Obstrução Intestinal Flashcards

1
Q

O que é obstrução intestinal e como ela pode ser classificada?

A

A obstrução intestinal é a ausência de trânsito nos intestinos delgado e cólon devido a uma causa mecânica ou funcional. Pode ser classificada como alta ou baixa.

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2
Q

Quais são os principais sintomas clínicos de uma obstrução intestinal?

A

: Dor abdominal em cólica, parada de eliminação de flatos e fezes, náuseas e vômitos. Quanto mais baixa a obstrução, maior a distensão abdominal; quanto mais alta, mais intensos e precoces os vômitos.

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3
Q

Qual é a conduta inicial recomendada para tratar uma obstrução intestinal?

A

Jejum, sonda nasogástrica para descompressão, hidratação venosa vigorosa, administração de antibióticos se necessário, e propedêutica básica.

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4
Q

Qual sinal radiográfico é característico na obstrução do intestino delgado?

A

O sinal de empilhamento de moedas.

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5
Q

Quais são as principais etiologias da obstrução intestinal que devem ser diferenciadas para o tratamento adequado?

A

Aderências, hérnias, volvo de sigmoide e câncer colorretal.

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6
Q

O que caracteriza uma obstrução intestinal?

A

Ausência de trânsito intestinal, podendo ser causada por fatores mecânicos ou funcionais, e pode ocorrer no intestino delgado ou no cólon.

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7
Q

Como as obstruções intestinais são classificadas?

A

As obstruções podem ser classificadas como mecânicas ou funcionais, e de acordo com a altura da obstrução: altas (intestino delgado) ou baixas (cólons).

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8
Q

O que diferencia uma obstrução mecânica de uma obstrução funcional?

A

Obstruções mecânicas envolvem um bloqueio físico que impede o trânsito intestinal, mesmo com peristalse adequada. Obstruções funcionais envolvem comprometimento da peristalse sem um bloqueio físico.

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9
Q

O que são suboclusões ou semioclusões intestinais?

A

São obstruções parciais que resultam em prejuízo do trânsito intestinal, sem interrupção total, criando um efeito de “represa”.

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10
Q

: O que significa “obstrução em alça fechada” e por que é relevante?

A

Refere-se a uma obstrução tanto distal quanto proximal de uma alça intestinal, como ocorre em um volvo de sigmoide ou uma hérnia interna. É relevante porque aumenta o risco de isquemia e perfuração.

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11
Q

: Quais são os principais riscos associados à obstrução em alça fechada?

A

Maior chance de isquemia e complicação perfurativa.

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12
Q
A
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13
Q

Quais são as principais etiologias da obstrução intestinal alta (intestino delgado)?

A

Aderências pós-operatórias e hérnias abdominais. Outras causas incluem doença de Crohn estenosante, tumores abdominais e pélvicos, intussuscepção, bezoares, parasitoses, volvo de delgado e hérnia interna pós-bariátrica.

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14
Q

Qual é a principal causa de obstrução intestinal no intestino delgado?

A

Aderências pós-operatórias, especialmente após cirurgias no abdome inferior.

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15
Q

Quais são as principais etiologias da obstrução intestinal baixa (cólons)?

A

Câncer colorretal e volvo de sigmoide. Outras causas incluem doença de Crohn estenosante, diverticulite prévia com estenose, fecaloma, endometriose (raro), e aderências (raro).

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16
Q

: Qual é a segunda principal causa de obstrução no intestino delgado?

A

: Hérnias abdominais, como inguinais, umbilicais ou incisionais, especialmente quando há encarceramento.

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17
Q

Qual é a principal causa de obstrução intestinal no cólon?

A

Câncer colorretal, mais comum em pacientes acima de 45 anos, com sintomas de sangramento digestivo e alteração do hábito intestinal.

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18
Q

O que é o volvo de sigmoide e em quais pacientes ele é mais comum?

A

: É a torção do sigmoide sobre o eixo do mesocólon sigmoide, gerando obstrução. É mais comum em pacientes idosos, cronicamente constipados, acamados ou institucionalizados.

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19
Q

Quais condições raras podem causar obstrução intestinal baixa?

A

: Endometriose e aderências, embora sejam causas incomuns.

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20
Q

Quais são os principais sintomas de um quadro clínico de obstrução intestinal?

A

: Dor abdominal em cólica, parada de eliminação de flatos e fezes, náuseas, vômitos, ruídos hidroaéreos presentes, e ampola retal vazia.

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21
Q

: Como a localização da obstrução intestinal influencia os sintomas?

A

: Obstruções altas (intestino delgado) causam vômitos mais intensos e precoces, enquanto obstruções baixas (cólons) causam maior distensão abdominal.

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22
Q

Como os ruídos hidroaéreos se apresentam na ausculta de uma obstrução intestinal mecânica?

A

: Ruídos hidroaéreos estão francamente aumentados e metálicos. Se os ruídos estiverem reduzidos, pode indicar uma obstrução funcional ou perda da viabilidade das alças intestinais.

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23
Q

O que o exame de toque retal pode revelar em um paciente com obstrução intestinal?

A

: A ampola retal estará vazia na maioria dos casos. A presença de fezes sugere uma causa funcional ou uma diarreia paradoxal.

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24
Q

O que é diarreia paradoxal em um paciente com obstrução intestinal?

A

: É a eliminação diarreica do conteúdo intestinal distal à obstrução, devido ao aumento da peristalse que tenta vencer a obstrução.

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25
Q

Quais sinais físicos podem ser observados em um paciente com obstrução intestinal?

A

: Distensão abdominal significativa e hipertimpanismo à percussão. Quanto mais baixa a obstrução, maior a distensão abdominal.

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26
Q

Qual é a conduta inicial recomendada para um paciente com obstrução intestinal?

A

1) Jejum; 2) Sonda nasogástrica para descompressão; 3) Hidratação venosa vigorosa; 4) Antibióticos, se necessário; 5) Propedêutica básica.

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27
Q

Por que o jejum é uma medida importante na obstrução intestinal?

A

O jejum faz parte do repouso intestinal e, junto com a sonda nasogástrica, ajuda na descompressão intestinal, aliviando sintomas e distensão.

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28
Q

: Qual é a finalidade da sonda nasogástrica em um paciente com obstrução intestinal?

A

Descomprimir o estômago e o intestino delgado, reduzindo a distensão patológica e controlando os sintomas.

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29
Q

Por que a hidratação venosa vigorosa é crucial no manejo inicial da obstrução intestinal?

A

Porque a obstrução intestinal causa desidratação significativa, sendo essencial para estabilizar o quadro clínico do paciente.

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30
Q

Quando os antibióticos são indicados para um paciente com obstrução intestinal?

A

Quando há sinais de infecção, como febre, leucocitose, ou indícios de sepse, devido à translocação bacteriana ou necrose/perfuração de alças.

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31
Q

: O que inclui a propedêutica básica em um caso de obstrução intestinal?

A

Exames laboratoriais para avaliar repercussões sistêmicas e correções de distúrbios, como eletrolíticos, e exames radiológicos para identificar a localização da obstrução.

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32
Q

Que alteração laboratorial pode ocorrer devido a vômitos persistentes em pacientes com obstrução intestinal?

A

Depleção de cloreto de potássio (KCl), levando à alcalose metabólica com hipocalemia.

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33
Q

O que a radiografia abdominal revela em casos de obstrução intestinal?

A

Dilatação de alças intestinais e presença de níveis hidroaéreos, permitindo topografar a obstrução no delgado e/ou no cólon.

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34
Q

Qual é o achado radiográfico característico de uma obstrução no intestino delgado?

A

Sinal de empilhamento de moedas, que ocorre devido às pregas coniventes salientes nas alças dilatadas do intestino delgado, geralmente distribuídas de forma central na imagem.

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35
Q

Como se apresentam as alças intestinais na radiografia de uma obstrução colônica?

A

As alças dilatadas têm distribuição periférica, com níveis hidroaéreos maiores, e mostram haustros colônicos — pregas não circunferenciais, incompletas.

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36
Q

O que sugere a ausência de gás na ampola retal em uma radiografia abdominal?

A

Fala a favor de uma obstrução mecânica do intestino.

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37
Q

O que indica a presença de gás na ampola retal em uma radiografia de abdome?

A

Sugere um transtorno funcional ou uma suboclusão.

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38
Q

De que depende o tratamento definitivo da obstrução intestinal?

A

Da topografia da obstrução e da etiologia diagnosticada ou presumida.

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39
Q

Qual é a conduta inicial para o tratamento de obstrução intestinal por aderências no intestino delgado?

A

Manter o paciente em jejum, com sonda nasogástrica aberta, hidratação venosa, suporte calórico adequado, e monitoramento clínico por 48 horas.

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40
Q

Qual exame é indicado durante as 48 horas iniciais em casos de obstrução intestinal por aderências e qual sua importância?

A

Tomografia contrastada de abdome via oral. Tem valor diagnóstico para topografar a obstrução e pode ter efeito terapêutico ao ajudar a resolver a obstrução por seu efeito catártico.

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41
Q

: Qual é a conduta se não houver melhora clínica após 48 horas em casos de obstrução intestinal por aderências?

A

Realizar laparotomia exploradora e lise de aderências (“lise de bridas”).

42
Q

Quando é indicada a ressecção de alças intestinais no tratamento de obstrução por aderências?

A

Somente na presença de complicações que comprometem a viabilidade de um segmento intestinal, como necroses ou perfurações.

43
Q

Qual é a abordagem emergente no tratamento de aderências após a resolução conservadora de uma obstrução?

A

Lise de aderências por laparoscopia durante a mesma internação. É considerada mais segura por reduzir o risco de novas aderências em comparação à laparotomia aberta.

44
Q

O que são aderências e como causam obstrução intestinal?

A

Aderências são bandas fibróticas cicatriciais que podem acotovelar e dobrar uma alça intestinal, fechando seu lúmen e causando obstrução.

45
Q

: Qual é o tratamento definitivo para obstrução intestinal causada por hérnias?

A

: O tratamento da hérnia é o tratamento da obstrução. A abordagem depende da viabilidade do conteúdo herniário.

46
Q

Por que não se deve realizar a redução de uma hérnia inguinal encarcerada?

A

: Porque há risco de reduzir uma alça intestinal necrosada, o que pode agravar a situação. A conduta correta é a incisão e exploração do sítio da hérnia (inguinotomia).

47
Q

O que envolve o tratamento cirúrgico de uma hérnia inguinal encarcerada com conteúdo viável?

A

: Redução cirúrgica do conteúdo herniário, fechamento do defeito e hernioplastia local com tela (técnica de Lichtenstein).

48
Q

Qual é a conduta se o conteúdo herniário for inviável durante a cirurgia?

A

: Realizar enterectomia segmentar e anastomose através da inguinotomia, seguida de fechamento do defeito e hernioplastia com tela.

49
Q

Quando uma laparotomia mediana é indicada no tratamento de obstruções por hérnias?

A

: É indicada se houver necrose e perfuração da alça intestinal, exigindo exploração da cavidade abdominal.

50
Q

Quais áreas devem ser avaliadas em todo paciente obstruído, especialmente se houver suspeita de hérnia?

A

: As regiões inguinal e umbilical devem ser sempre avaliadas, já que o abdome cirúrgico se estende da linha intermamilar até a raiz das coxas.

51
Q

O que é o volvo de sigmoide e qual sua característica anatômica?

A

O volvo de sigmoide é uma torção mesoaxial do cólon sigmoide em torno de seu mesocólon, facilitada por uma base estreita e uma face larga do meso junto ao cólon.

52
Q

Qual é o sinal radiográfico clássico associado ao volvo de sigmoide?

A

Sinal do grão de café ou sinal do “U” invertido.

53
Q

Qual é a conduta terapêutica inicial no manejo do volvo de sigmoide sem sinais de complicações?

A

Descompressão colonoscópica com aspiração de conteúdo fecal e passagem de sonda retal.

54
Q

Quando é indicada a retossigmoidectomia à Hartmann no tratamento do volvo de sigmoide?

A

Quando há sinais de complicação (peritonite, pneumoperitônio) ou falha na descompressão colonoscópica.

55
Q

O que envolve a retossigmoidectomia à Hartmann?

A

Ressecção do cólon sigmoide e reto alto sem anastomose; o coto retal é sepultado e o coto do cólon descendente é exteriorizado em uma colostomia terminal.

56
Q

Quando é necessário o tratamento cirúrgico de urgência para o volvo de sigmoide?

A

Em casos de falha na descompressão colonoscópica ou quando o paciente apresenta sinais de peritonite ou pneumoperitônio, sugerindo perfuração.

57
Q

Como é tratado o volvo de ceco e por que ele difere do volvo de sigmoide?

A

O volvo de ceco é tratado com hemicolectomia direita, pois a descompressão colonoscópica não é tecnicamente viável devido à junção ileocecal hipermóvel e distensão associada do delgado.

58
Q

Como o câncer colorretal geralmente se apresenta em termos de obstrução intestinal?

A

Apresenta-se inicialmente como suboclusão intestinal baixa, que pode evoluir para obstrução completa com o crescimento do tumor.

59
Q

Qual é o objetivo do tratamento conservador inicial em casos de suboclusão por câncer colorretal?

A

Retirar o paciente da urgência para permitir uma investigação adequada e realizar o tratamento definitivo na mesma internação.

60
Q

Quais são as duas propostas cirúrgicas para o tratamento de obstrução por câncer colorretal?

A

1) Colostomia em alça proximal ao tumor; 2) Ressecção cirúrgica (colectomia ou retossigmoidectomia).

61
Q

: Quando é indicada a colostomia em alça no tratamento do câncer colorretal obstrutivo?

A

Em pacientes graves, com comorbidades de alto risco, tumores de reto que se beneficiam de neoadjuvância, ou tumores de difícil ressecção.

62
Q

Em quais casos é indicada a ressecção cirúrgica do tumor colorretal?

A

: Em pacientes em bom estado geral, sem grandes disfunções orgânicas, com tumores não metastáticos e sem sinais de invasões locais.

63
Q

O que é uma colostomia em alça e qual sua finalidade?

A

É um procedimento onde uma parte do intestino grosso é exteriorizada sem ressecção, expondo as bocas proximal e distal para evacuação e descompressão.

64
Q

Qual procedimento é mais seguro quando não se faz anastomose primária após ressecção do tumor?

A

: A retossigmoidectomia à Hartmann, que envolve ressecção sem anastomose, com exteriorização do cólon em colostomia terminal.

65
Q

Qual deve ser a conduta em pacientes graves, em estado de choque, ou com insuficiência cardíaca descompensada em obstrução por câncer colorretal?

A

Colostomia em alça para derivação.

66
Q

O que é o íleo biliar e como ele ocorre?

A

É uma obstrução intestinal causada por um cálculo biliar que atinge o intestino após passar por uma fístula colecisto-duodenal.

67
Q

Qual é o quadro clínico típico do íleo biliar?

A

: Obstrução do intestino delgado com sintomas de náuseas, vômitos, distensão abdominal, parada de eliminação de flatos e fezes, e dor abdominal em cólica.

68
Q

O que é a Tríade de Rigler e o que ela indica na radiografia?

A

Tríade de Rigler consiste em distensão do delgado, presença de corpo estranho na fossa ilíaca direita (o cálculo biliar) e aerobilia. Indica íleo biliar.

69
Q

Qual é o tratamento para íleo biliar?

A

Tratamento cirúrgico com enterotomia e retirada do cálculo. A fístula colecistoduodenal pode ser mantida ou reparada posteriormente.

70
Q

O que causa a aerobilia observada na Tríade de Rigler?

A

A entrada de ar na árvore biliar através da fístula colecistoduodenal.

71
Q

O que é a Síndrome de Bouveret e como ela se relaciona ao íleo biliar?

A

: É uma forma rara de obstrução pilórica causada por um cálculo biliar que entra no estômago através de uma fístula colecistogástrica.

72
Q

Como grandes cálculos biliares podem levar ao íleo biliar?

A

Cálculos grandes podem causar inflamação crônica de baixo grau, formando uma fístula colecistodigestiva que permite a passagem do cálculo para o intestino.

73
Q

O que é uma pseudo-obstrução intestinal?

A

É uma obstrução intestinal funcional em que não há bloqueio mecânico, mas o trânsito intestinal é interrompido devido ao comprometimento da peristalse.

74
Q

Quais são as duas formas principais de pseudo-obstrução intestinal?

A

: Íleo adinâmico (ou paralítico) para o intestino delgado e Síndrome de Ogilvie para o cólon.

75
Q

Como se apresenta clinicamente o íleo adinâmico?

A

Obstrução alta com sintomas como vômitos precoces e distensão moderada. Os ruídos hidroaéreos estão abolidos ou reduzidos, indicando ausência de peristalse.

76
Q

Como a Síndrome de Ogilvie se apresenta clinicamente e radiologicamente?

A

É uma pseudo-obstrução colônica que causa grande distensão abdominal e menores vômitos. Na radiografia, há dilatação de todo o território colorretal, sem ponto de interrupção, e presença de gás até o reto.

77
Q

Quais são os sinais que diferenciam obstrução mecânica de funcional?

A

Na obstrução mecânica, os ruídos hidroaéreos estão aumentados e a ampola retal está vazia; na obstrução funcional, os ruídos estão reduzidos ou ausentes e há fezes na ampola retal.

78
Q

Qual é a causa mais comum de íleo adinâmico e como ele se apresenta?

A

O íleo adinâmico pós-operatório, causado pelo trauma cirúrgico e resposta metabólica. Surge na primeira semana pós-cirurgia com baixa tolerância à dieta e sintomas obstrutivos.

79
Q

Quais são as possíveis causas de pseudo-obstrução intestinal?

A

Doenças neurológicas, drogas neurotrópicas, transtornos eletrolíticos (especialmente hipocalemia), insuficiência renal, infecções, grandes queimaduras, entre outras.

80
Q

: Quais características radiográficas são típicas de pseudo-obstruções?

A

: Dilatação de alças de delgado e/ou cólon com níveis hidroaéreos, mas sem um ponto claro de obstrução. Há presença de gás até a pelve, na ampola retal.

81
Q

Qual é o tratamento inicial para a maioria dos pacientes com pseudo-obstrução intestinal?

A

Tratamento conservador: jejum, sonda nasogástrica aberta, hidratação, suporte clínico, correção de disfunções orgânicas e controle do estado de base associado.

82
Q

: Por que a pseudo-obstrução colônica (Síndrome de Ogilvie) pode se tornar grave?

A

Porque a sobredistensão do ceco, especialmente se maior que 12 cm na radiografia de abdome, aumenta o risco de isquemia e ruptura espontânea.

83
Q

Qual exame é crucial para avaliar a gravidade da pseudo-obstrução colônica?

A

Radiografia de abdome para medir o diâmetro do ceco. Um diâmetro maior que 12 cm sugere risco elevado de perfuração.

84
Q

Qual é a próxima etapa de tratamento se não houver resposta clínica adequada ou se o ceco estiver muito distendido (>12 cm) na pseudo-obstrução colônica?

A

: Utilização de um anticolinesterásico (prostigmina ou neostigmina) para promover o trânsito intestinal.

85
Q

Quais precauções devem ser tomadas ao usar neostigmina para tratar a Síndrome de Ogilvie?

A

: Deve ser administrada em ambiente intensivo devido ao risco de bradiarritmia grave; atropina deve estar disponível para manejo de efeitos adversos.

86
Q

Quais intervenções adicionais podem ser necessárias se o tratamento com anticolinesterásicos falhar na Síndrome de Ogilvie?

A

Descompressão colonoscópica ou, em casos mais graves, descompressão cirúrgica (cecostomia em tubo).

87
Q

Qual é o tratamento inicial para pacientes com pseudo-obstrução intestinal?

A

Tratamento conservador, que inclui jejum, sonda nasogástrica aberta, hidratação, suporte clínico, correção de disfunções orgânicas e controle do estado de base associado.

88
Q

Por que a pseudo-obstrução colônica (Síndrome de Ogilvie) pode se tornar grave?

A

Devido ao risco de isquemia e ruptura espontânea do ceco quando há sobredistensão, especialmente se o diâmetro do ceco for maior que 12 cm na radiografia de abdome.

89
Q

Qual é o próximo passo se o tratamento conservador falhar ou se houver uma sobredistensão significativa do ceco (>12 cm) na Síndrome de Ogilvie?

A

: Utilização de um anticolinesterásico, como prostigmina ou neostigmina, para promover o trânsito intestinal.

90
Q

Quais precauções são necessárias ao administrar neostigmina para a Síndrome de Ogilvie?

A

: Deve ser administrada em ambiente intensivo devido ao risco de bradiarritmia grave. Atropina deve estar disponível para reverter possíveis efeitos adversos.

91
Q

: O que deve ser feito se o uso de anticolinesterásicos falhar na Síndrome de Ogilvie?

A

Realizar descompressão colonoscópica. Se a descompressão colonoscópica também falhar, considerar descompressão cirúrgica, como a cecostomia em tubo.

92
Q

O que indica a necessidade de escalonar o tratamento para pseudo-obstruções intestinais?

A

A falta de resposta ao tratamento clínico inicial ou a sobredistensão do ceco (>12 cm) na radiografia abdominal.

93
Q

Qual é o risco associado a um ceco dilatado (>12 cm) em pseudo-obstruções ou obstruções mecânicas?

A

: Aumento significativo do risco de perfuração do ceco.

94
Q

Quando a tomografia de abdome NÃO deve ser solicitada em casos de obstrução intestinal?

A

Em casos de emergência, como em pacientes com sinais de peritonite, pois a tomografia pode atrasar o tratamento cirúrgico necessário.

95
Q

Em quais situações a tomografia de abdome é indicada em pacientes com obstrução intestinal?

A

Quando há dúvida diagnóstica sobre se a obstrução é mecânica ou funcional, se é de intestino delgado ou cólon, ou quando se precisa de mais informações sobre o estadiamento e ressecabilidade de tumores colorretais.

96
Q

Qual é o papel da tomografia de abdome em casos de obstrução intestinal alta?

A

Além de diagnóstico, pode ter um papel terapêutico ao ajudar a resolver a obstrução, especialmente em casos de aderências.

97
Q

Por que a tomografia de abdome é útil em obstruções intestinais baixas causadas por tumor colorretal?

A

Fornece informações importantes sobre o estadiamento do tumor, presença de metástases, e a possibilidade de ressecabilidade.

98
Q

: O que é um fecaloma e como ele se relaciona com a obstrução intestinal?

A

: É uma massa endurecida de fezes que pode causar obstrução intestinal. É um misto de transtorno funcional e obstrutivo, comum em pacientes com quadro crônico de constipação.

99
Q

Como é feito o diagnóstico de fecaloma?

A

: Pode ser diagnosticado clinicamente através do toque retal ou por métodos de imagem em pacientes com perfil funcional.

100
Q

Quais são as opções de tratamento para fecaloma?

A

Esvaziamento manual, uso de laxativos, colonoscopia, e, em casos extremos, tratamento cirúrgico.

101
Q
A