Isquemia Mesentérica Flashcards

1
Q

O que é o abdome agudo vascular?

A

É uma condição causada por isquemia mesentérica, resultante de embolia arterial mesentérica, trombose arterial mesentérica, trombose venosa mesentérica ou vasoespasmo.

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2
Q

Quais são as causas comuns de isquemia mesentérica no abdome agudo vascular?

A

Embolia arterial mesentérica, trombose arterial mesentérica, trombose venosa mesentérica e vasoespasmo.

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Q

Embolia arterial mesentérica, trombose arterial mesentérica, trombose venosa mesentérica e vasoespasmo.

A

Dor abdominal intensa, em aperto, associada à acidose metabólica, elevação do lactato e leucocitose com desvio à esquerda.

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4
Q

Como é feito o diagnóstico de abdome agudo vascular?

A

O diagnóstico é feito por angiotomografia de abdome. Em pacientes instáveis ou com peritonite, o diagnóstico é realizado durante a exploração cirúrgica.

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5
Q

Qual é o manejo inicial para pacientes com suspeita de abdome agudo vascular?

A

Todos os pacientes devem ser inicialmente estabilizados e compensados clinicamente.

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6
Q

O que é o abdome agudo vascular?

A

É uma condição causada por uma doença isquêmica gastrintestinal, devido à vasoconstrição esplâncnica ou à oclusão arterial ou venosa mesentérica, resultando em má perfusão do território esplâncnico.

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7
Q

Quais são as causas de isquemia mesentérica?

A

A isquemia mesentérica pode ser causada por trombose venosa, trombose arterial, embolia arterial, ou vasoespasmo.

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8
Q

Como a aterosclerose pode levar à isquemia mesentérica?

A

A aterosclerose pode afetar o território mesentérico de forma semelhante a outros territórios (como coronárias e carótidas). A instabilização e trombose da placa aterosclerótica causam oclusão arterial e isquemia.

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9
Q

Qual é a causa mais comum de isquemia mesentérica?

A

A embolia arterial é a forma mais comum de isquemia mesentérica, geralmente originada do coração, com a fibrilação atrial sendo a principal causa de êmbolos.

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10
Q

Qual é a relação entre trombose venosa mesentérica e estados de hipercoagulabilidade?

A

A trombose venosa mesentérica está associada a estados de hipercoagulabilidade, como síndrome do anticorpo antifosfolípide e outras doenças reumatológicas ou hematológicas.

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11
Q

Quais são os fatores desencadeantes do vasoespasmo mesentérico?

A

O vasoespasmo mesentérico pode ser desencadeado pelo uso de drogas (cocaína, digitálicos, anfetamina, drogas vasoativas) ou por vasculites mesentéricas.

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12
Q

Qual a principal hipótese diagnóstica para um paciente idoso com dor abdominal súbita e antecedente de fibrilação atrial?

A

Isquemia mesentérica, especialmente de origem embólica, devido ao risco aumentado de êmbolos provenientes do coração em pacientes com fibrilação atrial.

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13
Q

Quais são as três principais artérias abdominais?

A

As três principais artérias abdominais são o tronco celíaco, a artéria mesentérica superior e a artéria mesentérica inferior. Todas são ramos da aorta.

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14
Q

Quais estruturas são irrigadas pelo tronco celíaco e quais são seus ramos principais?

A

O tronco celíaco irriga do estômago ao Ângulo Duodenojejunal de Treitz, além de órgãos sólidos como fígado, vesícula biliar, pâncreas e baço. Seus ramos principais são a artéria gástrica esquerda, a artéria esplênica e a artéria hepática comum.

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15
Q

Qual é a função da artéria mesentérica superior e quais são seus ramos principais?

A

A artéria mesentérica superior irriga o tubo digestivo do Ângulo de Treitz ao terço médio do cólon transverso. Seus ramos incluem a artéria pancreatoduodenal inferior, artérias jejunais e ileais, artéria cólica média, artéria cólica direita, e a artéria ileocecoapendicocólica.

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16
Q

Qual artéria é mais acometida por êmbolos de origem cardíaca na isquemia mesentérica?

A

A artéria mesentérica superior é a mais acometida por êmbolos de origem cardíaca na isquemia mesentérica.

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17
Q

Quais áreas são irrigadas pela artéria mesentérica inferior e quais são seus ramos?

A

A artéria mesentérica inferior irriga do terço distal do cólon transverso ao reto superior. Seus ramos são a artéria cólica esquerda, artérias sigmoideanas e a artéria retal superior.

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18
Q

O que são as Arcadas de Drummond e Riolan, e onde estão localizadas?

A

A Arcada de Drummond é a arcada marginal que comunica as artérias ao longo do cólon. A Arcada de Riolan é a comunicação específica entre a artéria cólica média (ramo da artéria mesentérica superior) e a artéria cólica esquerda (ramo da artéria mesentérica inferior).

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19
Q

Quais segmentos do tubo digestivo podem ser comprometidos por uma oclusão da artéria mesentérica superior?

A

Uma oclusão na artéria mesentérica superior pode comprometer qualquer segmento do tubo digestivo do Ângulo de Treitz ao terço médio do cólon transverso.

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20
Q

Qual é a consequência inicial da instalação de uma isquemia intestinal?

A

O sofrimento intestinal causa intensa dor abdominal e o intestino isquêmico passa a usar o metabolismo anaeróbio como fonte de energia, levando à acidose metabólica.

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21
Q

Quais são os sinais sistêmicos da resposta inflamatória na isquemia mesentérica?

A

Febre, leucocitose e elevação da proteína C reativa (PCR) são sinais da reação inflamatória sistêmica.

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22
Q

O que é pneumatose intestinal e como ela ocorre na isquemia mesentérica?

A

A pneumatose intestinal é o extravasamento de gás para a parede das alças intestinais, que ocorre devido à perda da integridade da barreira mucosa intestinal durante a isquemia.

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23
Q

Como a translocação bacteriana contribui para a evolução clínica da isquemia mesentérica?

A

A translocação bacteriana, causada pela perda da integridade da mucosa intestinal, favorece o desenvolvimento de sepse de foco abdominal.

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24
Q

Qual é a complicação mais grave da isquemia mesentérica em evolução e como ela ocorre?

A

A perfuração intestinal é a complicação mais grave e ocorre quando há comprometimento de toda a integridade da parede da alça intestinal.

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25
Q

O que é pneumopatias no contexto de isquemia mesentérica?

A

Pneumopatias referem-se ao extravasamento

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26
Q

O que acontece inicialmente quando ocorre isquemia intestinal?

A

Inicia-se o sofrimento intestinal, causando intensa dor abdominal. A região isquêmica passa a utilizar o metabolismo anaeróbio, resultando em acidose metabólica.

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27
Q

Quais são as respostas inflamatórias locais e sistêmicas na isquemia mesentérica?

A

Localmente, ocorre espessamento e edema das alças intestinais. Sistemicamente, há febre, leucocitose e elevação da proteína C reativa (PCR).

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28
Q

Como a perda da integridade da barreira mucosa intestinal afeta a isquemia mesentérica?

A

A perda da integridade da barreira mucosa agrava a inflamação, favorece a translocação bacteriana e leva à sepse de foco abdominal.

29
Q

O que é pneumatose intestinal e como ocorre na isquemia mesentérica?

A

A pneumatose intestinal é o extravasamento de gás para a parede das alças intestinais, decorrente da perda de integridade da barreira mucosa intestinal.

30
Q

Como a progressão da isquemia mesentérica pode levar a choque séptico?

A

Com a piora da inflamação e translocação bacteriana, a sepse pode evoluir para choque séptico, resultando em disfunções de órgãos-alvo.

31
Q

Qual é a complicação mais grave da isquemia mesentérica e como ela ocorre?

A

A perfuração intestinal é a complicação mais grave e ocorre quando há comprometimento total da integridade da parede da alça intestinal.

32
Q

O que são pneumopatias no contexto da isquemia mesentérica?

A

Pneumopatias referem-se ao extravasamento de gás para a drenagem venosa mesentérica ou portal, associadas à perda de integridade da mucosa intestinal.

33
Q

Como é caracterizada a dor na isquemia mesentérica?

A

A dor é súbita, intensa, inespecífica, difusa e mal localizada. O paciente pode descrever a dor como “em aperto” ou “em pontada”.

34
Q

Qual é a característica marcante da isquemia mesentérica no exame físico?

A

Há uma dissociação entre a dor abdominal intensa relatada pelo paciente e a ausência de achados significativos no exame físico abdominal. Sinais de peritonite aparecem apenas na perfuração intestinal

35
Q

Quais são os achados laboratoriais comuns na isquemia mesentérica?

A

Acidose metabólica, elevação do lactato e leucocitose com desvio à esquerda.

36
Q

Como a isquemia mesentérica afeta a gasometria arterial?

A

A gasometria arterial mostra acidose metabólica com pH baixo, bicarbonato reduzido e queda compensatória da pCO2, devido ao metabolismo anaeróbio.

37
Q

Quais disfunções órgão-alvo podem ocorrer na isquemia mesentérica complicada por choque séptico?

A

Disfunções como elevação de ureia e creatinina indicam injúria renal aguda séptica.

38
Q

Quando ocorrem sinais de peritonite na isquemia mesentérica?

A

Sinais de peritonite surgem apenas quando há perfuração intestinal, que é a última etapa da evolução natural da doença.

39
Q

Por que os intestinos são sensíveis à isquemia e distensão?

A

A sensibilidade dos intestinos à isquemia e distensão causa dor visceral, que é inespecífica, central ou difusa, e mal localizada.

40
Q

Qual é o exame de escolha para o diagnóstico de abdome agudo vascular?

A

Angiotomografia de abdome.

41
Q

O que a angiotomografia de abdome pode evidenciar na isquemia mesentérica?

A

Pode mostrar um “stop” na progressão do contraste indicando oclusão arterial ou venosa e evidenciar consequências da isquemia como espessamento das alças, pneumatose intestinal, pneumoportia, líquido livre, coleções e pneumoperitônio.

42
Q

Quais são os achados laboratoriais que sugerem isquemia mesentérica?

A

Sinais de inflamação (leucocitose com desvio à esquerda, elevação da PCR) e metabolismo anaeróbio (acidose metabólica e elevação do lactato).

43
Q

O que é pneumoportia e como é detectado?

A

Pneumoportia é a presença de gás na veia porta, e é detectada pela angiotomografia de abdome em casos de comprometimento da integridade das alças intestinais.

44
Q

Quando a laparotomia exploradora é indicada na isquemia mesentérica?

A

É indicada quando há sinais de peritonite, e o diagnóstico é confirmado no intraoperatório ao identificar alças intestinais isquêmicas.

45
Q

Quais são os sinais na angiotomografia que indicam complicação grave da isquemia mesentérica?

A

Líquido livre na cavidade, coleções e pneumoperitônio indicam comprometimento grave da integridade das alças intestinais.

46
Q

Como a clínica e o laboratório contribuem para a suspeita de isquemia mesentérica?

A

A suspeita diagnóstica surge de um quadro clínico de dor abdominal intensa não correspondida pelos achados do exame físico, associada a sinais de inflamação e metabolismo anaeróbio nos exames laboratoriais.

47
Q

Qual é o primeiro passo no manejo de um paciente com suspeita de isquemia mesentérica?

A

Estabilização e compensação do paciente com reanimação volêmica, correção de distúrbios eletrolíticos, antibioticoterapia e medidas de suporte avançado de vida, conforme necessário.

48
Q

Qual é a conduta indicada para pacientes com embolia mesentérica?

A

Abordagem cirúrgica de urgência.

49
Q

Qual é o manejo em pacientes com isquemia mesentérica e sinais de peritonite?

A

Laparotomia exploradora de urgência para diagnóstico e tratamento intraoperatório.

50
Q

Qual é a abordagem diagnóstica e terapêutica para pacientes instáveis que não se estabilizam após reanimação inicial?

A

Realizar exames simples (laboratório, radiografia simples, ultrassonografia à beira-leito) e proceder com exploração cirúrgica de urgência após o diagnóstico sindrômico.

51
Q

Como é feito o tratamento cirúrgico em pacientes que se estabilizam ou estão estáveis desde o início?

A

Realiza-se a investigação complementar com angiotomografia. Se confirmada a isquemia mesentérica, procede-se com exploração cirúrgica, ressecção do território isquêmico e/ou estratégias de revascularização.

52
Q

Quando o tratamento endovascular é considerado na isquemia mesentérica?

A

Quando o tratamento endovascular é considerado na isquemia mesentérica?

53
Q

O que determina a necessidade de ressecção cirúrgica na isquemia mesentérica?

A

A viabilidade intestinal e a extensão da isquemia. Segmentos inviáveis devem ser ressecados se houver perspectiva de recuperação intestinal favorável. Em casos de isquemia extensa sem prognóstico satisfatório, a cirurgia pode ser interrompida e o paciente encaminhado para cuidados terminais.

54
Q

Qual é a conduta em casos de necrose isquêmica extensa sem perspectiva de reabilitação?

A

A laparotomia é interrompida, e o paciente é encaminhado a uma unidade pós-cirúrgica para cuidados terminais.

55
Q

Qual é o objetivo principal da cirurgia na isquemia mesentérica?

A

Ressecção de alças intestinais irreversivelmente isquêmicas e inviáveis.

56
Q

Quais são as medidas pós-operatórias essenciais após a ressecção de alças isquêmicas?

A

Controle intensivo do paciente, uso de estatinas, anticoagulantes, antiplaquetários, e suporte intensivo agressivo para salvar alças em isquemia reversível (“zona de penumbra”).

57
Q

Em que casos a tromboembolectomia pode ser útil no tratamento da isquemia mesentérica?

A

Em obstruções proximais e tronculares da artéria mesentérica superior, onde há grande área isquêmica que seria incompatível com a vida se ressecada. No entanto, é uma técnica de alto risco e raramente útil.

58
Q

Por que a ressecção é o tratamento padrão na maioria dos casos de isquemia mesentérica?

A

Porque a maioria das obstruções é terminal, afetando pequenos territórios isquêmicos. A ressecção desses segmentos com anastomose de alças saudáveis apresenta um melhor balanço risco-benefício.

59
Q

Existe tratamento não operatório para a isquemia mesentérica? Em que casos é indicado?

A

Sim, existe, mas é uma exceção. Indicado para pacientes estáveis ou bem estabilizados, com achados brandos na angiotomografia (como espessamento de alças), sem disfunções orgânicas associadas, e em bom estado clínico geral.

60
Q

Quais são as estratégias do tratamento conservador na isquemia mesentérica?

A

Repouso intestinal, antibióticos, controle e suporte clínico em ambiente intensivo, com reavaliações seriadas.

61
Q

Qual é o critério para considerar a conversão para tratamento cirúrgico em pacientes em manejo conservador?

A

Se não houver melhora clínica ou se houver piora do quadro em até 48 horas, o tratamento cirúrgico de urgência é indicado.

62
Q

Como se apresenta a isquemia mesentérica crônica?

A

Apresenta-se com “angina mesentérica”, caracterizada por dor abdominal pós-prandial e perda de peso.

63
Q

O que provoca a isquemia relativa na isquemia mesentérica crônica?

A

A demanda metabólica aumentada durante a ingestão alimentar e a digestão desencadeia a isquemia relativa.

64
Q

Como a isquemia mesentérica crônica pode ser comparada a outras condições vasculares?

A

Funciona de forma semelhante à angina estável ou à claudicação intermitente dos membros inferiores, onde a isquemia ocorre sob demanda metabólica aumentada.

65
Q

Quais são os sintomas clássicos da isquemia mesentérica crônica?

A

Dor abdominal pós-prandial, especialmente após refeições copiosas, e perda de peso devido à aversão à alimentação.

66
Q

Por que o diagnóstico de isquemia mesentérica crônica pode ser difícil?

A

Porque os sintomas são inespecíficos e podem ser confundidos com outras condições, como pancreatite crônica, doença ulcerosa péptica, ou síndrome dispéptica.

67
Q

Como é confirmado o diagnóstico de isquemia mesentérica crônica?

A

O diagnóstico é confirmado pela combinação de achados compatíveis na angiotomografia e sintomas clínicos do paciente após exclusão de outras condições.

68
Q

Qual é a abordagem terapêutica para isquemia mesentérica crônica?

A

Controle dos fatores de risco e comorbidades relacionadas à síndrome metabólica e aterosclerose, cessação do tabagismo, perda de peso, e reeducação de hábitos alimentares.