Hemorragia Digestiva Baixa Flashcards

1
Q

: Quais são os sinais clínicos típicos da Hemorragia Digestiva Baixa (HDB)?

A

Hematoquezia, enterorragia e repercussões hemodinâmicas como palidez, taquicardia e hipotensão.

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2
Q

Qual é a conduta inicial no manejo de um paciente com Hemorragia Digestiva Baixa (HDB)?

A

Estabilização do paciente seguida pela realização de endoscopia digestiva alta (EDA) para descartar uma Hemorragia Digestiva Alta (HDA) maciça, e então investigação por colonoscopia.

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3
Q

Qual é a principal etiologia da Hemorragia Digestiva Baixa (HDB)?

A

Doença diverticular, seguida pela angiodisplasia.

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4
Q

Em que situação o tratamento cirúrgico é indicado para a doença diverticular associada à HDB?

A

Quando há falha no tratamento conservador/colonoscópico, ou no paciente que não alcança estabilidade hemodinâmica para a realização de colonoscopia

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5
Q

Qual é o papel da colonoscopia no manejo da angiodisplasia associada à HDB?

A

: A colonoscopia é diagnóstica e, na maioria das vezes, também terapêutica.

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6
Q

Quando são indicados os procedimentos endovasculares e a cirurgia no tratamento da angiodisplasia?

A

Nos casos de falha da terapia colonoscópica.

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7
Q

Qual é a conduta terapêutica nos tumores colorretais que causam Hemorragia Digestiva Baixa?

A

Cirurgia de urgência nos casos que não cessam com tratamento conservador, ou cirurgia eletiva na mesma internação nos casos que cessam o sangramento conservadoramente.

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8
Q

: Quais são as duas principais causas de Hemorragia Digestiva Baixa crônica que devem ser investigadas?

A

Câncer colorretal e doença inflamatória intestinal.

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9
Q

O que caracteriza a Hemorragia Digestiva Baixa (HDB)?

A

Sangramento digestivo que ocorre abaixo do Ângulo de Treitz, incluindo o jejuno, íleo, cólons e reto.

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10
Q

: Quais segmentos do trato digestivo são incluídos na Hemorragia Digestiva Baixa (HDB)?

A

Jejuno, íleo, cólon (ceco, cólon ascendente, flexura hepática, cólon transverso, flexura esplênica, cólon descendente) e reto.

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11
Q

Qual é a extensão dos territórios do jejuno e íleo?

A

: 4-10 metros.

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12
Q

Por quais ramos arteriais o território afetado pela Hemorragia Digestiva Baixa é irrigado?

A

: Ramos da artéria mesentérica superior e inferior.

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13
Q

Qual território é irrigado pela artéria mesentérica superior e o que ele inclui?

A

O território do intestino médio embriológico, que vai do Ângulo de Treitz até o terço distal do cólon transverso, incluindo ramos jejunais e ileais, além dos troncos ileocólica, cólica direita e cólica média.

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14
Q

O que engloba o território da artéria mesentérica inferior?

A

O território do intestino posterior embriológico, a partir do terço distal do cólon transverso em diante, incluindo a cólica esquerda, sigmoidianas e retal superior.

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15
Q

Quais são as manifestações clínicas principais de uma Hemorragia Digestiva Baixa (HDB)?

A

Hematoquezia, enterorragia, queda de hemoglobina e repercussão hemorrágica.

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16
Q

O que significa hematoquezia e em que condição ela é observada?

A

Hematoquezia é a presença de sangue vivo junto às fezes, observada em casos de Hemorragia Digestiva Baixa.

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17
Q

O que é enterorragia e como ela se manifesta?

A

Enterorragia é uma diarreia sanguinolenta, sendo uma manifestação de Hemorragia Digestiva Baixa.

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18
Q

Por que é importante diferenciar os sintomas de Hemorragia Digestiva Baixa de uma Hemorragia Digestiva Alta maciça?

A

Porque os sintomas como hematoquezia e enterorragia, apesar de comuns na HDB, também podem estar presentes em uma Hemorragia Digestiva Alta maciça devido a sangramento intenso.

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19
Q

O que pode indicar a presença de melena em casos de Hemorragia Digestiva Baixa?

A

: A presença de melena, fezes negras e alcatroadas, pode indicar um sangramento mais crônico na Hemorragia Digestiva Baixa.

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20
Q

Qual é o primeiro passo no manejo de um paciente com Hemorragia Digestiva Baixa na emergência?

A

Admissão na sala vermelha e monitorização.

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21
Q

Que tipo de oxigênio é fornecido inicialmente a um paciente com Hemorragia Digestiva Baixa e qual a configuração?

A

O₂ suplementar até estabilização, utilizando máscara não reinalante com reservatório, O₂ a 100% (12 L/min).

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22
Q

: Qual o calibre dos acessos venosos preferencialmente utilizados em pacientes com Hemorragia Digestiva Baixa?

A

: Dois acessos venosos calibrosos (Jelco 14, nas fossas antecubitais).

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23
Q

: Qual a medicação intravenosa administrada para o manejo de Hemorragia Digestiva Baixa?

A

: 80 mg de omeprazol, venoso.

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24
Q

Que tipo de fluido e quanto é administrado inicialmente na reanimação de um paciente com Hemorragia Digestiva Baixa?

A

: 1 L de SF 0,9% aberto de cada lado.

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25
Q

Quais exames laboratoriais são solicitados em um caso de Hemorragia Digestiva Baixa?
8

A

: Hemograma, ureia, creatinina, sódio, potássio, cálcio iônico, coagulograma. Se disponível, Hb/Ht expresso.

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26
Q

Qual procedimento é realizado para garantir a disponibilidade de transfusão sanguínea?

A

Coleta de amostra de sangue para tipagem e contraprova, mantendo pelo menos 2 concentrados disponíveis e pedindo ao banco de sangue 2 bolsas não tipadas (O-) preparadas.

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27
Q

Quando deve ser considerada a transfusão sanguínea em pacientes com Hemorragia Digestiva Baixa?

A

Em casos de choque hemorrágico classe III/IV, ou seja, aqueles com hipotensão já à apresentação inicial.

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28
Q

Que procedimento é utilizado para monitorar o débito urinário em pacientes com Hemorragia Digestiva Baixa?

A

: Sondagem vesical de demora.

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29
Q

Qual é a sequência de procedimentos endoscópicos após a estabilização do paciente com Hemorragia Digestiva Baixa?

A

Primeiro, realizar endoscopia assim que o paciente estiver estável. Depois, preparar o cólon e realizar colonoscopia.

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30
Q

Quando deve ser realizada a colonoscopia em um paciente com Hemorragia Digestiva Baixa?

A

Nas primeiras 24 horas após o início do sangramento, idealmente após preparo de cólon.

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31
Q

Qual é o objetivo principal da colonoscopia em casos de Hemorragia Digestiva Baixa?

A

: Detectar sinais de sangramento, como a presença de coágulos nos cólons, e identificar as principais causas de HDB, que são condições colorretais.

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32
Q

Quais são as principais causas de Hemorragia Digestiva Baixa que a colonoscopia visa detectar?

A

Doença diverticular dos cólons, angiodisplasia do cólon e tumores colorretais.

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33
Q

O que deve ser feito se a colonoscopia não for suficiente para identificar a origem do sangramento na Hemorragia Digestiva Baixa?

A

Podemos recorrer a outros métodos investigativos para determinar a origem do sangramento.

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34
Q

Qual é o primeiro método adicional a ser solicitado na investigação de uma Hemorragia Digestiva Baixa e qual a sua sensibilidade?

A

Angiotomografia, com sensibilidade razoável para sangramentos de até 0,3 a 0,5 mL/min.

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35
Q

Quais são as limitações da angiotomografia na investigação de Hemorragia Digestiva Baixa?

A

Não possui capacidade terapêutica e é um método de radiação ionizante.

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36
Q

: Qual é o método mais sensível para detectar sangramentos na Hemorragia Digestiva Baixa e qual a sua faixa de sensibilidade?

A

Cintilografia com Hemácias Marcadas, detectando sangramentos de até 0,1-0,5 mL/min.

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37
Q

Quais são as desvantagens da Cintilografia com Hemácias Marcadas?

A

Não oferece estratégia terapêutica, depende de sangramento ativo no momento do exame e indica apenas a área geral de ocorrência do sangramento.

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38
Q

Como a Cintilografia com Hemácias Marcadas pode ser especialmente útil na investigação de Hemorragia Digestiva Baixa?

A

: Sua maior utilidade é sugerir sangramento por Divertículo de Meckel, especialmente quando indica brilho na fossa ilíaca direita em pacientes com idade compatível.

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39
Q

O que significa quando um exame de Cintilografia com Hemácias Marcadas “brilha” uma área?

A

Indica a detecção do extravasamento sanguíneo e seu hematoma formado, sugerindo a localização topográfica do sangramento, mas não fornece um diagnóstico etiológico específico, exceto para o Divertículo de Meckel.

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40
Q

Qual é a principal utilidade da enteroscopia na investigação de Hemorragia Digestiva Baixa?

A

Investigação de sangramentos não topografados do intestino delgado, com potencial de localização e tratamento do sítio de sangramento.

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41
Q

: Como é realizada a enteroscopia e quais são os desafios do procedimento?

A

Através da técnica do “exame endoscópico de duplo balão”, alternando insuflação de balões e avanço da sonda, um procedimento complexo e demorado que poucos centros realizam.

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42
Q

Qual é a posição da enteroscopia na literatura e nos protocolos clínico-cirúrgicos para Hemorragia Digestiva Baixa?

A

Seu papel ainda é controverso, sendo considerado valioso quando bem-sucedido, mas com eficácia e aplicabilidade questionáveis devido à complexidade e disponibilidade limitada.

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43
Q

: Por que a arteriografia mesentérica seletiva é considerada um método de “último recurso” na investigação de Hemorragia Digestiva Baixa?

A

Devido a desvantagens como o uso de radiação ionizante, risco de nefropatia por contraste, risco de infarto intestinal, e riscos de sangramento e trombose no sítio de punção arterial.

44
Q

: Quais são as principais causas de Hemorragia Digestiva Baixa (HDB)?

A

Doença diverticular, doença inflamatória intestinal, angiodisplasia, Divertículo de Meckel, tumores colorretais e outras.

45
Q

Qual porcentagem dos casos de Hemorragia Digestiva Baixa é originária do intestino delgado?

A

Apenas 10% das HDBs têm origem no intestino delgado.

46
Q

Qual é a origem mais comum dos sangramentos em casos de Hemorragia Digestiva Baixa?

A

: A grande maioria dos sangramentos digestivos baixos é de origem colorretal.

47
Q

Quais são as três causas mais frequentes de sangramento de origem colorretal em Hemorragia Digestiva Baixa?

A

Doença diverticular, angiodisplasia e tumores colorretais.

48
Q

: Qual é a causa mais frequente de Hemorragia Digestiva Baixa?

A

Doença diverticular dos cólons.

49
Q

O que deve ser feito com um paciente que nunca atinge estabilidade clínica após a abordagem inicial de Hemorragia Digestiva Baixa?

A

O paciente deve ser submetido a um tratamento cirúrgico de urgência, geralmente uma colectomia total.

50
Q

Qual é a diferença entre colectomia total e colectomia subtotal?

A

Colectomia total significa a ressecção dos cólons (ceco, ascendente, transverso, descendente) e o reto alto, enquanto a colectomia subtotal poupa o reto alto.

51
Q

Quais vasos são ligados durante uma colectomia total?

A

: Ileocólica, cólica direita, cólica média, cólica esquerda, sigmoideanas e retal superior.

52
Q

: Qual a segunda causa mais frequente de Hemorragia Digestiva Baixa, típica em idosos?

A

Angiodisplasia.

53
Q

: Em que situação não se indica a colonoscopia para pacientes com Hemorragia Digestiva Baixa?

A

: Em casos de instabilidade hemodinâmica.

54
Q

: É possível realizar uma ressecção limitada a um território específico durante a cirurgia de urgência para HDB? Dê um exemplo.

A

Sim, em casos excepcionais, se durante a cirurgia encontrar-se uma localização clara da origem do sangramento, pode-se ressecar apenas aquele território. Exemplo: um tumor colorretal ou doença diverticular exclusivos do cólon direito.

55
Q
A
56
Q

Qual é a causa mais frequente de Hemorragia Digestiva Baixa (HDB)?

A

Doença diverticular dos cólons.

57
Q

Onde os sangramentos devido à doença diverticular dos cólons ocorrem mais frequentemente?

A

: No cólon direito.

58
Q

O que são os pseudodivertículos na doença diverticular dos cólons?

A

: São divertículos falsos que não contêm todas as camadas da parede intestinal, ocorrendo em áreas de fraqueza da camada muscular por onde a mucosa se insinua e forma o divertículo, junto da serosa.

59
Q

Por que ocorre fraqueza na camada muscular do cólon, levando ao desenvolvimento de divertículos?

A

Devido aos pontos de entrada das artérias na parede cólica, que criam áreas de fraqueza muscular.

60
Q

: Quando é indicado o tratamento cirúrgico na Hemorragia Digestiva Baixa?

A

Na instabilidade clínica ou quando o sangramento não foi cessado após colonoscopia.

61
Q

: É necessário observar sangramento ativo de um divertículo para associá-lo como a causa da HDB?

A

Não, na presença de doença diverticular, presume-se ser ela a causa da HDB mesmo sem observação de sangramento ativo.

62
Q

Como são conduzidos os pacientes com HDB por doença diverticular quando não há mais sangramento ativo à colonoscopia?

A

São conduzidos de forma conservadora, visto que a grande maioria dos casos por doença diverticular tem curso autolimitado.

63
Q

O que são angiodisplasias e onde elas ocorrem com mais frequência no trato gastrointestinal?

A

Angiodisplasias são malformações aberrantes murais que podem ocorrer em todo o trato gastrointestinal, ocorrendo com mais frequência no cólon direito (ceco), especialmente em pacientes idosos.

64
Q

Quais são as opções de tratamento para a HDB por angiodisplasia do ceco?

A

O tratamento inicial é por colonoscopia terapêutica. Se houver falha nesse tratamento, recorre-se ao tratamento cirúrgico, com ressecção do segmento acometido

65
Q

Quais técnicas podem ser utilizadas na colonoscopia terapêutica para tratar angiodisplasia?
4

A

Eletrocauterização, injeção de adrenalina, ablação por argônio ou colocação de clipes metálicos.

66
Q

Quando está indicado o tratamento cirúrgico para pacientes com hemorragia digestiva baixa?

A

O tratamento cirúrgico está indicado para pacientes que não atingem estabilidade clínica inicial ou persistem com sangramento apesar das medidas clínicas e colonoscópicas.

67
Q

Qual é o procedimento cirúrgico indicado para pacientes com doença diverticular localizada apenas no cólon direito?

A

Para pacientes com doença diverticular apenas no cólon direito, o procedimento cirúrgico indicado é a colectomia direita.

68
Q

: Em que cenário é indicada a colectomia subtotal na hemorragia digestiva baixa?

A

A colectomia subtotal é indicada para pacientes com doença diverticular difusa nos cólons e sem possibilidade de detectar qual segmento sangra, seja por falta de estabilidade clínica ou por insucesso da colonoscopia em determinar a fonte de sangramento.

69
Q

: Qual é a abordagem cirúrgica para pacientes com doença diverticular difusa dos cólons, quando é possível detectar um segmento específico sangrante?

A

Para pacientes com doença diverticular difusa e identificação de um segmento sangrante específico, a cirurgia envolve a ressecção desse segmento, que pode ser uma colectomia direita ou esquerda.

70
Q

: O que são angiodisplasias e onde elas ocorrem com maior frequência?

A

Angiodisplasias são malformações aberrantes murais no trato gastrointestinal, ocorrendo com maior frequência no cólon direito (ceco), especialmente em pacientes idosos.

71
Q

: Angiodisplasias devem ser tratadas quando encontradas incidentalmente?

A

Não, angiodisplasias encontradas incidentalmente, fora de um contexto de hemorragia digestiva baixa (HDB), não devem ser tratadas.

72
Q

Qual é o tratamento inicial para a hemorragia digestiva baixa (HDB) causada por angiodisplasia do ceco?

A

O tratamento inicial é a colonoscopia terapêutica. Se houver falha neste tratamento, procede-se ao tratamento cirúrgico, com ressecção do segmento do cólon acometido.

73
Q

Quais são os métodos terapêuticos utilizados durante a colonoscopia terapêutica para tratar angiodisplasias?

A

Durante a colonoscopia terapêutica, podem ser utilizados a eletrocauterização, injeção de adrenalina, ablação por argônio ou colocação de clipes metálicos.

74
Q

A angiodisplasia é mais comum em qual faixa etária?

A

A incidência de angiodisplasia aumenta com o avançar da idade, sendo mais comum em pacientes idosos.

75
Q

Qual é a classificação da angiodisplasia entre as causas de hemorragia digestiva baixa (HDB)?

A

Angiodisplasia é a segunda causa mais frequente de hemorragia digestiva baixa (HDB).

76
Q

: Como o sangramento baixo por tumor colorretal deve ser tratado?

A

Por meio de ressecção cirúrgica.

77
Q

Qual pode ser uma primeira apresentação de um tumor colorretal?

A

O sangramento digestivo.

78
Q

Existe uma estratégia colonoscópica clara para o controle do sangramento causado por tumores colorretais?

A

: Não, não há estratégia colonoscópica clara para o controle do sangramento de tumores colorretais, contando-se com a autorresolução enquanto se realizam medidas de suporte.

79
Q

Qual é a conduta caso o sangramento por tumor colorretal resolva espontaneamente nas primeiras 24 horas?

A

: O paciente é operado de forma eletiva na mesma internação.

80
Q

Qual é a abordagem cirúrgica para pacientes com tumor colorretal que não apresentam resolução do sangramento?

A

Eles são operados na urgência, com ressecção do território acometido.

81
Q

: A presença de metástases altera a abordagem do tratamento cirúrgico do tumor colorretal sangrante?

A

: Não, o tumor colorretal sangrante é tratado primordialmente por cirurgia, com ressecção do território acometido, ainda que haja metástases.

82
Q

O que é o Divertículo de Meckel e qual é sua origem?

A

O Divertículo de Meckel é um resquício embriológico do conduto onfalomesentérico não completamente fechado, apresentando todas as camadas da parede ileal.

83
Q

: Qual característica do Divertículo de Meckel permite que ele possa causar sangramento?

A

A presença de mucosa gástrica ectópica no Divertículo de Meckel permite que ele possa sangrar devido à produção de ácido, ulcerando a mucosa ileal adjacente.

84
Q

Onde os Divertículos de Meckel ocorrem mais frequentemente?

A

Eles ocorrem geralmente no íleo terminal, na fossa ilíaca direita.

85
Q

Quais são os principais sintomas associados ao Divertículo de Meckel?

A

Quando sintomáticos, podem causar diverticulite, com dor e diarreia (sendo um diagnóstico diferencial da apendicite aguda), ou sangramento digestivo baixo não cólico.

86
Q

: Como é feita a suspeita diagnóstica de um Divertículo de Meckel?

A

: Suspeita-se de Meckel em pacientes pediátricos ou adultos jovens com colonoscopia negativa ou quando se observa sangue vindo do íleo.

87
Q

Qual exame pode reforçar a suspeita de um Divertículo de Meckel?

A

O exame de cintilografia, ao demonstrar sangramento na fossa ilíaca direita, reforça a possibilidade de um Divertículo de Meckel.

88
Q

Qual é o tratamento definitivo para o Divertículo de Meckel?

A

O tratamento definitivo é cirúrgico, podendo ser feito por ressecção do Meckel (diverticulectomia) ou da alça intestinal (enterectomia segmentar).

89
Q

Deve-se ressecar um Divertículo de Meckel encontrado incidentalmente durante uma cirurgia?

A

Não, a maioria dos Meckels são assintomáticos e, considerando a avaliação risco-benefício, é melhor não ressecá-lo a menos que justifique algum sintoma ou demonstre sinais de complicação.

90
Q

Quando a etiologia do sangramento baixo não é identificada pela colonoscopia, quais são as duas principais possibilidades?

A

As duas principais possibilidades são um sangramento colorretal não identificado pela colonoscopia ou um sangramento oriundo do intestino delgado.

91
Q

Qual é o primeiro passo na busca da localização do sangramento baixo de origem indeterminada?

A

O primeiro passo é realizar uma angiotomografia, o método mais disponível, seguido de uma cintilografia com hemácias marcadas, o método mais sensível.

92
Q

: Qual procedimento é útil quando um sangramento de topografia de intestino delgado é suspeito e não há fonte identificável?

A

A enteroscopia é útil para tentar localizar o sangramento no intestino delgado, podendo ser combinada de forma anterógrada e retrógrada.

93
Q

O que fazer após identificar uma lesão nos cólons durante a investigação de um sangramento baixo de origem indeterminada?

A

Após identificar uma lesão nos cólons, deve-se prosseguir a um tratamento cirúrgico ou, de maneira alternativa, a uma arteriografia com vasopressor/embolização.

94
Q

: Qual é a ação a ser tomada caso a enteroscopia identifique o foco do sangramento?

A

Se a enteroscopia identifica o foco do sangramento, ela pode tratá-lo diretamente ou, caso seja intratável por enteroscopia, marcá-lo para o cirurgião identificar numa abordagem cirúrgica.

95
Q

Qual exame é solicitado inicialmente numa hemorragia digestiva baixa (HDB) crônica?

A

: Inicialmente, solicita-se uma colonoscopia numa HDB crônica.

96
Q

Qual é o perfil típico de um paciente com HDB crônica por câncer colorretal?

A

: O perfil típico é de um idoso com síndrome consumptiva.

97
Q

Qual é a abordagem inicial para um paciente com sangramento digestivo baixo de apresentação crônica?

A

A abordagem inicial é a realização de uma colonoscopia, devido à sua utilidade em identificar possíveis causas crônicas do sangramento.

98
Q

Quais condições são mais comumente identificadas na colonoscopia em casos de HDB crônica?

A

: Câncer colorretal e doença inflamatória intestinal são as condições mais comumente identificadas.

99
Q

Como se apresenta tipicamente um paciente com HDB crônica por câncer colorretal?

A

O paciente apresenta sangramento crônico, idade avançada, e síndrome consumptiva (perda de peso, emagrecimento, astenia, anemia, etc.).

100
Q

: Qual é o perfil de um paciente com HDB crônica por doença inflamatória intestinal?

A

Paciente jovem, com história de diarreia crônica, produtos patológicos no exame, e comportamento de surto versus remissão.

101
Q

O que deve ser feito caso a colonoscopia esteja normal em um paciente com HDB crônica?

A

Deve-se solicitar uma endoscopia digestiva alta (EDA) para afastar a hemorragia digestiva alta (HDA) como origem dos sintomas.

102
Q

Quais exames podem ser utilizados para investigar o intestino delgado em casos de HDB crônica com EDA e colonoscopia normais?

A

Pode-se lançar mão da enteroscopia ou da cápsula endoscópica para investigar o intestino delgado.

103
Q

Por que a cápsula endoscópica é considerada um exame em desuso para investigação de HDB crônica?

A

A cápsula endoscópica é considerada em desuso devido ao seu alto custo, baixa disponibilidade e, diferentemente da enteroscopia, tem baixo potencial terapêutico.

104
Q

Deve-se investigar com colonoscopia um paciente com hematoquezia que possui uma doença orificial identificada no exame proctológico inicial?

A

Sim, é necessário realizar uma colonoscopia para afastar doenças mais graves associadas à HDB.

105
Q

Por que doenças orificiais não devem ser imediatamente assumidas como a única fonte de sangramento em casos de hematoquezia?

A

Porque, apesar de serem fontes frequentes de sangramento nas fezes, as doenças orificiais podem coexistir com diagnósticos-base de HDB de maior gravidade que não podem ser desconsiderados.

106
Q

Qual deve ser a abordagem inicial em casos de hematoquezia acompanhada de doença orificial?

A

Presume-se inicialmente que o sangramento é uma HDB, e a atribuição do sangramento à doença orificial deve ser feita por exclusão, tornando a colonoscopia mandatória.