Pré E Pós Operatório Flashcards
O que é a escala ASA e para que é utilizada no pré-operatório?
A escala ASA (American Society of Anesthesiologists) é utilizada para classificar o estado físico do paciente antes da cirurgia, avaliando o risco anestésico-cirúrgico. Ela vai de ASA I (paciente saudável) até ASA VI (paciente com morte cerebral).
Qual é a importância da avaliação de METS (equivalentes metabólicos) no risco cardiovascular pré-operatório?
A capacidade funcional medida em METS ajuda a estimar o risco cardiovascular. Pacientes que não toleram METS > 4 são considerados de alto risco cardiovascular e podem necessitar de investigação complementar.
Qual é o exame recomendado para pacientes com METS > 4 e fatores de risco?
Pacientes com METS > 4 e fatores de risco devem realizar um exame de estresse, como teste ergométrico ou cintilografia miocárdica, para avaliar o risco cardiovascular.
Quais exames podem ser indicados para pacientes com METS < 4 e fatores de risco?
Pacientes com METS < 4 e fatores de risco podem ser submetidos a uma angiotomografia coronariana ou outro exame complementar para avaliação mais detalhada do risco cardiovascular.
: Quais medicamentos devem ser suspensos no pré-operatório?
: Medicamentos como anticoagulantes e hipoglicemiantes orais geralmente devem ser suspensos antes da cirurgia, dependendo do tipo de procedimento e do risco de sangramento ou complicações metabólicas.
O que é a escala de Mallampati e como ela é utilizada?
A escala de Mallampati classifica a visibilidade das estruturas da orofaringe, sendo usada para avaliar a dificuldade na intubação traqueal. Ela varia de classe I (fácil) a classe IV (via aérea difícil).
Quais são os principais objetivos dos cuidados pré-operatórios?
Os cuidados pré-operatórios visam otimizar o estado geral do paciente, controlar comorbidades, estratificar riscos clínicos e cirúrgicos e estabelecer medidas profiláticas para um plano completo de cuidados.
Quais profissionais participam dos cuidados pré-operatórios além do cirurgião?
Além do cirurgião, participam clínicos generalistas, anestesiologistas, especialistas, nutricionistas, educadores físicos e fisioterapeutas, compondo um cuidado multidisciplinar.
: Quais são dois cuidados perioperatórios importantes mencionados no texto, mas tratados em outro capítulo?
Antibióticos em cirurgia e profilaxias de tromboembolismo venoso (TEV) são cuidados perioperatórios importantes abordados no capítulo de “Bases da Cirurgia e Procedimentos”.
Quais fatores devem ser considerados na anamnese para estratificação de risco cirúrgico?
Idade, prática de atividade física, uso de medicações, obesidade, apneia obstrutiva do sono, uso de álcool, tabaco e outras substâncias, além de histórico de complicações anestésicas.
Qual é o risco cirúrgico de pacientes saudáveis e como isso afeta a avaliação pré-operatória?
O risco cirúrgico de pacientes saudáveis é extremamente baixo, mas é importante estratificar o risco usando critérios objetivos para garantir a segurança.
O que são METS e como eles são utilizados na avaliação pré-operatória?
METS (Equivalentes Metabólicos) medem a capacidade funcional do paciente com base no consumo de oxigênio durante atividades diárias. Eles ajudam a inferir a capacidade de tolerância ao estresse e à demanda metabólica, sendo usados para avaliar o risco cardiovascular no pré-operatório.
Qual é o valor mínimo de METS que indica um bom prognóstico coronariano para cirurgias sob anestesia geral?
Pacientes que toleram 4 METS ou mais têm melhor prognóstico coronariano e, em geral, não necessitam de avaliação cardíaca adicional, a menos que tenham outros fatores de risco.
Quais atividades do dia a dia correspondem a aproximadamente 4 METS?
Atividades como fazer trabalhos no jardim/quintal (usar o rastelo ou a máquina de cortar grama) correspondem a cerca de 4.5 METS.
: Como triar rapidamente se um paciente tolera 4 METS durante a anamnese?
Pergunte se o paciente consegue: subir dois lances de escadas, realizar faxina pesada, correr ou ter atividade sexual. A resposta “não” por fadiga ou dispneia indica possível incapacidade de tolerar 4 METS.
Quais exames são recomendados para pacientes que não toleram 4 METS?
Pacientes que não toleram 4 METS devem ser avaliados com exames como teste ergométrico, exames de estresse miocárdico ou, em alguns casos, estratificação invasiva do risco cardiovascular.
O que avalia a Escala de Karnofsky e como ela difere da avaliação por METS?
A Escala de Karnofsky avalia o status de performance do paciente, ou seja, o quanto ele é capaz de realizar atividades diárias com base no seu estado basal. Diferente dos METS, ela não mede a demanda energética, mas sim o nível de comprometimento funcional devido à doença.
: O que significa uma pontuação de 100% na Escala de Karnofsky?
: Uma pontuação de 100% indica que o paciente é considerado normal, sem evidências de doença ou limitações funcionais.
Até que ponto na Escala de Karnofsky o paciente ainda tem capacidade de autocuidado?
Pacientes com pontuação acima de 70% ainda têm capacidade de autocuidado, mas com limitações crescentes à medida que a pontuação diminui.
O que significa uma pontuação entre 40% e 60% na Escala de Karnofsky?
Pacientes com pontuação entre 40% e 60% são incapazes de cuidar de si mesmos, necessitando de ajuda frequente de cuidadores e atenção médica constante.
Qual é a condição de pacientes com pontuação entre 20% e 30% na Escala de Karnofsky?
Pacientes com pontuação entre 20% e 30% são gravemente incapazes, necessitando de cuidados hospitalares imediatos para suporte ou tratamento.
O que significa uma pontuação de 10% na Escala de Karnofsky?
: Uma pontuação de 10% indica que o paciente está moribundo, com rápida progressão para o óbito.
: O que é a Classificação ASA e para que ela é utilizada?
: A Classificação ASA (American Society of Anesthesiologists) estratifica o paciente de acordo com seu estado físico e comorbidades, ajudando a prever o prognóstico cirúrgico. Quanto maior o ASA, pior o prognóstico e maior a mortalidade.
Qual é a definição de um paciente ASA II?
Paciente ASA II possui doença sistêmica leve, sem limitação funcional, como tabagismo, etilismo social, obesidade grau I ou II, diabetes controlado, e hipertensão controlada.
O que caracteriza um paciente ASA I?
Paciente ASA I é hígido, sem comorbidades, não tabagista e não etilista, com baixo risco cirúrgico.
O que caracteriza um paciente ASA III?
Paciente ASA III apresenta doença sistêmica grave com limitação funcional, como diabetes ou hipertensão não controladas, DPOC, obesidade grau III, e histórico de IAM ou AVC há mais de 90 dias.
O que diferencia um paciente ASA IV?
Paciente ASA IV tem doença sistêmica grave que ameaça a vida, como IAM ou AVC há menos de 90 dias, angina instável, insuficiência renal dialítica, ou disfunção valvar grave.
O que significa a classificação ASA V?
Paciente ASA V está moribundo, com risco iminente de morte sem a cirurgia, como aneurisma aórtico roto, hemorragia intracraniana ou perfuração de vísceras.
O que é o paciente classificado como ASA VI?
Paciente ASA VI está com morte encefálica, sendo submetido à cirurgia para doação de órgãos.
O que significa a adição de “E” na classificação ASA?
a: A letra E indica que a cirurgia é realizada em caráter urgente/emergencial, aumentando o risco associado.
Quais fatores determinam a solicitação de exames complementares no pré-operatório?
A solicitação de exames pré-operatórios é determinada pelas comorbidades do paciente, idade e o tipo de cirurgia proposta. Exames específicos podem ser necessários para avaliar o estado clínico do paciente.
: Quais exames devem ser solicitados para pacientes diabéticos no pré-operatório?
Pacientes diabéticos devem realizar exames de glicemia de jejum e hemoglobina glicada para avaliar o controle do diabetes antes da cirurgia.
Quais são os exames mais frequentemente solicitados no pré-operatório?
: Os exames mais comuns incluem: hemograma completo, ureia e creatinina, sódio e potássio, glicemia de jejum, coagulograma, radiografia de tórax, e eletrocardiograma.
Quando exames complementares são recomendados de acordo com a idade do paciente?
: A partir dos 40 anos, geralmente são solicitados exames complementares no pré-operatório. Pacientes com menos de 40 anos e ASA I não precisam de exames, exceto se a cirurgia exigir.