Complicações Cirúrgicas Flashcards
Como as comorbidades prévias influenciam o resultado de uma cirurgia?
Comorbidades prévias podem aumentar o risco de complicações e afetar negativamente o resultado final da cirurgia.
O que caracteriza uma infecção de ferida operatória e qual é o principal agente causador?
A infecção de ferida operatória ocorre até 30 dias após a cirurgia (ou até 1 ano, com implante). O principal agente causador é o Staphylococcus aureus.
O que é deiscência e quais são suas principais causas?
Deiscência é a abertura das suturas cirúrgicas. Suas principais causas são infecção da ferida, seroma, hematoma e aumento da pressão abdominal.
Quais complicações devem ser monitoradas no pós-operatório?
As complicações incluem febre, tromboembolismo venoso, íleo paralítico e fístulas gastrointestinais.
Em que período ocorre uma infecção de ferida operatória associada ao uso de implantes?
Pode ocorrer em até 1 ano após a cirurgia, quando há uso de implante.
Quais são as principais causas de complicações cirúrgicas?
As complicações cirúrgicas podem ocorrer devido a fatores como condição intrínseca do paciente, comorbidades, má técnica cirúrgica ou sem motivo aparente.
Qual é a principal medida para evitar complicações cirúrgicas?
A principal medida é adotar uma prática cirúrgica cuidadosa, com indicações corretas, atenção ao pós-operatório e análise crítica das complicações.
Quais fatores de risco devem ser corrigidos no pré-operatório para reduzir complicações?
Devem ser corrigidos fatores como tabagismo, obesidade, descontrole glicêmico e desnutrição.
Como a extensão da cirurgia está relacionada às complicações?
Cirurgias mais extensas têm maior risco de complicações. Procedimentos menos invasivos, como a laparoscopia, reduzem esse risco.
Quais medidas comprovadamente reduzem complicações cirúrgicas?
Medidas como interrupção do tabagismo, perda de peso, controle glicêmico e correção de desnutrições são eficazes na redução de complicações.
O que é seroma e como ele se forma?
Seroma é uma coleção de gordura liquefeita, soro e líquido linfático sob a incisão cirúrgica, formado principalmente em cirurgias com grandes descolamentos de pele, como mastectomias e linfadenectomias.
: Quais são as características clínicas do seroma?
: O seroma apresenta-se como um edema localizado, com desconforto à pressão e drenagem de líquido claro, amarelado, pela ferida.
: Quais são as medidas preventivas e o tratamento do seroma?
A prevenção inclui o uso de drenos subcutâneos e curativos compressivos. O tratamento envolve aspiração do líquido e, em casos de reacumulação, abertura da incisão e cicatrização por segunda intenção.
O que é hematoma e como ele se diferencia do seroma?
Hematoma é uma coleção de sangue na camada subcutânea ou cavidade corporal após uma cirurgia. É mais preocupante que o seroma, com maior risco de infecção e comprometimento funcional.
Quais são os fatores de risco para a formação de hematomas no pós-operatório?
: Fatores de risco incluem coagulopatias, distúrbios mieloproliferativos, insuficiência hepática e renal, septicemia, e uso de medicamentos como aspirina e heparina.
Como prevenir e tratar hematomas no pós-operatório?
A prevenção envolve corrigir anormalidades de coagulação no pré-operatório. Pequenos hematomas são reabsorvidos, enquanto hematomas maiores ou com risco de comprometer funções vitais devem ser drenados.
Qual a diferença entre hematoma e equimose?
: Hematoma é uma coleção organizada de sangue, enquanto equimose é o “roxo” na pele, causado por extravasamento de sangue nos tecidos.
Qual é a definição de infecção de ferida operatória?
a: Infecção que ocorre em até 30 dias após a cirurgia, ou até 1 ano, se houver implante ou próteses.
Quais são os agentes mais comuns causadores de infecção de ferida operatória?
O principal agente é o Staphylococcus aureus, seguido de outros germes gram-positivos presentes na pele.
Como é caracterizada a infecção superficial de ferida operatória e qual é o tratamento?
Envolve pele e subcutâneo, com hiperemia, dor, edema ou drenagem purulenta. O tratamento inclui abertura da ferida para drenagem e curativos diários. Antibióticos são indicados apenas se houver celulite ou comprometimento sistêmico.
O que caracteriza a infecção profunda de ferida operatória?
Acomete músculos e fáscia, sem atingir órgãos internos, podendo causar abscessos ou deiscência da sutura. O tratamento inclui exploração da ferida e, se necessário, desbridamento de tecido necrosado. Antibióticos são usados em casos graves.
Como é diagnosticada e tratada a infecção em órgãos ou cavidades após cirurgia?
: O diagnóstico é feito pela presença de drenagem purulenta, abscesso ou cultura positiva. O tratamento envolve uso de antibióticos e drenagem cirúrgica ou por punção.
Quais os critérios diagnósticos para infecção superficial, profunda e em espaço orgânico?
Superficial envolve pele e subcutâneo; profunda afeta músculos e fáscia; espaço orgânico envolve órgãos ou cavidades manipuladas. Cada tipo tem critérios específicos de diagnóstico, como drenagem, febre, e abscesso.
O que é deiscência de ferida operatória e por que é uma complicação temida?
Deiscência é a separação das camadas musculoaponeuróticas da ferida, aumentando o risco de evisceração, infecção e formação de hérnia incisional.
Quais são as principais causas da deiscência de ferida operatória?
As causas incluem infecção profunda, sutura inadequada e fatores como aumento da pressão intra-abdominal e condições que prejudicam a cicatrização.
Como prevenir a deiscência de ferida operatória?
A prevenção inclui o uso de suturas adequadas, como pontos separados, e a correção de fatores de risco, como hipertensão intra-abdominal e infecção.
Qual é o tratamento inicial para deiscência com evisceração?
Cobrir as vísceras com compressa estéril umedecida com solução salina e preparar o paciente para reoperação imediata.
O que caracteriza uma eventração em comparação com evisceração?
Eventração ocorre quando apenas a aponeurose se separa, deixando a pele intacta, enquanto evisceração envolve a separação completa da aponeurose e pele, expondo as vísceras.
O que define uma ferida crônica no pós-operatório?
Feridas que não cicatrizam em 30 a 90 dias após a cirurgia, mais comuns em pacientes imunossuprimidos, desnutridos, ou que usam altas doses de corticoides.
Quais fatores podem contribuir para a prevenção de feridas crônicas?
Melhorar o estado nutricional, orientar a perda de peso em pacientes obesos, cessação do tabagismo e evitar operar em áreas irradiadas são medidas preventivas.
: Quais são as principais causas de febre no pós-operatório imediato (primeiras 24 horas)?
Infecção preexistente, reações transfusionais e hipertermia maligna.
O que é hipertermia maligna e como ela se manifesta?
: Hipertermia maligna é uma crise hipermetabólica fatal desencadeada por anestésicos gerais, causando rigidez muscular, hipercapnia, acidose lática e hipertermia. Pode levar à rabdomiólise, hipercalemia e coagulopatia disseminada.
Como é o tratamento da hipertermia maligna no intraoperatório?
Descontinuar o agente desencadeante, hiperventilar com O2 a 100%, administrar Dantrolene 2,5 mg/kg em bolus, monitorar parâmetros vitais e eletrolíticos, e suporte intensivo.
Quais condições são mais comuns entre o 2º e o 4º dia de pós-operatório como causas de febre?
Resposta inflamatória ao trauma (REMIT), atelectasia, trombose venosa, embolia gordurosa, hematoma e seroma.
Quais são as causas infecciosas mais comuns após o 3º dia de pós-operatório?
Infecções urinárias, pneumonias, infecções associadas a cateteres e infecção da ferida operatória.
: Por que o 5º ao 7º dia de pós-operatório é crítico para pacientes com anastomose do trato digestivo?
Porque é o período de maior risco de deiscência da anastomose, com possível extravasamento de conteúdo entérico
Como diferenciar febre precoce de febre tardia no pós-operatório?
: Febre precoce (primeiras 72h) sugere atelectasia ou infecção necrosante. Febre tardia (>72h) está associada a infecção urinária, deiscência anastomótica, infecções da ferida e tromboembolismo.
O que é tromboembolismo venoso (TEV) e quais são seus dois principais espectros?
TEV inclui trombose venosa profunda (TVP) e tromboembolismo pulmonar (TEP), sendo o TEP uma complicação da TVP.
Qual é a melhor forma de prevenção do tromboembolismo venoso (TEV) no pós-operatório?
A profilaxia, que pode ser mecânica (meias de compressão, mobilização) ou química (anticoagulantes), é a melhor estratégia de prevenção.
O que causa atelectasia no pós-operatório e quais pacientes estão em maior risco?
Atelectasia é causada por colapso alveolar devido a anestésicos, narcóticos e incisão abdominal. Pacientes obesos, tabagistas e com secreções pulmonares copiosas estão em maior risco.
Quais são as manifestações clínicas de atelectasia no pós-operatório?
Febre baixa, mal-estar, diminuição dos murmúrios vesiculares nos campos pulmonares inferiores e, se não tratada, evolução para pneumonia
: Como prevenir a atelectasia e pneumonia no pós-operatório?
A prevenção inclui controle adequado da dor, incentivar a tosse e respiração profunda, e mobilização precoce.
O que é pneumonite por aspiração e quais são seus fatores de risco?
Pneumonite por aspiração é uma lesão pulmonar aguda causada pela inalação de conteúdo gástrico regurgitado. Fatores de risco incluem disfunção esofágica, reflexos laríngeos alterados e ausência de jejum pré-operatório.
Qual a diferença entre pneumonia por aspiração e pneumonite por aspiração?
Pneumonia por aspiração resulta da inalação de secreções orofaríngeas com bactérias, enquanto a pneumonite é causada por contato do conteúdo gástrico com a mucosa pulmonar.
Como se trata a pneumonia por aspiração no pós-operatório?
O tratamento inclui antibioticoterapia empírica cobrindo gram-negativos e, em casos graves, intubação e aspiração da árvore brônquica.
O que é íleo paralítico e como ele se diferencia da obstrução mecânica?
Íleo paralítico é a inibição da atividade intestinal propulsiva sem barreira física, enquanto a obstrução mecânica resulta de uma barreira física no intestino, como aderências.
Quais são as principais causas do íleo pós-operatório?
Manipulação cirúrgica do intestino, resposta inflamatória, analgesia narcótica e restrição alimentar no pós-operatório.
Quais são os sintomas do íleo paralítico?
: Dor e distensão abdominal, ausência de eliminação de fezes e flatos, náuseas, vômitos, desidratação e diminuição dos ruídos hidroaéreos.
Como é feito o diagnóstico de íleo paralítico?
O diagnóstico é baseado em sinais clínicos (distensão abdominal, ausência de peristalse) e achados radiográficos (alças intestinais dilatadas e níveis hidroaéreos).
Qual é o tratamento do íleo paralítico no pós-operatório?
: O tratamento é conservador, com jejum, hidratação, correção de distúrbios eletrolíticos, e, se necessário, passagem de sonda nasogástrica.
Quais são as causas mais comuns de obstrução intestinal mecânica precoce?
Aderências, abscessos, hérnias internas, isquemia intestinal e intussuscepção.
: Quais são as medidas preventivas para íleo e obstrução intestinal no pós-operatório?
Manipulação cuidadosa dos tecidos durante a cirurgia, uso de barreiras antiadesão, monitoramento de eletrólitos e alternativas aos narcóticos para analgesia.
O que é deiscência gastrointestinal e quais são seus principais fatores de risco?
Deiscência gastrointestinal é a abertura de uma anastomose, resultando em extravasamento de conteúdo para a cavidade abdominal. Fatores de risco incluem técnica cirúrgica inadequada, sepse, desnutrição, quimioterapia, radioterapia e obesidade.
Quais são os sinais clínicos de deiscência de anastomose gastrointestinal?
Febre, dor abdominal, sinais de peritonite, leucocitose e saída de secreção purulenta ou fecaloide pelo dreno.
Como é tratado um paciente com deiscência anastomótica grave?
: O que são fístulas gastrointestinais e quais complicações elas podem causar?
Fístulas são comunicações anormais que podem ocorrer após deiscência ou inflamação. Podem causar desnutrição, desidratação e distúrbios eletrolíticos, como hipocalemia e acidose metabólica.
Quais são os principais sintomas de uma fístula gastrointestinal no pós-operatório?
Febre, taquicardia, dor abdominal e alteração no aspecto ou quantidade do débito do dreno de vigilância.
: Como é tratado um paciente com fístula gastrointestinal?
O tratamento inclui suporte nutricional, drenagem adequada da fístula e uso de antibióticos se houver infecção sistêmica. A cirurgia é indicada apenas em casos selecionados ou se houver instabilidade clínica.
Quando uma fístula gastrointestinal requer intervenção cirúrgica imediata?
Intervenção cirúrgica é necessária em casos de deiscência precoce de uma rafia gástrica ou quando a fístula envolve uma enteroenteroanastomose.