SANGRAMENTOS DA 2º METADE DA GESTAÇÃO Flashcards

1
Q

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS DE SANGRAMENTO DA 2ª METADE DA GESTAÇÃO ?

A
  • DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA (DPP);
  • PLACENTA PRÉVIA;
  • ROTURAS (UTERINA, VASA PRÉVIA, SEIO MARGINAL)

OBS) AS PRINCIPAIS HIPÓTESES SÃO DPP E PLACENTA P´RÉVIA;

OBS) OUTRAS CAUSAS DE SANGRAMENTO SÃO: CERVICITES, POLIPO ENDOCERVICAL, ECTRÓPIO, CANCER DE COLO UTERINO E TRAUMA VAGINAL;

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2
Q

O QUE É DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA ?

A

-SEPARAÇÃO INTEMPESTIVA DA PLACENTA NORMALMENTE INSERIDA NO CORPO UTERINO EM GESTAÇÃO COM 20 OU MAIS SEMANAS COMPLETAS E ANTES DA EXPULSÃO FETAL;

OBS) PODEM OCORRER COMPLICAÇÕES PERINATAIS, COMO PREMATURIDADE, RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO FETAL, BAIXO PESO AO NASCER, SOFRIMENTO FETAL E ÓBITO PERINATAL. O DPP É DESCRITO COMO A PRINCIPAL CAUSA DE ÓBITO PERINATAL.

OBS) DESCOLAMENTO RETROPLACENTÁRIO É DIFERENTE DESCOLAMENTO RETROCORIÔNICO (O DESCOLAMENTO OVULAR, CIENTIFICAMENTE CHAMADO DE HEMATOMA SUBCORIÔNICO OU RETROCORIÔNICO, É UMA SITUAÇÃO QUE PODE ACONTECER DURANTE O PRIMEIRO TRIMESTRE DE GRAVIDEZ E É CARACTERIZADO PELO ACÚMULO DE SANGUE ENTRE A PLACENTA E O ÚTERO DEVIDO AO DESCOLAMENTO DO ÓVULO FECUNDADO DA PAREDE DO ÚTERO. SANGRAMENTO CESSA ESPONTANEAMENTE, SEM NECESSIDADE DE TRATAEMENTO).

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3
Q

COMENTE SOBRE A FISIOPATOLOGIA DO DPP

A

-A HEMORRAGIA DECIDUAL QUE INICIA O DESCOLAMENTO (HIPERTENSÃO, PRÊ ECLAMPSIA) -> CONSEQUENTEMENTE, FORMA-SE O HEMATOMA RETROPLACENTÁRIO QUE TENDE A INVADIR A PLACENTA -> ESTE PROCESSO AUMENTA A ÁREA DESCOLADA QUE, POR SUA VEZ, PROVOCA MAIOR EXTRAVASAMENTO SANGUÍNEO E AUMENTO DE VOLUME DO COÁGULO -> CONSTITUINDO ASSIM O CÍRCULO VICIOSO QUE CARACTERIZA A PROGRESSÃO E IRREVERSIBILIDADE DO DPP;

OBS) EM 20% DOS CASOS, A PERDA SANGUÍNEA RESTRINGE-SE AO ESPAÇO RETROPLACENTÁRIO E NÃO OCORRE SANGRAMENTO VAGINAL. REPRESENTA A CHAMADA “HEMORRAGIA OCULTA”. A COLORAÇÃO, NORMALMENTÉ, É ESCURA;

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4
Q

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO PARA DPP ?

A
  • HAS -> HIPERTENSA CRONICA, PRÉ ECLAMPSIA (PRINCIPAL FATOR DE RISCO) !!
  • TRAUMA (PRINCIPALMENTE ACIDENTE AUTOMOBILSTICO);
  • IDADE > 35 ANOS;
  • POLIDRAMNIA (ALTERÇÃO BRUSCA PRESSÃO INTRA UTERINA APOS RPMO/AMNIOTOMIA/AMNIORREXE - RETRAÇÃO UTERINA INTENSA);
  • GEMELARIDADE (ALTERÇÃO BRUSCA PRESSÃO INTRA UTERINA APOS RPMO/AMNIOTOMIA/AMNIORREXE - RETRAÇÃO UTERINA INTENSA);
  • DROGAS (TABACO E COCAÍNA);
  • ALCOOL;
  • CORIOAMNIONITE;
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5
Q

QUAL É O QUADRO CLINICO DA DPP ?

A
  • DOR;
  • TAQUISSISTOLIA;
  • HIPERTONIA !!!
  • SOFRIMENTO FETAL AGUDO;
  • HEMOÂMNIO (SANGUE NA CAVIDADE AMNIOTICA) - LIQUIDO AMNIOTICO COR VERMELHO ACASTANHADA;
  • SANGRAMENTO (PODE NÃO APARECER IMEDIATAMENTE);

OBS) EM 20% DOS CASOS, O SANGRAMENTO É OCULTO; NOS OUTROS 80%, O SANGRAMENTO É ESCURO (SANGUE VELHO/COÁGULO) !!;

OBS) A TAQUISSITOLIA, HIPERTONIA, JUNTAMENTE COM A DESCOLAMENTO DA PLACENTA, DIMINUI O FLUXO PARA O FETO -> SFA

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6
Q

COMO É O DIAGNÓSTICO NA DPP ?

A
  • O DIAGNÓSTICO DE DPP É IMINENTEMENTE CLÍNICO !!
  • NÃO HÁ NECESSIDADE DE USG !! SÓ SE PEDE USG EM CASOS DE DÚVIDA (PARA POSSIVEL DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E ELIMINAR POSSIVEL DIAGNÓSTICO DE PLACENTA PRÉVIA), QUANDO A PACIENTE NÃO APRESENTA O QUADRO CLINICO CLASSICO COM HIPERTONIA, TAQUISSITOLIA, SANGRAMENTO ESCURO…
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7
Q

COMO DEVE SER REALIZADO O EXAME FÍSICO DA DPP ?

A
  • SINAIS VITAIS: OBSERVAR TAQUICARDIA E ALTERAÇÕES POSTURAIS DA PRESSÃO.;
  • EXAME OBSTÉTRICO: MEDIDA DA ALTURA UTERINA, BCF, HIPERTONIA UTERINA; CONTRAÇÕES TETÂNICAS À PALPAÇÃO ABDOMINAL.
  • MONITORIZAÇÃO FETAL: PADRÃO NÃO TRANQUILIZADOR (FC DO FETO ALTERADO);
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8
Q

QUAL A FINALIDADE DOS EXAMES LABORATORIAIS NA DPP ?

A

->OS EXAMES LABORATORIAIS TÊM O OBJETIVO DE RASTREAR AS COMPLICAÇÕES DO DPP: ANEMIA GRAVE, CHOQUE HIPOVOLÊMICO E DISCRASIA SANGUÍNEA;

  • > PODEM SER PEDIDOS:
  • HEMOGRAMA COM CONTAGEM DE PLAQUETAS;
  • TIPAGEM SANGUÍNEA ABO RH;
  • COAGULOGRAMA: PODE SER REALIZADO TESTE DO COÁGULO (WEINER) - AVALIA COMO ESTA A COAGULAÇÃO DO PACIENTE A BEIRA DE SEU LEITO;
  • EXAMES DE ROTINA PARA DOENÇA HIPERTENSIVA;
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9
Q

QUAL É A CONDUTA EM CASOS DE DPP ?

A

-A CONDUTA DEPENDE SE O FETO ESTÁ VIVO OU SE ELE ESTÁ MORTO;

-FETO VIVO: RETIRAR O FETO IMEDIATAMENTO PELA VIA MAIS RÁPIDA, QUE É A CESARIANA;
O PARTO VAGINAL SO DEVE OCORRER SE ELE JA FOR IMINENTE - PERÍODO EXPULSIVO EM QUE ALGUMAS CONTRAÇÕES SERIAM O SUFICIENTE PARA EXPULSAR O FETO (UTILIZAR O FORCEPS PARA RETIRADA DO FETO).

-FETO MORTO: PREFERENCIAL PARTO VAGINAL (COMO A MAE JA ESTA EM SANGRAMENTO, HÁ A POSSIBILIDADE DE COAGULOPATIA, LOGO PREFERENCIA A VIA ONDE A PERDA DE SANGUE É MENOR);
NO ENTANTO, SE FOR UM PARTO VAGINAL QUE A POSSIBILIDADE DE DEMORA É GRANDE (COLO POUCO FAVORAVEL, POUCA DILATAÇÃO) REALIZA-SE A CESARIANA PARA RESOLUÇÃO RAPIDO E PARAR SANGRAMENTO;

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10
Q

EM CASO DE DPP, DEVE-SE REALIZAR AMNIOTOMIA ?

A

-SIMM !! PREFERENCIALMENTE O MAIS RAPIDO POSSIVEL APÓS O DIAGNÓSTICO DE DPP.

  • A AMNIOTOMIA EM CASO DE DPP TRAZA MUITA VANTAGEM:
  • > ELA AJUDA A DESCOMPRIMIR A AREA DO HEMATOMA, LOGO DIMINUINDO A AREA DE DESCOLAMENTO DA PLACENTA (DIMINUINDO SANGRAMENTO);
  • > AJUDA NA DREANAGEM DO SANGUE DO HEMATOMA, DIMINUINDO A VELOCIDADE DO DESCOLAMENTO;
  • > DIMINUI A CHANCE DE COAGULOPATIA (MENOS FATOR DE COAGULAÇAO SENDO CONSUMIDO);
  • > DIMINUI A CHANCE DE ATONIA UTERINA (DIMINUIÇÃO DA HIPERTONIA UTERINA);
  • > DIMINUI COAGULAÇÃO INTRAVSACULARASCULAR DISSEMINADA (CIVD);
  • > INDUZ OU ACELERA O TRABALHO DE PARTO;
  • > COORDENA AS CONTRAÇÕES;
  • > REDUZ A COMPRESSÃO DA VEIA CAVA INFERIOR;
  • > DIMINUI A PRESSÃO INTRAUTERINA PELA DESCOMPRESSÃO DO HEMATOMA RETROPLACENTÁRIO;
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11
Q

QUAIS SÃO AS COMPLICAÇÕES DO DPP ?

A
  • > ÚTERO DE COUVELAIRE (APOPLEXIA UTEROPLACENTÁRIA);
  • > COAGULOPATIAS - DEVIDO AO CONSUMO EXCESSIVO DOS FATORES DE COAGULAÇÃO DEVIDO AO SANGRAMENTO E CIVD;
  • > DISCRASIAS SANGUÍNEAS (CIVD) - A TROMBOPLASTINA AUMENTADA DEVIDO AO DPP, PROMOVE A LIBERAÇÃO DA CASCATA DE COAGULAÇÃO, FAVORECENDO O AUMENTO DE COAGUALOS NA REDE VASCULAR;
  • > SINDROME DE SHEEHAN - SANGRAMENTO EXCESSIVO PROVOCA A NECROSE DA HIPOFISE POR ISQUEMIA;
  • > INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA DEVIDO A PÓSSIVEL CHOQUE HIPOVOLÊMICO;

OBS) O CONSUMO EXCESSIVO DE FATORES DE COAGULAÇÃO FAVORECE O AUMENTO DA HEMORRAGIA;

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12
Q

O QUE É UTERO DE COUVELAIRE (APOPLEXIA UTEROPLACENTÁRIA) ? QUAL A CONDUTA ?

A

->O SANGUE EXTRAVASADO EM CONTATO COM O ÚTERO EXERCE AÇÃO IRRITANTE SOBRE SUA MUSCULATURA, PROMOVENDO METROSSISTOLES FREQUENTES, OCASIONANDO UM QUADRO DE TAQUISSISTOLIA E HIPERTONIA. A EVOLUÇÃO DO PROCESSO, OBSERVA-SE INTENSA INFILTRAÇÃO SANGUÍNEA MIOMETRIAL QUE PASSA A APRESENTAR DESORGANIZAÇÃO DA SUA CITOARQUITETURA MUSCULAR/FIBRAS MUSCULARES. OCORRE, ENTÃO, A PASSAGEM DE HIPERTONIA PARA A HIPOTONIA NO PÓS-PARTO, QUADRO QUE DENOMONAMOS DE UTERO DE COUVELAIRE;

  • > O MANEJO NO UTERO DE COUVELAIRE PODE SER:
  • MASSAGEM BIMANUAL + OCITÓCITO EV EM DOSE ALTA;
  • PODE REALIZAR SUTURA DE B-LYNCH (SUTURA COMPRESSIVA);
  • LIGADURA DA ARTERIA HIPOGÁSTRICA OU DA ARTERIA UTERINA (PRIMEIRA OPÇÃO É A UTERINA);
  • HISTERCTOMIA -> ÚLTIMO RECURSO;

OBS) O UTERO DE COUVELAIRE PODE GERAR CIVD, SINDROME DE SHEEHAN;

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13
Q

O QUE É PLACENTA PRÉVIA (PP) ?

A

-PLACENTA PRÉVIA OU INSERÇÃO VICIOSA DA PLACENTA É A IMPLANTAÇÃO DE QUALQUER PARTE DA PLACENTA NO SEGMENTO INFERIOR DO ÚTERO (ENTRE O FETO E O COLO), COBRINDO TOTAL, PARCIALMENTE OU AVIZINHANDO (ATÉ 2 CM) O ORIFICIO CERVICAL INTERNO (OCI) DO COLO ITERINO, APÓS 28 SEMANAS DE GESTAÇÃO.

OBS) É COMUM AINDA ENCONTRAR NA USG A PLACENTA ENTRE A APRESENTAÇÃO FETAL E O COLO NO PRIMEIRO E SEGUNDO TRIMESTRE, VISTO QUE EXITES UM FENOMENO CHAMAMADO, MIGRAÇÃO PLACENTÁRIA - CORPO UTERINO CRESCE EM GRANDE VELOCIDADE PUXANDO A PLACENTA PARA CIMA. ESSA MIGRAÇÃO, NORMALMENTE TERMINA NO FINAL DA 28 SEMANA, MAS PODE IR ATÉ A 36 SEMANA. DESSA FORMA, O DIAGNÓSTICO PRECISO DE PP SÓ DEVE SER REALIZADO APOS AS 28 SEMANAS DE GESTAÇÃO !!!

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14
Q

QUAL É A FISIOPATOLOGIA DA PP ?

A
  • NORMALMENTE, A PLACENTA PROCURA SE IMPLANTAR EM LOCAIS MAIS RICAMENTE VASCULARIZADOS. MAIS PRECISAMENTE, OS LOCAIS MAIS VASCULARIZADOS SITUAM-SE NO FUNDO E PARTE SUPEROPOSTERIOR DO ÚTERO.
  • A DECIDUALIZAÇÃO POBRE DO ÚTERO, POSSIVELMENTE RELACIONADA A ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS OU ATRÓFICAS DO ENDOMÉTRIO, ACOMPANHADA DE VASCULARIZAÇÃO DEFEITUOSA, PARECE ESTAR DIRETAMENTE ASSOCIADA COM A PLACENTAÇÃO HETEROTÓPICA. EM OUTRAS PALAVRAS, A PLACENTA DESVIA-SE DA ÁREA DE INSERÇÃO PRIMITIVA EPROCURA ÁREAS COM MELHORES CONDIÇÕES DE NUTRIR O OVO, EXPANDINDO-SE SUPERFICIALMENTE.

OBS)TEMOS IMPLANTAÇÃO TÓPICA (NORMAL), HETEROÓPICA (DENTRO DO UTERO MAS LOCAL ANORMAL) E ECTEROTÓPICA (FORA DA CAVIDADE UTERINA);

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15
Q

QUAL É A CLASSIFICAÇÃO DA PLACENTA PRÉVIA ?

A
  • MARGINAL -> PLACENTA SE LOCALIZA NA MARGEM NO OCI, MAS NÃO OBSTRUINDO (PROGNÓSTICO MELHOR - POSSIBILIDADE DE PARTO VAGINAL);
  • PARCIAL -> PLACENTA COBRE PARCIALMENTE O OCI;
  • TOTAL -> PLACENTA COBRE TOTALMENTE O OCI (PROGNÓSTICO PIOR - DEVE REALIZAR CESÁRIA);

OBS) A FEBRASGO -> ENGLOBAM A PP TOTAL E PP PARCIAL EM SOMENTE PLACENTA PRÉVIA. CHAMAM A PP MARGINAL DE INSERÇÃO BAIXA (NÃO ATINGE O OCI, MAS LOCALIZA ATÉ 2 CM DELE);

OBS) EM TERMOS OBSTÉTRICOS, A EXPRESSÃO PRÉVIA É CONFERIDA A TODO O ELEMENTO QUE SE INTERPÕE ENTRE A APRESENTAÇÃO FETAL E O COLO UTERINO, OU SEJA, O ELEMENTO ESTÁ À FRENTE DA APRESENTAÇÃO;

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16
Q

QUAIS SAO OS FATORES DE RISCO PARA PP ?

A
  • CICATRIZES UTERINAS (DIFICULTA O PROCESSO DE MIGRAÇÃO PLACENTÁRIA) -> CESÁRIA PRÉVIA (PRINCIPAL FATOR) !!
  • IDADE > 35 ANOS;
  • TABAGISMO (COMO O TABAGISMO PROVOCA UM HIPOXEMIA NA INTERFACE MATERNO FETAL, A PLACENTA TENDE A AUMENTAR DE TAMENHO PARA COMPENSAR, AUMENTANDO A CHANCE DE FIXAÇÃO SEGMENTO INFERIOR);
  • GEMELARIDADE (DEVIDO A PLACENTA SER MAIOR OU TER MAIS DE UMA PLACENTA -> MAIOR CHANCE DE IMPLANTAR NO SEGMENTO INFERIOR);
  • MULTIPARIDADE;
  • CURETAGEM UTERINAS/ABORTO PROVOCADO (LESÕES UTERINAS);
  • ENDOMETRITE (LESÃO UTERINA);
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17
Q

QUAL É O QUADRO CLINICO DA PLACENTA PRÉVIA ?

A
  • > NORMALMENTE O SANGRAMENTO SE INICIA NO FINAL DO SEGUNDO E INICIO DO TERCEIRO TRIMESTRE;
  • > INICIO E CESSAR SUBITO;
  • > SANGRAMENTO PROGRESSIVO E DE REPETIÇÃO;
  • > SANGRAMENTO ESPONTÂNEO DE COLORAÇÃO VERMELHOR VIVO RUTILANTE;
  • > INDOLOR;
  • > AUSÊNCIA DE HIPERTONIA UTERINA E SOFRIMENTO FETAL;

OBS) MNEMÔNICO “PREVIA”

  • P - PROGRESSIVO;
  • R - REPETIÇÃO;
  • E - ESPONTÂNEO;
  • V - VERMELHO VIVO;
  • I - INDOLOR;
  • A - AUSENCIA DE HIPERTONIA E SOFRIMENTO FETAL;

OBS) COMO NA PP NÃO HÁ HIPERTONIA E SFA, O DIAGNÓSTICO NÃO PRECISA SER REALIZADO NO MOMENTO OU IMEDIATAMENTE, PODE-SE TER MAIS CALMA, O QUE NAO OCORRE NO DPP;

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18
Q

COMO É REALIZADO O DIAGNÓSTICO DE PP ?

A
  • > REALIZAR O EXAME ESPECULAR PARA VERIFICAR SAIDA DE SANGUE PELO COLO UTERINO;
  • > NÃO PODE REALIZAR TOQUE QUANDO SUSPEITA DE PP, ATÉ QUE SE TENHA CONHECIMENTO DA EXATA LOCALIZAÇÃO PLACENTÁRIA, POIS ELE PODE DESENCADEAR SANGRAMENTO INTENSO E COLOCAR A MÃE E O FETO EM RISCO !!!

->REALIZAR USG PARA CONFIRMAR DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAR A PP !!
OBS) PODE-SE REALIZAR O USG TRANSABDOMINAL (OBSTÉTRICA) E USG TRANSVAGINAL (PODE REALIZAR O DIAGNÓSTICO COM MAIS CLAREZA E É METODO DE ESCOLHA);

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19
Q

QUAL É A CONDUTA NO SANGRAMENTO NA PP ?

A

->FETO A TERMO - RESOLUÇÃO DA GESTAÇÃO

  • > FETO PREMATURO - CONDUTA DEPENDE DA INTENSIDADE DO SANGRAMENTO. SE FOR SANGRAMENTO:
  • INTENSO: INTERNAÇÃO E RESOLUÇÃO DA GESTAÇÃO;
  • DISCRETO: INTERNÇÃO, UTILIZAÇÃO DE CORTICOIDE E OBSERVAÇÃO (CONDUTA CONSERVADORA OU EXPECTANTE); ALÉM DE ORIENTAR A PACIENTES, COMO NÃO TER REALAÇÕES SEXUAIS NO PERÍODO.
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20
Q

QUAL É A VIA DE PARTO NA PP ?

A

NA MAIORIA DAS VEZES CESARIANA, MAS:

  • PLACENTA PRÉVIA TOTAL: COM FETO VIVO OU MORTO, A VIA DE PARTO É SEMPRE CESARIANA;
  • PLACENTA PRÉVIA PARCIAL: CESARIANA, EXCETO EM MULTÍPARAS SE O PARTO ESTIVER PRÓXIMO DO FIM, O SANGRAMENTO SEJA DISCRETO, E NÃO HAJA UM OBSTÁCULO MECÂNICO IMPORTANTE AO PARTO VAGINAL;
  • PLACENTA PRÉVIA MARGINAL OU BAIXA: O PARTO VAGINAL PODE SER PERMITIDO. DEVE-SE ATENTAR PARA AINTENSIDADE DA HEMORRAGIA. SE O SANGRAMENTO NÃO É MUITO INTENSO E A MÃE ENCONTRA-SE ESTÁVEL HEMODINAMICAMENTE OU FETO MORTO OU MALFORMAÇÕES FETAIS INCOMPATÍVEIS COM A VIDA EXTRAUTERINA, O PARTO VAGINAL É ADMISSÍVEL. NESTE CASO, DEVE-SE PROCEDER À AMNIOTOMIA PRECOCE (MÉTODO DE PUZOS), POIS PERMITE A INSINUAÇÃO DA APRESENTAÇÃO QUE COMPRIME MECANICAMENTE O SEGMENTO INFERIOR DO ÚTEROE DIMINUI O SANGRAMENTO;

OBS) A AMNIOTOMIA SÓ DEVE SER REALIZADO EM CASO DE PP MARGINAL !!

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21
Q

QUAL AS COMPLICAÇÕES DA PP ?

A
  • > PREMATURIDADE;
  • > APREPSENTAÇÃO ANOMALA (NÃO CEFÁLICA) !!
  • > HEMORRAGIA PÓS PARTO (PODE PERMANECER RESTOS DA PLACENTA E COMPLICAR NA CONTRATILIDADE UTERINA, PROVOCANDO ATONIA);
  • > INFECÇÃO PUERPERAL (RESTOS DA PLACENTA FAVORECE INFECÇÃO);
  • > ATONIA PÓS-PARTO;

->ACRETISMO PLACENTARIO !!! - GESTANTE COM PLACENTA PRÉIVA E COM CESARIANA DE REPETIÇÃO, SEMPRE PENSAR NO ACRETISMO !!

OBS) O USO DE UTEROTÔNICOS ASSOCIADO ÀS MANOBRAS DECOMPRESSÃO UTERINA MUITAS VEZES PODE NÃO SER SUFICIENTE PARA A RESOLUÇÃO DA HEMORRAGIA, NECESSITANDODE INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS COMO A SUTURA B-LYNCH, LIGADURA DE ARTÉRIAS UTERINAS E ILÍACAS INTERNAS, E HISTERECTOMIA;

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22
Q

O QUE É O ACRETISMO PLACENTÁRIO ?

A
  • O ACRETISMO PLACENTÁRIO É UMA SITUAÇÃO ANORMAL, QUANDO A PLACENTA ADERE AO ÚTERO DE FORMA INCOMUM, ADERINDO ATÉ A CAMADA ESPONJOSA DA ENDOMÉTRIO OU INFILTRANDO NO MIOMÉTRIO OU PODENDO ATÉ ATINGIR OUTROS ÓRGÃOS DA PELVE DA MULHER;
  • DEPENDENDO DO GRAU DA INVASÃO, A PLACENTA NAO SAI MANUALMENTE; PODE PROVAR GRANDE SANGRAMENTO;
  • EM ALGUNS CASOS, PODE-SE PROGRAMAR O PARTO PARA REALIZAR HISTERECTOMIA COM PLACENTA IN SITU;

OBS) O ENDOMETRIO É DIVIDO EM CAMADA FUNCIONAL E BASAL. A CAMADA FUNCIONAL DO ENDOMETRIO É DIVIDIDA EM CAMADA COMPACTA E ESPONJOSA. A PLACENTE TENDE A SE FIXAR SOMENTE NA CAMADA COMPACTA. A PENETRAÇÃO ATÉ A CAMADA ESPONJOSA, DIFICULTA A DEQUITAÇÃO PLACENTÁRIA.

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23
Q

QUAIS O FATORES DE RISCO DO ACRETISMO PLACENTÁRIO ? O QUE VEM AUMENTANDO A INCIDÊNCIA DESSA PATOLOGIA ?

A
  • > OS FATORES DE RISCO NORMALMENTE ESTÁ LIGADO A LESÃO UTERINA, COMO:
  • CESÁRIAS PRÉVIAS;
  • CURETAGENS UTERINAS;
  • SINDROME DE ASHERMAN;
  • LEIOMIOMA SUBMUCOSO;
  • IDADE > 35 ANOS;
  • TABAGISMO;

-> O AUMENTO DO NÚMERO DE CESARIANAS VEM PROMOVENDO O AUMENTO DO ACRETISMO PLACENTARIO !!

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24
Q

COMO É REALIZADA A CLASSIFICAÇÃO DO ACRETISMO ?

A
  • ACRETA (ESTÁ ADERIDA APENAS NA ESPONJOSA DO ENDOMÉTRIO): PODE TENTAR CONSEVADORA E TENTAR RETIRAR A PLACENTA, MAS O PADRÃO É HISTERECTOMIA TOTAL;
  • INCRETA: INVADE O MIOMÉTRIO - HISTERCTOMIA TOTAL;
  • PERCRETA: PASSA PELO MIOMETRIO E INVADE A SEROSA, PODENDO ATE CHEGAR EM ÓRGÃOS COMO BEXIGA, INTESTINO E ESTRUTURAS ADJACENTES - HISTERECTOMIA TOTAL ( VISTO QUE A INVASÃO PLACENTÁRIA OCORRE NO SEGMENTO INFERIOR E COLO.);

OBS)O ÚTERO É DIVIDO EM ENDOMETRIO, MIOMETRIO E SEROSA;

25
Q

QUAL É O QUADRO CLINICO DO ACRETISMO PLACENTÁRIO ?

A
  • A APRESENTAÇÃO CLÍNICA DO ACRETISMO PLACENTÁRIO É UMA HEMORRAGIA PROFUSA, QUE OCORRENO MOMENTO DA TENTATIVA DE DESCOLAMENTO PLACENTÁRIO. PARTE OU TODA A PLACENTA PERMANECE FORTEMENTE ADERIDA À CAVIDADE UTERINA, E NENHUM PLANO DE CLIVAGEM SE DESENVOLVE;
  • A PLACENTA PERCRETA COM INVASÃO VESICAL PODE CAUSAR HEMATÚRIA DURANTE A GESTAÇÃO. A INVASÃO MIOMETRIAL POR VILOSIDADES PLACENTÁRIAS NO LOCAL DE UMA CICATRIZ DE CESARIANA PRÉVIA PODE LEVAR A ROTURA UTERINA DURANTE O TRABALHO DE PARTO OU MESMO ANTES;
26
Q

COMO É O DIAGNÓSTICO DO ACRETISMO ?

A
  • > PRÉ NATAL - USG TRANSABDOMINA/TRANSVAGINAL (AINDA METODO DE ESCOLHA) OU RESSONÂNCIA (RESSONANCIA É UMA OTIMA FERRAMENTA E PODE SER REALIZADO EM GESTANTES);
  • > APÓS PARTO: DIFICULDADE DA EXTRAÇÃO PLACENTÁRIA NO SECUNDAMENTO;
27
Q

QUAL É O TRATAMENTO DO ACRETISMO ?

A
  • O TRATAMENTO CIRÚRGICO PRECONIZADO PARA O ACRETISMO PLACENTÁRIO É A HISTERECTOMIA TOTAL ABDOMINAL;
  • NAS PLACENTAS ACRETAS, PODE-SE TENTAR A EXTRAÇÃO MANUAL DA PLACENTA OU REALIZAR A HISTERECTOMIA NOS CASOS DE INSUCESSO;
  • NOS CASOS DE PLACENTA INCRETA E PERCRETA, NEM MESMO A MÃO SALVADORA DO OBSTETRA É CAPAZDE RETIRÁ-LAS, E A ÚNICA SOLUÇÃO É A HISTERECTOMIA COM A PLACENTA IN SITU, OU SEJA, RETIRADA DO ÚTERO COM A PLACENTA DENTRO DELE;
28
Q

QUAL É A COMPLICAÇÃO MAIS COMUM DO ACRETISMO PLACENTÁRIO ?

A

-HEMORRAGIA MACIÇA;

29
Q

O QUE É ROTURA DE SEIO MARGINAL ?

A

O SEIO MARGINAL CONSISTE NA EXTREMA PERIFERIA DO ESPAÇO INTERVILOSO (BORDA DA PLACENTA) QUE PODE ROMPER NORMALMENTE DURANTE O TRABALHO DE PARTO E PROVOCAR PEQUENO SANGRAMENTO; “PONTINHA DA PLACENTA QUE SANGROU”;

30
Q

QUAL É O QUADRO CLINICO DA ROTURA DO SEIO MARGINAL ?

A
  • INDOLOR;
  • SANGRAMENTO ESPONTÂNEO E DISCRETO;
  • SANGRAMENTO AUTOLIMITADO;
  • SANGRRMENT VERMELHO VIVO;
  • TÔNUS UTERINO NORMAL;
  • SEM SOFRIMENTO FETAL;
31
Q

COMO VAI ESTAR O USG DA ROTURA DE SEIO MARGINAL ?

A

-O USG VAI ESTAR NORMAL (DIFERENCIA DA PLACENTA PRÉVIA);

32
Q

COMO É O DIAGNÓSTICO DA ROTURA DE SEIO MARGINAL ?

A

-O DIAGNÓSTICO DEFINITIVO É HISTOPATOLÓGICO, ISTO É, SÓ PODE SER DEFINIDO APÓS O PARTO;

33
Q

COMO DEVE SER A CONDUTA DA ROTURA DE SEIO MARGINAL ?

A
  • ACOMPANHAR O TRABALHO DE PARTO;
  • MONITORIZAÇÃO MATERNO-FETAL;
  • REPOUSO;
  • A CONDUTA NÃO INTERFERE NA VIA DE PARTO;
34
Q

O QUE ROTURA DE VASA ´PRÉVIA ?

A

-ROTURA DE VASA PRÉVIA É A ROTURA DE VASOS DESPORTEGINOS (OS VASOS PRÉVIOS DESCREVEM OS VASOS FETAIS DAS MEMBRANAS QUE ATRAVESSAM A REGIÃO DO ORIFÍCIO INTERNO DO CANAL CERVICAL, E OCUPAM UMA POSIÇÃO À FRENTE DA APRESENTAÇÃO) ENTRE A APRESENTAÇÃO E O COLO;

35
Q

QUAL É O PRINCIPAL FATOR DE RISCO PARA ROTURA DE VASA PRÉVIA ?

A

-INSERÇÃO VELAMENTOSA DO FUNÍCULO UMBILICAL (50% DOS CASOS) -> MAIS FREQUENTE !!!
(A INSERÇÃO VELAMENTOSA DE CORDÃO UMBILICAL (IVC) OCORRE QUANDO OS VASOS SANGUÍNEOS DEIXAM O CORDÃO UMBILICAL ANTES DA INSERÇÃO PLACENTÁRIA E CAMINHAM EM LEQUE, SEM A PROTEÇÃO DA GELEIA DE WARTHON, PELA MEMBRANA OVULAR (ENTRE O AMNIO E O CÓRION), ATÉ ALCANÇAR A MASSA PLACENTÁRIA. SÃO MAIS SUSCETÍVEIS A TRAUMATISMOS E PODEM RESPONDER POR HEMORRAGIAS DURANTE O PARTO;

OBS) OUTROS FATORES SÃO:

  • PLACENTA BILOBADA (2 LOBOS DISTINTOS, NO QUAL OS VASOS SE JUNTAM PARA FORMA 1 CORDÃO UMBILICAL)
  • PLACENTA SUCENTURIADA (SE REFERE A LOBOS ADICIONAIS DE TECIDO PLACENTÁRIO LOCALIZADOS A ALGUNS CENTÍMETROS DO LOBO PRINCIPAL. ALÉM DISSO, O LOBO SUCENTURIADO PODE PERMANECER RETIDO APÓS O SECUNDAMENTO DO LOBO PRINCIPAL, O QUE PODE RESULTAR EM HEMORRAGIA OU INFECÇÃO PUERPERAL);
36
Q

QUAL É O QUADRO CLINICO DA ROTURA DE VASA PRÉVIA ?

A
  • SANGRAMENTO SÚBITO APÓS AMNIORREXE OU AMNIOTOMIA;
  • RÁPIDO SOFRIMENTO FETAL AGUDO APÓS AMNIORREXE OU AMNIOTOMIA;
  • GRANDE CHANCE DE ÓBITO FETAL;
  • NORMALMENTE O SANGRAMENTE SE DA NO FINAL DA GRAVIDEZ OU DURANTE O TRABALHO DE PARTO;

OBS) O SANGRAMENTO É FETAL !! UM VASO FETAL QUE ROMPEU !!

37
Q

QUAL É A CONDUTA DA ROTURA DE VASA PRÉVIA ?

A

-CESARIANA IMEDIATA;

38
Q

QUAL É O PROGNÓSTICO DA VASA PREVIA EM RELAÇAO AO ROMPIMENTO DA VEIA OU DA ARTERIA UMBILICAL ?

A
  • O PROGNÓSTICO É PIOR QUANDO A VEIA UMBILICAL É ACOMETIDA. NESTE CASO, A MORTE DO FETO É QUASE IMEDIATA.
  • O PROGNÓSTICO É MELHOR QUANDO A ARTÉRIA UMBILICAL É ENVOLVIDA, JÁ QUE A CIRCULAÇÃO PODE SE MANTER PELAOUTRA ARTÉRIA UMBILICAL.
39
Q

O QUE É ROTURA UTERINA ?

A

A ROTURA UTERINA CONSISTE NO ROMPIMENTO PARCIAL OU TOTAL DO MIOMÉTRIO DURANTE A GRAVIDEZ OU O TRABALHO DE PARTO;

40
Q

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO PARA ROTURA UTERINA ?

A
  • CIRURGIA MIOMETRIAL (CESÁREA, MIOMECTOMIA) -> PRINCIPAL FATOR !!
  • TRAUMA UTERINO;
  • DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL (PENETRAÇÃO EXCESSIVA DO TROFOBLASTO QUE ENFRAQUECE A PAREDEUTERINA);
  • SECUNDAMENTO PATOLÓGICO;
  • DESNUTRIÇÃO;
  • MULTIPARIDADE PELO ADELGAÇAMENTO DAS FIBRAS MIOMETRIAIS;
  • MANOBRA DE KRISTELLER;
  • SOBREDISTENSÃO UTERINA (GESTAÇÃO GEMELAR E POLIDRAMNIA);
  • PARTO OBSTRUÍDO (DESPROPORÇÃO CEFALOPÉLVICA, APRESENTAÇÕES ANÔMALAS, TUMORES PRÉVIOS);
  • USO DE OCITÓCITOS E PROSTAGLANDINAS NA INDUÇÃO OU CONDUÇÃO DO PARTO;
41
Q

QUAL É O QUADRO CLINICO QUANDO A ROTURA UTERINA OCORRE DURANTE A GRAVIDEZ ? E A CONDUTA ?

A
  • NO INÍCIO DA GRAVIDEZ, A ROTURA UTERINA RESULTA EM QUADRO DE ABDOME AGUDO GRAVE. CURSA COM DOR INTENSA, HEMORRAGIA INTERNA E IRRITAÇÃO PERITONEAL. PODE EVOLUIR COM CHOQUE HIPOVOLÊMICO.
  • NA OCORRÊNCIA MAIS TARDIA, OU SEJA, NA SEGUNDA METADE DA GRAVIDEZ, APRESENTA UM QUADRO CLÍNICO MAIS BRANDO. NO ENTANTO, A GRAVIDADE NÃO É MENOR. A EVOLUÇÃO É LENTA. A PACIENTE REFERE DOR HIPOGÁSTRICA ASSOCIADA À METRORRAGIA. O CHOQUE HIPOVOLÊMICO SECUNDÁRIO À PERDA SANGUÍNEA SE ESTABELECE LENTAMENTE, E PODE OCORRER INFECÇÃO CONCOMITANTE. O PROGNÓSTICO FETAL É O ÓBITO, E O MATERNO É MUITO GRAVE.
  • A CONDUTA É LAPAROTOMIA EXPLORATÓRIA COM CONTROLE DA HEMORRAGIA. A MAIORIA DOS CASOS SE REALIZA HISTERECTOMIA TOTAL OU SUBTOTAL;

OBS)- A CLÍNICA DA ROTURA UTERINA DURANTE O TRABALHO DE PARTO APRESENTA DOIS MOMENTOS BEM DEFINIDOS. A IMINÊNCIA DE ROTURA E A ROTURA UTERINA CONSUMADA;

42
Q

QUAL É O QUADRO CLINICO NA IMINÊNCIA DA ROTURA UTERINA DURANTE O PARTO ?

A
  • > CONTRAÇÕES INTENSAS E EXTREMAMENTE DOLOROSAS.
  • > SINAIS DE IMINÊNCIA DE ROTURA UTERINA = SÍNDROME DE BANDL-FROMMEL !!!

SINAL DE BANDL: DEFINIDO COMO A DISTENSÃO DO SEGMENTO INFERIOR, FORMANDO UMA DEPRESSÃO EM FAIXAI NFRAUMBILICAL, CONFERINDO AO ÚTERO ASPECTO SEMELHANTE A UMA AMPULHETA;

SINAL DE FROMMEL: OS LIGAMENTOS REDONDOS SÃO DESVIADOS PARA A FACE VENTRAL DO ÚTERO E TAMBÉM PODEM SER PALPADOS, EXCESSIVAMENTE DISTENDIDOS E RETESADOS (ESTIRAMENTO);

43
Q

QUAIS SÃO OS SINAIS DE ROTURA UTERINA CONSUMADA ?

A
  • SINAL DE CLARK -> AO EXAME CLÍNICO, UM SINAL IMPORTANTE CORRESPONDE À PRESENÇA DE CREPITAÇÃO À PALPAÇÃO ABDOMINAL PRODUZIDA PELA PASSAGEM DE AR PARA O PERITÔNIO E TECIDO SUBCUTÂNEO DA PAREDE ABDOMINAL. ISTO OCORRE DEVIDO À COMUNICAÇÃO DO ÚTERO ROTO COM O MEIO EXTERNO ATRAVÉS DA VAGINA;
  • SINAL DE REASENS -> “SUBIDA” DA APRESENTAÇÃO – O FETO SAI DO ÚTERO E “CAI” NA CAVIDADE ABDOMINAL. É A PERCEPÇÃO, ATRAVÉS DO TOQUE VAGINAL, DA ELEVAÇÃO DA APRESENTAÇÃO FETAL APÓS A ROTURA UTERINA, OU SEJA, O FETO, QUE DEVERIA PROGREDIR ATRAVÉS DO CANAL DO PARTO DURANTE O TRABALHO DE PARTO APRESENTAUM RECUO NA PELVE, ISTO É, SE ELEVA; ISTO OCORRE, POIS, UMA VEZ ROMPIDO O ÚTERO, OCORRE RELAXAMENTODA MUSCULATURA UTERINA, PERMITINDO SUA ELEVAÇÃO NO CANAL DE PARTO;
  • FACIL PALPAÇÃO DE PARTES FETAIS;
  • SOFRIMENTO FETAL GRAVE;
  • INTERRUPÇÃO DAS METROSSISTOLES;
44
Q

QUAL É A CONDUTA NA ROTURA UTERINA ?

A
  • IMINÊNCIA DE ROTURA -> CESARIANA IMEIDATA;
  • ROTURA CONSUMADA -> HISTERORRAFIA OU HISTERECTOMIA (DEPENDE DO QUADRO CLINICO DA PACIENTE)

OBS) EM GERAL, EM MULTIPARAS, PROCEDE-SE PARA HISTERECTOMIA TOTAL OU SUBTOTAL;

45
Q

O QUE É DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL ?

A

-A DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL (DHPN), TAMBÉM CONHECIDA COMO ERITROBLASTOSE FETAL, DECORRE DA PRODUÇÃO DE ANTICORPOS MATERNOS CONTRA ANTÍGENOS PRESENTES NO SANGUE FETAL DEVIDO A ALGUM TIPO DE INCOMPATIBILIDADE SANGUÍNEA MATERNO-FETAL. OS ANTÍGENOS DOS GRUPOS ABO E RH SÃO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS POR ESTE PROCESSO (98% DOS CASOS).

46
Q

QUANDO QUE OCORRE A SENSIBILIZAÇÃO MATERNA ?

A
  • > A SENSIBILIZAÇÃO MATERNA OCORRE QUANDO HÁ CONTATO DO SANGUE MATERNO E FETAL E QUANDO:
  • MÃE RH NEGATIVO;
  • PAI RH POSITIVO;
  • FETO RH POSITIVO;

OBS) VARIANTE DU -> VARIANTE QUE SE FOR POSITIVO NA MAE (DU +), ELA SE COMPORTA COMO RH POSITIVO, MESMO SENDO O FATOR RH NEGATIVO, LOGO NÃO OCORRE SENSIBILIZAÇÃO (HÁ MUITA CONTROVÉRSIAS ENTRE OS AUTORES, ALGUNS CONSIDERAM QUE MESMO DU+, ELA VAI SE COMPORTAR COMO RH -);

47
Q

COMO OCORRE A SENSIBILIZAÇÃO MATERNA ?

A
  • ENTENDE-SE POR ALOIMUNIZAÇÃO RH MATERNA OU SENSIBILIZAÇÃO O APARECIMENTO DE ANTICORPOS CIRCULANTES ANTI-D (IGG) NA CIRCULAÇÃO DE GESTANTES RH NEGATIVAS, EM RESPOSTA AOS ANTÍGENOS D PROVENIENTES DA CIRCULAÇÃO DE FETOS RH POSITIVOS INEXISTENTES NAS HEMÁCIAS MATERNAS.
  • O CONTATO DO SANGUE FETAL COM O SANGUE MATERNO E A CONSEQUENTE SENSIBILIZAÇÃO DA GESTANTE OCORREM A PARTIR DE HEMORRAGIAS FETOMATERNAS QUE PODEM OCORRER DURANTE A GESTAÇÃO, COMO NOS CASOS DE SANGRAMENTO DE PRIMEIROTRIMESTRE E, PRINCIPALMENTE, DURANTE O PARTO, EM ESPECIAL NOS DO TIPO OPERATÓRIO. NA MAIORIA DOS CASOS, PARA HAVER SENSIBILIZAÇÃO, SÃO NECESSÁRIAS HEMORRAGIAS FETOMATERNAS CONSIDERÁVEIS.

OBS) OS ANTICOPROS ANTI D DA GESTANTE CONSEGUEM ATRAVESAR A BARREIRA PLACENTÁRIA POR SEREM ANTICORPOS IGG POR DIFUSÃO PASSIVA E TRASNPORTE ATIVO!!

48
Q

QUAL A DIFERENÇA DE SENSIBILIZAÇÃO E DOENÇA HEMOLITICA PERINATAL ?

A

-> SENSIBILIZAÇÃO: É QUANDO PELA PRIMEIRA VEZ, A MÃE RH -TEM CONTATO COM SANGUE RH + FETAL. ISSO FAZ COM QUE O ORGANISMO MATERNO PRODUZA ANTICORPOS CONTRA TAL ANTIGENO (RH +). LOGO, NA PRIMEIRA GESTAÇÃO, NÃO OCORRE DHPN, MAS APENAS A SENSIBILIZAÇÃO (A MAIORIA DAS SENSIBILIZAÇÕES OCORREM DURANTE O PARTO);

OBS) INICIALMENTE, EVENTUALMENTE NA PRIMEIRA GESTAÇÃO, OS ANTÍGENOS FETAIS SÃO FAGOCITADOS PELOS MACRÓFAGOS MATERNOS, PROCESSADOS E LEVADOS AOS LINFÓCITOS, CONSTITUINDO-SE NO QUE SE CHAMA DE MEMÓRIA LINFOCITÁRIA. ISTO LEVA À FORMAÇÃO DE ANTICORPOSDO TIPO IGM, QUE TÊM PESO MOLECULAR ELEVADO E NÃO ATRAVESSAM A BARREIRA PLACENTÁRIA. A ESSE PROCESSODÁ-SE O NOME DE RESPOSTA IMUNOLÓGICA PRIMÁRIA, QUE É LIMITADA, DE BAIXA INTENSIDADE E DE CURTA DURAÇÃO, PORTANTO, INCAPAZ DE PRODUZIR DANO FETAL.

-> DHPN: OCORRERÁ NAS PRÓXIMAS GESTAÇÕES DESSA MULHER DEVIDO ELA JA ESTAR SENSIBILIZADA (JÁ POSSUI OS ANTICORPOS ANTI RH/ANTI D). A DOENÇA É PROGRESSIVAMENTE MAIS GRAVE, ISTO É, NA TERCEIRA GESTAÇÃO, A DHPN SERÁ MAIS GRAVE QUE A SEGUNDA GESTAÇÃO, E ASSIM POR DIANTE;

49
Q

APÓS A SENSIBILIZAÇÃO MATERNA, REALIZA-SE IMUNOGLOBULINA MESMO ASSIM ?

A

-NÃO, APÓS A MÃE SER SENSIBILIZADA, NÃO HÁ MAIS O QUE FAZER;

50
Q

QUAL É O QUADRO CLINICO FETAL NA DHPN ?

A

->A HEMÓLISE LEVA A AUMENTO DA PRODUÇÃO DE ERITROPOETINA E ERITROPOIESE MEDULAR. COM O AGRAVAMENTO DO QUADRO, A MEDULA NÃO SERÁ MAIS CAPAZ DE MANTER A ERITROPOIESE ADEQUADA E INSTALA-SE HEMATOPOIESE EXTRAMEDULAR, ESPECIALMENTE NO FÍGADO E BAÇO. FRENTE À ANEMIA FETAL, OCORRE DIMINUIÇÃO DA VISCOSIDADE SANGUÍNEA PELA MENOR CONCENTRAÇÃO DE HEMÁCIAS NA CIRCULAÇÃO;

  • > COM O AGRAVAMENTO DA ANEMIA, PODE OCORRER:
  • INSUFICIÊNCIA CARDIACA COM FALÊNCIA MIOCÁRDICA;
  • DESENVOLVIMENTO DEHIPERTENSÃO PORTA E HIPOPROTEINEMIA;
  • HIDROPSIA FETAL (CARACTERIZADO PELO EXTRAVASAMENTO DE LÍQUIDO PARA O TERCEIRO ESPAÇO, COM FORMAÇÃO DE DERRAME PLEURAL, DERRAME PERICÁRDICO, ASCITE E EDEMA CEREBRAL);
  • KERNICTERUS (IMPREGNAÇÃO DOS NÚCLEOS DA BASE CEREBRAIS POR BILIRRUBINA INDIRETA, A QUAL ATRAVESSA A BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA E PODE RESULTAR EM LETARGIA, HIPERTONICIDADE, PERDA AUDITIVA, PARALISIA CEREBRAL E DIFICULDADE DEAPRENDIZADO);
51
Q

O QUE PODE SER VERIFICADO NA CARDIOTOCOGRAFIA NA DHPN ?

A
  • NOS CASOS TERMINAIS DE DHPN, EVIDENCIAM-SE AS CLÁSSICAS ALTERAÇÕES DA CARDIOTOCOGRAFIA QUE INDICAM PROGNÓSTICO ADVERSO, COMO AUSÊNCIA DE VARIABILIDADE E OS DIP TARDIOS;
  • OSCILAÇÃO OU PADRAO SINUSOIDE NA CARDIOTOCOGRAFIA (FASE TERMINAL DA DOENÇA);
  • A CARDIOTOCOGRAFIA NÃO É UM EXAME DE GRANDE VALIA NA DEFINIÇÃO DE CONDUTA NA DHPN, JÁ QUE SE ALTERA SOMENTE EM FASES AVANÇADAS DA DOENÇA;
52
Q

COMO É REALIZADO O SEGUIMENTO QUANDO A MÃE FOR RH -?

A

-ACOMPANHAMENTO COM COOMBS INDIRETO (REALIZADO NA MÃE) -> SE O RESULTADO FOR NEGATIVO, MÃE NÃO SENSIBILIZADA !!

OBS) O MINISTÉRIO DA SAÚDE, PRECONIZA COOMBS INDIRETO APENAS PARA MÃES RH NEGATIVO;

OBS) TESTE DE KLEIHAUER IDENTIFICA E QUANTIFICA HEMÁCIAS FETAIS NA CIRCULAÇÃO MATERNA. NÃO É CAPAZ DE IDENTIFICAR ALOIMUNIZAÇÃO;

53
Q

COMO É REALIZADO O SEGUIMENTO QUANDO A MÃE FOR RH -?

A
  • ACOMPANHAMENTO COM COOMBS INDIRETO (REALIZADO NA MÃE. O EXAME VERIFICA A PRESENÇA DA PRODUÇÃO DO ANTICORPO ANTI D) -> SE O RESULTADO FOR NEGATIVO, MÃE NÃO SENSIBILIZADA !!
  • SE COOMBS INDIRETO NEGATIVO. REPETIR O EXAME COM 28, 32, 36 E 40 SEMANAS (ACOMPANHAR MENSALMENTE APÓS 28 SEMANAS);

OBS) O MINISTÉRIO DA SAÚDE, PRECONIZA COOMBS INDIRETO APENAS PARA MÃES RH NEGATIVO;

OBS) COOMBS DIRETO PODE SER REALIZADO NO RECEM NASCIDO APÓS NASCIMENTO. O EXAME VERIFICA A PRESENÇA DA LIGAÇÃO DO ANTICORPO ANTI RH (MATERNO) COM ANTIGENO RH (HEMACIA DO RN) NO ORGANISMO DO RN;

OBS) PODE SER SOLICITADO NO PÓS PARTO IMEDIATO COOMBS INDIRETO, COOMBS DIRETO E FATOR RH DO RN;

54
Q

O QUE FAZER SE O COOMBS INDIRETO FOR POSITIVO ?

A
  • > PACIENTE JÁ SENSIBILIZADA;
  • > ACOMPANHAR O GRAU DA DOENÇA HEMOLÍTICA NA CRIANÇA ATRAVES DAS TITULAÇÕES (MOSTRA A QUANTIDADE DE ANTICORPOS PRESENTES NA MÃE):
  • SE A TITULAÇÃO DO COOMBS VIER < 1 : 16 ( ≤ 1 : 8), O ACAMPANHAMENTO É MENSAL (PRESENÇA DE POUCOS ANTICORPOS), NÃO NECESSITA DE INVESTIGAÇÃO FETAL;
  • SE A TITULAÇAO DO COOMBS VIER ≥ 1 : 16 (> 1 : 8), DEVERÁ SER REALIZADA A INVESTIGAÇÃO DE ANEMIA FETAL (GRANDE CHANCE DE DOENÇA GRAVE);

OBS) O TESTE DE COOMBS INDIRETO É USADO COMO MARCADOR DE RISCO DA DOENÇA E NÃO PARA DEFINIR SUA GRAVIDADE. A ELEVAÇÃO DE SEUS NÍVEIS AUMENTA O RISCO DA DOENÇA EM RELAÇÃO AO ANTÍGENO D. É POSSÍVEL OBSERVAR A OCORRÊNCIA DE DOENÇA GRAVE EM PACIENTES COM BAIXOS NÍVEIS DE COOMBS INDIRETO, ASSIM COMO DOENÇA MENOS GRAVE EM PACIENTES COM TÍTULOS MUITO ELEVADOS.

55
Q

COMO DEVE SER REALIZADA A INVESTIGAÇÃO DA DHPN QUANDO COOMBS ≥ 1 :16 (> 1 : 8) ?

A

->REALIZAR DOPPLERFLUXOMETRIA DA ACM (RESPONDE MAIS RAPIDAMENTE A HIPÓXIA):

-DOPPLER DA A. CEREBRAL MÉDIA (VERIFICAR A VELOCIDADE DO FLUXO SANGUINEO). SE MUITO ALTO (CIRCULAÇÃO HIPERCINÉTICA), PODE INDICAR ANEMIA. DEVE SER INICIADA A PARTIR DE 18 SEMANAS;
AVALIAR A VELOCIDADE MÁXIMA DO PICO SISTÓLICO, SE VALOR > 1,5 MoM, SIGNIFICA FLUXO MUITO RÁPIDO (GRAVIDADE ALTA), LOGO AVALIA-SE A IDADE GESTACIONAL PARA CONDUTA !!

  • > AVALIAR IDADE GESTACIONAL:
  • SE ≥ 34 SEMANAS. RETIRADA IMEDIATA DO FETO POR VIA ALTA (GRANDE RISCO DE HIDROPSIA FETAL E ÓBITO);
-SE < 34 SEMANAS, PODE SER REALIZADA CORTICOIDE (MATURAÇÃO PULMONAR) + CORDOCENTESE (PADRÃO OURO DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO);
A CORDOCENTESE (INDICADO APÓS AS 20 SEMANAS) FORNECERÁ A HEPATIMETRIA FETAL, HEMATÓCRITO, HEMOGLOBINA, TIPAGEM SANGUÍNEA E QUANTIFICA OS ANTICORPOS PRESENTES NA CIRCULAÇÃO FETAL. ALÉM DISSO, É A VIA DE ACESSO PARA POSSIVEL NECESSIDADE DE HEMOTRANSFUSÃO INTRAUTERINA (TRANSFUNDE APENAS SANGUE O NEGATIVO);

OBS) HEMOTRANFUSÃO INTRAUTERINA NÃO É TRATAMENTO DEFINITIVO, POIS O SANGUE TRANSFUNDIDO AINDA CONTINUARÃO SOFRENDO HEMÓLISE;

OBS) SE VELOCIDADE MAXIMA DO PICO SISTÓLICO FOR ENTRE 1,29 - 1,5 MoM, PREDIZ ANEMIA LEVE (NÃO NECESSITA DE CORDOCENTESE) -> PODE SER REALIZADO PARTO VAGINAL NESSE CASO;

56
Q

COMO É REALIZADO O TRATAMENTO DO FETO APÓS SUA RETIRADA ?

A
  • CONFIRMANDO OU NÃO O DIAGNÓSTICO DE ALOIMUNIZAÇÃO DURANTE A GRAVIDEZ, O TESTE DE COOMBS DIRETO DEVE SER REALIZADO EM TODOS OS FILHOS DE MÃES RH NEGATIVAS;
  • O TRATAMENTO DO RECÉM-NASCIDO GRAVEMENTE ACOMETIDO SE BASEIA NA EXSANGUINEOTRANSFUSÃO, ENQUANTO NOS CASOS MAIS LEVES É POSSÍVEL REALIZAR FOTOTERAPIA;
57
Q

COMO É A MELHOR FORMA DE EVITAR A DHPN ?

A

->ATRAVÉS DA PROFILAXIA, ISTO É, QUANDO A MÃE RH -, PAI RH +, COOMBS INDIRETO NEGATIVO E ELA VAI TER CONTATO COM SANGUE MATERNO, REALIZAR IMUNOGLOBULINA ANTI D (MATERGAN) 300 MCG, DOSE ÚNICA, PARA EVITAR SENSIBILIZAÇÃO;

  • > O MATERGAN PODE SER REALIZADO SE:
  • QUALQUER SANGRAMENTO DURANTE A GESTAÇÃO;;
  • EXAME INVASIVO FETAL (AMNIOCENTESE, CODOCENTESE, BIOPSIA DE VILO CORIAL);
  • ATÉ 72H APÓS PARTO DE RN RH+ (PRINCIPAL MOMENTO DE SENSIBILIZAÇÃO É DURANTE O PARTO);

->MESMO SEM SANGRAMENTO, PODE OCORRER A SENSIBILIZAÇÃO MATERNA DURANTE A GESTAÇÃO. COM ISSO, PODE SER REALIZADO A IMONOGLOBULINA ANTI D PARA TODA MÃE RH NEGATIVO NA 28 SEMANA;

OBS) A IMUNOGLOBULINA ANTI D SÓ DEVE SER APLICADO SE O COOMBS INDRETO FOR NEGATIVO !!! SE ELE FOR POSITIVO, O MÉTODO É ACOMPAMNHAMENTO DA TITULAÇÃO APENAS !!;

OBS) APÓS A REALIZAÇÃO DA IMUNOGLOBULINA ANTI D, O EXAME DE COOMBS INDIRETO VIRÁ POSITIVO POR UM DETERMINADO PERÍODO (TEMPORARIAMENTE) ATÉ NEGATIVAR NOVAMENTE;

OBS) É RECOMENDADO REALIZAR OUTRA IMUNOGLOBULINA APÓS O PARTO, MESMO SE FOI REALIZADO IMUNOGLOBULINA NAS 28 SEMANAS, CASO O PARTO OCORRA APÓS 3 SEMANAS DA APLICAÇÃO (> 31 SEMANAS);

OBS) PARA A AVALIAÇÃO DO SUCESSO DA PROFILAXIA, O TESTE DE KLEIHAUER PODE SER UTILIZADO NA PESQUISA DE HEMÁCIAS FETAIS REMANESCENTES NA CIRCULAÇÃO MATERNA. SE A PROFILAXIA COM A IMUNOGLOBULINA ANTI-D TIVER SIDO EFETIVA, O TESTE DE KLEIHAUER SE MOSTRARÁ NEGATIVO. DA MESMA FORMA, O TESTE DE COOMBS INDIRETO AINDA ESTARÁ POSITIVO APÓS 24 HORAS DA ADMINISTRAÇÃO DA IMUNOGLOBULINA.

58
Q

COMENTE SOBRE A SENSIBILIZAÇÃO PELOS ANTIGENOS ATÍPICOS

A
  • OS ANTÍGENOS ERITROCITÁRIOS NÃO PERTENCENTES AO SISTEMA RH OU ABO SÃO DENOMINADOS ANTÍGENOS ATÍPICOS OU IRREGULARES E SÃO RESPONSÁVEIS POR 2% DOS CASOS DE DHPN.
  • A SENSIBILIZAÇÃO POR ANTICORPOS IRREGULARES É RARA, ESTANDO GERALMENTE ASSOCIADA À HISTÓRIA PRÉVIA DE TRANSFUSÃO SANGUÍNEA. DESTA FORMA, PRECONIZA-SE A PESQUISA DE ANTICORPOS IRREGULARES EM TODA PACIENTECOM PASSADO DE TRANSFUSÃO SANGUÍNEA.
  • APESAR DE A MAIORIA NÃO PRODUZIR DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL SIGNIFICATIVA, ALGUNS DESTES ANTICORPOS (ANTI-KELL, ANTI-DUFFY, ANTI-M, ANTI-N) PODEM PRODUZIR DOENÇA HEMOLÍTICA GRAVE E, POR ISSO, GESTANTES PORTADORAS DE ANTICORPOS IRREGULARES DEVEM SER CONDUZIDAS NO PRÉ-NATAL DA MESMA FORMA QUE PACIENTES PORTADORAS DE ANTICORPOS ANTI-D.
59
Q

COMENTE A INCOMPATIBILIDADE MATERNO FETAL PELO SISTEMA ABO

A
  • A INCOMPATIBILIDADE MATERNO-FETAL PELO SISTEMA ABO É DE LONGE A MAIS COMUM, INCIDINDO EM CERCA DE 25 A 30% DAS GESTAÇÕES. NO ENTANTO, SOMENTE 2 A 5% DOS FETOS APRESENTAM EVIDÊNCIAS CLÍNICAS DEHEMÓLISE, QUE É EM GERAL BRANDA, COM ICTERÍCIA DE INÍCIO PRECOCE (MENOS DE 24 HORAS APÓS O PARTO). ISTO CORRE PORQUE A PLACENTA É CAPAZ DE RETIRAR A BILIRRUBINA SÉRICA FETAL, TRANSPORTANDO-A PARA A MÃE, A QUAL A ELIMINA ADEQUADAMENTE DURANTE A GESTAÇÃO. ALÉM DISSO, EXISTEM MENOS SÍTIOS ANTIGÊNICOS ANTI-A E ANTI-B NAS HEMÁCIAS, PROVOCANDO MENOR RESPOSTA IMUNOLÓGICA, E A MAIORIA DOS ANTICORPOS ANTI-A E ANTI-B SÃO DO TIPO IGM, O QUAL NÃO CONSEGUE ATRAVESSAR A PLACENTA DEVIDO AO SEU ELEVADO PESO MOLECULAR;
  • AO CONTRÁRIO DO OBSERVADO NA INCOMPATIBILIDADE RH, NÃO EXISTE A NECESSIDADE DE EXPOSIÇÃO PRÉVIA DA MÃE A SANGUE A, B OU AB PARA O DESENVOLVIMENTO DE ANTICORPOS (ANTI-A OU ANTI-B). ESTES JÁ SÃO NATURALMENTE ENCONTRADOS NO ORGANISMO MATERNO;
  • NÃO HÁ NECESSIDADE DE ACOMAPNHAMENTO PELO COOMBS INDIRETO;
  • PARA OCORRER A MÃE DEVE TER TIPO SANGUÍNEO O E O FETO A OU B;