Rotura prematura de membrana (RPM) Flashcards
Diagnóstico
História clínica fortemente sugestiva => perda de líquido em grande quantidade, questionar aspecto do líquido
Padrão-ouro: visualização de líquido escoando pelo orifício externo do colo uterino ao exame especular
(Manobra de Valsalva ou Tarnier)
Evitar toque a não ser em trabalho de parto ou indução imediata => aumenta risco de infecção
Diagnóstico - exames complementares
- Teste de cristalização da secreção vaginal (folha de samambaia)
- Dosagem de alfafetoproteína (AFP) => muito usada dos EUA
- Prova do forro (utilizada aqui)
- AmniSure (ela usa) => teste rápido de protéina alfa microglobulina
- USG: corrobora mas não confirma (ILA >5 e bolsão vertical <2 cm são sugestivos)
Abordagem
Anamnese detalhada
Exame físico
Exame ginecológico
* Evitar toque se suspeita de amniorrexe
* Exame especular
Métodos diagnósticos disponíveis
Solicitar
* Hemograma
* EAS
* Gram de gota
* PCR
* Pesquisa de Streptococcus B
3 perguntas fundamentais
* Há indícios de infecção materna ou fetal? => Interrompe independente de IG
* Qual a idade gestacional
* A gestante está em trabalho de parto?
Corioamnionite - diagnóstico
Diagnóstico clínico, exames podem auxiliar
Febre materna ≥ 38 graus + 1 dos critérios
* Taquicardia materna > 100 bpm
* Taquicardia fetal > 160 bpm
* Útero doloroso a palpação (sensibilidade uterina)
* Líquido com odor fétido ou secreção purulenta
* Leucocitose com desvio à esquerda
* Aumento do PCR
Corioamnionite - tratamento
ATB imediata, mantida por 48 horas após último episódio febril
* Esquema 1: Clindamicina 900 mg IV 8/8 horas + Gentamicina 240 mg IV 1 vez ao dia
* Clinda 600 mg 6/6 horas
* Genta 240 mg 24/24 horas
* Esquema 2: Ampicilina 2g IV 6/6h + Gentamicina 240 mg IV 1 vez ao dia + Metronidazol 500 mg IV 8/8h
* Esquema 3 (nefropatas): Ceftriaxona 1g IV 12/12 horas + metronidazol 500 mg IV 8/8 horas
OBS: Não usar corticóide
Indução de parto vaginal
Conduta <24 semanas
Conduta ativa x conduta conservadora (individualizar)
Sobrevida baixa
Maior risco de corioamnionite, sepse e óbito
Maior risco de sequelas neurológicas
Se conduta conservadora
* Cuidado domiciliar (muito raro, mais indicado internação hospitalar)
* Repouso absoluto
* Controle da temperatura corporal de 4/4 horas
* Evitar coito vaginal
Se optar por conduta ativa, mais ideal é parto vaginal
Conduta 24-34 semanas se trabalho de parto
- Tocólise controversa! Se corticóide for indispensável => nifedipino 20-40 mg na 1ª hora + manutenção 10-20 mg a cada 4/6 horas
- Corticoterapia: controversa acima de 32 semanas => Betametasona 12 mg IM, duas doses com intervalo de 24 horas/ Dexametasona 6 mg IM de 12/12 horas (4 doses)
- Antibioticoprofilaxia para GBS => Penincilina G cristalina 5 milhões de UI 4/4 horas/ Cefazolina ataque 2g EV e manutenção 1g EV de 8/8 horas/ Clindamicina 900 mg EV de 8/8 horas
- Sulfato de magnésio se trabalho de parto e < 32 semanas => ataque 4g EV em 30 minutos + manutenção 1g/hora EV até o parto
Conduta 24-34 semanas se não estiver em trabalho de parto
- Corticoterapia ( controverso se >32 semanas) => deve-se individualizar o caso para uso até 35 semanas e 6 dias ou 36 semanas e 6 dias)
- Internação e acompanhamento => repouso, curva térmica, Hidratação abundante, hemograma seriado 2x por semana, cardiotocografia diária, PCR, PBF
- Rastreio infeccioso
- Antibioticoterapia (aumentar período de latência) => Penincilia/Ampicilina 2g IV a cada 6/6 horas por 48 horas + Azitromicina 1 g VO DU + Amoxicilina 500 mg 8/8 horas por mais 5 dias
Conduta ≥ 34 seamanas
- Conduta ativa mandatória (alguns indicam expectante)
- Indução conforme indicações
- Antibioticoprofilaxia para EGB se indicação
- Corticoterapia conforme protocolo