Pneumologia Flashcards
Aumento da densidade pulmonar na radiologia: infiltrados ALVEOLARES, podem ser vistos como (2)?
PADRÃO ALVEOLAR: líquido dentro do alvéolo, é definido pelo SINAL DO BRONCOGRAMA AÉREO
- Causas agudas: pneumonia, tuberculose, edema agudo (por falência cardíaca), hemorragia, TEP
- Causas crônicas: infecções, sacoidose, neoplasia, silicose, proteinose alveolar
SINAL DA SILHUETA: indica o local da lesão, borda é distinguível se estruturas de mesmas densidade estiverem em planos diferentes
Aumento da densidade pulmonar na radiologia: infiltrados INTERSTICIAIS pode ser de quais tipos (3)?
RETICULAR: em rede, são TRAVES DE FIBROSE depositada
NODULAR: pode ser relacionado à CORPOS ESTRANHOS, que acometem principalmente lobo superior e médio (maior ventilação que perfusão)
RETÍCULO-NODULAR
Aumento da densidade pulmonar na radiologia: MASSAS, geralmente é o que? Como é vista? Quais outras causas?
Geralmente é MALIGNA: relacionado com neoplasia (até que se prove o contrário)
Vista como: opacidade focal > 3cm, envolta por parênquima, contígua com estruturas torácicas (ou não), única ou múltipla
Outras causas: criptococose (não neoplásico), aneurisma de artéria pulmonar
Aumento da densidade pulmonar na radiologia: NÓDULOS PULMONARES, geralmente é o que? Como é visto? Quais causas? Qual conduta?
É BENIGNA na maioria dos casos
Vista como: opacidade focal < 3cm, envolta por parênquima, único ou múltiplo
Causas: acúmulo de células (GRANULOMA) na tuberculose, infecção fúngica, METÁSTASE NEOPLÁSICA (secundário)
Conduta: avaliar tamanho, margem (espiculada = +chance de neoplasia), contorno, calcificação, presença de broncograma aéreo, presença de escavação, estudo funcional
Redução da densidade pulmonar na radiologia: ATELECTASIA, o que causa, como é vista, quais tipos (2)?
Causa TRAÇÃO DE ESTRUTURAS
Vista como: colapso de pulmão/lobo/segmento, deslocamento da fissura, aproximação de vasos e brônquios, elevação da cúpula frênica, DESVIO DO MEDIASTINO para mesmo lado, retração do gradeado costal, deslocamento do hilo para a região colapsada
Tipos: crônica (vicariância/aumento do hemitórax contralateral, espessamento pleural, fibrose pulmonar, traqueia e mediastino desviados) ou aguda
Redução da densidade pulmonar na radiografia: ANORMALIDADES PLEURAIS, quais tipos (6)?
DERRAMES PLEURAIS: acúmulo de LÍQUIDO ENTRE PLEURAS, forma sinal do menisco
EMPIEMA PLEURAL: GÁS na cavidade pleural
PNEUMOTÓRAX
PLACAS PLEURAIS: relacionado com exposição ao amianto/asbesto
ESPESSAMENTO DA PLEURA: pós empiema, hemotórax e procedimentos cirúrgicos
MESOTELIOMA: TUMOR MALIGNO da pleura
Redução da densidade pulmonar na radiologia: HIPERINSUFLAÇÃO, como é vista? Quais causas?
Vista como: HIPERTRANSPARÊNCIA PULMONAR (muito ar), aumento do diâmetro antero-posterior, retificação do diafragma, aumento dos espaços intercostais, coração em gota, menor vasculatura pulmonar, aumento de número de arcos costais visíveis, diafragma invertido
Causas: DPCO, asma (aumento do tórax por represamento)
Redução da densidade pulmonar na radiologia: ENFISEMA, o que ocorre e qual a causa?
Ocorre aumento do volume pulmonar contralateral, para compensar o outro atrofiado: alargamento dos espaços alveolares
Causa: tabagismo
Redução da densidade pulmonar na radiologia: ALTERAÇÕES VASCULARES, como são vistas? Qual a causa?
Vista como: hipertransparêcia devido área não ser perfundida
Causa: embolia pulmonar
Redução da densidade pulmonar na radiologia: ESCAVAÇÕES, quais tipos (6)
BOLHAS: no espaço aéreo focal, paredes finas, geralmente múltiplas, associado ao ENFISEMA PULMONAR
CISTOS: no parênquima, paredes finas, associado a FIBROSE
BRONQUIECTASIA: doença dos brônquios que dilatam de forma anormal e permanente
ABSCESSO PULMONAR: INFECÇÕES pulmonares que levam à NECROSE, com formação de CAVIDADES >2cm, com conteúdo FLUIDO ou RESÍDUO NECRÓTICO em seu interior
MASSA ESCAVADA: pode ser relacionado com tumor
CAVERNA TUBERCULOSA: cáseo, com lesões satélites e disseminação brônquica
Técnica de RX tórax: quais incidências radiológicas (5 posições) e qual a mais adequada? Qual a ideal para crianças pequenas?
Radiografia PÓSTERO ANTERIOR (PA), PERFIL, ÂNTERO POSTERIOR (AP), ÁPICO-LORDÓTICA (bom para ápices pulmonares, lobo médio e língula), EM DECÚBITO LATERAL com raios horizontais (tira dúvida sobre derrame pleural)
A mais adequada é a póstero anterior associada ao perfil: evita magnificação do coração (efeito sombra) e tem melhor observação tridimensional
Para crianças: ântero posterior
Técnica de RX tórax: quais os parâmetros técnicos importantes para avaliação (3)
Dose de radiação adequada: penetração ideal do RX nas estruturas para obter melhor imagem
Apnéia inspiratória máxima: permite ver de 9-11 costelas posteriores projetadas no campo pulmonar
Centralização: bordas mediais das clavículas devem estar equidistantes do centro da coluna
Técnica de RX tórax: anatomia radiológica normal, fatores importantes
Partes moles: fígado (lado D, elevado e homogêneo), estômago (lado E, bolha gástrica)
Ossos: arcos costais (oblíquos sem parte medial cartilaginosa)
Hilos pulmonares: E mais alto que D (nunca inverso)
Diafragma: mais elevado do lado D
Técnica de RX tórax: quais lobos pulmonares apresentam alterações do parênquima pulmonar equivalentes à sua localização?
Somente lobo SUPERIOR D e E apresentam opacidade sempre no campo superior D ou E
Os outros lobos apresentam opacidade em vários campos
Árvore brônquica: são vias aéreas de que tipo? Composto pelo que (5)? Para que servem as regiões de dobra?
Vias aéreas de CONDUÇÃO
Composto por: traqueia, carina, brônquios (E e D), segmentos (E e D), bronquíolo terminal
Regiões de dobra servem para o IMPACTO DE PARTÍCULAS, que ficam retidas e são limpadas pelo muco
Qual região das vias aéreas não apresenta função respiratória? Qual fenômeno ocorre?
Vias áreas de CONDUÇÃO: árvore brônquica
Fenômeno: VENTILATÓRIO
Brônquio: tipo de epitélio, função
Epitélio cilíndrico ciliado
-Músculo, cartilagem e glândulas produtoras de muco
Função: CLEARANCE MUCO-CILIAR, movimento contínuo dos cílios (dentro para fora) faz a limpeza contínua da árvore brônquica. É recoberto por gel que gruda bactérias e poluentes
Alvéolos: tipo de epitélio, fato importante sobre a troca gasosa, componentes (2)
Epitélio simples: importante para troca gasosa
Fatos: na expiração, não esvazia totalmente para manter determinada pressão e NÃO COLABAR. Na inspiração, há DISTENSÃO ALVEOLAR, para haver grande contato entre parede e hemácia
Componentes:
- PAREDES dos alvéolos: são SEPTOS INTERALVELARES, cobrem os capilares, onde ocorre troca gasosa por difusão simples
- POROS de Kohn: comunicação entre alveolos
O que compõe o lóbulo pulmonar secundário (4)?
Bronquíolo terminal, arteríola centrolobular, vênula, capilar linfático
Septo interlobular: por onde vem o sangue e linfa, tem forma poliédrica
O que divide os lobos pulmonares? O pulmão D tem quais lobos? E o E?
DOBRAS PLEURAIS: dividem os lobos
Pulmão D (3): lobo superior, médio e inferior
Pulmão E (2): superior e inferior
Pleuras pulmonares: importância? qual tem inervação sensitiva? qual divide os lobos pulmonares?
Importância: permite o pulmão deslizar sem atrito
Inervação sensitiva: PARIETAL (recobre a caixa torácica)
Divisão dos lobos pulmonares: VISCERAL (recobre pulmões)
Espaço pleural: virtual
Líquido pleural: lubrificação
Irrigação pulmonar: como é feita a dupla circulação?
Artérias brônquicas: irrigam bronquíolo terminal, com sangue arterial
Artérias pulmonares: sangue venoso
Há comunicação entre os dois sistemas e se houver falha de ambos, há infarto
Drenagem pulmonar: como é feita a dupla circulação?
Veias pulmonares: sangue arterial
Veias brônquicas: sangue venoso
Como é feita a inervação das vias aéreas?
SNA parassimpático: nervo VAGO faz broncoconstrição
SNA simpático: inibição da musculatura brônquica inibe a broncoconstrição (gera broncodilatação)
Quais são as funções pulmonares?
Respiração, filtração, reservatório de sangue, metabolismo pulmonar, comandos nervosos reflexos, emunctórios de substâncias voláteis, regulação térmica e ligação entre VD e AE
Função ventilatória depende do que? Como ela é estudada?
Depende de: ar chegando no alvéolo, sangue chegando nos septos alveolares e difusão (troca gasosa)
Ela é estudada pelos volumes e capacidades pulmonares
Como ocorre a inspiração? E a expiração?
Inspiração: CONTRAÇÃO do diafragma (desce) e músculos da caixa torácica (para fora) para AUMENTAR O VOLUME DA CAIXA TORÁCICA e DIMINUIR A PRESSÃO NO INTERIOR DO PULMÃO, permitindo entrada de gás atmosférico
Expiração: RELAXAMENTO do diafragma (sobe) e músculos da caixa torácica (para dentro), o que DIMINUI O VOLUME DA CAIXA TORÁCICA e AUMENTA A PRESSÃO NO INTERIOR DO PULMÃO, fazendo o ar sair para a atmosfera
Volume de ar INSPIRADO e EXPIRADO em repouso
Volume CORRENTE (VC)
Volume máximo que se consegue EXPIRAR
Volume de RESERVA EXPIRATÓRIO (VRE)
Volume máximo que se consegue INSPIRAR
Volume de RESERVA INSPIRATÓRIO (VRI)
VC + VRE + VRI = ?
Capacidade vital
VRI + VC = ?
Capacidade inspiratória (importante para estudar a resposta do broncodilatador)
Ar que permanece nos pulmões, dentro dos alvéolos, medido por exame de difusão ou pledismógrafo
Volume RESIDUAL (VR)
VRE + VR = ?
Capacidade funcional residual (importante na DPOC e doença intersticial)
VRI + VC + VRE + VR = ?
Capacidade pulmonar total
Fluxo: o que é? o que mede? como é medido?
Fluxo é o volume de ar por tempo: quanto é possível soprar em determinado tempo
Mede OBSTRUÇÃO BRÔNQUICA, limitação ao fluxo de ar e caracteriza as doenças obstrutivas
É medido via CURVAS ESPIROMÉTRICAS
Curvas espirométricas: qual manobra mede o fluxo e como ela deve ser feita? qual o valor mais importante?
Manobra forçada: 3 medições para comprovar o esforço máximo do paciente, ideal ter 5-6seg de duração e é medido CVF (capacidade vital forçada)
Valor mais importante: VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO NO PRIMEIRO SEGUNDO (VEF1)
Paciente com restrição (ex: perda de parte do pulmão): como é a curva espirométrica?
Redução do volume pulmonar é esperada, então:
CVF DIMINUÍDA
VEF1 diminuído
VEF1/CVF NORMAL (acima de 80%)
Paciente com obstrução ao fluxo de ar (ex: crise de asma): como é a curva espirométrica?
Paciente demora para expirar todo o conteúdo, mas não tem volume pulmonar reduzido, logo:
CVF NORMAL
VEF1 DIMINUÍDO
VEF1/CVF BAIXO (abaixo de 80%, indica obstrução)
Paciente com restrição e obstrução (distúrbio misto): como é a curva espirométrica?
CVF DIMINUÍDA (pela restrição)
VEF1 DIMINUÍDO (pela obstrução)
VEF1/CVF BAIXO (abaixo de 80%, indica obstrução)
Ventilação: qual a relação do volume minuto? qual a relação da ventilação alveolar? hipocapnia significa o que? hipercapnia significa o que?
Volume minuto = VC x FR
Ventilação alveolar = (VC-EM) x FR
Hipocapnia: diminuição da pCO2 devido HIPERVENTILAÇÃO ALVEOLAR
Hipercapnia: aumento da pCO2 devido HIPOVENTILAÇÃO ALVEOLAR
Hematose: definição, o que causa hipertensão arterial pulmonar?
Definição: trocas gasosa de maneira adequada entre sangue venoso e parede alveolar
Diminuição de pO2 e pH causam hipertensão arterial pulmonar
Ventilação e perfusão: onde ventilação > perfusão? definição de shunt (pneumotórax, atelectasia), espaço morto (embolia pulmonar), efeito shunt e efeito espaço morto e o que elas têm em comum?
Ventilação > perfusão: nos ápices
Shunt: ausência de ventilação e perfusão normal
Espaço morto: ventilação normal e ausência de perfusão
Efeito shunt: predomínio da perfusão sob ventilação
Efeito espaço morto: predomínio da ventilação sob perfusão
Difusão pulmonar: para que serve? onde ocorre? depende do que? quais fatores diminuem a difusão?
Serve para TRANSFERÊNCIA DE GASES PARA HEMÁCIA (troca gasosa)
Onde: através da membrana alvéolo-capilar no septo alveolar
Depende: distribuição efetiva do ar, distribuição uniforma do sangue, integridade da membrana alvéolo-capilar
Diminuição da difusão: alteração da relação ventilação/perfusão (V/Q), edema intra-alveolar ou intersticial, espessamento da membrana alvéolo-capilar (neoplasia, doença infecciosa)
CA pulmão: epidemio, etiologia, tipos histológicos (4: origem, tempo de duplicação)
Epidemio: 50-70a
Etiologia: TABAGISMO (carga >20AM), radiações ionizantes, asbestos, metais pesados, carcinógenos industriais
Tipos:
-Carcinoma escamoso: origem CENTRAL, tempo de duplicação 90-100 dias
- Adenocarcinoma: origem periférica (tumor vê endoscopista, endoscopista não vê tumor), tempo de duplicação 15a, adenocarcinoma bronquíolo-alveolar (cresce sem aparência de tumor)
- Indiferenciado de grandes células
- Indiferenciado de pequenas células: +AGRESSIVO, oat-cells, origem central, tempo de duplicação 30 dias, doença extensa acomete outro pulmão, metástase à distância e derrame pleural neoplásico
CA pulmão: sintomas centrais e periféricos
Centrais: tosse, hemoptise, dispneia, pneumonia de repetição (devido diminuição dos mecanismos locais de resistência: menor movimento muco ciliar, obstrução/estenose no brônquio)
Periférico: ausência de sintomas, dor se houver invasão de estruturas (pleura parietal)
CA pulmão: manifestações clínicas decorrentes da extensão direta do tumor, sintomas do acometimento do mediastino
Disfonia, dispneia (acometimento do nervo frênico que controla o diafragma), arritmia cardíaca, síndrome da VCS (compressão da VCS pelo tumor dificulta a drenagem e gera edema de pescoço, estase jugular, circulação colateral, cianose = emergência)
CA pulmão: manifestações clínicas decorrentes da extensão direta do tumor, sintomas do acometimento da parede torácica
Tumor de Pancoast: no ápice pulmonar, pode atingir costelas (dor), SNA simpático cervical (sd. Claude-Bernard-Horner = ptose palpebral, miose, enoftalmia)
Acometimento do plexo braquial: sd. Dejerine-Klumpke (impotência funcional do membro, dor, alt. vascular)
CA pulmão: manifestações clínicas decorrentes da extensão direta do tumor, sintomas do acometimento do diafragma
Dor em ombros, soluços
CA pulmão: manifestações clínicas decorrentes de metástases, acometimento ganglionar
Mediastinal: sd. VCS, disfonia, disfagia
Supra-claviculares: massa palpável
CA pulmão: manifestações clínicas decorrentes da extensão direta do tumor, sintomas do acometimento da via hematogênica (6 locais de metástase)
Metástase óssea: dor local, fratura patológica
Metástase hepática: icterícia, dor epigástrica, hepatomegalia
Metástase cerebral: cefaleia, perda motora, convulsões
Metástase pleural: dispneia
Metástase adrenal: geralmente assintomática
Metástase pericárdica: derrame pericárdico causa arritmia e ICC
CA pulmão: diagnóstico radiológico encontra quais achados?
Nódulo de contornos irregulares, broncoestenose (atelectasia, pneumonias de repetição, hiperinsuflação), massa junto à parede costal e/ou ao mediastino, massa escavada, crescimento infiltrativo (invasão de mediastino: elevação da cúpula diafragmática/ invasão de parede torácica), broncograma aéreo
Se há metástase: linfonodomegalias, deslocamento do esôfago, nódulos ou infiltrações difusas nas bases dos pulmões, derrame pleural, lesões ósseas líticas, hepatomegalia
CA pulmão: diagnóstico histológico depende de quais exames e para quais tipos histológicos (4)?
ESCARRO: tumor central (escamoso e oat-cell), não diz o tipo histológico, mas diz se há células tumorais na região estudada
FIBROBRONCOSCOPIA (AP): tumores centrais e periféricos (+centrais), é biópsia brônquica/transbrônquica ou lavado bronco-alveolar ou escovado brônquico da área tumoral
PUNÇÃO TRANSPARIETAL: tumores periféricos
Videotoracocirurgia: último caso, alta chance de diagnóstico