Hemorragia Digestiva Alta Flashcards
Quais são os sintomas típicos da Hemorragia Digestiva Alta (HDA)?
: Hematêmese, melena e repercussões da hemorragia como taquicardia, hipotensão e anemia.
Qual é a primeira conduta no manejo de um paciente com Hemorragia Digestiva Alta?
A estabilização do paciente.
Quais são as principais etiologias da Hemorragia Digestiva Alta?
Varizes esofágicas e úlcera péptica, sendo a úlcera péptica mais frequente, sobretudo em pacientes em uso de AINEs.
Em pacientes com Hemorragia Digestiva Alta, quando as varizes esofágicas são suspeitas como causa?
: No paciente hepatopata.
: Dentro de quanto tempo após a estabilização do paciente deve ser feita a investigação endoscópica na Hemorragia Digestiva Alta?
Nas primeiras 24 horas.
Na investigação de Hemorragia Digestiva Alta por úlcera péptica, qual classificação é importante para avaliar o risco de ressangramento?
Classificação de Forrest.
Como é tratada a HDA por úlcera péptica?
Com inibidores de bomba de prótons e, dependendo da Classificação de Forrest, pode necessitar de dupla terapia endoscópica.
Qual o tratamento para a HDA varicosa esofágica?
Terlipressina e ligadura elástica endoscópica.
Qual é a terapia endoscópica indicada para varizes em fundo gástrico?
Escleroterapia por cianoacrilato.
Quais são as medidas a longo prazo para a profilaxia da HDA varicosa?
: Uso de propranolol e/ou ligadura elástica seriada.
Quais outras causas de Hemorragia Digestiva Alta são mencionadas além de úlceras pépticas e varizes esofágicas?
6
Síndrome de Mallory-Weiss, fístula aortoentérica, Úlceras de Cameron e hemobilia.
O que define uma Hemorragia Digestiva Alta (HDA)?
: Qualquer sangramento intraluminal digestivo que ocorra acima do Ângulo de Treitz.
: Quais regiões do trato gastrointestinal, quando afetadas, podem resultar em Hemorragia Digestiva Alta?
: Duodeno, estômago ou esôfago.
: O que é o Ângulo de Treitz?
: O ângulo duodenojejunal, onde a 4ª porção duodenal ascende e emerge para a 1ª alça jejunal, sustentado pelo Ligamento de Treitz.
Por que sangramentos abaixo do Ângulo de Treitz não causam hematêmese?
Devido ao ângulo formado e a suspensão pela Ligamento de Treitz, não há refluxo alto do material entérico em circunstâncias não obstrutivas.
Qual é a localização da 4ª porção duodenal e qual é sua característica anatômica distintiva?
: É retroperitoneal, escondida atrás do mesocólon transverso, e é ascendente devido ao suporte do Ligamento de Treitz.
: Como é definida a hematêmese e qual sua importância no quadro clínico da HDA?
A hematêmese é a exteriorização de sangue vivo por vômitos, indicando sangramento ativo no trato gastrointestinal superior.
O que caracteriza a melena e o que ela indica no contexto da HDA?
Melena é a exteriorização, na evacuação, de um material escurecido, enegrecido, correspondente ao sangue digerido, indicando um sangramento no trato gastrointestinal superior que teve tempo de ser digerido.
Em que circunstância pode ocorrer a evacuação de sangue vivo na HDA e como é chamado esse fenômeno?
A evacuação de sangue vivo, denominada enterorragia, pode ocorrer em casos de sangramento maciço, devido ao grande volume de sangue que não teve tempo de ser digerido.
Quais são as repercussões hemorrágicas típicas no quadro clínico da HDA?
As repercussões incluem sinais de perda sanguínea significativa, como taquicardia e hipotensão.
Por que o material gástrico pode apresentar uma cor escura, semelhante à “borra de café”, sem indicar hematêmese?
Isso pode ocorrer devido à estase gástrica funcional, comum em muitos pacientes internados, onde o aspecto enegrecido do conteúdo gástrico não necessariamente indica presença de sangue.
Como diferenciar entre hematêmese e a simples presença de conteúdo gástrico enegrecido devido à estase?
Em caso de dúvida, a coleta de uma amostra do vômito para análise laboratorial (hemograma) pode revelar a presença de hemácias/hemoglobina, confirmando hematêmese.
Quais são os sinais clínicos de choque hemorrágico decorrente da perda sanguínea na HDA?
Taquicardia, hipotensão, alargamento do tempo de enchimento capilar, mucosas descoradas, e pulsos finos.
Quais alterações laboratoriais são esperadas em um paciente com HDA?
: Queda nos níveis de hemoglobina.
Qual a importância da avaliação clínica diante da suspeita de hematêmese?
Uma avaliação clínica cuidadosa é crucial para diferenciar verdadeira hematêmese de outros fenômenos, evitando confusões com conteúdo gástrico enegrecido por outras razões.
Como são classificadas as causas de Hemorragia Digestiva Alta (HDA)?
Em varicosas, relacionadas à hipertensão porta, e não varicosas, que incluem todas as outras causas.
Por que as causas de HDA são divididas em varicosas e não varicosas?
Devido às importantes diferenças no tratamento entre sangramentos secundários a varizes e todas as outras causas.
Quais são as duas causas mais frequentes de HDA dentro da classificação varicosa?
Varizes esofágicas e varizes de fundo gástrico/gastropatia hipertensiva.
Quais são as duas causas mais frequentes de HDA na classificação de úlceras pépticas?
Úlcera duodenal sangrante e úlcera gástrica sangrante.
: Por que as úlceras pépticas são enfatizadas separadamente das outras causas não varicosas de HDA?
Devido à sua enorme relevância e prevalência, além de frequentemente serem abordadas em provas e terem tratamento específico.
Qual é a causa mais frequente e mais importante de Hemorragia Digestiva Alta (HDA)?
Doença ulcerosa péptica complicada com sangramento.
Em uma suspeita de HDA, qual deve ser considerada a origem até que se prove o contrário?
: Péptica.
: Quais fatores reforçam a hipótese de uma etiologia péptica para a HDA?
5
Uso ou abuso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), tabagismo, histórico de gastrites e doença péptica, e história de infecção por Helicobacter pylori.
Qual é a relação entre a HDA varicosa e a hipertensão do sistema porta?
A HDA varicosa está relacionada à hipertensão porta e representa cerca de 20% dos casos de HDA.
Quais são as manifestações clínicas que devemos ficar atentos ao suspeitar de uma HDA varicosa?
: Ascite, presença de circulação colateral em cabeça de medusa, e varizes esofágicas e de fundo gástrico.
Em um paciente com hepatopatia, hipertensão portal e hematêmese, qual é a provável causa da HDA?
Varizes esofágicas.
Quais sinais podem indicar a presença de hepatopatia crônica, sugerindo uma possível HDA varicosa?
6
Telangiectasias, redução da pilificação, ginecomastia, eritema palmar, flapping e encefalopatia hepática.
O que caracteriza o sistema porta hepático?
É um sistema venoso peculiar que drena o território esplâncnico para outro sistema venoso, incluindo órgãos como esôfago, estômago, intestinos, fígado, vias biliares, pâncreas e baço.
Como a veia porta é formada?
Pela confluência da veia mesentérica superior com a veia esplênica, que também recebe a veia mesentérica inferior.
Quais são as manifestações clínicas da hipertensão porta?
Esplenomegalia, varizes esofágicas, varizes no fundo gástrico, recanalização da veia umbilical levando a varizes abdominais em cabeça de medusa e ascite.
Qual é a origem da ascite em casos de hipertensão porta?
Origina-se da hipertensão porta intra-hepática, onde o excesso de pressão provoca o extravasamento de líquido rico em proteínas do parênquima hepático, gerando ascite.
O que significa o termo “lágrima hepática” no contexto da hipertensão porta?
Refere-se ao fígado que progressivamente libera líquido rico em proteínas, resultando em um gradiente albumina soro-ascite alto (GASA ALTO).
: O que é o sistema porta hepático e quais territórios ele drena?
É um sistema venoso peculiar que drena o território esplâncnico (esôfago, estômago, intestinos, fígado, vias biliares, pâncreas e baço) para outro sistema venoso, principalmente a circulação venosa cava-sistêmica.
Quais são as principais manifestações clínicas da hipertensão porta?
5
Esplenomegalia, varizes esofágicas, varizes no fundo gástrico, recanalização da veia umbilical e ascite.
Quais condições podem causar hepatopatias crônicas e levantar a suspeita de uma etiologia varicosa da HDA?
4
Esteatose hepática alcoólica, esteatose hepática não alcoólica, hepatite B, hepatite C, entre outras. História de etilismo e sorologias positivas são indicativos.
: É possível ter hipertensão porta sem hepatopatia crônica? Em qual situação isso ocorre?
: Sim, na esquistossomose, que causa uma obstrução pré-sinusoidal resultando em hipertensão porta sem os sinais clássicos de hepatopatia.