Sd. hipertensiva na gestação Flashcards
Quais as complicações fetais da HAS?
Insuficiência placentária
prematuridade eletiva
Restrição de crescimento fetal
Sofrimento fetal crônico e agudo
Como pode ser classificada a HAS na gestação?
> /= 20 semanas: hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia (eclâmpsia, sd. HELLP e HAC sobreposta por pré-eclâmpsia).
< 20 semanas: hipertensão arterial crônica e hipertensão do jaleco branco.
Quais são as alterações que ocasionam HAS na gestação?
Lesão endotelial
Vasoconstrição
Isquemia
Aumento da permeabilidade vascular
Ativação da coagulação
Como predizer a pré-eclâmpsia?
Fatores de risco materno (1 risco alto ou 2 risco moderado) somente ou associado a marcadores bioquímicos (PLGF e PAPP-A, quanto menor maior o risco) e/ou biofísicos (maior o índice de pulsatilidade da artéria uterina, maior o risco)
Quais os fatores de risco de pré-eclâmpsia?
Alto risco: pré-eclâmpsia prévia, obesidade, HAC, DM, doença renal, doença autoimune (LES e SAAF), tratamento de reprodução assistida e gestação múltipla.
Moderado risco: gravidez prévia com eventos adversos, história familiar de pré-eclâmpsia, nuliparidade, idade materna >/=35 anos, intervalo interpartal > 10 anos.
Como prevenir pré-eclâmpsia?
Exercícios físicos 140min/semana
Suplementação de pelos menos 500 mg cálcio se baixa ingesta (< 600 mg/dia).
Se alto risco: AAS baixa dose a partir de 12 semanas até 36 semanas e suplementação de cálcio 1,5-2g/dia do 1º trimestre até o fim da gestação.
*Suspender AAS se diagnóstico de pré-eclâmpsia.
Como é feito o diagnóstico das sd. hipertensivas gestacional?
HAS: PAS >/= 140 ou PAD >/= 90 em duas ocasiões com intervalo de 4 h ou PAS >/= 160 ou PAD >/= 110 confirmada após 15 min (grave).
HAC: HAS antes da gestação ou antes de 20 semanas ou não desaparece após 12 semanas pós-parto.
Proteinúria: relação proteína/creatinina >/= 0,3
Investigar pré-eclâmpsia: proteinúria, creatinina, hemograma, haptoglobina ou DHL, transaminases, bilirrubinas e dopplervelocimetria obstétrica.
Sintomas de gravidade: cefaleia, epigastralgia, dor em hipocôndrio direito, oligúria, alterações visuais, alteração do estado mental e convulsões.
Hipertensão gestacional: >/= 140/90 mmHg >/= 20 semanas que normaliza no puerpério, ausência de proteinúria e ausência de disfunção de órgão-alvo.
Pré-eclâmpsia: HAG + proteinúria ou disfunção de órgão alvo ou disfunção uteroplacentária (restrição de crescimento fetal, alteração doppler e morte fetal)
Quais são os sinais de disfunção de órgão alvo?
Hematológica: plaqueta < 150, DHL > 600 e CIVD.
Hepática: transaminases > 40 ou 2x o normal.
Renal: creatinina >/= 1 mg/dl
Pulmonar: edema pulmonar.
Neurológico: cefaleia, turvação visual, escotomas, cegueira, alteração do estado mental, derrame ou convulsão.
*Na HAC, a investigação de lesão de órgão alvo é com ECG, ecocardio, rx de tórax, USG renal e vias, fundoscopia, proteinúria e creatinina
Quais as características da sd. HELLP?
Plaquetopenia (< 100.000)
Hemólise (DHL > 600, esquizócitos, bilirrubinas > 1,2 ou haptoglobina < 25)
Comprometimento hepático (TGO/TGP > 70)
*Diagnósticos diferenciais: estatose hepática (tem hipoglicemia), sd. hemolítico-urêmica (as transaminases são normais), púrpura trombocitopênica trombótica (tem febre) e hepatite viral (tem febre e anemia e não tem IR)
Como classificar a pré-eclâmpia?
Grave (com sinais de gravidadeO e não grave (sem sinais de gravidade e PA < 160/110)
Precoce (antes de 34 semanas) e tardia (após 34 semanas, melhor prognóstico)
Quando diagnosticar eclâmpsia?
Convulsões tônico-clônicas generalizadas na ausência de outras causas.
Iminência: cefaleia, turvação visual e epigastralgia.
Como diagnosticar pré-eclâmpsia sobreposta?
HAC + proteinúria após 20 semanas ou lesão de órgão alvo ou disfunção uteroplacentária
Qual a conduta na sd. de hipertensão na gestação?
HAG leve: metildopa/metoprolol/nifedipina/anlodipina (alvo de PAD = 85 mmHg), parto até 39 semanas e 6 dias.
HAC: leve é parto em 40 semanas, moderada parto em 38 semanas e grave parto em 37 semanas ou 34 se difícil controle.
Pré-eclâmpsia sem sinais de gravidade: metildopa/metoprolol/nifedipina/anlodipina (alvo de PAD = 85 mmHg), parto com 37 semanas.
Pré-eclâmpsia grave: sulfato de magnésio (avaliar reflexo patelar, FR e diurese), hidralazina ou nifedipina (não pode ser sublingual), analisar a necessidade de parto (se complicação, sem complicação com < 27 semanas e > 37 semanas, entre 23-34 é expectante com corticoterapia).
Eclâmpsia: controle de convulsão (oxigênio, pedir ajuda, evitar trauma, decúbito lateral, protetor de língua e monitorar sinais vitais), sulfato de magnésio (avaliar reflexo patelar, FR e diurese; manter por 24h; se refratário, faz difenil-hidantoina), hidralazina/nifedipina, fazer parto independente da idade gestacional.
Sd. HELLP: controle de convulsão (oxigênio, pedir ajuda, evitar trauma, decúbito lateral, protetor de língua e monitorar sinais vitais), sulfato de magnésio (avaliar reflexo patelar, FR e diurese; manter por 24h; se refratário, faz difenil-hidantoina), hidralazina/nifedipina, fazer parto independente da idade gestacional. Não faz corticoide de rotina.
*Medidas gerais: solicitar proteinúria semanas, doppler de 2-4 semanas e avaliar gravidade (hemograma, creatinina, TGO, DHL, bilirrubina, haptoglobina, PIGF e relação sFIt/PIGF), reduzir atividade física.
*Antidoto para sulfato de magnésio gluconato de cálcio.
*Faz sulfato de magnésio em parto < 32 semanas para proteção fetal.
*HAC parto em 40 semanas e pré-eclâmpsia sobreposta parto em 37 semanas.
Qual a conduta no puerpério de sd. hipertensiva na gestação?
Controle da PA com resolução com 12 semanas pós-parto.
Laboratório: proteinúria 12 semanas pós-parto. 48-72h pós-parto.
Anti-hipertensivo: metildopa, captopril oi nifedipina.