OTITE EXTERNAS Flashcards
Quais são as três etapas principais da avaliação otorrinolaringológica?
: Otoscopia, rinoscopia e oroscopia.
O que caracteriza a otite externa difusa e por que ela é chamada de “otite do nadador”?
A otite externa difusa é uma inflamação de toda a pele do conduto auditivo, frequentemente associada a práticas aquáticas, como natação, que facilitam o desenvolvimento da infecção.
Quais são os principais fatores de risco para otite externa difusa?
Retirada constante de cerume
Queimaduras (ex. Cone Hindu)
Traumatismos (uso de cotonetes)
Corpos estranhos
Otite média com perfuração
Lavagens repetitivas
Alterações de temperatura e umidade
Banho em mar, piscina ou rio.
Qual é o sintoma mais comum da otite externa difusa?
Otalgia intensa, presente em 70% dos casos.
Quais são outros sintomas da otite externa difusa além da otalgia?
Prurido (60% dos casos), plenitude auricular (22%) e perda auditiva condutiva (32%).
: Quais são os agentes etiológicos mais comuns da otite externa difusa?
Pseudomonas aeruginosa (38%)
Staphylococcus epidermidis (9,1%)
Staphylococcus aureus (7,8%).
O que são as Fissuras de Santorini e qual é sua importância clínica na otite externa difusa?
Pequenas falhas ósseas entre as porções cartilaginosa e óssea do conduto auditivo. Elas permitem que infecções mais graves se espalhem para estruturas adjacentes, como as glândulas salivares parotídeas e a articulação temporomandibular.
Quais são os sintomas e achados otoscópicos no estágio leve da otite externa difusa?
Prurido, dor progressiva, edema discreto da pele do conduto auditivo, mas com luz do conduto auditivo externa patente (pérvia).
: O que caracteriza o estágio moderado da otite externa difusa?
Aumento da dor, luz do conduto auditivo parcialmente obliterada com edema e secreção, mas ainda com algum espaço aberto.
Quais são os sinais clínicos do estágio severo da otite externa difusa?
Dor intensa, piora à mastigação e movimento da pele ao redor, obliteração completa do conduto auditivo externo com secreção, edema e eritema. Pode haver disseminação para estruturas adjacentes.
Quais são as principais medidas de tratamento local para otite externa difusa aguda (OEDA)?
Limpeza atraumática do conduto auditivo externo (com algodão ou aspirador) para remoção de secreção e excesso de cera.
: Quais medicamentos são recomendados para analgesia na otite externa difusa?
AINEs como ibuprofeno, cetoprofeno, cetorolaco ou nimesulida, em associação com analgésicos como dipirona. Cetorolaco é uma ótima opção para controle da dor.
Quando a antibioticoterapia tópica é indicada no tratamento da otite externa difusa?
: Em todos os estágios (leve a severo), especialmente em casos sem imunossupressão. Opções incluem neomicina, polimixina B, ou ciprofloxacino (opção preferida).
Quando se deve optar por antibioticoterapia oral no tratamento da otite externa difusa?
: Em casos severos, quando o acometimento vai além do conduto auditivo, ou em pacientes imunossuprimidos (diabetes, HIV, uso prolongado de corticoides).
Quais são as opções de antibioticoterapia oral para casos graves de otite externa difusa?
: Cefalexina 500 mg a cada 6 horas por 7 dias ou amoxicilina com clavulanato 875/125 mg a cada 12 horas por 7 dias (especialmente eficaz em pacientes diabéticos).
Quais são as principais orientações para prevenção de otite externa difusa?
Evitar manter o conduto auditivo molhado, usar ar quente para secar, aplicar substâncias secativas (álcool 70%, ácido acético 2%), ou usar protetores auriculares impermeáveis (mantendo boa higiene).
Como a otite externa aguda localizada se diferencia da otite externa difusa?
A otite externa localizada afeta uma área restrita do conduto auditivo, geralmente no terço lateral, e se apresenta como uma foliculite, ao contrário da otite externa difusa que envolve toda a pele do conduto auditivo.
Qual é o agente etiológico mais comum da otite externa aguda localizada?
: Staphylococcus aureus.
Quais são os principais sintomas da otite externa aguda localizada?
Prurido, otalgia localizada, hipoacusia (diminuição da audição), e possível secreção purulenta após drenagem espontânea.
O que o paciente pode descrever ao relatar os sintomas da otite externa aguda localizada?
O paciente pode relatar que “nasceu uma espinha na orelha”, referindo-se à lesão inflamatória no conduto auditivo.
Qual é o tratamento inicial da otite externa aguda localizada?
Limpeza do conduto auditivo, analgesia com AINEs (como cetorolaco), e uso de antibióticos tópicos ou sistêmicos, dependendo da gravidade.
: Quando deve ser utilizado antibiótico sistêmico no tratamento da otite externa aguda localizada?
Quando houver inflamação mais grave, lesão maior, ou ausência de drenagem espontânea.
Quais são as opções de antibiótico oral e tópico para otite externa aguda localizada?
Antibiótico oral: Penicilina benzatina, cefalexina ou clindamicina (para pacientes alérgicos à penicilina).
Antibiótico tópico: Ciprofloxacino em gotas, mupirocina ou clindamicina em creme/pomada.
Qual medida complementar pode ajudar na drenagem espontânea da coleção purulenta na otite externa aguda localizada?
: Uso de compressas mornas (calor local) para estimular a drenagem espontânea.
O que caracteriza a otite externa fúngica e quais são os fungos mais comuns responsáveis por essa infecção?
É uma forma de otite externa difusa causada por fungos, que afeta as porções superficiais da pele do conduto auditivo. Os fungos mais comuns são Aspergillus sp e Candida sp, sendo a Candida associada a maior recidiva.
Quais são os principais fatores de risco para otite externa fúngica?
Clima tropical (calor e umidade), uso prévio de antibioticoterapia, e evolução de uma otite média com perfuração timpânica e extravasamento de secreção.
Qual é o sintoma predominante na otite externa fúngica?
Prurido intenso, mais comum que dor.
O que a otoscopia revela em casos de otite externa fúngica?
Presença de hifas (fungos) na pele do conduto auditivo e secreção com aspecto grumoso, semelhante a coalhada.
Quais são as opções de tratamento para otite externa fúngica?
Limpeza do conduto auditivo com aspirador e algodão para remoção de secreções.
Antifúngico tópico, como Miconazol, Clotrimazol, Nistatina, Ciclopirox Olamina ou Oto-Betnovate (3 gotas 8/8h por 7 dias após melhora clínica).
Quando o uso de medicação sistêmica é indicado no tratamento da otite externa fúngica?
Em casos mais graves ou quando a otite externa fúngica se desenvolve sobre secreção purulenta de uma otite média com perfuração timpânica, sendo necessário combinar antifúngico tópico e antibiótico sistêmico.
Por que o uso prévio de antibioticoterapia pode predispor ao desenvolvimento de otite externa fúngica?
O uso prévio de antibióticos pode alterar a flora natural do conduto auditivo, eliminando bactérias que competem com os fungos, facilitando seu crescimento.
: Qual é a importância da limpeza do conduto auditivo no tratamento da otite externa fúngica?
: A limpeza é essencial para remover secreções e permitir que o antifúngico tópico penetre adequadamente na pele do conduto, aumentando a eficácia do tratamento.
: Qual é a apresentação típica da secreção observada na otite externa fúngica?
A secreção tem característica grumosa, com aspecto de coalhada, devido à presença de fungos.
Por quanto tempo o paciente deve continuar o uso de antifúngico tópico após a melhora clínica na otite externa fúngica?
O tratamento deve ser mantido por 7 dias após a melhora clínica para evitar recidivas.
Qual fator climático está mais associado à otite externa fúngica e por quê?
O clima tropical, devido ao calor e umidade, que criam condições ideais para o crescimento de fungos no conduto auditivo.
Quais são as opções tópicas mais comuns usadas para tratar a otite externa fúngica?
Miconazol, Clotrimazol, Nistatina, Ciclopirox Olamina, e Oto-Betnovate, administrados na forma de loção ou gotas.