Pancreatite Aguda Flashcards
Quais são os sintomas clássicos da pancreatite aguda?
Dor abdominal, náuseas e vômitos, além de graus variados de Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS).
Quais são as principais etiologias da pancreatite aguda?
Biliar, alcoólica e idiopática.
Como a pancreatite aguda é classificada de acordo com sua repercussão orgânica?
Leve, moderada (uma falência orgânica transitória) e grave (duas falências orgânicas ou uma falência orgânica duradoura).
Leve, moderada (uma falência orgânica transitória) e grave (duas falências orgânicas ou uma falência orgânica duradoura).
A partir de 2 dos 3 critérios: dor abdominal, elevação de enzimas pancreáticas (amilase ou lipase) ou achados típicos na tomografia.
Quais são as principais complicações da pancreatite aguda?
Coleções peripancreáticas, necrose do pâncreas e infecção da necrose.
Qual é o tratamento inicial para a pancreatite aguda?
Tratamento conservador com jejum, hidratação e medidas de suporte.
Quando os antibióticos e procedimentos cirúrgicos são indicados na pancreatite aguda?
São reservados para complicações cirúrgicas locais iniciais e refratárias.
Quais são as funções do pâncreas?
O pâncreas possui funções endócrinas, como a produção de insulina e glucagon para o controle glicêmico, e funções exócrinas, como a secreção de enzimas digestivas.
Como ocorre a secreção e ativação das enzimas digestivas pancreáticas?
O estímulo inicial ocorre pela passagem do bolo alimentar no tubo digestivo, seguido por um segundo estímulo que ativa as enzimas digestivas, garantindo que a digestão ocorra apenas na presença de alimento.
O que é pancreatite aguda?
É uma doença inflamatória do pâncreas que se manifesta como um abdome agudo, com potencial gravidade e ampla variação clínica, resultando de uma autodigestão pancreática.
Qual é o mecanismo básico que leva à pancreatite aguda?
A ativação anômala do tripsinogênio em tripsina dentro do pâncreas leva à autólise (autodigestão) pancreática.
Quais são as consequências da pancreatite aguda?
Repercussão inflamatória local e sistêmica, que varia em gravidade e determina as manifestações clínicas do paciente.
Por que a pancreatite é considerada uma doença desafiadora na medicina?
Devido à sua pluralidade de manifestações, desde casos leves até casos extremamente graves, exigindo decisões terapêuticas prudentes para evitar intervenções desnecessárias.
Quais são os sintomas mais comuns da pancreatite aguda?
Dor abdominal intensa, progressiva, em faixa no andar superior do abdome (epigástrica), irradiando para o dorso, acompanhada de náuseas, vômitos e queda do estado geral.
Como a resposta inflamatória sistêmica (SIRS) se manifesta na pancreatite aguda?
A SIRS pode causar repercussões clínicas de diferentes gravidades, como dispneia, instabilidade hemodinâmica, desidratação, oligúria e rebaixamento do nível de consciência.
Quais são os sinais clínicos de complicações locais de necrose ou hemorragia na pancreatite aguda?
Sinal de Cullen (equimose periumbilical) e Sinal de Grey Turner (equimose nos flancos), indicativos de sangramento peritoneal.
Em que situação a pancreatite aguda pode simular uma peritonite cirúrgica?
Em casos graves e de exceção, pode haver sintomas de irritação peritoneal, mas a peritonite associada à pancreatite não é de origem cirúrgica.
Quais sinais indicam piora clínica em um paciente com pancreatite aguda?
Dispneia, instabilidade hemodinâmica, desidratação, oligúria e rebaixamento do nível de consciência indicam piora clínica devido à disfunção orgânica.
Quais são os critérios diagnósticos para a pancreatite aguda?
Presença de 2 dos 3 critérios: dor abdominal, elevação de enzimas pancreáticas (amilase e lipase) e tomografia de abdome com alterações sugestivas de pancreatite.
Quando a tomografia de abdome é indicada no diagnóstico de pancreatite aguda?
A tomografia é indicada principalmente em casos de dúvida diagnóstica, como em pacientes inconscientes ou sedados (ex.: UTI), ou quando as enzimas pancreáticas estão pouco alteradas e não são diagnósticas.
Quais são as enzimas pancreáticas utilizadas no diagnóstico da pancreatite aguda?
Amilase e lipase. Ambas se elevam em até 6 horas do início da dor, sendo a lipase mais sensível e específica, permanecendo elevada por até 7 dias.
Qual enzima pancreática é mais representativa para o diagnóstico de pancreatite aguda e por quê?
A lipase, pois tem maior sensibilidade e especificidade em comparação com a amilase e permanece elevada por mais tempo (até 7 dias).
Existe relação entre o grau de elevação das enzimas pancreáticas e a gravidade da pancreatite aguda?
Não, o grau de elevação das enzimas pancreáticas (amilase e lipase) não está relacionado à gravidade da doença.
Quais são os achados típicos de uma tomografia de abdome em um paciente com pancreatite aguda?
Edema do pâncreas, borramento da gordura adjacente, líquido livre associado, necrose do parênquima e coleções peripancreáticas.
Após o diagnóstico de pancreatite aguda, quais são os próximos passos na condução do caso?
Buscar a causa da pancreatite e avaliar a gravidade da doença.
Quais são as três principais causas de pancreatite aguda?
Biliar, alcoólica e idiopática.
Quais são outras possíveis causas de pancreatite aguda além das principais?
Medicamentos, autoimune, hipercalcemia, hipertrigliceridemia e trauma.
Quais classes de medicamentos podem causar pancreatite aguda?
Diuréticos (furosemida, tiazídicos)
Antibióticos (metronidazol, tetraciclina, sulfatrimetoprim)
Imunossupressores (azatioprina, aminossalicilatos)
Anticonvulsivantes (ácido valproico, carbamazepina)
Estrógenos
Qual é a causa mais frequente de pancreatite aguda e como ela pode ser identificada?
A litíase biliar é a causa mais frequente. O diagnóstico de pancreatite biliar pode ser difícil de determinar apenas pela clínica e frequentemente requer exames complementares.
Por que é importante identificar a etiologia da pancreatite aguda?
Identificar a causa permite remover um fator causal que possa perpetuar ou agravar a doença.
Como a história de ingesta alcoólica auxilia no diagnóstico da pancreatite aguda?
Uma história clara de consumo excessivo de álcool pode direcionar ao diagnóstico de pancreatite aguda alcoólica.
O que deve ser considerado em casos de pancreatite aguda sem causa identificada?
Considerar uma droga recém-introduzida na terapia do paciente como possível causa.
Qual é o primeiro passo na investigação da etiologia da pancreatite aguda?
Procurar por causa biliar, pois a litíase biliar é a principal e mais frequente causa de pancreatite aguda.
Quais alterações laboratoriais sugerem uma pancreatite de causa biliar?
Alterações em TGO, TGP, fosfatase alcalina (FA), GGT e bilirrubinas, especialmente uma elevação de 3 vezes na TGO.
Qual é o exame inicial para confirmar a causa biliar da pancreatite?
Ultrassonografia abdominal para identificar cálculos na vesícula biliar. A presença de cálculos na vesícula é suficiente para considerar a causa biliar.
Qual exame é mais sensível para investigar a causa biliar da pancreatite?
Ecoendoscopia (ultrassonografia por via endoscópica) é o exame mais sensível para investigar a causa biliar, especialmente em casos de microlitíase.
O que deve ser feito se não for encontrada litíase biliar?
Investigar outras causas, como ingesta alcoólica aguda, medicamentos recém-introduzidos, causas autoimunes, hipercalcemia e hipertrigliceridemia.
Como se firma o diagnóstico de pancreatite alcoólica?
Pela exclusão de litíase biliar e pela presença de um evento recente de alta ingesta alcoólica.
Quando considerar a pancreatite como idiopática?
Após excluir todas as outras causas, especialmente com o uso de ecoendoscopia para detectar microlitíase que pode passar despercebida em ultrassonografia convencional.
Como se diagnostica a pancreatite causada por hipercalcemia e hipertrigliceridemia?
Hipercalcemia: Detecção de níveis elevados de cálcio sérico.
Hipertrigliceridemia: Triglicérides acima de 500-1000 mg/dL no contexto de dislipidemia ou nutrição parenteral total.
Como a pancreatite aguda é classificada em termos de gravidade?
Leve: Sintomas típicos sem disfunção orgânica ou complicações locais.
Moderadamente grave: Uma disfunção orgânica de curta duração (<48h) e/ou complicações locais.
Grave: Disfunção orgânica persistente (>48h) ou múltiplas disfunções orgânicas.