Síndrome Diarreicas Flashcards

1
Q

As síndromes diarreicas podem ser divididas em aguda e crônica, qual a diferença entre elas?

A

Duração

  • Aguda: Menor que 4 semanas.
  • Cronica: Maior que 4 semanas.
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2
Q

As síndromes diarreicas podem ser divididas em Alta e Baixa, qual a diferença entre elas?

A

Topografia

  • Alta: Delgado, muito volume, pouca frequência (menos de 10 vezes ao dia), sem tenesmo.
  • Baixa: Colônica, pouco volume, frequencia (mais de 10 vezes ao dia), com tenesmo, pode ter muco ou sangue..
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3
Q

Qual a principal causa de diarreia aguda em crianças e em adultos?

  • Qual o agente o infeccioso mais envolvido no acometimento do delgado e do côlon?
  • Qual o agente etiológico envolvido em alterações do SNC, gerando convulsões?
A
  • Principal causa é viral (tem mais relação com o Delgado).
    • Adulto: Principal é o Noravírus.
    • Crianças: Principal é o Rotavírus.
  • Bactérias (tem mais relação com o Cólon).
    • Shigella: Alterações do SNC (convulsões).
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4
Q

Com relação a colite pseudomembrana, qual o agente etiológico e quais sãos os principais fatores de risco envolvidos?

A

Agente: Clostridioides difficile (Colite pseudomembranosa):
Fator de risco: Pacientes internados, que fazem o uso de ATB, pode acontecer até 6 semanas posteriormente ao uso clindamicina/cefalosporina/quinolona.

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5
Q

Como vamos fazer o diagnóstico de um paciente com colite pseudomembrana? e como vai ser o tratamento do paciente em casos típicos e nos fulminantes?

A
  • Diagnóstico: Correlação com uso de ATB recentemente. Toxina nas fezes, Antígeno GDH, Cultura, PCR, NAAT, Colonoscopia.
  • Tratamento: Vancomicina oral ou Fidaxomicina ou Metronidazol. Retirar o antibiótico causador.
    Em casos fulminantes: Vancomicina oral + Metronidazol IV.
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6
Q

Quais são os sinais de alarme e os fatores de risco para os pacientes que suspeitamos de síndromes diarreicas? quais são os exames que podemos fazer para avaliar investigar esse paciente e como podemos tratar?

A
  • Sinais de alarme: Sinais de desidratação, fezes com sangue, febre > 38,5C, não melhora após 48 horas, idosos > 70 anos, imunocomprometidos, uso recente de antibióticos.
  • Investigação: Hemograma, Bioquímica e exame das fezes.
  • Tratamento: Hidratação.
    - Podemos fazer Loperamida (apenas se não se tiver disenteria).
    - Antibiótico: Usaremos se sinais de alarme. Preferencialmente, iremos fazer o uso de quinolona, Ciprofloxacina.
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7
Q

Quais as principais causas de diarreias crônicas?

A

Doença Celíaca, DII, Infecção por protozoários e Síndrome do Intestino Irritável.

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8
Q

Com relação a doença Celíaca, quais os principais genes envolvidos e a clínica que o paciente pode apresentar?

A
  • Presença de HLA-DQ2 e HLA-DQ8.
  • Clínica variável: Pode ser assintomático. Pode acarretar disabsorção, gerando queda dos níveis de Ca e Fe, além de manifestações neuropsiquiátricas.
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9
Q

Quais associações podemos notar em paciente com doença celíaca?

A
  • Associações: Dermatite herpetiforme, presença de lesões dermicas semelhantes a lesões herpéticas. Deficiência de IgA e Síndrome de down.
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10
Q

Como podemos fazer o diagnóstico do paciente com doença celíaca? e qual o marcador sorológico característico?

A
  • Diagnóstico: Sorologias + EDA com biópsia de delgado (padrão ouro).
    • Sorologia: Anticorpo antitransglutaminase tecidual IgA (mais usado).
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11
Q

Como faremos o tratamento do paciente com doença celíaca? e quais os fatores de proteção e achados característicos no paciente pediátrico com essa patologia?

A
  • Tratamento: Excluir glúten da dieta.
    • Amamentação e demora na introdução de glúten na dieta são fatores de proteção.
    • Lactentes normalmente aparecem com hipotrofia da musculatura glútea.
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12
Q

Com relação a doença de Crohn, como ela se manifesta e qual o sítio mais acometido?

A

Doença de Crohn

  • Pega toda parede intestinal, da boca até o ânus.
  • Tem caráter não contínuo e transmural (pode acometer toda a parede). Tem preferência Íleal.
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13
Q

Quais as complicações que a doença de Crohn pode gerar?

A
  • Pode gerar maiores chances de fístula, abscessos, físsuras e estenoses. Devido seu comprometimento que pode ser de toda a parede intestinal.
  • Complicações: Obstrução intetinal, perfuração, abscesso, hemorragia maciça, megacólon tóxico.
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14
Q

Qual a clínica característica do paciente com doença de Crohn? e qual fator de risco está associado a estes pacientes?

A
  • Diarreia + Dor abdominal + Emagrecimento.

- Muito associado com o tabagismo.

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15
Q

Como faremos o diagnóstico do paciente com Doença de Crohn?

A
  • Diagnóstico:
    • Ileocolonoscopia com biópsia. Se não visualizar lesões, podemos usar o método da cápsula endoscópica, Entero-TC ou o método de trânsito intetinal.
    • Endoscopia
    • Sorologia
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16
Q

Quais os achados característicos da endoscopia no paciente com doença de Crohn?

A
  • Endoscopia: Aparecimento de lesões semelhantes a pedras de calçamento e a presença de úlceras.
17
Q

Qual o achado da biópsia e os marcadores específicos sorológicos do paciente com doença de Crohn?

A
  • Biópsia: Granuloma não caseoso.

- Sorologia: ASCA + pANCA -

18
Q

Qual o tratamento que vamos indicar ao paciente com doença de Crohn?

A
  • Iremos priorizar o tratamento clínico.
    Tratamento
    • Derivados 5-ASA, anti-inflamatório tópico.
      - Ação colônica: Sulfassalazina - RU.
      - Todo intestino: Pentasa - DC.
    • Corticoide
      • Bom para remissão.
      • Não usar se abscesso não drenado.
      • Normalmente usado em pacientes com doença moderada a grave.
    • Imunomoduladores
      • Azatioprina, mercapatopurina, metotrexato.
    • Biológicos
      • anti-TNF e anti-integrina.
      • Primeira escolha para doença moderada a grave.
    • Paciente com fístulas: Biológicos + ATB
    • Pacientes com megacólon: Corticoide + ATB.
  • Cirurgia: Indicada apenas nas complicações, iremos fazer uma ressecção local com anastomose primária.
19
Q

Quais as manifestações extra-intestinais que podemos encontrar no paciente com doença de Crohn?

A
  • Relação: Cálculos biliares, Artrite periférica (marca atividade de doença), Nefrolitíase e fístulas.
20
Q

Com relação a Retocolite Ulcerativa, como ela se manifesta e quais os sítios mais acometidos?

A
  • Doença específica do intestino grosso, pega Reto e Cólon.
  • Vai progredir de forma ascendente e contínua, a partir do reto.
  • Acomete a mucosa, preservando a camada muscular.
21
Q

Qual a clínica característica do paciente com RU? e qual fator de risco está associado a estes pacientes?

A

Clínica: Dor abdominal associada a diarreia com sangue e muco.
- Tabagismo é fator protetor.

22
Q

Como faremos o diagnóstico do paciente com RU?

A
  • Diagnóstico:
    • Retossigmoidoscopia com biópsia.
    • Endoscopia
    • Sorologia
    • Biópsia
23
Q

Quais os achados característicos da endoscopia no paciente com RU?

A
  • Endoscopia: Mucosa eritematosa, friável, edemaciada e presença de pseudopólipos.
24
Q

Qual o achado da biópsia e os marcadores específicos sorológicos do paciente com RU?

A
  • Biópsia: Criptite

- RCU: ASCA - pANCA +

25
Q

Quais as manifestações extra-intestinais que podemos encontrar no paciente com RU?

A
  • Relação: Pioderma gangrenoso (presença de ulcerações), Colangite esclerosante e Eritema nodoso (marca atividade de doença das duas).
26
Q

Como faremos o tratamento do paciente com RU?

A
  • Iremos priorizar o tratamento clínico em relação ao cirúrgico.
    Tratamento
    • Derivados 5-ASA, anti-inflamatório tópico.
      - Ação colônica: Sulfassalazina - RU.
      - Todo intestino: Pentasa - DC.
    • Corticoide
      • Bom para remissão.
      • Não usar se abscesso não drenado.
      • Normalmente usado em pacientes com doença moderada a grave.
    • Imunomoduladores
      • Azatioprina, mercapatopurina, metotrexato.
    • Biológicos
      • anti-TNF e anti-integrina.
      • Primeira escolha para doença moderada a grave.
    • Paciente com fístulas: Biológicos + ATB
    • Pacientes com megacólon: Corticoide + ATB.
27
Q

Quais são os tipos de cirurgia que podemos fazer de caráter eletivo e emergência no paciente que possui RU?

A
  • Cirurgia
  • Indicada em casos refratários, displasia, câncer e complicações (megacólon, sangramento maciço).
  • Iremos fazer uma Protocolectomia c/ IPAA, quando for de caráter eletivo.
  • Já em situações de urgência, iremos fazer uma colectomia à Hartmann.
28
Q

Quais são os principais trofozoitas (protozoários) causadores de síndromes diarreicas e quais são as características em comuns deles?

A
  • Entamoeba hystolitica e Giardia Lamblia
    • São unicelulares.
    • Não causam eosinofilia.
    • Maioria assintomática. Tratar pacientes assintomáticos.
    • Transmissão fecal-oral.
29
Q

Quais as características da Giardia Lamblia, com relação a clínica, diagnóstico e tratamento?

A

Giardia Lamblia

  • Trofozoitas
    - São unicelulares.
    - Não causam eosinofilia.
    - Transmissão fecal-oral.
    - Não invasiva (delgado): Maioria assintomática. Sintomas referentes a uma má-absorção (diarreia mal cheirosa e pálida).
  • Diagnóstico: EPF (Exame Parasitológico de Fezes).
  • Tratamento: Secnidazol, tinidazol ou Metronidazol (Antiparasitários).
30
Q

Quais as características da Entamoeba hystolitica, com relação a clínica, diagnóstico e tratamento?

A

Entamoeba hystolitica

- Trofozoitas
- São unicelulares.
- Não causam eosinofilia.
- Transmissão fecal-oral.  - Invasiva (cólon): Maioria assintomático. Mas pode apresentar disenteria (colite amebiana), ameboma e abscessos (quadro hepático, mas sem icterícia).
- Lembrar que Entamoeba coli não é patogênica, esta não trata.   - Diagnóstico: EPF (Exame Parasitológico de Fezes). - Tratamento: Secnidazol, tinidazol ou Metronidazol (Antiparasitários).
31
Q

Com relação a Ascaris Lumbricoides, quais suas características, quadro clínico e diagnóstico?

A

É um Helminto

Ascaris lumbricoides
Ciclo:
- Ingesta de ovo - Vira larva, vai em direção ao pulmão onde tem mais oxigênio (ciclo pulmonar) e vai em direção ao intestino - Vira verme no intestino - sai como ovo nas fezes.
Clínica:
- Ciclo Pulmonar/Síndrome de Loeffler: Tosse seca, infiltrado pulmonar migratório e eosinofilia.
- Cólica biliar, pancreatite, suboclusão intestinal.
- Criança põe o verme para forma, vomitando ou defecando.
Diagnóstico:
- EPF.
Tratamento:
- Albendazol, Levamisol, Pamoato de pirantel.

32
Q

Qual a principal complicação da Ascaris Lumbricoides e como faremos seu tratamento?

A

⁃ Suboclusão intestinal:
⁃Medidas de suporte, como SNG e hidratação.
⁃Piperazina + óleo mineal, auxiliam na retirada do parasita.
⁃Após a eliminação, iremos usar o albendazol (1 dose).

33
Q

Quais são os helmintos que tem ciclo pulmonar?

A
⁃SANTA: 
Strongyloides stercoralis
Ancyslostoma duodenale
Necator americanus
Toxocara canis
Ascaris lumbricoides.
34
Q

Com relação a Toxocara canis, quais suas características, quadro clínico, diagnóstico e tratamento?

A

Toxocara canis
⁃Toxocaríase ou larva migrans visceral.
⁃Cachorro como hospedeiro definitivo - Criança como hospedeiro acidental.
⁃Quadro clínico: Síndrome de loeffler, hepatomegalia, febre e eosinofilia muito intensa.
⁃Tratamento: Albendazol / Corticoide.

35
Q

Com relação a Ancylostoma duodenale, quais suas características, quadro clínico e diagnóstico?

A

Ancilostomíase
⁃ Ancylostoma duodenale, Necator americanus.
Ciclo
- Verme que esta no intestino - vira ovo nas fezes - no solo vai virar larva filarioide (fura) ou larva rabditoide - a filarioide vai em diração a pele - posteriormente para o pulmão - de la vai em direção ao intestino.
Clínica
- Teremos Lesão cutânea.
- É o principal relacionado a anemia ferroprovia.
Diagnóstico:
-EPF.
Tratamento:
-Albenzadol (1 dose).

36
Q

Com relação a Strongyloides stercoralis, quais suas características, quadro clínico e diagnóstico?

A
Estrongiloidíase
	⁃	Strongyloides stercoralis
	Ciclo
- Verme no intestino - vira ovo - que se transforma em Larva rabditoide (RN) nas fezes - Larva filarioide no solo - vai em direção a pele - vai em direção ao pulmão - posteriormente para o intestino.
	Quadro clínico: 
- Lesão cutânea, Sd de Loeffler. 
- Este faz autoinfestação, aumentado as chances de sepse. 
- Dermatite serpenginosas.
	Diagnóstico:
- EPF (Baermann-Moares - para larva).
	Tratamento:
- Ivermectina ou Tiabendazol (por dois dias). Cambendazol
37
Q

Com relação a Enterobíase, quais suas características, quadro clínico e diagnóstico?

A
Enterobíase
	⁃	Oxiuriase
	⁃	Enterobius vermicularis.
	⁃	Normalmente não causa eosinofilia.
	⁃	Pode gerar apendicite.
	⁃	Quadro clínico: Prurido anal, principalmente noturno.
	⁃	Diagnóstico: Fita fomada (Graham).
	⁃	Tratamento: Mebendazol (3 dias) ou albendazol (1 dia) / Pirvínio ou pirantel (1 dia).
38
Q

Com relação a Tricuriase, quais suas características, quadro clínico e diagnóstico?

A

Tricuriase
⁃ Trichuris trichiura
⁃ Prolapso retal.
⁃ Albendazol (1 dose).

39
Q

Quem são as pessoas mais acometidas pela síndrome do intestino irritável e quais as associações que esta patologia pode ter e qual a clínica?
- Como faremos o diagnóstico e tratamento.

A

Síndrome do Intestino Irritável

  • Funcional, acomete mais mulheres entre 30 a 50 anos, normalmente com alterações psiquiátricas.
  • Clínica: Dor abdominal + diarreia e/ou constipação + muco nas fezes (50%).
    • Não apresenta complicações sistêmicas, como: Anemia, perda de peso ou manifestações inflamatórias.
  • Diagnóstico: Exclusão + Critérios de Roma IV.
    • Roma IV
      • Dor abdominal: Pelo menos 1 dia/semana (obrigatório).
      • Relação com evacuação, alteração na frequência, alteração na forma das fezes.
  • Tratamento: Sintomático.