visualizar a ponta da sonda para garantir que esteja posicionada corretamente.

109
Q

Quando o tampão nasal deve ser removido após um tamponamento posterior?

A

Entre 34 e 48 horas após a inserção, para evitar complicações.

110
Q

Por que é importante inclinar a cabeça para frente durante o tratamento inicial da epistaxe?

A

ara evitar que o paciente engula sangue, o que pode causar náuseas e dificultar a avaliação da quantidade de sangue perdido.

111
Q

Qual é a função das compressas geladas no manejo da epistaxe?

A

Ajudam a reduzir o fluxo sanguíneo ao causar vasoconstrição, auxiliando no controle do sangramento.

112
Q

Qual anestésico pode ser utilizado durante o tamponamento nasal anterior com o dedo de luva?

A

Xilocaína, para aliviar o desconforto do paciente durante o procedimento.

113
Q

Qual material é utilizado para criar o vácuo ao inserir o dedo de luva para tamponamento nasal?

A

Um aspirador, mas o ar também pode ser removido manualmente se o aspirador não estiver disponível.

114
Q

Como o balonete da sonda vesical é usado no tamponamento nasal posterior?

A

: O balonete é inflado com uma seringa para fixar a sonda na posição correta e garantir a compressão adequada.

115
Q

Quais complicações podem ocorrer se o tampão nasal for mantido por mais de 48 horas?

A

Pode ocorrer infecção, necrose da mucosa e desconforto severo para o paciente.

116
Q

Em que casos o tamponamento nasal posterior é mais indicado do que o anterior?

A

Em casos de epistaxe posterior, onde o sangramento é mais volumoso e de difícil controle com técnicas anteriores.

117
Q

Qual o objetivo de verificar se a ponta da sonda vesical aparece na boca durante o tamponamento nasal posterior?

A

Isso assegura que a sonda foi inserida na posição correta, alcançando a região posterior do nariz.

118
Q

Quais são as possíveis complicações do tamponamento nasal?

A

Hipoxemia, apneia do sono, asfixia por aspiração do tampão, rinossinusite, arritmias cardíacas, síndrome do choque tóxico e hematotímpano

119
Q

O que pode causar asfixia durante o tamponamento nasal?

A

Aspiração do tampão, especialmente se ele não estiver fixado corretamente.

120
Q

Qual complicação pode ocorrer se o tamponamento nasal causar trauma na região posterior?

A

Hematotímpano, que é o acúmulo de sangue na orelha média.

121
Q

Qual procedimento cirúrgico pode ser realizado para controlar a epistaxe grave?

A

Cirurgia endoscópica nasossinusal para ligadura e cauterização da artéria esfenopalatina.

122
Q

Em quais casos é indicada a embolização arterial no tratamento da epistaxe?

A

Em casos onde o sangramento é persistente e não responde a outros tratamentos, sendo realizada pela equipe de hemodinâmica.

123
Q

Quais são as vantagens do tratamento endoscópico em relação à embolização arterial?

A

Menor taxa de complicações, menor custo e viabilidade em hospitais que não possuem serviço de hemodinâmica.

124
Q

Qual complicação cardíaca pode ocorrer durante o tamponamento nasal?

A

: Arritmias cardíacas, que podem ser causadas por uma resposta vasovagal.

125
Q

O que é a síndrome do choque tóxico e como ela pode estar associada ao tamponamento nasal?

A

É uma infecção grave causada por toxinas bacterianas, que pode ocorrer se o tampão nasal for mantido por muito tempo.

126
Q

Qual é a primeira etapa no manejo de um paciente com epistaxe ativa?

A

Realizar o ABC inicial e aplicar medidas gerais: compressão, compressa gelada e vasoconstritor tópico.

127
Q

O que fazer se o sangramento nasal persistir após as medidas iniciais?

A

: Realizar uma rinoscopia anterior ou endoscopia nasossinusal (nasofibroscopia) para identificar a fonte do sangramento.

128
Q

Qual tipo de cauterização é indicado se não houver sangramento ativo?

A

: Cauterização química com ácido, geralmente o ácido tricloroacético.

129
Q

O que é indicado se o sangramento persistir após a rinoscopia e cauterização?

A

Proceder ao tamponamento nasal anterior usando técnicas como o dedo de luva ou sanfona, com remoção em 48 horas.

130
Q

Qual é o próximo passo se o tamponamento nasal anterior não controlar o sangramento?

A

Realizar o tamponamento nasal ântero-posterior, que inclui compressão da região posterior do nariz.

131
Q

Quais são as opções de tratamento caso o tamponamento nasal ântero-posterior também falhe?

A

Proceder com cirurgia para ligadura da artéria (feita pelo otorrino) ou embolização (realizada pela equipe de hemodinâmica).

132
Q

Qual é o papel da embolização arterial no tratamento da epistaxe?

A

A embolização é indicada como último recurso para controlar sangramentos persistentes e envolve o bloqueio seletivo dos vasos sanguíneos.

133
Q

Quando é indicada a cauterização elétrica no manejo da epistaxe?

A

A cauterização elétrica é indicada em caso de sangramento persistente quando a cauterização química não é possível ou não é eficaz.