Diagnósticos diferenciais - 2ª metade Flashcards

1
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais?

A

Rotura uterina, rotura de vasa prévia, rotura do seio marginal

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Q

Rotura uterina

A
  • Rompimento parcial ou total do miométrio durante gravidez ou trabalho de parto
  • Frequência inversamente proporcional a qualidade do pré-natal e parto
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3
Q

Rotura uterina classificação

A

Parcial ou incompleta
* Preserva a serosa uterina
* Associada à deiscência da cicatriz uterina
* Geralmente assintomática

Total ou completa
* Incluindo a serosa
* Espontânea ou traumática (uso inadequado de ocitócitos, fórceps, manobras obstétricas intempestivas ou acidentes automobilísticos)

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4
Q

Fatores de risco rotura uterina

A
  • Cirurgia miometrial (cesárea, miomectomia)
  • Trauma uterino (perfuração uterina pós-curetagem)
  • Malformação congênita
  • Parto obstruído
  • Sobredistensão uterina
  • Ocitócitos, prostaglandinas
  • Manobra de Kristeller

Adenomiose
Doença trofoblástica gestacional
Desnutrição
Multiparidade
Sobredistensão uterina (gestação gemelar e polidramnia)

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5
Q

Quadro clínico rotura uterina

A

Durante a gravidez/ início
* Abdome agudo (dor intensa)
* Hemorragia abdominal
* Irritação peritoneal
* Indistinguível de gravidez ectópica

Durante o parto
* Síndrome de Bandl-Frommel: sinaliza iminência de rotura uterina=> formação de anel próximo a cicatriz umbilical, de modo a separar o corpo do útero do seguimento e distenção do ligamento redondo

Sinais de rotura uterina consumada
* Dor súbita, lancinante
* Parada do trabalho de parto
* Hemorragia (abdominal, vaginal)
* Choque hipovolêmico

Início: igual
Segunda metade
* Evolução lenta
* Dor hipogástrica associada a metrorragia
* Ao exame: evidencia-se 2 massas (feto e útero), BCF inaudíveis

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6
Q

Epônimos rotura uterina

A
  • Sinal de Clark: enfisema subcutâneo => ar entra pelo canal vaginal => vai para o útero => cai na cavidade peritoneal => creptação
  • Sinal de Reasens: subida da apresentação fetal no toque
  • Sofrimento/óbito fetal
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7
Q

Manejo rotura uterina

A
  • Iminência de rotura: cesariana. Uterolíticos
  • Rotura consumada: ráfia uterina (tenta fechar), histerectomia

Laparotomia exploratória
Paciente com prole constituída: histerectomia total ou subtotal, sem ressecção de anexos)
Antibioticoterapia
Hemotransfusão se necessário

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8
Q

Rotura de vasa prévia

A

Trauma de vasos prévios, geralmente inseridos na placenta de forma anômala, geralmente se colocam à frente da apresentação

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9
Q

Fatores de risco rotura de vasa prévia

A
  • Inserção velamentosa do cordão umbilical: vaso do cordão inseridos na membrana amnióticas - origem fetal
  • Placenta bilobada / Placenta sucenturiada

Inserção marginal do cordão
Placenta de localização baixa
Placenta bilobada (2 lobos interligados pela mesma massa placentária)
Placenta suscenturiadas (lobo acessório separado da massa placentária)
Inserção velamentosa (50% - vasos sanguíneos deixam o cordão umbilical antes da inserção placentária)

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10
Q

Quadro clínico rotura de vasa prévia

A
  • Hemorragia no momento da amniorrexe
  • Sofrimento/óbito fetal

Hemorragia no final da gravidez ou durante o trabalho de parto, no momento do rompimento da bolsa
Ao toque é possível tocar os vasos
Amniorrexe ou amniotomia - Cuidado!!!

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11
Q

Exames de imagem rotura de vasa prévia

A

US com doppler
* Placenta baixa
* Placenta bilobada
* Placenta suscenturiada
* Gravidez resultante de técnica de reprodução assistida

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12
Q

Prognóstico rotura de vasa prévia

A
  • Melhor: artéria umbilical (circulação pode se manter pela outra artéria umbilical)
  • Pior: se veia fetal é acometida, morte quase que imediata
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13
Q

Conduta vasa prévia

A
  • Cesariana eletiva (se possível)
  • Cesariana de urgência

Interrupção eletiva por via alta a partir de 36 semanas

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14
Q

Rotura do seio marginal

A

Trauma da periferia do espaço interviloso

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15
Q

Quadro clínico rotura do seio marginal

A
  • Pequeno sangramento vaginal, vermelho vivo
  • Periparto
  • Indolor
  • Sem hipertonia ou sofrimento fetal
  • Placenta normoposicionada
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16
Q

Conduta rotura do seio marginal

A

Observação

17
Q

DHPN (doença hemolítica perinatal)

A

Anemia fetal decorrente da produção de anticorpos maternos contra hemácias fetais

18
Q

DHPN

Sistema ABO

A
  • Forma mais comum (25-30% das gestações)
  • Anti-A ou Anti-B
  • Sem necessidade de contato prévio
  • Hemólise branda
  • Protege o feto contra incompatibilidade Rh
19
Q

DHPN

Sistema RH

A
  • Antígenos D (mais potente, se tem é positivo, se não tem é negativo), C e E
  • Formas graves de DHPN - intrautero ou pós nascimento
  • Formação de Ac necessita de contato prévio
20
Q

DHPN

Variante DU

A
  • Expressão fraca do antígeno D
  • Rh negativo, funciona como Rh positivo
21
Q

DHPN

Antígenos atípicos

A
  • Não Rh ou ABO
  • 2% dos casos
  • Associada a hemotransfusão
  • Maioria não produz DHPN grave
22
Q

DHPN

Comportamento Rh

A
  • Primeira gestação: anticorpos contra hemácias => IgM não atravessa placenta (sensibiliza)
  • Segunda gestação: resposta madura => IgG atravessa placenta
23
Q

DHPN

Quadro clínico

A
  • Anemia fetal
  • Eritropoiese extramedular (baço, fígado)
  • Diminuição da viscosidade sanguínea
  • Hipercinesia
  • Hidropsia: anasarca o feto
24
Q

DHPN

Diagnóstico

A
  • Coombs indireto: gestante Rh negativo, parceiro Rh positivo
  • Se negativo: repetir exame com 28, 32, 36 e 40 semanas / repetir no pós-parto / profilaxia
  • Se positivo </ 1:8: repetir exame mensalmente
  • Se positivo >1:8: avaliação da anemia fetal
25
Q

DHPN

Profilaxia

A

Imunoglobulina anti-D
300 mcg

Gestante não sensibilizadas (Coombs indireto negativo)
* Após o parto (72h)
* Hemorragia na gestação
* Procedimento invasivo
* 28 semanas*

26
Q

DNPH

Avaliação anemia

A

Espectrofotometria
* Predição da anemia. Invasivo
* Estima concentração de bilirrubina no líquido amniótico (densidade ótica)
* Substituída pela dopplervelocimetria da ACM

Cordocentese
* Padrão-ouro. Invasivo
* Dosagem da hemoglobina
* Permite terapêutica
* Indicado quando há alteração no Doppler ou hidropsia fetal

Dopplervelocimetria da ACM
* Rastreamento de escolha
* Circulação hiperdinâmica de resposta
* Avaliação da velocidade do pico sistólico da artéria cerebral média

Cardiotocografia e ultrassonografia são tardios

27
Q

DHPN

Tratamento

A

Doppler da ACM Vmax >1,5 MoM
Hidropsia fetal

Transfusão intrauterina: cordocentese - até 34 semanas
Parto: exsanguineotransfusão - após 34 semanas