Síndrome Dispéptica Flashcards

1
Q

Quais os critérios dx para Síndrome Dispéptica?

A

1 dos 3 a seguir:

  • Dor/queimação/desonforto epigástrico
  • Plenitude pós-prandial
  • Saciedade precoce
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2
Q

Quais os 2 grandes grupos de causas de Síndrome Dispéptica?

Qual o mais comum?

A

Dispepsia FUNCIONAL (75%)

Dispepsia ORGÂNICA (25%)

  • Doença biliar
  • DRGE
  • Doença Ulcerosa Péptica
  • Neoplasia
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3
Q

Quais os sinais de alarme que indicam realização de EDA diante de Sd Dispéptica?

A
  • Idade > 45 anos
  • História familiar / cirurgia prévia
  • Disfagia
  • Odinofagia
  • Perda de peso
  • Anemia
  • Icterícia
  • Linfadenopatia
  • Massa abdominal
  • Vômitos recorrentes
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4
Q

Quais as manifestações típicas / exclusivas da DRGE?

A
  • Pirose: queimação ascendente retroesternal
  • Regurgitação
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5
Q

Quais os sintomas atípicos/extra-esofágicos da DRGE?

A
  • Faringite
  • Rouquidão
  • Tosse crônica
  • Broncoespasmo
  • Pneumonias
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6
Q

Quais as alterações endoscópicas que podem ser encontradas na DRGE?

Em qual porcentagem dos casos estão presentes?

A

PRESENTES EM 50% DOS CASOS

  • Esofagite
  • Úlcera esofágica
  • Estenose péptica → disfagia
  • Esôfago de Barret → melhora pirose
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7
Q

Como é feito o diagnóstico de DRGE?

A

DIAGNÓSTICO CLÍNICO

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8
Q

Quando solicitar EDA na investigação de DRGE?

Qual sua função?

A

Avaliar a possibilidade de CÂNCER

  • Idade > 45 anos
  • Sinais de alarme
  • Refratariedade ao tratamento clínico
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9
Q

O que é Esôfago de Barrett?

A

METAPLASIA INTESTINAL

Metaplasia do epitélio esofágico: vai de escamoso estratificado → colunar (intestinal)

Seu diagnóstico definitivo é APENAS COM HISTOLOGIA

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10
Q

Qual o achado presente?

Qual o provável diagnóstico?

Conduta endoscópica?

A

Epitélio esofágico com coloração VERMELHO-SALMÃO

Típico de ESÔFAGO DE BARRETT

BIÓPSIA!!

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11
Q

Quais são os pilares do tratamento da DRGE?

A

1) MEDIDAS COMPORTAMENTAIS (obrigatório)

2) TRATAMENTO FARMACOLÓGICO (obrigatório)

3) TRATAMENTO CIRÚRGICO (apenas para casos refratários)

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12
Q

Quais as medidas comportamentais no tratamento da DRGE?

A
  • Redução do peso (se excesso)
  • Elevar cabeceira do leito
  • Evitar comer 2-3h antes de deitar
  • Eliminar alimentos que pessoalmente causem sintomas
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13
Q

Como é o tratamento farmacológico do DRGE?

Qual duração?

A

IBP DOSE PLENA

(Omeprazol 20mg / Pantoprazol 40mg / Esomeprazol 40mg / Lansoprazol 30mg)

Duração 8 semanas (de 6 a 12)

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14
Q

Qual a conduta diante da recorrência dos sintomas de DRGE após o 1º curso de tratamento clínico?

A

IBP sob demanda / uso crônico

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15
Q

Qual a conduta diante da ausência de melhora diante do 1º tratamento clínico para DRGE?

A

IBP dose dobrada

(Omeprazol 40 / Esomeprazol 80mg / Lansoprazl 60mg)

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16
Q

O que define refratariedade ao tratamento da DRGE?

A

Ausência de melhora mesmo com IBP em dose dobrada

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17
Q

Quais as indicações de tratamento cirúrgico para a DRGE?

A
  • Refratariedade ao tratamento clínico
  • Alternativa ao uso crônico
  • Complicações: estenoe péptica ou úlcera
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18
Q

Quais são os exames que devem obrigatoriamente ser feitos antes de realizar procedimento cirúgico para DRGE?

A
  • pHmetria de 24h → confirmar dx de refluxo
  • Esofagomanometria → escolha da técnica
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19
Q

Quais são as técnicas de fundoplicatura?

A

1) TOTAL

2) PARCIAL ANTERIOR

3) PARCIAL POSTERIOR

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20
Q

Epônimo da fundoplicatura total

Quando não fazer?

A

Fundoplicatura de NISSEN

NÃO FAZER SE:

  • Pressão esôfago distal < 30 mmHg
  • Atividade peristáltica < 60%
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21
Q

Epônimos da fundoplicatura parcial anterior

A

DOR / THAL

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22
Q

Epônimos da fundoplicatura parcial anterior

A

DOR / THAL

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23
Q

Epônimos da fundoplicatura parcial posterior

A

TOUPET / LIND

“Para o TOUPET ficar LIND tem que jogar pra trás”

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24
Q

Qual a conduta diante de esôfago de Barrett?

A

1) IBP uso crônico

2) ACOMPANHAMENTO (a depender do grau de displasia)

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25
Q

Como deve ser o acompahamento de um paciente com Esôfago de Barret?

A

DEPENDE do grau de displasia

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26
Q

Quais os locais típicos de úlcera péptica?

A

ESTÔMAGO E DUODENO

Se úlcera em outro loca = atípica

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27
Q

Qual a fisiopatologia básica da Doença Ulcerosa Péptica?

A

DESBALANÇO dos fatores….

  • PROTEÇÃO: Barreira mucosa
  • AGRESSÃO:
    • ​Acidez
    • Faciliadores: AINE / H. pylori
28
Q

Quais são as possíveis vias de estímulo para a secreção

A

1) NEURONAL: N. VAGO

2) HORMONAL: HISTAMINA

3) HORMONAL: GASTRINA

29
Q

Qual o mecanismo de facilitação dos AINEs na D.U.P.?

A

Inibição NÃO SELETIVA DA COX

COX-1: Prostaglandinas da BARREIRA MUCOSA

COX-2: Prostaglandinas da INFLAMAÇÃO

30
Q

Como são as diferentes fases da infecção pelo H. pylori?

A
31
Q

Qual a relação da infecção pelo H. pylori com a doença ulcerosa péptica?

A

ENVOLVIDO NA MAIORIA DAS ÚLCERAS

  • 80-95% das duodenais
  • 75% das gástricas

“O normal é a bactéria estar envolvida na gênese das úlceras”

32
Q

Paciente com doença ulcerosa péptica, sem história de uso de AINE, sem infecção pelo H. pylori

NO QUE PENSAR?

A

SÍNDROME DE ZOLLINGER-ELLISON (GASTRINOMA)

33
Q

Como é a abordagem diagnóstica da doença ulcerosa péptica?

A

< 45 anos e SEM SINAIS de alarme : DX por presunção!

> 45 anos OU SINAIS DE ALARME: ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA

34
Q

Conduta diante deste achado no estômago

A

ÚLCERA GÁSTRICA - 2 coisas diferentes

  • BIÓPSIA
  • CONTROLE DE CURA
35
Q

Quais são os 4 passos no tratamento da DUP?

A

1) Reduzir acidez

2) Questionar sobre AINE

3) Pesquisar infecção H. pylori

4) Controle de cura (alguns casos)

36
Q

Como deve ser feito o tratamento para reduzir acidez na DUP?

A

IBP dose plena por 4 - 8 semanas

37
Q

Quando fazer a pesquisa de infecção por H. pylori?

Como fazer?

A

SEMPRE QUE DIAGNOSTICAR DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA (inclusive no dx por PRESUNÇÃO)

  • EDA: Teste rápido da Urease / Histologia
  • Presunção: Teste da urease respiratória / Antígeno fecal / Sorologia
38
Q

Como é feita a erradicação do H. pylori?

A

1) Claritromicina 500mg 2x/dia

2) Amoxicilina 1g 2x/dia

3) IBP dose PLENA 2x/dia

DURAÇÃO: 7 DIAS

39
Q

Como é feito o controle de cura de úlcera gástrica?

A

NOVA EDA após 8-12 semanas

mesmo se a biópsia foi negativa para malignidade

40
Q

Quando devo fazer o controle da erradicação do H. pylori?

Como fazê-lo?

A

SEMPRE que tratou!!!!

Sem EDA: Urease respiratória ou antígeno fecal

41
Q

Além da Doença Ulcerosa Péptica…

EM QUE OUTRAS SITUAÇÕES PESQUISAR H. PYLORI?

A
  • Linfoma MALT
  • Dispepsia funcional
  • Uso crônico de AAS e AINE
  • Anemia ferropriva inexplicada
  • PTI
42
Q

Quais os passos para abordagem de dispepsia funcional?

A

1) Pesquisar e erradicar H. pylori

2) IBP 4-8 semanas

3) AD Tricíclico

4) Procinético

Só passar de um passo para outro se não houver melhora

43
Q

Quais as indicações de tratamento cirúrgico para úlcera péptica?

A
  • Refratariedade/recidiva
  • Perfuração
  • Obstrução por úlcera
  • Hemorragia refratária
44
Q

Quais os tipos de úlcera péptica e sua classificação de cloridria?

A

HIPERCLORIDRIA

  • Duodenal
  • Tipo II: Corpo gástrico
  • Tipo III: Pré-piloro

OBS: Tipo II geralmente é associada com úlcera duodenal

HIPOCLORIDRIA

  • Tipo I: pequena curvatura baixa
  • Tipo IV: pequena curvatura alta
45
Q

Quais as 2 “leis” no tratamento cirúrgico da úlcera péptica?

A

1) HIPERcloridria = VAGOTOMIA +- Antrectomia

2) GÁSTRICA = retirar a úlcera

46
Q

Quais as opções cirúrgicas para úlceras duodenais?

A

1) VAGOTOMIA TRONCULAR

  • com piloroplastia
  • ou com antrectomia e reconstrução do trânsito

2) VAGOTOMIA SUPER-SELETIVA (Gástrica proximal)

  • Sem piloroplasia nem antrectomia
47
Q

Quais as técnicas de reconstrução do trânsito gastrico após antrectomia?

E após gastrectomia subtotal?

A

1) Billroth I: gastroduodenostomia

2) Billroth II: gastrojejunostomia + alça aferente

3) Y de Roux: gastrojejunostomia em Y de Roux

48
Q

Das técnicas cirúrgicas para úlcera duodenal, qual tem maiores taxas de recidiva e menores taxas de complicação?

A

VAGOTOMIA SUPER SELETIVA

49
Q

Das técnicas cirúrgicas para úlcera duodenal, qual tem menores taxas de recidiva e maiores taxas de complicações?

A

VAGOTOMIA TRONCULAR com ANTRECTOMIA

50
Q

Qual a técnica cirúrgica indicada para esta úlcera?

A

Úlcera gástrica TIPO I → pequena curvatura baixa HIPOCLORIDRIA

Gastrectomia Distal + reconstrução à Billroth I

51
Q

Qual a técnica cirúrgia para esta úlcera?

A

Úlcera tipo II → CORPO (geralmente associada a úlcera duodenal)

HIPERCLORIDRIA

VAGOTOMIA troncular + GASTRECTOMIA DISTAL + Reconstrução à BILLRTOH I ou II

52
Q

Qual a técnica cirúrgia para esta úlcera?

A

Úlcera gástrica tipo III (PRÉ-PILÓRICA)

HIPERCLORIDRIA

VAGOTOMIA troncular + GASTRECTOMIA DISTAL + Reconstrução à BILLRTOH I ou II

53
Q

Qual a técnica cirúrgica para esta úlcera?

A

Úlcera gástrica TIPO IV (pequena curvatura ALTA)

HIPOCLORDRIA

GASTRECTOMIA SUBTOTAL + Reconstrução em Y DE ROUX

54
Q

Paciente realizou gastrectomia com reconstrução do trânsito e passa a apresentar dor abdominal, náusea e diarreia, asssociada a taquicardia, palpitação, rubor, 15-20 minutos após a alimentação

Qual é o nome desta complicação?

Qual seu mecanismo?

A

SÍNDROME DE DUMPING PRECOCE

Alimento despejado de uma vez na alça intestinal → distensão (dor) e liberação de mediadores → sintomas vasomotores

55
Q

Paciente realizou gastrectomia com reconstrução do trânsito e passa a apresentar taquicardia, tremores, sudorese, tontura, turvação visual, cerca de 2-3h após a alimentação

Qual é o nome desta complicação?

Qual seu mecanismo?

A

SÍNDROME DE DUMPING TARDIO

Alimento despejado de uma vez na alça intestinal → liberação de grande quantidade de insulina → HIPOGLICEMIA

56
Q

Como é o tratamento da SÍNDROME DE DUMPING?

A

TRATAMENTO DIETÉTICO/COMPORTAMENTAL

  • Fracionar a dieta
  • Deitar logo após a refeição
57
Q

Síndrome de DUMPING ocorre em qual tipo de cirurgia?

A

ANTRECTOMIA ou PILOROPLASTIA

58
Q

Paciente que realizou gastrectomia com reconstrução de trânsito, queixa-se de dor abdominal contínua, que não alivia, mesmo com vômitos biliosos

Que complicação é esta?

A

GASTRITE ALCALINA

(GASTROPATIA POR REFLUXO BILIAR)

59
Q

Em que tipo de cirurgia pode ocorrer a Gastropatia por Refluxo Biliar?

A

Mais comum em RECONSTRUÇÃO A BILLROTH II (fluxo peristáltico)

60
Q

Qual o tratamento para a Gastropatia por Refluxo Biliar?

A

CIRURGIA → transformar BII em Y de Roux (CURATIVO)

Medicamentoso: Colestiramina

(apenas alivia os sintomas, não cura)

61
Q

Paciente que foi submetido a gastrectomia com reconstrução do trânsito queixa-se de dor abdominal que melhora após vômito bilioso, não precedido por náusea (em jato)

Que complicação é esta?

Ocorre em qual técnica?

A

SÍNDROME DA ALÇA AFERENTE

Alça aferente sofre angulação e obstrução transitória (distensão e dor) que se desfaz espontaneamnete, culminando em vômitos biliosos

EXCLUSIVA DE BILLROTH II

62
Q

Qual o tratamento para a Síndrome da Alça Aferente?

A

CIRURGIA → transformar BII em Y de Roux (CURATIVO)

63
Q

Quais são as característias da NEM-1 (Síndrome de Wermer)?

A

3 Ps

Pâncreas: Gastrinoma / Insulinoma / Glucagonoma → úlceras pépticas refratárias

Pituitária: prolactinoma → galactorreia

Paratireoide: hiperparatireoidismo → hipercalcemia / nefrolitíase / doença óssea

25% dos gastrinomas são relacionados à NEM-1

64
Q

Como confirmar diagnóstico de Zollinger Ellison (gastrinoma)?

A
  • Gastrinemia > 1000
  • pH gástrio < 2,5
  • Teste da secretina → mais sensível
65
Q

Como tratar úlceas na síndrome de Zollinger Ellison?

A
  • Terapia ANTISSECRETORA em dose plena
  • CIRURIGA → remover o tumor