Hemorragia Digestiva Alta Flashcards

1
Q

Quais são os sintomas típicos da Hemorragia Digestiva Alta (HDA)?

A

: Hematêmese, melena e repercussões da hemorragia como taquicardia, hipotensão e anemia.

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2
Q

Qual é a primeira conduta no manejo de um paciente com Hemorragia Digestiva Alta?

A

A estabilização do paciente.

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3
Q

Quais são as principais etiologias da Hemorragia Digestiva Alta?

A

Varizes esofágicas e úlcera péptica, sendo a úlcera péptica mais frequente, sobretudo em pacientes em uso de AINEs.

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4
Q

Em pacientes com Hemorragia Digestiva Alta, quando as varizes esofágicas são suspeitas como causa?

A

: No paciente hepatopata.

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5
Q

: Dentro de quanto tempo após a estabilização do paciente deve ser feita a investigação endoscópica na Hemorragia Digestiva Alta?

A

Nas primeiras 24 horas.

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6
Q

Na investigação de Hemorragia Digestiva Alta por úlcera péptica, qual classificação é importante para avaliar o risco de ressangramento?

A

Classificação de Forrest.

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7
Q

Como é tratada a HDA por úlcera péptica?

A

Com inibidores de bomba de prótons e, dependendo da Classificação de Forrest, pode necessitar de dupla terapia endoscópica.

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8
Q

Qual o tratamento para a HDA varicosa esofágica?

A

Terlipressina e ligadura elástica endoscópica.

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9
Q

Qual é a terapia endoscópica indicada para varizes em fundo gástrico?

A

Escleroterapia por cianoacrilato.

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10
Q

Quais são as medidas a longo prazo para a profilaxia da HDA varicosa?

A

: Uso de propranolol e/ou ligadura elástica seriada.

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11
Q

Quais outras causas de Hemorragia Digestiva Alta são mencionadas além de úlceras pépticas e varizes esofágicas?
6

A

Síndrome de Mallory-Weiss, fístula aortoentérica, Úlceras de Cameron e hemobilia.

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12
Q

O que define uma Hemorragia Digestiva Alta (HDA)?

A

: Qualquer sangramento intraluminal digestivo que ocorra acima do Ângulo de Treitz.

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13
Q

: Quais regiões do trato gastrointestinal, quando afetadas, podem resultar em Hemorragia Digestiva Alta?

A

: Duodeno, estômago ou esôfago.

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14
Q

: O que é o Ângulo de Treitz?

A

: O ângulo duodenojejunal, onde a 4ª porção duodenal ascende e emerge para a 1ª alça jejunal, sustentado pelo Ligamento de Treitz.

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15
Q

Por que sangramentos abaixo do Ângulo de Treitz não causam hematêmese?

A

Devido ao ângulo formado e a suspensão pela Ligamento de Treitz, não há refluxo alto do material entérico em circunstâncias não obstrutivas.

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16
Q

Qual é a localização da 4ª porção duodenal e qual é sua característica anatômica distintiva?

A

: É retroperitoneal, escondida atrás do mesocólon transverso, e é ascendente devido ao suporte do Ligamento de Treitz.

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17
Q

: Como é definida a hematêmese e qual sua importância no quadro clínico da HDA?

A

A hematêmese é a exteriorização de sangue vivo por vômitos, indicando sangramento ativo no trato gastrointestinal superior.

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18
Q

O que caracteriza a melena e o que ela indica no contexto da HDA?

A

Melena é a exteriorização, na evacuação, de um material escurecido, enegrecido, correspondente ao sangue digerido, indicando um sangramento no trato gastrointestinal superior que teve tempo de ser digerido.

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19
Q

Em que circunstância pode ocorrer a evacuação de sangue vivo na HDA e como é chamado esse fenômeno?

A

A evacuação de sangue vivo, denominada enterorragia, pode ocorrer em casos de sangramento maciço, devido ao grande volume de sangue que não teve tempo de ser digerido.

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20
Q

Quais são as repercussões hemorrágicas típicas no quadro clínico da HDA?

A

As repercussões incluem sinais de perda sanguínea significativa, como taquicardia e hipotensão.

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21
Q

Por que o material gástrico pode apresentar uma cor escura, semelhante à “borra de café”, sem indicar hematêmese?

A

Isso pode ocorrer devido à estase gástrica funcional, comum em muitos pacientes internados, onde o aspecto enegrecido do conteúdo gástrico não necessariamente indica presença de sangue.

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22
Q

Como diferenciar entre hematêmese e a simples presença de conteúdo gástrico enegrecido devido à estase?

A

Em caso de dúvida, a coleta de uma amostra do vômito para análise laboratorial (hemograma) pode revelar a presença de hemácias/hemoglobina, confirmando hematêmese.

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23
Q

Quais são os sinais clínicos de choque hemorrágico decorrente da perda sanguínea na HDA?

A

Taquicardia, hipotensão, alargamento do tempo de enchimento capilar, mucosas descoradas, e pulsos finos.

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24
Q

Quais alterações laboratoriais são esperadas em um paciente com HDA?

A

: Queda nos níveis de hemoglobina.

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25
Q

Qual a importância da avaliação clínica diante da suspeita de hematêmese?

A

Uma avaliação clínica cuidadosa é crucial para diferenciar verdadeira hematêmese de outros fenômenos, evitando confusões com conteúdo gástrico enegrecido por outras razões.

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26
Q

Como são classificadas as causas de Hemorragia Digestiva Alta (HDA)?

A

Em varicosas, relacionadas à hipertensão porta, e não varicosas, que incluem todas as outras causas.

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27
Q

Por que as causas de HDA são divididas em varicosas e não varicosas?

A

Devido às importantes diferenças no tratamento entre sangramentos secundários a varizes e todas as outras causas.

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28
Q

Quais são as duas causas mais frequentes de HDA dentro da classificação varicosa?

A

Varizes esofágicas e varizes de fundo gástrico/gastropatia hipertensiva.

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29
Q

Quais são as duas causas mais frequentes de HDA na classificação de úlceras pépticas?

A

Úlcera duodenal sangrante e úlcera gástrica sangrante.

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30
Q

: Por que as úlceras pépticas são enfatizadas separadamente das outras causas não varicosas de HDA?

A

Devido à sua enorme relevância e prevalência, além de frequentemente serem abordadas em provas e terem tratamento específico.

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31
Q

Qual é a causa mais frequente e mais importante de Hemorragia Digestiva Alta (HDA)?

A

Doença ulcerosa péptica complicada com sangramento.

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32
Q

Em uma suspeita de HDA, qual deve ser considerada a origem até que se prove o contrário?

A

: Péptica.

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33
Q

: Quais fatores reforçam a hipótese de uma etiologia péptica para a HDA?
5

A

Uso ou abuso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), tabagismo, histórico de gastrites e doença péptica, e história de infecção por Helicobacter pylori.

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34
Q

Qual é a relação entre a HDA varicosa e a hipertensão do sistema porta?

A

A HDA varicosa está relacionada à hipertensão porta e representa cerca de 20% dos casos de HDA.

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35
Q

Quais são as manifestações clínicas que devemos ficar atentos ao suspeitar de uma HDA varicosa?

A

: Ascite, presença de circulação colateral em cabeça de medusa, e varizes esofágicas e de fundo gástrico.

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36
Q

Em um paciente com hepatopatia, hipertensão portal e hematêmese, qual é a provável causa da HDA?

A

Varizes esofágicas.

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37
Q

Quais sinais podem indicar a presença de hepatopatia crônica, sugerindo uma possível HDA varicosa?
6

A

Telangiectasias, redução da pilificação, ginecomastia, eritema palmar, flapping e encefalopatia hepática.

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38
Q

O que caracteriza o sistema porta hepático?

A

É um sistema venoso peculiar que drena o território esplâncnico para outro sistema venoso, incluindo órgãos como esôfago, estômago, intestinos, fígado, vias biliares, pâncreas e baço.

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39
Q

Como a veia porta é formada?

A

Pela confluência da veia mesentérica superior com a veia esplênica, que também recebe a veia mesentérica inferior.

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40
Q

Quais são as manifestações clínicas da hipertensão porta?

A

Esplenomegalia, varizes esofágicas, varizes no fundo gástrico, recanalização da veia umbilical levando a varizes abdominais em cabeça de medusa e ascite.

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41
Q

Qual é a origem da ascite em casos de hipertensão porta?

A

Origina-se da hipertensão porta intra-hepática, onde o excesso de pressão provoca o extravasamento de líquido rico em proteínas do parênquima hepático, gerando ascite.

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42
Q

O que significa o termo “lágrima hepática” no contexto da hipertensão porta?

A

Refere-se ao fígado que progressivamente libera líquido rico em proteínas, resultando em um gradiente albumina soro-ascite alto (GASA ALTO).

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43
Q

: O que é o sistema porta hepático e quais territórios ele drena?

A

É um sistema venoso peculiar que drena o território esplâncnico (esôfago, estômago, intestinos, fígado, vias biliares, pâncreas e baço) para outro sistema venoso, principalmente a circulação venosa cava-sistêmica.

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44
Q

Quais são as principais manifestações clínicas da hipertensão porta?
5

A

Esplenomegalia, varizes esofágicas, varizes no fundo gástrico, recanalização da veia umbilical e ascite.

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45
Q

Quais condições podem causar hepatopatias crônicas e levantar a suspeita de uma etiologia varicosa da HDA?
4

A

Esteatose hepática alcoólica, esteatose hepática não alcoólica, hepatite B, hepatite C, entre outras. História de etilismo e sorologias positivas são indicativos.

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46
Q

: É possível ter hipertensão porta sem hepatopatia crônica? Em qual situação isso ocorre?

A

: Sim, na esquistossomose, que causa uma obstrução pré-sinusoidal resultando em hipertensão porta sem os sinais clássicos de hepatopatia.

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47
Q

Como suspeitar de uma HDA varicosa em pacientes sem sinais de hepatopatia crônica?

A

Considerar a HDA varicosa em pacientes com sinais de hipertensão porta e uma história epidemiológica compatível com esquistossomose, sem sinais clássicos de hepatopatia.

48
Q

Em casos de HDA varicosa, qual é a origem mais frequente do sangramento?

A

Varizes esofágicas, representando cerca de 90% dos casos.

49
Q

Se houver sangramento e a presença de varizes esofágicas e de fundo gástrico, a qual será atribuído o sangramento?

A

Ao esôfago, mesmo na presença concomitante de varizes de fundo gástrico.

50
Q

Em que situação as varizes de fundo gástrico podem ocorrer sem a presença de varizes esofágicas?

A

Em casos de tromboses de veia esplênica, como em traumas, pancreatite crônica, ou tumores, resultando em hipertensão porta seletiva.

51
Q

Qual é a conduta inicial após o diagnóstico clínico de Hemorragia Digestiva Alta (HDA)?

A

Compensação clínica do paciente.

52
Q

Quais medidas devem ser tomadas para monitorizar um paciente com HDA?

A

O paciente deve ser levado a um ambiente intensivo, monitorizando perfusão periférica, frequência cardíaca, pressão arterial, diurese, e colhendo um laboratório inicial para avaliar hemoglobina, plaquetas e INR.

53
Q

Qual medicamento é recomendado para estabilizar o coágulo sangrante na suspeita de sangramento péptico na HDA?

A

Inibidor de bomba de prótons em dose dobrada, como omeprazol 80mg EV.

54
Q

: Quando os análogos da somatostatina, como a terlipressina e o octreotide, são indicados no tratamento da HDA?

A

Na presença de estigmas de hepatopatia e sinais de hipertensão portal, aliados à suspeita de varizes esofágicas, devido ao seu efeito vasoconstritor esplâncnico que diminui o fluxo sanguíneo portal.

55
Q

Quais são os objetivos da reanimação volêmica e tratamento em um paciente com HDA?
3

A

Alcançar normocardia (<100 bpm), normotensão (PAS >90 mmHg e PAD >60 mmHg) e diurese >0,5 ml/kg/h, além da estabilização hemodinâmica para posterior realização de endoscopia diagnóstica e, se necessário, terapêutica.

56
Q

Quando a endoscopia é indicada na abordagem de um paciente com HDA?

A

: Após o paciente estar compensado e estabilizado, para topografar a origem do sangramento e possivelmente ser terapêutica.

57
Q

Quais são as primeiras medidas a serem tomadas na sala de emergência para um paciente com HDA?

A

Admissão na sala vermelha, monitorização, fornecimento de O2 suplementar via máscara não reinalante com reservatório a 100% (12 L/min), e estabelecimento de dois acessos venosos calibrosos.

58
Q

Qual a terapia inicial de fluidos recomendada para um paciente com HDA?

A

1 L de soro fisiológico 0,9% aberto de cada lado.

59
Q

Qual medicamento é administrado imediatamente a um paciente com suspeita de sangramento péptico na HDA?

A

80mg de omeprazol venoso.

60
Q

Em caso de estigma de hepatopatia em um paciente com HDA, quais medicamentos devem ser considerados?
2

A

Terlipressina venosa e norfloxacino.

61
Q

Que medidas de preparação são necessárias para potenciais necessidades transfusionais em um paciente com HDA?
3

A

Colher amostra de sangue para tipagem e contraprova, preparar 2 concentrados de hemácias disponíveis, e solicitar ao banco de sangue 2 bolsas não tipadas (O-) deixando “a postos”.

62
Q

Quando a transfusão é indicada no manejo de um paciente com HDA?

A

Em casos de choque hemorrágico classe III/IV, caracterizados por hipotensão já na apresentação inicial.

63
Q

Qual procedimento é recomendado para monitorar a função renal e o estado de hidratação de um paciente com HDA?

A

Sondagem vesical de demora e monitorização do débito urinário.

64
Q

Após estabilizar um paciente com HDA, qual é o próximo passo no manejo?

A

Ligar para a endoscopia e prepará-los para levar o paciente assim que ele estiver estável.

65
Q

Qual é a importância da oxigenação suplementar em pacientes com HDA e como deve ser administrada?

A

A oxigenação suplementar é crucial para garantir a oxigenação adequada dos tecidos durante a instabilidade hemodinâmica, administrada via máscara não reinalante com reservatório a 100% (12 L/min) até que o paciente esteja estabilizado.

66
Q

Por que é recomendado o estabelecimento de dois acessos venosos calibrosos em pacientes com HDA?

A

Para facilitar a administração rápida de fluidos e medicamentos, essencial na reanimação volêmica e estabilização do paciente.

67
Q

Além da transfusão de sangue, que preparações devem ser feitas para o manejo de emergência em um paciente com HDA?

A

Preparar noradrenalina e deixá-la a postos para uso imediato se necessário, além de coletar amostras de sangue para análises laboratoriais completas e garantir tipagem sanguínea e disponibilidade de hemocomponentes.

68
Q

Qual a razão para a administração de terlipressina e norfloxacino em pacientes com HDA e estigmas de hepatopatia?

A

: A terlipressina é um vasoconstritor esplâncnico que diminui o fluxo sanguíneo portal, reduzindo o risco de sangramento varicoso, enquanto o norfloxacino é um antibiótico usado para prevenir infecções bacterianas secundárias, comum em pacientes com hepatopatia.

69
Q

: Como a monitorização do débito urinário ajuda no manejo de pacientes com HDA?
3

A

Permite avaliar a resposta do paciente à reanimação volêmica, a função renal e o estado de hidratação, indicadores importantes da estabilidade hemodinâmica e da eficácia das intervenções.

70
Q

Quando a endoscopia deve ser realizada em um paciente com Hemorragia Digestiva Alta?

A

Dentro de 12-24 horas da instalação da HDA, após estabilização hemodinâmica do paciente e correção de anemia e coagulopatia graves.

71
Q

Qual é a principal função da endoscopia em pacientes com Hemorragia Digestiva Alta inicialmente?

A

Frequentemente é diagnóstica, devido à tendência de autorresolução dos sangramentos menores.

72
Q

Quais estratégias terapêuticas podem ser empregadas durante uma endoscopia em pacientes com HDA?
6

A

Injeção de vasoconstrictor (adrenalina), aplicação de clipes metálicos, ligaduras elásticas, injeção de substância esclerosante (cianoacrilato), eletrocauterização e ablação com feixe de argônio.

73
Q

Qual o papel da endoscopia diagnóstica nos casos de doença ulcerosa péptica na HDA?

A

: Identificar lesões ulcerosas com sangramento ativo ou sinais de sangramento recente e classificá-las segundo a Classificação de Forrest.

74
Q

Quais são os critérios da Classificação de Forrest para sangramentos na doença ulcerosa péptica?

A

1A. Sangramento arterial ativo.
1B. Babação de sangue ativo.
2A. Vaso visível sem sangramento.
2B. Coágulo aderido.
2C. Hematina na base pigmentada.
Base clara ou cicatriz, sem sangramento ativo.

75
Q

Como a Classificação de Forrest estratifica o risco de ressangramento em HDA péptica?

A

Estratifica o risco de ressangramento em alto para lesões 1A e 1B, intermediário para 2A, 2B e 2C, e baixo para lesões classificadas como 3.

76
Q

Qual é a importância de investigar a presença de H. pylori durante a endoscopia em pacientes com HDA péptica?

A

A investigação e subsequente erradicação do H. pylori são cruciais, pois esta bactéria é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de úlceras pépticas e pode influenciar o risco de ressangramento.

77
Q

Qual conduta é indicada para lesões de alto risco segundo a Classificação de Forrest?

A

Dupla terapia, combinando injeção de adrenalina com um segundo método, como eletrocauterização ou colocação de hemoclipes.

78
Q

Lesões classificadas como quais categorias na Classificação de Forrest são consideradas de alto risco de ressangramento?

A

: 1A (Arterial), 1B (Babação) e 2A (Vaso visível).

79
Q

Qual é a abordagem recomendada para lesões de risco intermediário (Forrest IIB) na HDA?

A

Tentativa de remoção do coágulo e reclassificação com base no achado subjacente para definir a conduta subsequente.

80
Q

: Como devem ser manejadas as lesões de baixo risco (Forrest IIC ou III) na HDA?

A

Não requerem medidas terapêuticas endoscópicas específicas devido ao baixo risco de ressangramento.

81
Q

O que deve ser feito em casos de ressangramento após o tratamento inicial segundo a Classificação de Forrest?

A

Pode-se optar pela realização de uma nova endoscopia para reavaliação, antes de considerar o tratamento cirúrgico.

82
Q

Quais são as etapas do tratamento para a doença ulcerosa péptica sangrante?

A

: Inicia-se com dupla terapia endoscópica, utilizando adrenalina e outro método terapêutico (como eletrocauterização ou colocação de hemoclipes), seguido por administração de inibidor de bomba de prótons (omeprazol) em dose dobrada como ataque e, depois, manutenção em dose plena por 4 semanas. É crucial também a suspensão de AINEs, se estiverem sendo usados, e a erradicação do H. pylori, caso presente.

83
Q

Quando está indicado o tratamento cirúrgico na HDA péptica?

A

Instabilidade hemodinâmica e 2ª refratariedade.

84
Q

: Qual é o tratamento endoscópico de eleição para as varizes esofágicas na HDA varicosa?

A

Ligadura elástica e terlipressina.

85
Q

Como são tratadas as varizes de fundo gástrico na HDA varicosa?

A

Com escleroterapia por cianoacrilato.

86
Q

Quais vasoconstrictores esplâncnicos são indicados no tratamento medicamentoso da HDA varicosa e qual é o seu papel?

A

Terlipressina (melhor opção) e octreotide, que reduzem o fluxo portal, controlam o sangramento, diminuem a chance de ressangramento e previnem a síndrome hepatorrenal.

87
Q

Qual a profilaxia indicada para prevenir a Peritonite Bacteriana Espontânea em pacientes com HDA varicosa?

A

Norfloxacino ou outra quinolona.

88
Q

Após estabilização do paciente com HDA varicosa, qual medicamento é iniciado para a profilaxia de ressangramento?

A

Propranolol.

89
Q

Em que situação é utilizado o Balão de Sengstaken-Blakemore na HDA varicosa?

A

Como medida de hemostasia em casos onde a endoscopia diagnóstica e terapêutica não foi efetiva ou disponível, e o paciente não atinge estabilidade clínica, persistindo em sangramento e deterioração clínica.

90
Q

Em que situações é indicado o uso do Balão de Sengstaken-Blakemore na HDA varicosa?

A

Em casos catastróficos onde o paciente com cirrose e estigmas de hipertensão porta continua sangrando ativamente apesar das medidas iniciais de estabilização, e não é possível realizar endoscopia imediatamente.

91
Q

Como é realizada a introdução e a verificação da correta colocação do Balão de Sengstaken-Blakemore?

A

Introduz-se o balão pelo nariz, semelhante a uma sonda nasogástrica, e verifica-se sua localização no estômago injetando ar e auscultando o epigástrio para ouvir um ruído hidroaéreo.

92
Q

Como o Balão de Sengstaken-Blakemore ajuda a controlar o sangramento em HDA varicosa?

A

O balão distal, gástrico, é insuflado com água destilada e tracionado para comprimir a origem da vasculatura ázigos na cárdia, reduzindo a transmissão da pressão porta e minimizando o sangramento das varizes.

93
Q

Por que e por quanto tempo o Balão de Sengstaken-Blakemore deve ser mantido?

A

Deve ser mantido por não mais que 24 horas para evitar o risco de ruptura esofágica, ganhando tempo para estabilizar o paciente e planejar procedimentos subsequentes como endoscopia ou TIPS.

94
Q

Quais cuidados devem ser tomados ao fixar o Balão de Sengstaken-Blakemore?

A

Após insuflar os componentes gástrico e esofágico, o balão é fixado tracionado na narina, estando ciente do risco de necrose de asa nasal devido à pressão exercida.

95
Q

: Qual é a última linha de tratamento para a Hemorragia Digestiva Alta varicosa quando falham o controle medicamentoso e endoscópico?

A

A descompressão do sistema porta por confecção de shunts portossistêmicos, incluindo o TIPS (Shunt Portossistêmico Intra-hepático Transjugular) e anastomoses vasculares cirúrgicas como a portocava (não seletivo) ou esplenorrenal (seletivo).

96
Q

Qual é o procedimento endovascular utilizado para descompressão do sistema porta na HDA varicosa?

A

TIPS (Shunt Portossistêmico Intra-hepático Transjugular), que envolve a colocação de um stent entre uma veia hepática e um dos ramos da veia porta.

97
Q

Quais são as possíveis complicações dos shunts portossistêmicos no tratamento da HDA varicosa?

A

Encefalopatia hepática, estenoses, tromboses ou sangramentos.

98
Q

: Qual é a estratégia de profilaxia primária para prevenção de sangramento em pacientes com varizes esofágicas por hipertensão porta?

A

Ligadura elástica seriada de varizes ou, quando não possível, o uso de betabloqueadores como propranolol. Esta abordagem se destina a pacientes com varizes de grosso ou médio calibre, ou com varizes de baixo calibre que possuem fatores de risco para sangramento.

99
Q

Quem são os candidatos à profilaxia primária para prevenção de sangramento por varizes esofágicas?

A

Pacientes com varizes de grosso ou médio calibre, e pacientes com varizes de baixo calibre que têm fatores de risco para sangramento, como classificação Child B, Child C, ou presença de red spots na endoscopia.

100
Q

Como é realizada a profilaxia secundária para prevenir o ressangramento em pacientes com varizes esofágicas?

A

Por meio de ligadura elástica seriada e uso de betabloqueadores. Esta abordagem é para pacientes que já tiveram episódios de sangramento por varizes e foram estabilizados.

101
Q

Qual é a causa e o tratamento padrão para a Síndrome de Mallory-Weiss?

A

A Síndrome de Mallory-Weiss é causada por lacerações longitudinais mucosas no esôfago distal e cárdia, frequentemente associadas a vômitos repetidos que aumentam a pressão intragástrica. O tratamento padrão inclui terapia conservadora com supressão ácida e antieméticos. A condição geralmente tem uma evolução benigna.

102
Q

: Qual é o tratamento indicado para Hemorragia Digestiva Alta varicosa refratária à terapia endoscópica e clínica?

A

: TIPS (Shunt Portossistêmico Intra-hepático Transjugular), um procedimento endovascular que coloca um stent entre uma veia hepática e um dos ramos da veia porta para descomprimir o sistema porta.

103
Q

: Quais são as alterações anatômicas vasculares que podem causar Hemorragia Digestiva Alta?

A

: Angiodisplasia, a anomalia vascular mais comum do trato gastrintestinal, e a Lesão de Dieulafoy, um vaso submucoso aberrante sangrante.

104
Q

Qual é o quadro clínico típico da Lesão de Dieulafoy?

A

Hematêmese e/ou melena de grande monta e de forma abrupta.

105
Q

: Como são diagnosticadas e tratadas a Lesão de Dieulafoy e a angiodisplasia?

A

: São diagnosticadas por endoscopia. A Lesão de Dieulafoy é tratada por ligadura por clipe, enquanto a angiodisplasia é tratada por ablação por plasma de argônio.

106
Q

O que é uma fístula aortoentérica e quais são suas causas comuns?

A

A fístula aortoentérica é a comunicação anormal entre a aorta abdominal e o trato entérico (duodeno), geralmente decorrente de uma ruptura de aneurisma de aorta abdominal ou de uma complicação do tratamento desse aneurisma, como ulceração por prótese endovascular.

107
Q

Qual é a apresentação clínica típica de uma fístula aortoentérica?

A

Uma Hemorragia Digestiva Alta maciça e catastrófica, frequentemente em pacientes com história de tratamento endovascular de aneurisma de aorta abdominal.

108
Q

Como é feito o diagnóstico da fístula aortoentérica?

A

Por tomografia, pois o paciente geralmente não consegue a estabilidade clínica necessária para uma endoscopia diagnóstica.

109
Q

: Qual é o tratamento para a fístula aortoentérica?

A

O reparo cirúrgico aberto ou endovascular/endoscópico, embora seja de mau prognóstico e associado a alta mortalidade.

110
Q

Quais são as complicações após o tratamento de uma fístula aortoentérica?

A

Além da fístula hemorrágica inicial, o paciente pode enfrentar uma fístula digestiva duodenal e o risco importante de contaminação do reparo aórtico, levando à infecção da prótese aórtica.

111
Q

: O que são Úlceras de Cameron?

A

: São lesões ulceradas na mucosa gástrica contidas numa hérnia hiatal, frequentemente diagnosticadas em pacientes com sintomas de doença do refluxo gastroesofágico.

112
Q

Como são tratadas as Úlceras de Cameron?

A

: Através de mono ou dupla terapia endoscópica, com a supressão ácida sendo uma indicação comum. Geralmente, têm evolução favorável.

113
Q

O que é Hemobilia e quais são seus sintomas típicos?

A

: Hemobilia é uma hemorragia para o trato biliar secundária a uma fístula arteriobiliar, manifestando-se tipicamente por hematêmese/melena, dor em hipocôndrio direito e icterícia.

114
Q

Qual é a causa mais frequente de Hemobilia?

A

: Mais comum em pacientes submetidos a instrumentação biliar/hepática recente ou que sofreram trauma abdominal contuso ou penetrante.

115
Q

Como é feito o diagnóstico de Hemobilia?

A

Pode ser diagnosticada por endoscopia, visualizando-se débito hemático pela papila duodenal, ou por exames de imagem contrastados.

116
Q

Qual é o tratamento inicial para Hemobilia?

A

O tratamento inicial é conservador e expectante. Em casos de persistência do sangramento, pode ser necessária a embolização arterial hepática por radiointervenção.