PODER LEGISLATIVO E PROCESSO LEGISLATIVO Flashcards

1
Q

Qual é o período da sessão legislativa ordinária?

A

O Congresso reúne-se anualmente de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1 de agosto a 22 de dezembro.

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2
Q

Quais são as hipóteses de reuniões em sessão conjunta do congresso nacional (Câmara de Deputados e Senado Federal)?

A

I - inaugurar a sessão legislativa;
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.

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3
Q

A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á:

A

I - pelo PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República;

Il - pelo PRESIDENTE DA REPÚBLICA, pelos PRESIDENTES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E DO SENADO FEDERAL ou a requerimento da MAIORIA DOS MEMBROS DE AMBAS AS CASAS, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.

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4
Q

O que são as comissões parlamentares de inquérito (CPI)?

A

As comissões parlamentares de inquérito (CPI) são:

(1) comissões temporárias,

(2) criadas pela Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal ou pelo Congresso Nacional,

(3) com o fim de investigar fato determinado de interesse público,

(4) tratando-se de função típica do Poder Legislativo (fiscalização).

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5
Q

Quais são os requisitos para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito?

A

Requisitos para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito:

(1) Requerimento de UM TERÇO dos membros da Casa Legislativa;

(2) Indicação de FATO DETERMINADO a ser objeto de investigação;

(3) Fixação de um PRAZO CERTO para a conclusão dos trabalhos (temporalidade).

Obs: Uma vez cumpridos os três citados requisitos, a criação da comissão parlamentar de inquérito é determinada no mesmo ato da apresentação do requerimento ao Presidente da Casa Legislativa, independentemente de deliberação plenária. Sendo assim, com a entrega do requerimento ao Presidente da Casa, tem-se por criada a CPI.
a CPI. (RESGUARDA-SE O DIREITO DAS MINORIAS)

Aplica-se essa garantia das minorias aos membros das Assembleias Legislativas?
SIM.
Nesse sentido: garantia assegurada a 1/3 dos membros da Câmara ou do Senado estende-se aos membros das assembleias legislativas estaduais - garantia das minorias. O modelo federal de criação e instauração das CPls constitui matéria a ser compulsoriamente observada pelas casas legislativas estaduais. A garantia da instalação da CPI independe de deliberação plenária, seja da Câmara, do Senado ou da assembleia legislativa. (…) Não há razão para a submissão do requerimento de constituição de CPI a qualquer órgão da assembleia legislativa. Os requisitos indispensáveis à criação das CPIs estão dispostos, estritamente, no art. 58 da Constituição do Brasil/1988 (STF, ADI 3.619, rel. min. Eros Grau, j. 1º.8.2006, P, DJ de 20.4.2007).

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6
Q

O fato apurado em CPI deve ser único?

A

NÃO. O fato apontado não precisa ser único. Nada impede que a CPI investigue mais de um fato, desde que eles sejam DETERMINADOS. Inclusive, a indicação de fato determinado no momento da criação da CPI não impede a apuração de outros fatos conexos a ele, ou, ainda, de outros fatos inicialmente desconhecidos, que surgirem durante a investigação (BASTA O ADITAMENTO DO OBJETO DA CPI).

Nesse sentido, o STF tem ressaltado que as CPIs não estão impedidas de investigar fatos novos que se vinculem, intimamente, ao fato principal.

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7
Q

O modelo constitucional de criação das CPI’s deve ser observado pelos estados membros?

No âmbito federal, podem ser criadas CPIs simultâneas, pelas duas Casas do Congresso Nacional, para investigar o mesmo fato determinado?

A

SIM. A criação das CPI’s nos Estados, por força do pacto federativo, deve observar compulsoriamente o modelo federal.

IMPORTANTE! O STF já decidiu ser CONSTITUCIONAL que as Assembleias Legislativas estabeleçam LIMITES para a criação simultânea de CPIs. Ex. Vedação de criação de mais de 5 CPIs simultâneas.

No âmbito federal, em tese, podem ser criadas CPIs simultâneas, pelas duas Casas do Congresso Nacional, para investigar o mesmo fato determinado, em razão de suas autonomias.

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8
Q

CPI instaurada pelo Congresso Nacional ou uma de suas casas podem investigar irregularidades no âmbito estadual?

A

NÃO. Tendo em vista o federalismo adotado no Brasil, as CPI’s instaurada pelo Congresso Nacional ou uma de suas casas NÃO dispõem de poderes para investigar irregularidades no âmbito da competência material dos estados, DF e municípios. A recíproca é verdadeira. Isso porque, essa medida implicaria interferência indevida da União na esfera de autonomia desses entes federados.

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9
Q

O que as CPIs podem fazer?

A

AS CPIS PODEM:

(1) Afastar os sigilos bancário e fiscal do investigado.
Obs. 1: Apenas CPIs federais e estaduais.
Obs. 2: As municipais não podem.

(2) Requisitar dados telefônicos.
Observação: Não confunda com interceptação telefônica.

(3) Prender em flagrante por falso testemunho a testemunha.

(4) Notificar testemunhas, informantes e investigados e conduzi-los coercitivamente.
Obs.: A CPI, contudo, deverá respeitar o direito ao silêncio do investigado ou indiciado, que poderá deixar de responder às perguntas que possam incriminá-lo (STF, HC 80.584-PA, Rel. Min. Néri da Silveira, 08.03.2001).
Obs 2: Índio não pode ser obrigado a depor em CPI, pois conduzi-lo coercitivamente significa a sua retirada de sua terra (remoção forçada de sua terra), o que é vedado pela CR.

(5) convocar ministro de Estado;

(6) tomar depoimento de autoridade federal, estadual ou municipal.

(7) ir a qualquer ponto do território nacional para investigações e audiências públicas.

(8) requisitar informações e documentos de repartições públicas e autárquicas;

(9) requisitar funcionários de qualquer poder para ajudar nas investigações, inclusive policiais;

(10) determinar ao Tribunal de Contas da União (TCU) a realização de inspeções e auditorias;

(11) Determinar diligências, perícias, e exames, bem como requisitar informações e buscar todos os meios de prova admitidos;

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10
Q

O que as CPIs não podem fazer?

A

AS CPIS NÃO PODEM:

(1) Determinar a busca e apreensão domiciliar.
Obs.: POSSIBILIDADE, contudo, de a CPI ordenar busca e apreensão de bens, objetos e computadores, DESDE QUE ESSA DILIGÊNCIA NÃO SE EFETIVE EM LOCAL INVIOLÁVEL, como os espaços domiciliares, sob pena, em tal hipótese, de invalidade da diligência e de ineficácia probatória dos elementos informativos dela resultantes. domiciliar (STF, MS 33.663 MC, rel. min. Celso de Mello, dec. monocrática, j. 19.6.2015, DJEde 18.8.2015).

(2) Decretar a interceptação telefônica, quebra de sigilo de correspondência, ou determinar quebra do sigilo judicial (segredo de justiça);

(3) Expedir Ordem de prisão.

(4) Decretar medidas cautelares, tais como: indisponibilidade de bens, arrestos, sequestro, hipoteca judiciária ou, ainda, proibição de ausentar-se da comarca ou do país.

(5) Não pode proibir que o cidadão deixe o território nacional; determinar a apreensão de passaporte.

(6) Não pode condenar, pois não tem poder condenatório, mas sim e tão somente investigatório.

(7) impedir a presença de advogado do depoente na reunião (advogado pode: ter acesso a documentos da CPI; falar para esclarecer equívoco ou dúvida; opor a ato arbitrário ou abusivo; ter manifestações analisadas pela CPI até para impugnar prova ilícita).

(8) Convocar o Presidente da República e Governadores de Estado para prestarem informações e deporem sobre assuntos inerentes às suas atribuições.

(9) Convocar indígena na condição de testemunha para prestar depoimento fora de seu habitat.

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11
Q

Um magistrado pode ser convocado para depor em uma CPI?

A

Depende. Como regra, os poderes de investigação parlamentar NÃO alcançam os atos de natureza jurisdicional (aqueles praticados por membros do Poder Judiciário no desempenho de sua atividade jurisdicional), pois ofenderia a separação dos poderes. Contudo, o magistrado poderá ser convocado a depor sobre fatos relacionados a sua atuação administrativa, ou seja, como administrador público.

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12
Q

O poder da investigação das CPIs pode incidir sobre integrantes das populações indígenas?

A

SIM. Porém, há uma ressalva: a CPI não dispõe de competência para convocar o índio para depor fora da área indígena, ele deverá ser ouvido na área indígena.

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13
Q

A investigação parlamentar poderá incidir sobre negócios privados?

A

Como se nota, atos praticados na esfera privada NÃO SÃO IMUNES À INVESTIGAÇÃO PARLAMENTAR, desde que evidenciada a presença de interesse público potencial em tal proceder. (STF, MS 33.751, voto do rel. p/ o ac. min. Edson Fachin, j. 15.12.2015, 1a T, DJEde 31.3.2016).

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14
Q

Qual é o quórum das decisões nas CPIs?

A

A decisões das CPIs, com o atendimento de todos os requisitos, deverão ser tomada obedecendo-se o princípio da colegialidade, isto é, a medida só poderá ser adotada por deliberação da maioria absoluta dos membros da comissão parlamentar. Nesse sentido: STF, MS 24.817.

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15
Q

Governador pode ser obrigado a depor em CPI instaurada no Congresso Nacional?

A

Em juízo de delibação, não é possível a convocação de governadores de estados-membros da Federação por Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada pelo Senado Federal.
A convocação viola o princípio da separação dos Poderes e a autonomia federativa dos estados-membros. STF. Plenário. ADPF 848 MC-Ref/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 25.6.2021 (Info 1023).

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16
Q

A CPI pode impor penas caso apure a existência de ilícitos no relatório final?

A

NÃO. Sua função é somente investigar, produzir provas acerca do fato determinado que fundamentou sua criação. A CPI não acusa, não julga, não condena, não impõe pena.

As CPIs possuem PERMISSÃO LEGAL para encaminhar relatório circunstanciado não só ao Ministério Público e à AGU, mas, também, a outros órgãos públicos, podendo veicular, inclusive, documentação que possibilite a instauração de inquérito policial em face de pessoas envolvidas nos fatos apurados (art. 58, § 39, CRFB/1988, c/c art. 6º-A da Lei 1.579/1952, incluído pela Lei 13.367/2016) (STF, MS 35.216 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 17.11.2017, P, DJE de 27.11.2017).

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17
Q

Quais são as prerrogativas dos parlamentares?

A

São de duas ordens: imunidade material e imunidade formal.

A imunidade formal protege o parlamentar:
- contra a prisão civil ou penal e,
- relacionados a crimes praticados ANTES ou APÓS a diplomação, torna possível a sustação do andamento do processo penal instaurado pelo STF.

A imunidade material está prevista no caput do art. 53 da CF, que determina que os deputados e senadores são:
- invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras ou votos.

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18
Q

As imunidades parlamentares abrangem as prisões civis?

A

SIM. Segundo a jurisprudência do STF, essa vedação à prisão alcança inclusive as prisões civis, (ou seja, inclui o devedor de alimentos – se for parlamentar, não será preso).

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19
Q

Qual o efeito da sustação do andamento da ação contra o parlamentar?

A

Se a Casa Legislativa decidir pela sustação do andamento da ação contra o parlamentar, ocorrerá a suspensão da prescrição, enquanto perdurar o mandato. Findo o mandato, volta a fluir normalmente o prazo prescricional.

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20
Q

Como funciona a prerrogativa de foro dos congressistas? E qual é Entendimento do STF e do STJ sobre a restrição do foro?

A

A prerrogativa de foro dos congressistas está prevista no art. 53, §1o, da CF, que determina que os deputados e senadores,
- desde a expedição do diploma
- serão submetidos a julgamento perante o STF.

Para o STF, as normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por prerrogativa de função devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em razão dele.

Com base na decisão do STF que restringiu o foro por prerrogativa de função de senadores e deputados federais aos crimes cometidos durante o exercício do mandato e em razão da função pública, o STJ vem aplicando a mesma lógica em relação às pessoas detentoras de mandato eletivo com prerrogativa de foro perante ele.

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21
Q

A prerrogativa de foro abrange ações de natureza cível?

A

NÃO. A prerrogativa de foro NÃO alcança as ações de natureza cível ajuizadas contra congressistas. Isso porque a competência do foro especial restringe-se as ações de natureza penal. Não cabe ao STF processar e julgar, originariamente, as causas de natureza civil – ações de improbidade administrativa, ações populares, ACPs e etc.

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22
Q

As imunidades de deputados e senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante _________________.

A

o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, no caso de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional.

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23
Q

Qual é o prazo para o os Tribunais de Contas julgar a legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão? Qual é o termo inicial deste prazo? E qual é o seu fundamento?

A

Os Tribunais de Contas estão sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do processo à respectiva Corte de Contas, em atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima.

No voto, o Min. Relator ainda trouxe argumentos para a definição do prazo quinquenal, que foi o princípio da isonomia, já que o particular tem um prazo de 5 anos, como regra, para buscar seu direito em face do Poder Público (fundamentado no Decreto 20.910/32).
O raciocínio é: se o administrado tem o prazo de cinco anos para buscar qualquer direito contra a Fazenda Pública, também pode-se considerar que o Poder Público, no exercício do controle externo, teria o mesmo prazo para rever eventual ato administrativo favorável ao administrado.

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24
Q

De quem é a atribuição para executar crédito decorrente de multa aplicada por TCE a agente público municipal, em razão de danos causados ao erário municipal?

A

Tese de repercussão geral: O Município prejudicado é o legitimado para a execução de crédito decorrente de multa aplicada por Tribunal de Contas estadual a agente público municipal, em razão de danos causados ao erário municipal. STF. RE 1.003.433. Plenário, Sessão Virtual de 3.9.2021 a 14.9.2021.

A celeuma era se a atribuição era do Estado ou do Município. Na decisão, o Supremo salientou que o fato de não existir Corte de Contas no âmbito municipal não implica autorização para que o estado proceda à cobrança, sendo a municipalidade titular do crédito. O entendimento prevalecente é de que o acessório segue a sorte do principal. Aplicando tal princípio ao caso, se a multa foi aplicada em razão de uma ação de agente público em detrimento do município ao qual serve, não há nenhum sentido em que tal valor reverta par aos cofres do estado-membro a que vinculado o Tribunal de Contas.

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25
Q

O prazo previsto para a convocação de suplente, no caso de licença de parlamentar para tratar de interesses particulares, é de observância obrigatória pelos estados-membros?

A

O prazo previsto para a convocação de suplente, no caso de licença de parlamentar para tratar de interesses particulares (art. 56, § 1o, CF/88), é de observância obrigatória pelos estados-membros e deve ser adotado pelas respectivas Assembleias Legislativas.
Art. 56 (…) § 1o O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.
STF. Plenário. ADI 7253/AC, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 22.05.2023 (Info 1095)

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26
Q

V ou F

Não se admite que norma estadual crie outras modalidades de controle ou inovem a forma de exercício desse controle ultrapassando aquilo que foi previsto na Constituição Federal, sob pena de violação ao princípio da separação dos poderes.

A

Verdadeiro.

Não se admite que norma estadual crie outras modalidades de controle ou inovem a forma de exercício desse controle ultrapassando aquilo que foi previsto na Constituição Federal, sob pena de violação ao princípio da separação dos poderes (art. 2o). STF. Plenário. ADI 4700/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 13.12.2021 (Info 1041).

Princípio da colegialidade

A Constituição Federal, em matéria de fiscalização, inclusive financeira, operacional e orçamentária, instituiu o princípio da colegialidade para impessoalizar seu discurso e respeitar a separação de poderes.
Para isso, estabeleceu um protocolo mínimo de diálogo entre as instituições.
O que significa isso? Quer dizer que, em regra, os atos de fiscalização do Poder Legislativo são realizados mediante atuação do colegiado (Mesa Diretora, Plenário, Comissões) e não pela atuação individual dos parlamentares.

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27
Q

V ou F

O art. 57, § 4o, da CF, é norma de reprodução obrigatória por parte dos Estados-membros. Desta forma é inconstitucional a reeleição em número ilimitado, para mandatos consecutivos, dos membros das Mesas Diretoras das Assembleias Legislativas Estaduais para os mesmos cargos que ocupam, não sendo-lhes permitida a recondução.

A

Falso.

O art. 57, § 4o, da CF, não é norma de reprodução obrigatória por parte dos Estados-membros. 2. É inconstitucional a reeleição em número ilimitado, para mandatos consecutivos, dos membros das Mesas Diretoras das Assembleias Legislativas Estaduais para os mesmos cargos que ocupam, sendo-lhes permitida uma única recondução. STF. Plenário. ADI 6720/AL, ADI 6721/RJ e ADI 6722/RO, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 24.9.2021 (Info 1031).

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28
Q

V ou F

É constitucional norma estadual que estabeleça o pagamento a parlamentar — no início e no final de cada sessão legislativa — de ajuda de custo correspondente ao valor do próprio subsídio mensal.

A

Verdadeiro.

É constitucional norma estadual que estabeleça o pagamento a parlamentar — no início e no final de cada sessão legislativa — de ajuda de custo correspondente ao valor do próprio subsídio mensal. STF. Plenário. ADI 6468/SE, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 2.8.2021 (Info 1024).

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29
Q

É possível a prorrogação da competência criminal originária do Supremo Tribunal Federal, quando o parlamentar, sem solução de continuidade, encontrar-se investido, em novo mandato federal, mas em casa legislativa federal diversa?

A

Sim.

É possível a prorrogação da competência criminal originária do Supremo Tribunal Federal, quando o parlamentar, sem solução de continuidade, encontrar-se investido, em novo mandato federal, mas em casa legislativa federal diversa. STF. Plenário. Pet 9189, Rel. Min. ROSA WEBER, Relator(a) p/ Acórdão: Edson Fachin, julgado em 12.05.2021.

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30
Q

É permitida a reeleição sucessiva para o mesmo cargo de direção dos Tribunais de Contas?

A

É permitida apenas uma reeleição (ou recondução) sucessiva para o mesmo cargo de direção dos Tribunais de Contas. Isso porque, de acordo com a Corte, à semelhança do que ocorre na regulamentação constitucional para chefe do Executivo, é necessário que se assegure a alternância no exercício do poder. STF. Plenário. ADI 7180/AP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 19.04.2024.

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31
Q

V ou F

A atividade legislativa e a de julgar o presidente da República nos crimes de responsabilidade são funções típicas do Poder Legislativo.

A

Falso.

As funções atípicas do Poder Legislativo são administrar e julgar. O Legislativo exerce função atípica administrativa quando, por exemplo, dispõe sobre sua organização interna ou sobre a criação dos cargos públicos de suas Casas, a nomeação, a promoção e a exoneração de seus servidores. O desempenho da função atípica de julgar ocorre, especialmente, quando o Senado Federal julga certas autoridades da República nos crimes de responsabilidade (CF, art. 52, I, II e parágrafo único).

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32
Q

No tribunal de contas estadual, como é feita a escolha dos sete conselheiros?

A

Súmula n. 653 do STF: No tribunal de contas estadual, composto por sete conselheiros, quatro devem ser escolhidos pela assembleia legislativa e três pelo chefe do Poder Executivo estadual, cabendo a este indicar um dentre auditores e outro dentre membros do Ministério Público, e um terceiro à sua livre escolha.

Obs: ordem diferente de algumas Constituições Estaduais.

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33
Q

V ou F

É inconstitucional norma da Constituição Estadual que preveja a possibilidade de a
Assembleia Legislativa convocar o Presidente do TJ ou o PGJ para prestar informações, sob pena de crime de responsabilidade.

A

Verdadeiro.

É inconstitucional norma da Constituição Estadual que preveja a possibilidade de a
Assembleia Legislativa convocar o Presidente do TJ ou o PGJ para prestar informações, sob pena de crime de responsabilidade. Precedente: ADI 2911 (Info 977).

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34
Q

V ou F

É constitucional norma local que estabeleça a competência do tribunal de contas para realizar exame prévio de validade de contratos firmados com o poder público.

A

Falso.

É inconstitucional norma local que estabeleça a competência do tribunal de contas para realizar exame prévio de validade de contratos firmados com o poder público. Precedente: ADI 916.

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35
Q

V ou F

É constitucional resolução da Assembleia Legislativa que, com base na imunidade parlamentar formal, revoga a prisão preventiva e as medidas cautelares penais que haviam sido impostas pelo Poder Judiciário contra Deputado Estadual, determinando o pleno retorno do parlamentar ao seu mandato.

A

Verdadeiro.

É constitucional resolução da Assembleia Legislativa que, com base na imunidade parlamentar formal (art. 53, § 2o c/c art. 27, § 1o da CF/88), revoga a prisão preventiva e as medidas cautelares penais que haviam sido impostas pelo Poder Judiciário contra Deputado Estadual, determinando o pleno retorno do parlamentar ao seu mandato. O Poder Legislativo estadual tem a prerrogativa de sustar decisões judiciais de natureza criminal, precárias e efêmeras, cujo teor resulte em afastamento ou limitação da função parlamentar. Precedentes: ADI 5823 MC/RN, ADI 5824 MC/RJ e ADI 5825 MC/MT (Info 939).

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36
Q

V ou F

O fato de o parlamentar estar na Casa legislativa no momento em que proferiu as declarações afasta a possibilidade de cometimento de crimes contra a honra, mesmo nos casos em que as ofensas são divulgadas pelo próprio parlamentar na Internet.

A

Falso.

O fato de o parlamentar estar na Casa legislativa no momento em que proferiu as declarações não afasta a possibilidade de cometimento de crimes contra a honra, nos casos em que as ofensas são divulgadas pelo próprio parlamentar na Internet. Precedente: PET 7174/DF (Info 969).

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37
Q

V ou F

São inconstitucionais as normas do Tribunal de Contas do Estado que regulamentam práticas de fiscalização e prestação de contas de recursos públicos repassados a entidades privadas sem fins lucrativos, por meio do Sistema Integrado de Transferências.

A

Falso.

São constitucionais as normas do Tribunal de Contas do Estado que regulamentam práticas de fiscalização e prestação de contas de recursos públicos repassados a entidades privadas sem fins lucrativos, por meio do Sistema Integrado de Transferências (SIT). Precedente: ADI 4872/PR, julgado em 15/02/2023 (Info 1083 do STF).

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38
Q

Se o titular do mandato eletivo, sem justa causa, decidir sair do partido político no qual foi eleito, ele perderá o cargo que ocupa?

A

a) Se for um cargo eletivo MAJORITÁRIO: NÃO

A perda do mandato em razão de mudança de partido não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário, sob pena de violação da soberania popular e das escolhas feitas pelo eleitor.

b) Se for um cargo eletivo PROPORCIONAL: SIM

O mandato parlamentar conquistado no sistema eleitoral proporcional pertence ao partido político.
Assim, se o parlamentar eleito decidir mudar de partido político, ele sofrerá um processo na Justiça Eleitoral que poderá resultar na perda do seu mandato. Neste processo, com contraditório e ampla defesa, será analisado se havia justa causa para essa mudança.
O assunto está disciplinado na Resolução 22.610/2007 do TSE, que elenca, inclusive, as hipóteses consideradas como “justa causa”. Precedente: Info 787 do STF.

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39
Q

V ou F

Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

A

Verdadeiro.

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

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40
Q

V ou F

Compete privativamente ao Senado Federal exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

A

Falso.

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

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41
Q

É vedada a edição de medidas provisórias sobre quais matérias? (7)

A

a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;

b) direito penal, processual penal e processual civil;

c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;

d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;

e) que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;

f) reservada a lei complementar;

g) já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

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42
Q

V ou F

Considerando os dispositivos constitucionais a respeito do Poder Legislativo, o Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, eleitos segundo o princípio majoritário.

A

Gabarito: Falso

Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.

*O dispositivo NÃO menciona os Territórios!

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43
Q

V ou F

As deliberações de cada Casa do Congresso Nacional e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros, salvo disposição constitucional em contrário.

A

Gabarito: Verdadeiro

Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

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44
Q

V ou F

Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre telecomunicações e radiodifusão.

A

Gabarito: Verdadeiro

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias d e competência da União, especialmente sobre:
[…]
XII - telecomunicações e radiodifusão;

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45
Q

V ou F

Segundo o que dispõe a Constituição Federal, é da competência exclusiva do Congresso Nacional fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta.

A

Gabarito: Verdadeiro

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
[…]
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;

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46
Q

V ou F

Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, somente mediante convocação das respectivas mesas, para expor assunto de relevância de seu
Ministério.

A

Gabarito: Falso

Art. 50. […]

§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, POR SUA INICIATIVA E MEDIANTE ENTENDIMENTOS COM A MESA RESPECTIVA, para expor assunto de relevância de seu Ministério.

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47
Q

V ou F

Segundo o que dispõe a Constituição Federal, é da competência exclusiva do Congresso Nacional: aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato.

A

Gabarito: Falso

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
[…]
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato;

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48
Q

V ou F

Perderá o mandato o Deputado ou Senador, perda essa que será declarada pela Mesa da Casa respectiva, assegurada ampla defesa, que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada.

A

Gabarito: Verdadeiro

Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
[…]
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
[…]
§ 3° - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

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49
Q

V ou F

Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medida provisória, com força de lei, devendo submetê-la de imediato ao Congresso Nacional, sendo VEDADA a produção imediata de seus efeitos no caso de instituição ou majoração do imposto sobre a renda, porque os efeitos dessa MP serão produzidos somente no exercício financeiro seguinte àquele em que houver sido convertida em lei, até o último dia daquele em que foi editada.

A

Gabarito: Verdadeiro

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
[…]
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

50
Q

V ou F

Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma independente, sistema de controle interno, com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

A

Gabarito: Falso

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, DE FORMA INTEGRADA, sistema de controle interno com a finalidade de:
[…]
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

51
Q

V ou F

Os responsáveis pelo controle externo, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas competente, sob pena de responsabilidade subsidiária.

A

Gabarito: Falso

Art. 74, § 1° Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

52
Q

V ou F

A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição Federal.

A

Gabarito: Verdadeiro

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

53
Q

V ou F

São de iniciativa privativa do Presidente da República, dentre outras, as leis que disponham sobre criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração.

A

Gabarito: Verdadeiro

Art. 61 […]
§1° São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
[…]

Il -disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;

54
Q

V ou F

Considere que a Administração pública estadual pretenda Implementar um processo de reorganização, objetivando aumentar a eficiência na execução de determinadas atividades e prestação de serviços, a partir da especialização, e mediante desconcentração e descentralização. Nesse contexto, afigura-se juridicamente viável, entre outras possíveis alternativas, extinção de órgãos e de cargos vagos, o que pode ser feito independentemente de lei, e transformação de autarquias e empresas públicas, na forma autorizada por lei.

A

Gabarito: Falso

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
[…]

X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b;

55
Q

V ou F

A discussão e votação do projeto de lei que disponha sobre a organização da Defensoria Pública da União terá início na Câmara dos Deputados, sendo que leis que tratam dessa matéria são de iniciativa privativa do Presidente da República.

A

Gabarito: Verdadeiro

Art. 61.A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
§ 1ºSão de iniciativa PRIVATIVA do
Presidente da República as leis que:
[…]
Il - disponham sobre:
[…]
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;

56
Q

Compete privativamente à Câmara dos Deputados:

A

Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:

I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;

III - elaborar seu regimento interno;

IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;

V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

57
Q

V ou F

Compete aos municípios a
execução de crédito decorrente de multas simples, aplicadas por Tribunais de Contas estaduais a agentes públicos municipais, em razão da inobservância das normas de Direito Financeiro ou, ainda, do descumprimento dos deveres de colaboração impostos, pela legislação, aos agentes públicos fiscalizados.

A

Falso.

O ente federativo lesado tem legitimidade para executar imputação de débito e multa proporcional ao dano causado ao erário impostas pelos Tribunais de Contas.
Por sua vez, quando se tratar de multa simples – aplicada em razão da inobservância de normas financeiras, contábeis e orçamentárias, ou como consequência direta da violação a deveres de colaboração (obrigações acessórias) que os agentes fiscalizados devem guardar em relação ao órgão de controle –, o ente político a que vinculado o Tribunal de Contas que possui legitimidade para sua cobrança.

Logo, o Estado-membro é parte legítima para executar crédito decorrente de multas simples aplicadas por Tribunal de Contas do Estado, mesmo que a autoridade punida seja um gestor municipal.

STF. Plenário. ADPF 1.011/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 01/07/2024 (Info 1143).

58
Q

V ou F

É constitucional a criação de órgão para assessoramento e consultoria jurídica de Tribunal de Contas, podendo, todavia, realizar a representação judicial da Corte exclusivamente nos casos em que discutidas prerrogativas institucionais ou a autonomia do TCE.

A

Verdadeiro.

Teses fixadas pelo STF:

  1. É constitucional a criação de órgão para assessoramento e consultoria jurídica de Tribunal de Contas, podendo, todavia, realizar a representação judicial da Corte exclusivamente nos casos em que discutidas prerrogativas institucionais ou a autonomia do TCE.
  2. É inconstitucional, por violação ao art. 37, II, da CF/88, o aproveitamento de servidores titulares de cargos públicos diversos, por designação, para atuarem como advogados do Tribunal de Contas.
    STF. Plenário. ADI 7.177/PR, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, julgado em 07/08/2024 (Info 1144).
59
Q

V ou F

No âmbito da tomada de contas especial, é possível a condenação administrativa de Chefes dos Poderes
Executivos municipais, estaduais e distrital pelos Tribunais de Contas, quando identificada a responsabilidade pessoal em face de irregularidades no cumprimento de convênios interfederativos de repasse de verbas, sem necessidade de posterior julgamento ou aprovação do ato pelo respectivo Poder Legislativo.

A

Verdadeiro.

A manifestação do Poder Legislativo é necessária apenas em relação às contas anuais (contas de governo).
Nos demais atos de gestão, o Tribunal de Contas pode agir de forma independente.

Neste sentido: No âmbito da tomada de contas especial, é possível a condenação administrativa de Chefes dos Poderes Executivos municipais, estaduais e distrital pelos Tribunais de Contas, quando identificada a
responsabilidade pessoal em face de irregularidades no cumprimento de convênios interfederativos de
repasse de verbas, sem necessidade de posterior julgamento ou aprovação do ato pelo respectivo Poder
Legislativo.

STF. Plenário. ARE 1.436.197/RO, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/12/2023 (Repercussão Geral – Tema
1.287) (Info 1121).

60
Q

V ou F

É constitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que altera a destinação dos valores arrecadados com a cobrança de multas aplicadas pelo Tribunal de Contas.

A

Verdadeiro.

TESE: É constitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que altera a destinação dos valores arrecadados com a cobrança de multas aplicadas pelo Tribunal de Contas. STF. Plenário. ADI 6.557/MT, Rel. Min. Cristiano Zanin, julgado em 19/08/2024 (Info 1147).

Os Tribunais de Contas possuem competência privativa para iniciar o processo legislativo sobre sua organização e funcionamento, conforme arts. 73 e 96, II, “d”, da CF/88, aplicáveis aos Tribunais de Contas dos Estados por força do art. 75 da CF/88.
A lei impugnada não trata da organização ou funcionamento interno do TCE, mas sim da destinação de receitas públicas, matéria relacionada à titularidade dos recursos do Estado e que não interfere na autonomia do Tribunal de Contas.
A jurisprudência do STF é pacífica ao reconhecer que os valores arrecadados com multas aplicadas pelos Tribunais de Contas pertencem ao ente público responsável ou ao ente mantenedor do tribunal, permitindo que o legislador estadual defina a destinação dessas receitas.

61
Q

Quais espécies legislativas respeitam a regra da irrepetibilidade absoluta?

A
  1. Emenda Constitucional: irrepetibilidade absoluta

Art. 60, § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

  1. Medida Provisória: irrepetibilidade absoluta

Art. 62, § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

  1. Leis: irrepetibilidade relativa

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

62
Q

V ou F

É inconstitucional Lei estadual que prevê que os Conselheiros do TCE não podem exercer comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista.

A

Falso.

É constitucional norma de Lei Orgânica de Tribunal de Contas estadual que veda a seus membros o exercício do comércio ou a participação em sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou quotista sem poder de voto ou participação majoritária.
STF. Plenário. ADI 3.815/PR, Rel. Min. Dias Toffoli, redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgado em
09/09/2024 (Info 1149).

63
Q

V ou F

A emenda à Constituição será promulgada pela Mesa do Congresso Nacional, com o respectivo número de ordem.

A

Falso.

CF: Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: (…)

§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

64
Q

V ou F

O número total de Deputados, bem como representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei ordinária, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.

A

Art. 45° A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
§ 1º O número total de Deputados, bem como representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.

65
Q

V ou F

Às comissões das casas do Congresso Nacional, em razão da matéria de sua competência, cabe discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um terço dos membros da Casa.

A

Falso.

CF, Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.

§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;

66
Q

V ou F

É possível que um projeto de lei seja aprovado sem jamais haver sido apreciado pelo Plenário, quer da Câmara, quer do Senado.

A

Verdadeiro.

O inc. I do §2º do art. 58 da CF traz o que a doutrina nomina procedimento legislativo abreviado, o qual, segundo Gilmar Mendes e Paulo Gonet Branco, constitui a possibilidade de as Comissões discutirem e votarem projeto de lei que dispense, na forma regimental, a competência do Plenário. Em outras palavras, é possível que um projeto de lei seja aprovado sem jamais haver sido apreciado pelo Plenário, quer da Câmara, quer do Senado.

67
Q

Compete privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:

A

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) Presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar.

68
Q

V ou F

Compete privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente.

A

Falso.

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;

69
Q

V ou F

Compete privativamente ao Senado Federal estabelecer limites globais e condições para montante da dívida mobiliária federal.

A

Falso.

CF, Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a SANÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (mediante lei), não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre TODAS as matérias de competência da União, especialmente sobre:

XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.

70
Q

V ou F

A imunidade formal em relação ao processo só alcança crimes praticados após a diplomação do mandato em curso.

A

Verdadeiro.

A imunidade formal em relação ao PROCESSO só alcança crimes praticados APÓS a diplomação do mandato em curso. Se o crime foi praticado antes da diplomação do mandato em curso, não há que se falar em imunidade, isto é, não há nenhuma possibilidade de a Casa Legislativa sustar o andamento da ação (mas incide a imunidade em relação a prisão).

71
Q

Uma vez apresentado o pedido de sustação, pelo partido político, de processo contra parlamentar, a Casa Legislativa deverá apreciá-lo no prazo de quantos dias? Qual o quórum para sustar o processo?

A

Uma vez apresentado o pedido de sustação pelo partido político, a Casa Legislativa deverá apreciá-lo no prazo IMPRORROGÁVEL de 45 dias, a contar do seu recebimento pela Mesa Diretora.

Pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.

72
Q

Se um Desembargador ou Procurador de Justiça praticar crime que não esteja relacionado com o exercício de suas funções (ex: lesão corporal contra a esposa), ele será julgado pelo juízo de 1a instância?

A

NÃO.

O Superior Tribunal de Justiça é o tribunal competente para o julgamento nas hipóteses em que, não fosse a prerrogativa de foro (art. 105, I, da Constituição Federal), o desembargador acusado houvesse de responder à ação penal perante juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo tribunal.
Assim, mesmo que o crime cometido pelo Desembargador não esteja relacionado com as suas funções, ele será julgado pelo STJ se a remessa para a 1a instância significar que o réu seria julgado por um juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo tribunal que o Desembargador.
A manutenção do julgamento no STJ tem por objetivo preservar a isenção (imparcialidade e independência) do órgão julgador.
STJ. Corte Especial. QO na APn 878-DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 21.11.2018 (Info 639).

Considerando que a previsão da prerrogativa de foro da Magistratura e do Ministério Público encontra-se descrita no mesmo dispositivo constitucional (art. 96, III, da CF/88), seria desarrazoado conferir-lhes tratamento diferenciado. STJ. 3a Seção. CC 177.100-CE, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 08.09.2021 (Info 708).

73
Q

Estabelece a CF que os congressistas NÃO perderão o mandato em quais casos de afastamento?

A

Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:

I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária;

II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.

74
Q

V ou F

Com o afastamento do Poder Legislativo para exercer cargo no Executivo, o parlamentar não leva consigo as imunidades (material e processual), e perde o direito de prerrogativa de foro perante o STF.

A

Falso.

Com o afastamento do Poder Legislativo para exercer cargo no Executivo, o parlamentar não leva consigo as imunidades (material e processual), mas mantém o direito de prerrogativa de foro perante o STF.

75
Q

V ou F

A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.

A

Verdadeiro.

CF, Art 53, § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.

76
Q

Os Deputados e Senadores não poderão desde a EXPEDIÇÃO DO DIPLOMA:

A

CF, Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:

I - desde a EXPEDIÇÃO DO DIPLOMA:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis “ad nutum”, nas entidades constantes da alínea anterior;

77
Q

V ou F

Na apreciação, pelo TCU, da legalidade de atos de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão, o contraditório e a ampla defesa devem ser assegurados apenas no ato de reforma.

A

Falso.

Súmula Vinculante n. 03: “Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.”

78
Q

Os VEREADORES dispõem das mesmas prerrogativas e imunidades asseguradas aos congressistas?

A

Os VEREADORES não dispõem das mesmas prerrogativas e imunidades asseguradas aos congressistas. Os parlamentares da câmara municipal, só possuem imunidade material, sendo invioláveis por suas palavras, opiniões e votos no exercício do mandato e na circunscrição do município (art. 29, VIII), mas não dispõem da prerrogativa concernente à imunidade formal, ou seja, em relação ao processo, razão pela qual poderão sofrer persecução penal por quaisquer delitos, sem possibilidade de sustação do andamento da ação pela câmara municipal, e da mesma forma, poderão ser presos durante a vigência do mandato, pois não são a eles aplicáveis as prerrogativas da imunidade processual em relação a prisão.

79
Q

Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:

A

CF Art. 73. § 1º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:

I - mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional no 122, de 2022).

II - idoneidade moral e reputação ilibada;

III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;

IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior.

80
Q

Qual é o prazo para o Congresso Nacional ou o Poder Executivo efetivar as medidas cabíveis para sanar as irregularidades verificadas nos contratos administrativos?

A

Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de 90 dias, não efetivar as medidas cabíveis para sanar a irregularidade verificada no contrato, o TCU adquirirá competência para decidir a respeito, (art. 71, §2º).

81
Q

O TCU pode expedir medidas cautelares?

A

SIM.

Segundo o STF, o TCU dispõe de legitimidade para a expedição de medidas cautelares, a fim de prevenir a ocorrência de lesão ao erário e ao direito alheio, bem como de garantir a efetividade de suas decisões (inclusive sem a oitiva da parte contrária). Essa prerrogativa decorre da “teoria dos poderes implícitos” – o fato do art. 71 outorgar diversas atribuições ao TCU implica reconhecer os meios para a realização de tais atribuições.

82
Q

TCU pode determinar quebra de sigilo bancário?

A

NÃO. O TCU NÃO dispõe de competência para determinar a quebra de sigilo bancário das pessoas submetidas ao seu controle (MS 22934/DF).

83
Q

Se o Tribunal de Contas já tiver feito o registro da aposentadoria e, depois, pretenda anular sua própria decisão? Essa decisão está sujeita a um prazo decadencial?

A

Sim.

A orientação jurisprudencial do STJ é a de que, se no caso não haja exercício do controle de legalidade por Tribunal de Contas, envolvendo concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão, e sim da revisão de ato administrativo que originou vantagem salarial, o prazo decadencial de 5 anos começa a ser contado da prática do ato (e não de eventual decisão do Tribunal de Contas).

84
Q

V ou F

O TCU possui competência para decretar, no início ou no curso de qualquer procedimento de apuração que lá tramite, a indisponibilidade dos bens do responsável, ainda que sem audiência da parte contrária.

A

Verdadeiro.

O STF entende que essa previsão é constitucional, de forma que se admite, ainda que de forma excepcional, a concessão, sem audiência da parte contrária, de medidas cautelares, por deliberação fundamentada do Tribunal de Contas, sempre que necessárias à neutralização imediata de situações que possam causar lesão ao interesse público ou ainda para garantir a utilidade prática do processo que tramita no TCU. Isso não viola, por si só, o devido processo legal nem qualquer outra garantia constitucional, como o contraditório ou a ampla defesa. STF. 2a Turma. MS 33092/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 24/3/2015 (Info 779).

85
Q

V ou F

É constitucional norma distrital que preveja o pagamento de gratificação ao Conselheiro pelo exercício da Presidência do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).

A

Falso.

É inconstitucional norma distrital que preveja o pagamento de gratificação ao Conselheiro pelo exercício da Presidência do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Precedente: ADI 6.126/DF, julgado em 18/4/2023 (Info 1091 do STF).

86
Q

V ou F

É inconstitucional norma que preveja que os auditores dos Tribunais de Contas emitam pareceres opinativos.

A

Verdadeiro.

É inconstitucional norma que preveja que os auditores dos Tribunais de Contas emitam pareceres opinativos. Precedente: ADI 5.530/MS, julgado em 22/05/2023 (Info 1096 do STF).

87
Q

V ou F

É constitucional norma estadual decorrente de emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa do Tribunal de Contas estadual que veicule regras sobre prescrição e decadência a ele aplicáveis.

A

Verdadeiro.

É constitucional norma estadual decorrente de emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa do Tribunal de Contas estadual que veicule regras sobre prescrição e decadência a ele aplicáveis.
STF. Plenário. ADI 5384/MG, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 27/5/2022 (Info 1056).

88
Q

V ou F

Os ministros do TCU terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e somente poderão aposentar-se com as vantagens do cargo quando o tiverem exercido efetivamente por mais de cinco anos.

A

Falso.

Art. 73§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.

OBS: Antes da EC 20 de 1988 havia a seguinte previsão Constitucional:

§ 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça e somente poderão aposentar-se com as vantagens do cargo quando o tiverem exercido efetivamente por mais de cinco anos.Essa disposição foi revogada pela supracitada emenda.

89
Q

V ou F

O Tribunal de Contas da União (TCU) é competente para fiscalizar a legalidade dos atos de admissão de servidores efetivos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

A

Verdadeiro.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

_________________
Apenas acrescentando uma pegadinha já feita: Compete ao TCU apreciar as nomeações para cargo de provimento em comissão. () certo (x) errado

90
Q

V ou F

A imunidade material dos integrantes do Poder Legislativo protege-os apenas de imputações de caráter penal.

A

Falso.

A imunidade material confere inviolabilidade civil e penal, conforme art. 53, da CF.

Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

IMUNIDADES PARLAMENTARES

a) Materiais (reais ou substantivas)
• Abrange palavras, opiniões e votos;
• Afasta a responsabilidade penal e civil.

b) Formais (procedimentais ou adjetivas)
• Aspectos relacionados à prisão e ao processo criminal contra parlamentares.

91
Q

V ou F

As comissões parlamentares de inquérito, embora tenham poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, não podem determinar, mesmo que fundamentadamente, a quebra do sigilo telefônico do investigado, porque essa medida constitui cláusula de reserva de jurisdição.

A

Falso.

A CPI não pode decretar a quebra do sigilo das COMUNICAÇÕES telefônicas (interceptação/grampo). Mas pode decretar a quebra de sigilo do DADOS telefônicos.

CPI PODE
• Quebra de sigilo telefônico
• Ex: Saber com quem o investigado teve contato via telefone.

CPI NÃO PODE
• Quebra de sigilo das comunicações
• Ex: Fazer a interceptação; saber o conteúdo tratado na conversa telefônica.

92
Q

V ou F

É da competência exclusiva do Congresso Nacional, por meio de resolução, apreciar tratados, atos, acordos e convênios internacionais e demais instrumentos de política externa.

A

Falso.

Art. 49. É da competênciaexclusivado Congresso Nacional:

Que o fará:

• Mediante Decreto Legislativo

• Sem necessidade de sanção pelo Presidente da RepúblicaI

I - Resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionaisque acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

Nesse caso, após o CN resolver, o Presidente da República estará autorizado a ratificar o tratado e editar o decreto executivo.

Em REGRA, o Congresso Nacional dispõe sobre as matérias de sua competência através de Decreto Legislativo. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal utilizam a Resolução.

Exceção: Art 68 § 2º A delegação (Leis delegadas) ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.

93
Q

V ou F

Por ser a Câmara dos Deputados casa legislativa de representação popular, existe proporcionalidade rígida e precisa na relação entre o voto dos eleitores em cada estado e o número de deputados que esses votos elegem.

A

Falso.

A proporcionalidade não é rígida e precisa. Um estado nunca pode ter menos de 8 deputados, ainda que tenha pouquíssima população, e não pode ter mais de 70 deputados, ainda que tenha população altíssima.São Paulo tem cerca de 657 mil habitantes por deputado federal, enquanto Roraima tem cerca de 79 mil habitantes por deputado federal.

94
Q

O processo legislativo configura cláusula pétrea?

A

NÃO. Embora disciplinado na CF, o processo legislativo das leis NÃO é cláusula pétrea, podendo ser modificado por EC.

95
Q

V ou F

A CF reservou à lei complementar a regulamentação do processo legislativo estadual de iniciativa popular, vedando restrições que obstem o exercício da soberania do povo.

A

Falso.

No âmbito dos estados-membros e do DF, a CF deixou à lei ordinária a tarefa de dispor sobre a iniciativa popular no processo legislativo (art. 27, §4o e art. 32, §3o).

96
Q

A respeito do processo legislativo municipal, estabeleceu a CF a possibilidade de iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico no município, da cidade ou de bairros, através da manifestação de, pelo menos, quantos % do eleitorado?

A

CF, art. 29, XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;

97
Q

V ou F

É inconstitucional lei complementar, de iniciativa parlamentar, que inclui município limítrofe na região metropolitana. A iniciativa para esse projeto de lei é privativa do chefe do Poder Executivo por acarretar aumento de despesa.

A

Falso.

É constitucional lei complementar, de iniciativa parlamentar, que inclui município limítrofe na região metropolitana. A iniciativa para esse projeto de lei não é privativa do chefe do Poder Executivo e essa inclusão não acarreta aumento de despesa, não violando assim os arts. 61, § 1o e 63, I, da CF/88. STF. Plenário. ADI 2803/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 6.11.2014 (Info 766).

98
Q

V ou F

É inconstitucional emenda constitucional que insira na CONSTITUIÇÃO ESTADUAL dispositivo determinando a revisão automática da remuneração de servidores públicos estaduais.

A

Verdadeiro.

É inconstitucional emenda constitucional que insira na CONSTITUIÇÃO ESTADUAL dispositivo determinando a revisão automática da remuneração de servidores públicos estaduais. Isso porque tal matéria é prevista no art. 61, § 1º, Il, “c”, da CF/88 como sendo de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo. STF. Plenário. ADI 3848/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/2/2015 (Info 774).

Dessa forma, o poder das Assembleias Legislativas de emendar Constituições Estaduais não pode avançar sobre temas cuja reserva de iniciativa é do Governador do Estado.

99
Q

Qual é a diferença entre o parecer das comissões temáticas ou técnicas, e o parecer da Comissão de Constituição e Justiça?

A

O parecer das comissões temáticas trata de examinar aspectos materiais e é meramente opinativo, NÃO obriga a deliberação plenária.

Por sua vez, a parecer da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) analisa os aspectos formais, ligados à sua constitucionalidade, e é terminativo, e não meramente opinativo. Significa dizer que, se o projeto receber parecer negativo da CCJ, será ele rejeitado e arquivado, salvo provimento de recurso a ser apreciado preliminarmente pelo Plenário, nos termos regimentais.

100
Q

O veto presidencial será apreciado em sessão conjunta, dentro de quantos dias?

A

CF, art. 66, (…) 4o O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores.

101
Q

É possível a retratação do veto após o envio para a Casa Legislativa?

A

NÃO. Uma vez formalizado e comunicado ao Presidente do Senado Federal, não pode o Chefe do Poder Executivo desistir do veto, ou pretender alguma forma de alterá-lo, isto é, o veto é um ato irretratável.

102
Q

V ou F

A Constituição autoriza o presidente da República, o STF, os tribunais superiores e o Procurador-Geral da República a solicitar, ao Congresso Nacional, regime de urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.

A

Falso.

CF Art. 64. § 1º - O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.

Pressupostos para instalação do processo legislativo sumário:

Projeto de lei apresentado pelo Chefe do Executivo (não é necessário que a matéria seja de sua iniciativa privativa, basta que o projeto seja por ele apresentado);

SOLICITAÇÃO DE URGÊNCIA pelo Chefe do Executivo.

103
Q

O prazo do trâmite do processo legislativo sumário poderá ser de no máximo quantos dias?

A

O trâmite do processo legislativo sumário ocorrerá em no máximo 100 dias. É importante saber os prazos separados (45 + 45 +10 – caso haja emenda) e somados (90 dias sem emenda, e 100 dias com emenda).

§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação.

§ 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.

104
Q

V ou F

Os estados-membros podem adotar medidas provisórias, desde que essa espécie normativa esteja expressamente prevista na constituição estadual e nos mesmos moldes impostos pela CF.

A

Verdadeiro.

Os estados-membros podem adotar medidas provisórias, desde que essa espécie normativa esteja expressamente prevista na constituição estadual e nos mesmos moldes impostos pela CF (caso de relevância e urgência, observados os princípios e limitações impostas pela CF), tendo em vista a necessidade de observância simétrica do processo legislativo federal.

É dado aos Chefes do Poder Executivo dos Estados-membros editarem medidas provisórias, desde que a espécie legislativa esteja prevista na Constituição estadual e seja observado o conjunto de regras básicas do processo legislativo postas no Texto Constitucional de 1988. Com o advento da Emenda Constitucional no 32, de 2001, passou-se a exigir que a medida provisória a qual implicasse instituição ou majoração de impostos só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte ao de sua edição, caso seja devidamente convertida em lei até o último dia do ano fiscal em que foi editada, nos termos do art. 62, § 2o, da Constituição da República.
[ADI 7.375, rel. min. André Mendonça, j. 2-10-2023, P, DJE de 13-10-2023.]

105
Q

Qual é a diferença entre a delegação típica e a delegação atípica?

A

Na delegação TÍPICA (que é a regra, presumível nesse tipo de ato) o Congresso Nacional CONCEDE OS plenos poderes para que o Presidente da República elabore, promulgue e publique a lei delegada, SEM participação ulterior do Poder Legislativo.

Entretanto, a resolução poderá determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, caso em que teremos a denominada delegação ATÍPICA. Nesse caso, o Presidente da República elaborará o projeto de lei delegada e o submeterá à apreciação do Congresso Nacional, que sobre ele deliberará, em votação única, vedada qualquer emenda (somente poderá aprovar ou rejeitar, integralmente, o projeto elaborado pelo Presidente da República).

106
Q

V ou F

Na delegação atípica o Congresso Nacional concede plenos poderes para que o Presidente da República elabore, promulgue e publique a lei delegada, sem participação ulterior do Poder Legislativo.

A

Falso.

Na delegação TÍPICA (que é a regra, presumível nesse tipo de ato) o Congresso Nacional CONCEDE OS plenos poderes para que o Presidente da República elabore, promulgue e publique a lei delegada, SEM participação ulterior do Poder Legislativo.

107
Q

V ou F

O processo de formação das leis ou de elaboração de emendas à Constituição revela-se insuscetível de controle pelo Poder Judiciário por meio de ADI.

A

Verdadeiro.

O controle judicial do processo legislativo SOMENTE é possível na VIA INCIDENTAL, exercido por meio da IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA. Não se admite esse controle mediante ADI, visto que o ajuizamento desta ação pressupõe uma norma pronta e acabada, já publicada, inserida no ordenamento jurídico.

108
Q

V ou F

Há vício de iniciativa de lei na edição de norma de origem parlamentar que proíba a substituição de trabalhador privado em greve por servidor público.

A

Falso.

Não há vício de iniciativa de lei na edição de norma de origem parlamentar que proíba a substituição de trabalhador privado em greve por servidor público.

(ADI 1164, STF, Tribunal Pleno, julgado em 04/04/2022.

109
Q

V ou F

É formal e materialmente constitucional a Lei Complementar de iniciativa parlamentar que contenha regras de caráter nacional sobre a aposentadoria de policiais.

A

Verdadeiro.

É formalmente constitucional lei complementar — cujo processo legislativo teve origem parlamentar — que contenha regras de caráter nacional sobre a aposentadoria de policiais.
É constitucional a adoção — mediante lei complementar — de requisitos e critérios diferenciados em favor dos policiais para a concessão de aposentadoria voluntária.
STF. Plenário. ADI 5241/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 2/8/2021 (Info 1027).

110
Q

V ou F

Compete às câmaras municipais deliberar sobre a lei orgânica municipal, a ser votada em sessão única e aprovada pelo voto da maioria absoluta dos vereadores.

A

Falso.

MNEMÔNICO: DDD (dois turnos, dez dias, dois terços).

CF, Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:…

111
Q

V ou F

As proposições legislativas do presidente da República não podem contornar a análise de admissibilidade e juridicidade na Comissão de Constituição e Justiça.

A

Falso.

Há exceções!!!

Primeiro, porque as MP’s são proposições cuja análise é feita por Comissão Mista, composta por membros da CD e do SF. A Resolução nº 1/2002 do CN regulamenta a questão. Não há previsão de que as MP’s passem por análise pela CCJ.

Segundo: (CF, art. 68). É possível a delegação de normas ao PR que não passem sob o crivo do CN ou de qualquer das comissões de suas casas.Diante disso, entendo que é possível que algumas proposições de iniciativa do PR contornem a análise feita pela CCJ (que acaba sendo feita em regra, por outras comissões, a exemplo da Comissão Especial).

112
Q

V ou F

A vedação constitucional de reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada pelo Congresso Nacional ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo não se estende à hipótese em que o presidente da República, por iniciativa própria, decida revogar a medida anteriormente editada.

A

Falso.

É inconstitucional medida provisória ou lei decorrente de conversão de medida provisória cujo conteúdo normativo caracterize a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória anterior rejeitada, de eficácia exaurida por decurso do prazo ou que ainda não tenha sido apreciada pelo Congresso Nacional dentro do prazo estabelecido pela Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 5717/DF, ADI 5709/DF, ADI 5716/DF e ADI 5727/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgados em 27/3/2019 (Info 935).

CEBRASPE:”A reedição parcial de medida provisória revogada é causa necessária e suficiente para a incidência na vedação prescrita no § 10.º do art. 62, qual seja, reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

“ADI 5709: […] Nesse contexto, imperioso assinalar o papel da medida provisória como técnica normativa residual que está à serviço do Poder Executivo, para atuações legiferantes excepcionais, marcadas pela urgência e relevância, uma vez que não faz parte do núcleo funcional desse Poder a atividade legislativa.
8. É vedada reedição de medida provisória que tenha sido revogada, perdido sua eficácia ou rejeitada pelo Presidente da República na mesma sessão legislativa. Interpretação do §10 do art. 62 da Constituição Federal. (ADI 5709, Relator(a): Rosa Weber, Tribunal Pleno, julgado em 27/3/2019)

113
Q

V ou F

Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada casa do Congresso Nacional bem como de suas comissões serão realizadas por maioria absoluta dos votos.

A

Falso.

Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

114
Q

V ou F

Governador do estado não pode reestruturar órgãos públicos por meio da edição de decreto por se tratar de matéria submetida à reserva legal.

A

Verdadeiro.

Tema 48 - Repercussão Geral -STF: Tese: A Constituição da República não oferece guarida à possibilidade de o Governador do Distrito Federal criar cargos e reestruturar órgãos públicos por meio de simples decreto.

115
Q

V ou F

As leis que disponham sobre normas gerais para a organização da defensoria pública dos estados e do Distrito Federal são de iniciativa privativa do presidente da República.

A

Verdadeiro.

CF, Art. 61. §1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (…) d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;CFArt. 134, § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.

116
Q

V ou F

A supremacia material da norma constitucional decorre da rigidez constitucional, isto é, da existência de um processo legislativo distinto, mais laborioso.

A

Falso.

  • Supremacia MATERIAL versa sobre o conteúdo, ou seja, a matéria propriamente dita.
  • Supremacia FORMAL versa sobre a rigidez constitucional, processo para alteração do texto constitucional.

A supremacia formal decorre da rigidez constitucional, isto é, da existência de um processo legislativo distinto, mais laborioso, para elaboração da norma constitucional. Uma norma constitucional é dotada de supremacia formal pelo fato de ter sido elaborada mediante um processo legislativo especial, mais rígido, que a diferencia das demais leis do ordenamento.
A supremacia material decorre do conteúdo da norma constitucional. Uma norma constitucional é dotada de supremacia material em virtude da natureza do seu conteúdo, isto é, por tratar de matéria substancialmente constitucional, que diga respeito aos elementos estruturantes da organização do Estado.

Fonte: DIREITO CONSTITUCIONAL DESCOMPLICADO • Vicente Paulo & Marcelo Alexandrino

117
Q

V ou F

Nos projetos orçamentários de iniciativa exclusiva do presidente da República são admitidas, em caráter excepcional, emendas parlamentares que impliquem aumento de despesas.

A

Verdadeiro.

São admissíveisemendas parlamentares nas hipóteses de lei de iniciativa privativa do Presidente da República, desde que haja pertinência temática e, por regra, não acarrete aumento de despesas.Entretanto, excepcionalmente, nos projetos orçamentários de iniciativa exclusiva do Presidente da República, admitem-se emendas parlamentares mesmo que impliquem aumento de despesas (art. 63, I c/c o art. 166, §§ 3º e 4º, CF)

118
Q

V ou F

O número total de deputados federais, e a respectiva representação por Estado e pelo Distrito Federal, é definido por lei complementar de modo proporcional a população de cada entidade federativa, sendo no mínimo de oito e máximo de setenta, devendo ser ajustado no ano anterior às eleições por ato do Tribunal Superior Eleitoral.

A

Falso.

CF, Art. 45. § 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.

§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.

Na ADI 4963, o STF entendeu que a definição da proporcionalidade seria hipótese de reserva legal e que a Lei Complementar 78/1993 não fixou critérios de cálculo, nem delegou sua fixação ao TSE. Ao TSE não compete legislar, e sim promover a normatização da legislação eleitoral.

ADI 4965, Relator(a): ROSA WEBER, Tribunal Pleno, julgado em 01/07/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-213 DIVULG 29-10-2014 PUBLIC 30-10-2014)

119
Q

V ou F

Viola a Constituição Federal lei de iniciativa parlamentar que determine a instalação de câmeras de monitoramento em escolas e cercanias, criando despesa para a Administração Pública, por invadir competência privativa do chefe do Poder Executivo.

A

Falso.

Não usurpa a competência privativa do chefe do Poder Executivo lei que, embora crie despesa para a administração pública, não trata da sua estrutura ou da atribuição de seus órgãos nem do regime jurídico de servidores públicos. Repercussão geral reconhecida com reafirmação da jurisprudência desta Corte.

[ARE 878.911 RG, rel. min. Gilmar Mendes, j. 29-9-2016, P, DJE de 11-10-2016, Tema 917.]

120
Q

V ou F

O decreto legislativo é espécie normativa que consubstancia competências exclusivas do Congresso Nacional, dispensando sanção do Presidente da República, tal como a regulamentação dos efeitos de medida provisória rejeitada ou que perdeu a eficácia.

A

Verdadeiro.

CF, Art. 62.

§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.

121
Q

V ou F

As normas originárias da constituição estadual estão limitadas às regras de reserva de iniciativa do chefe do Poder Executivo previstas na CF.

A

Falso

As regras de iniciativa reservada previstas na Carta da República não se aplicam às normas originárias das constituições estaduais ou da Lei Orgânica do Distrito Federal. Precedente. (…)

(ADI 1167, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 19/11/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-027 DIVULG 09-02-2015 PUBLIC 10-02-2015)

Deve-se diferenciar a reserva de iniciativa em CE’s em se tratando de normas originárias e derivadas (emendas à CE):

I- Normas originárias: não se submetem às regras de iniciativa reservada;

II- Normas derivadas: devem seguir as normas da CF sobre iniciativa reservada ao Presidente da República.