Pneumologia Flashcards

1
Q

Aumento da densidade pulmonar na radiologia: infiltrados ALVEOLARES, podem ser vistos como (2)?

A

PADRÃO ALVEOLAR: líquido dentro do alvéolo, é definido pelo SINAL DO BRONCOGRAMA AÉREO

  • Causas agudas: pneumonia, tuberculose, edema agudo (por falência cardíaca), hemorragia, TEP
  • Causas crônicas: infecções, sacoidose, neoplasia, silicose, proteinose alveolar

SINAL DA SILHUETA: indica o local da lesão, borda é distinguível se estruturas de mesmas densidade estiverem em planos diferentes

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2
Q

Aumento da densidade pulmonar na radiologia: infiltrados INTERSTICIAIS pode ser de quais tipos (3)?

A

RETICULAR: em rede, são TRAVES DE FIBROSE depositada

NODULAR: pode ser relacionado à CORPOS ESTRANHOS, que acometem principalmente lobo superior e médio (maior ventilação que perfusão)

RETÍCULO-NODULAR

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3
Q

Aumento da densidade pulmonar na radiologia: MASSAS, geralmente é o que? Como é vista? Quais outras causas?

A

Geralmente é MALIGNA: relacionado com neoplasia (até que se prove o contrário)

Vista como: opacidade focal > 3cm, envolta por parênquima, contígua com estruturas torácicas (ou não), única ou múltipla

Outras causas: criptococose (não neoplásico), aneurisma de artéria pulmonar

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4
Q

Aumento da densidade pulmonar na radiologia: NÓDULOS PULMONARES, geralmente é o que? Como é visto? Quais causas? Qual conduta?

A

É BENIGNA na maioria dos casos

Vista como: opacidade focal < 3cm, envolta por parênquima, único ou múltiplo

Causas: acúmulo de células (GRANULOMA) na tuberculose, infecção fúngica, METÁSTASE NEOPLÁSICA (secundário)

Conduta: avaliar tamanho, margem (espiculada = +chance de neoplasia), contorno, calcificação, presença de broncograma aéreo, presença de escavação, estudo funcional

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5
Q

Redução da densidade pulmonar na radiologia: ATELECTASIA, o que causa, como é vista, quais tipos (2)?

A

Causa TRAÇÃO DE ESTRUTURAS

Vista como: colapso de pulmão/lobo/segmento, deslocamento da fissura, aproximação de vasos e brônquios, elevação da cúpula frênica, DESVIO DO MEDIASTINO para mesmo lado, retração do gradeado costal, deslocamento do hilo para a região colapsada

Tipos: crônica (vicariância/aumento do hemitórax contralateral, espessamento pleural, fibrose pulmonar, traqueia e mediastino desviados) ou aguda

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6
Q

Redução da densidade pulmonar na radiografia: ANORMALIDADES PLEURAIS, quais tipos (6)?

A

DERRAMES PLEURAIS: acúmulo de LÍQUIDO ENTRE PLEURAS, forma sinal do menisco

EMPIEMA PLEURAL: GÁS na cavidade pleural

PNEUMOTÓRAX

PLACAS PLEURAIS: relacionado com exposição ao amianto/asbesto

ESPESSAMENTO DA PLEURA: pós empiema, hemotórax e procedimentos cirúrgicos

MESOTELIOMA: TUMOR MALIGNO da pleura

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7
Q

Redução da densidade pulmonar na radiologia: HIPERINSUFLAÇÃO, como é vista? Quais causas?

A

Vista como: HIPERTRANSPARÊNCIA PULMONAR (muito ar), aumento do diâmetro antero-posterior, retificação do diafragma, aumento dos espaços intercostais, coração em gota, menor vasculatura pulmonar, aumento de número de arcos costais visíveis, diafragma invertido

Causas: DPCO, asma (aumento do tórax por represamento)

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8
Q

Redução da densidade pulmonar na radiologia: ENFISEMA, o que ocorre e qual a causa?

A

Ocorre aumento do volume pulmonar contralateral, para compensar o outro atrofiado: alargamento dos espaços alveolares

Causa: tabagismo

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9
Q

Redução da densidade pulmonar na radiologia: ALTERAÇÕES VASCULARES, como são vistas? Qual a causa?

A

Vista como: hipertransparêcia devido área não ser perfundida

Causa: embolia pulmonar

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10
Q

Redução da densidade pulmonar na radiologia: ESCAVAÇÕES, quais tipos (6)

A

BOLHAS: no espaço aéreo focal, paredes finas, geralmente múltiplas, associado ao ENFISEMA PULMONAR

CISTOS: no parênquima, paredes finas, associado a FIBROSE

BRONQUIECTASIA: doença dos brônquios que dilatam de forma anormal e permanente

ABSCESSO PULMONAR: INFECÇÕES pulmonares que levam à NECROSE, com formação de CAVIDADES >2cm, com conteúdo FLUIDO ou RESÍDUO NECRÓTICO em seu interior

MASSA ESCAVADA: pode ser relacionado com tumor

CAVERNA TUBERCULOSA: cáseo, com lesões satélites e disseminação brônquica

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11
Q

Técnica de RX tórax: quais incidências radiológicas (5 posições) e qual a mais adequada? Qual a ideal para crianças pequenas?

A

Radiografia PÓSTERO ANTERIOR (PA), PERFIL, ÂNTERO POSTERIOR (AP), ÁPICO-LORDÓTICA (bom para ápices pulmonares, lobo médio e língula), EM DECÚBITO LATERAL com raios horizontais (tira dúvida sobre derrame pleural)

A mais adequada é a póstero anterior associada ao perfil: evita magnificação do coração (efeito sombra) e tem melhor observação tridimensional

Para crianças: ântero posterior

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12
Q

Técnica de RX tórax: quais os parâmetros técnicos importantes para avaliação (3)

A

Dose de radiação adequada: penetração ideal do RX nas estruturas para obter melhor imagem

Apnéia inspiratória máxima: permite ver de 9-11 costelas posteriores projetadas no campo pulmonar

Centralização: bordas mediais das clavículas devem estar equidistantes do centro da coluna

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13
Q

Técnica de RX tórax: anatomia radiológica normal, fatores importantes

A

Partes moles: fígado (lado D, elevado e homogêneo), estômago (lado E, bolha gástrica)

Ossos: arcos costais (oblíquos sem parte medial cartilaginosa)

Hilos pulmonares: E mais alto que D (nunca inverso)

Diafragma: mais elevado do lado D

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14
Q

Técnica de RX tórax: quais lobos pulmonares apresentam alterações do parênquima pulmonar equivalentes à sua localização?

A

Somente lobo SUPERIOR D e E apresentam opacidade sempre no campo superior D ou E

Os outros lobos apresentam opacidade em vários campos

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15
Q

Árvore brônquica: são vias aéreas de que tipo? Composto pelo que (5)? Para que servem as regiões de dobra?

A

Vias aéreas de CONDUÇÃO

Composto por: traqueia, carina, brônquios (E e D), segmentos (E e D), bronquíolo terminal

Regiões de dobra servem para o IMPACTO DE PARTÍCULAS, que ficam retidas e são limpadas pelo muco

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16
Q

Qual região das vias aéreas não apresenta função respiratória? Qual fenômeno ocorre?

A

Vias áreas de CONDUÇÃO: árvore brônquica

Fenômeno: VENTILATÓRIO

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17
Q

Brônquio: tipo de epitélio, função

A

Epitélio cilíndrico ciliado
-Músculo, cartilagem e glândulas produtoras de muco

Função: CLEARANCE MUCO-CILIAR, movimento contínuo dos cílios (dentro para fora) faz a limpeza contínua da árvore brônquica. É recoberto por gel que gruda bactérias e poluentes

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18
Q

Alvéolos: tipo de epitélio, fato importante sobre a troca gasosa, componentes (2)

A

Epitélio simples: importante para troca gasosa

Fatos: na expiração, não esvazia totalmente para manter determinada pressão e NÃO COLABAR. Na inspiração, há DISTENSÃO ALVEOLAR, para haver grande contato entre parede e hemácia

Componentes:

  • PAREDES dos alvéolos: são SEPTOS INTERALVELARES, cobrem os capilares, onde ocorre troca gasosa por difusão simples
  • POROS de Kohn: comunicação entre alveolos
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19
Q

O que compõe o lóbulo pulmonar secundário (4)?

A

Bronquíolo terminal, arteríola centrolobular, vênula, capilar linfático

Septo interlobular: por onde vem o sangue e linfa, tem forma poliédrica

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20
Q

O que divide os lobos pulmonares? O pulmão D tem quais lobos? E o E?

A

DOBRAS PLEURAIS: dividem os lobos

Pulmão D (3): lobo superior, médio e inferior

Pulmão E (2): superior e inferior

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21
Q

Pleuras pulmonares: importância? qual tem inervação sensitiva? qual divide os lobos pulmonares?

A

Importância: permite o pulmão deslizar sem atrito

Inervação sensitiva: PARIETAL (recobre a caixa torácica)

Divisão dos lobos pulmonares: VISCERAL (recobre pulmões)

Espaço pleural: virtual

Líquido pleural: lubrificação

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22
Q

Irrigação pulmonar: como é feita a dupla circulação?

A

Artérias brônquicas: irrigam bronquíolo terminal, com sangue arterial

Artérias pulmonares: sangue venoso

Há comunicação entre os dois sistemas e se houver falha de ambos, há infarto

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23
Q

Drenagem pulmonar: como é feita a dupla circulação?

A

Veias pulmonares: sangue arterial

Veias brônquicas: sangue venoso

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24
Q

Como é feita a inervação das vias aéreas?

A

SNA parassimpático: nervo VAGO faz broncoconstrição

SNA simpático: inibição da musculatura brônquica inibe a broncoconstrição (gera broncodilatação)

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25
Quais são as funções pulmonares?
Respiração, filtração, reservatório de sangue, metabolismo pulmonar, comandos nervosos reflexos, emunctórios de substâncias voláteis, regulação térmica e ligação entre VD e AE
26
Função ventilatória depende do que? Como ela é estudada?
Depende de: ar chegando no alvéolo, sangue chegando nos septos alveolares e difusão (troca gasosa) Ela é estudada pelos volumes e capacidades pulmonares
27
Como ocorre a inspiração? E a expiração?
Inspiração: CONTRAÇÃO do diafragma (desce) e músculos da caixa torácica (para fora) para AUMENTAR O VOLUME DA CAIXA TORÁCICA e DIMINUIR A PRESSÃO NO INTERIOR DO PULMÃO, permitindo entrada de gás atmosférico Expiração: RELAXAMENTO do diafragma (sobe) e músculos da caixa torácica (para dentro), o que DIMINUI O VOLUME DA CAIXA TORÁCICA e AUMENTA A PRESSÃO NO INTERIOR DO PULMÃO, fazendo o ar sair para a atmosfera
28
Volume de ar INSPIRADO e EXPIRADO em repouso
Volume CORRENTE (VC)
29
Volume máximo que se consegue EXPIRAR
Volume de RESERVA EXPIRATÓRIO (VRE)
30
Volume máximo que se consegue INSPIRAR
Volume de RESERVA INSPIRATÓRIO (VRI)
31
VC + VRE + VRI = ?
Capacidade vital
32
VRI + VC = ?
Capacidade inspiratória (importante para estudar a resposta do broncodilatador)
33
Ar que permanece nos pulmões, dentro dos alvéolos, medido por exame de difusão ou pledismógrafo
Volume RESIDUAL (VR)
34
VRE + VR = ?
Capacidade funcional residual (importante na DPOC e doença intersticial)
35
VRI + VC + VRE + VR = ?
Capacidade pulmonar total
36
Fluxo: o que é? o que mede? como é medido?
Fluxo é o volume de ar por tempo: quanto é possível soprar em determinado tempo Mede OBSTRUÇÃO BRÔNQUICA, limitação ao fluxo de ar e caracteriza as doenças obstrutivas É medido via CURVAS ESPIROMÉTRICAS
37
Curvas espirométricas: qual manobra mede o fluxo e como ela deve ser feita? qual o valor mais importante?
Manobra forçada: 3 medições para comprovar o esforço máximo do paciente, ideal ter 5-6seg de duração e é medido CVF (capacidade vital forçada) Valor mais importante: VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO NO PRIMEIRO SEGUNDO (VEF1)
38
Paciente com restrição (ex: perda de parte do pulmão): como é a curva espirométrica?
Redução do volume pulmonar é esperada, então: CVF DIMINUÍDA VEF1 diminuído VEF1/CVF NORMAL (acima de 80%)
39
Paciente com obstrução ao fluxo de ar (ex: crise de asma): como é a curva espirométrica?
Paciente demora para expirar todo o conteúdo, mas não tem volume pulmonar reduzido, logo: CVF NORMAL VEF1 DIMINUÍDO VEF1/CVF BAIXO (abaixo de 80%, indica obstrução)
40
Paciente com restrição e obstrução (distúrbio misto): como é a curva espirométrica?
CVF DIMINUÍDA (pela restrição) VEF1 DIMINUÍDO (pela obstrução) VEF1/CVF BAIXO (abaixo de 80%, indica obstrução)
41
Ventilação: qual a relação do volume minuto? qual a relação da ventilação alveolar? hipocapnia significa o que? hipercapnia significa o que?
Volume minuto = VC x FR Ventilação alveolar = (VC-EM) x FR Hipocapnia: diminuição da pCO2 devido HIPERVENTILAÇÃO ALVEOLAR Hipercapnia: aumento da pCO2 devido HIPOVENTILAÇÃO ALVEOLAR
42
Hematose: definição, o que causa hipertensão arterial pulmonar?
Definição: trocas gasosa de maneira adequada entre sangue venoso e parede alveolar Diminuição de pO2 e pH causam hipertensão arterial pulmonar
43
Ventilação e perfusão: onde ventilação > perfusão? definição de shunt (pneumotórax, atelectasia), espaço morto (embolia pulmonar), efeito shunt e efeito espaço morto e o que elas têm em comum?
Ventilação > perfusão: nos ápices Shunt: ausência de ventilação e perfusão normal Espaço morto: ventilação normal e ausência de perfusão Efeito shunt: predomínio da perfusão sob ventilação Efeito espaço morto: predomínio da ventilação sob perfusão
44
Difusão pulmonar: para que serve? onde ocorre? depende do que? quais fatores diminuem a difusão?
Serve para TRANSFERÊNCIA DE GASES PARA HEMÁCIA (troca gasosa) Onde: através da membrana alvéolo-capilar no septo alveolar Depende: distribuição efetiva do ar, distribuição uniforma do sangue, integridade da membrana alvéolo-capilar Diminuição da difusão: alteração da relação ventilação/perfusão (V/Q), edema intra-alveolar ou intersticial, espessamento da membrana alvéolo-capilar (neoplasia, doença infecciosa)
45
CA pulmão: epidemio, etiologia, tipos histológicos (4: origem, tempo de duplicação)
Epidemio: 50-70a Etiologia: TABAGISMO (carga >20AM), radiações ionizantes, asbestos, metais pesados, carcinógenos industriais Tipos: -Carcinoma escamoso: origem CENTRAL, tempo de duplicação 90-100 dias - Adenocarcinoma: origem periférica (tumor vê endoscopista, endoscopista não vê tumor), tempo de duplicação 15a, adenocarcinoma bronquíolo-alveolar (cresce sem aparência de tumor) - Indiferenciado de grandes células - Indiferenciado de pequenas células: +AGRESSIVO, oat-cells, origem central, tempo de duplicação 30 dias, doença extensa acomete outro pulmão, metástase à distância e derrame pleural neoplásico
46
CA pulmão: sintomas centrais e periféricos
Centrais: tosse, hemoptise, dispneia, pneumonia de repetição (devido diminuição dos mecanismos locais de resistência: menor movimento muco ciliar, obstrução/estenose no brônquio) Periférico: ausência de sintomas, dor se houver invasão de estruturas (pleura parietal)
47
CA pulmão: manifestações clínicas decorrentes da extensão direta do tumor, sintomas do acometimento do mediastino
Disfonia, dispneia (acometimento do nervo frênico que controla o diafragma), arritmia cardíaca, síndrome da VCS (compressão da VCS pelo tumor dificulta a drenagem e gera edema de pescoço, estase jugular, circulação colateral, cianose = emergência)
48
CA pulmão: manifestações clínicas decorrentes da extensão direta do tumor, sintomas do acometimento da parede torácica
Tumor de Pancoast: no ápice pulmonar, pode atingir costelas (dor), SNA simpático cervical (sd. Claude-Bernard-Horner = ptose palpebral, miose, enoftalmia) Acometimento do plexo braquial: sd. Dejerine-Klumpke (impotência funcional do membro, dor, alt. vascular)
49
CA pulmão: manifestações clínicas decorrentes da extensão direta do tumor, sintomas do acometimento do diafragma
Dor em ombros, soluços
50
CA pulmão: manifestações clínicas decorrentes de metástases, acometimento ganglionar
Mediastinal: sd. VCS, disfonia, disfagia Supra-claviculares: massa palpável
51
CA pulmão: manifestações clínicas decorrentes da extensão direta do tumor, sintomas do acometimento da via hematogênica (6 locais de metástase)
Metástase óssea: dor local, fratura patológica Metástase hepática: icterícia, dor epigástrica, hepatomegalia Metástase cerebral: cefaleia, perda motora, convulsões Metástase pleural: dispneia Metástase adrenal: geralmente assintomática Metástase pericárdica: derrame pericárdico causa arritmia e ICC
52
CA pulmão: diagnóstico radiológico encontra quais achados?
Nódulo de contornos irregulares, broncoestenose (atelectasia, pneumonias de repetição, hiperinsuflação), massa junto à parede costal e/ou ao mediastino, massa escavada, crescimento infiltrativo (invasão de mediastino: elevação da cúpula diafragmática/ invasão de parede torácica), broncograma aéreo Se há metástase: linfonodomegalias, deslocamento do esôfago, nódulos ou infiltrações difusas nas bases dos pulmões, derrame pleural, lesões ósseas líticas, hepatomegalia
53
CA pulmão: diagnóstico histológico depende de quais exames e para quais tipos histológicos (4)?
ESCARRO: tumor central (escamoso e oat-cell), não diz o tipo histológico, mas diz se há células tumorais na região estudada FIBROBRONCOSCOPIA (AP): tumores centrais e periféricos (+centrais), é biópsia brônquica/transbrônquica ou lavado bronco-alveolar ou escovado brônquico da área tumoral PUNÇÃO TRANSPARIETAL: tumores periféricos Videotoracocirurgia: último caso, alta chance de diagnóstico
54
CA pulmão: quais tratamentos para os tipos histológicos não pequenas células?
Cirúrgico: curativo RT: pré-op para reduzir tumor, pós-op para complementar cirurgia, paliativa ou recidivas locorregionais QT: associado a cirurgia e/ou RT, neoadjuvante para diminuir tumor em doença disseminada Terapia alvo Imunoterapia
55
CA pulmão: qual tratamento para tipo histológico pequenas células?
QT: associado a RT no caso de doença limitada (acomete linfonodo hilar do mesmo lado, supraclavicular do mesmo lado ou contralateral, mediastinal do mesmo lado ou contralateral)
56
A produção normal de líquido pleural depende do que? Qual das pleuras produz e reabsorve o líquido pleural?
A produção normal depende de DIFERENÇA DE PRESSÃO HIDROSTÁTICA E ONCÓTICA (lei de Starling) A pleura PARIETAL é quem produz e reabsorve o líquido pleural
57
Derrame pleural: definição, mecanismo de formação (6)
Derrame é o acúmulo de líquido pleural por algum motivo Pode ser por: -Aumento da pressão hidrostática nos capilares pulmonares: ICC - Diminuição da pressão oncótica: insuficiência renal crônica, hepática - Diminuição da pressão do espaço pleural: atelectasia - Aumento da permeabilidade vascular: infecção, inflamação, infiltração neoplásica - Bloqueio da drenagem linfática: quilotórax - Passagem de líqudo através do espaço peritoneal: ascite
58
Quais doenças evoluem com derrame pleural (7)?
IC, pneumonia, neoplasia, tuberculose, embolia pulmonar, pleurite viral, insuficiência hepática
59
Qual a clínica do derrame pleural?
Sintomas: dispneia (relacionado com volume e tempo, organismo pode ou não se adapatar), tosse seca (melhora quando sentado, pois libera os ápices para respirar), dor (quando tiver processo inflamatório, infeccioso ou neoplásico na pleura parietal) Exame físico: macicez, egofonia, MV diminuído Exame de imagem: - radiografia: região opaca e homogênea, pode empurrar mediastino para o lado, sinal do menisco (meia lua), sem broncograma aéreo - toracocentese: determina origem do líquido - biópsia de pleura: punciona parietal
60
Quais origens possíveis do derrame pleural (2)?
Derrame LIVRE: presente entre as pleuras, puncionado na toraconcentese Derrame SUB-PULMONAR: líquido cresce de baixo para cima, levanta a pleura visceral e diafragma
61
O que é o pulmão encarcerado?
É quando, após a drenagem do derrame, a pleura visceral espessada não retorna à sua posição original e o espaço pleural acaba aparecendo no exame radiológico Causas: PI, inflamação, empiema
62
Quais derrames pleurais são drenados?
Se líquido for sangue, pus ou linfa para diminuir a inflamação e calcificação importante
63
O que é exsudato? Qual sua importância?
Líquido rico em células e proteínas (LP/proteína sg > 0,5 ou DHL LP/DHL sg > 0,6 ou DHL > 2/3), escuro, opaco, denso, alta densidade e celularidade Doença pulmonar, neoplasia, doença reumatológica, pancreatite, embolia pulmonar Exames complementares: glicose, bacteriologia, citologia diferencial (doença crônica: linfócito, aguda: neutrófilo, trauma: eosinófilo), histopatologia Importância: INDICATIVO DE DOENÇA PLEURAL
64
O que é transudato?
Líquido pobre em células (LP/proteína sg <0,5 e DHL LP/DHL sg <0,6 e DHL LP < 2/3), claro, baixa densidade e celularidade, baixo teor
65
Tabagismo: quais doenças causa? qual componente causa dependência? qual fase da fumaça do cigarro é cancerígena e qual é irritante para mucosa e ciliostático? qual receptor do SNC a nicotina se liga e o que causa? a combustão incompleta gera qual substância e o que isso causa?
Doenças: ICC, infarto, AVC, DPOC, CA pulmão Nicotina: causa dependência, absorvida pela via respiratória/digestiva/cutânea Fase particulada é cancerígena (alcatrão) e fase gasosa é irritante Receptor alfa4beta2: libera dopamina, norepinefrina, ACh, vasopressina, serotonina, GABA Combustão incompleta gera CO: carboxihemoglobina favorece a hipóxia
66
Qual tratamento do tabagismo? Qual teste para diagnosticas a dependência nicotínica?
Motivação, hábito, TCC para dependência psicológica, aconselhamento, preparação Medicamentos: drogas nicotínicas (adesivos, gomas, pastilhas) e não nicotínicas (antidepressivos) Teste de Fagerstron: score de 6 para cima indica dependência
67
Tosse crônica: definição, importância clínica, causas, consequências
Definição: mecanismo de defesa responsável pela REMOÇÃO DE SUBSTÂNCIAS estranhas da árvore brônquica através de MOVIMENTOS EXPIRATÓRIOS BRUSCOS E VIOLENTOS, efetuados com a glote no fechada e depois aberta. É um SINTOMA (doença de base deve ser investigada e tratada) Importância: eliminar a retenção de secreção Causas: DOENÇAS RESPIRATÓRIAS, seios paranasais, ouvido médio, esôfago, estômago, rim, útero, medicamentos Consequências: vômitos, incontinência urinária, síncope (idosos, DPOC), fratura de costela, dor muscular, hérnias, pneumotórax, arritmia, menor oxigenação
68
Fisiopatologia da tosse
RECEPTORES de tosse estimulados: no pulmão e vias áreas de maior calibre (traqueia, brônquios), pleura (base), ouvido, esôfago, vísceras abdominais, diafragma MEDIADORES são liberados pelos receptores e estimulam as VIAS AFERENTES (trigêmeo, glossofaríngeo, vago, laríngeo superior) NERVO VAGO é ativado e ele estimula o CENTRO DA TOSSE VIAS EFERENTES (recorrente laríngeo, frênico, espinhal = aumenta pressão intra-torácica) são ativadas e estimulam os efetores a provocar a tosse
69
Como é feita a qualificação da tosse?
Tempo de tosse: aguda (menos 3 meses), subaguda (pós-infecciosa, asma, rinosinusite, DRGE), crônica Seca ou produtiva Hora ou período que mais tosse
70
Quais as causas da tosse AGUDA?
Resfriado comum, sinusopatia aguda, rinite/laringite/faringite/traqueíte, bronquite aguda, EXACERBAÇÃO DE DOENÇA PRÉ-EXISTENTE (crise leve de asma, DPOC, bronquiectasia infectada), exposição a alérgenos ou irritantes, drogas (IECA), PNEUMONIA, EDEMA PULMONAR, EMBOLIA PULMONAR
71
Tosse crônica: definição, causas, tríade patogênica, tratamento
Definição: tosse por mais de 2 meses Causa: DRENAGEM NASAL POSTERIOR (sinusopatias), ASMA, DRGE são as +comuns -outros: DPOC, aspiração pulmonar, medicação, tosse psicogênica, doenças intersticiais, doenças ocupacionais, TBC, ICC, diálise peritoneal Tríade patogênica: não usa hipotensor, não usa colírio para glaucoma e não é DPOC + RX normal -causas: gotejamento nasal posterior > DRGE > hiperreatividade brônquica Tratamento: de acordo com a doença de base
72
Bronquiectasia: tipo de doença, definição, fisiopatologia, classificação
Tipo: doença supurativa pulmonar Definição: dilatações e distorções anormais dos brônquios, causada pela DESTRUIÇÃO DOS COMPONENTES ELÁSTICO E MUSCULAR das paredes brônquicas de forma IRREVERSÍVEL Fisiopatologia: perda da elasticidade, brônquio fica dilatado permanentemente, ocorre destruição ciliar, dilatação de vasos e a inflamação seguida de cicatrização (subs. musculatura e cartilagem por fibrose) leva à perda alveolar e formação de fundo cego Classificação radiológica: cilíndrica, varicosa, sacular, cística (anel de sinete = brônquio dilatado)
73
Bronquiectasia: fatores predisponentes, diagnóstico, clínica, complicações e tratamento
Predisponentes: infecções (TBC, viral, bacteriana), obstruções brônquicas (corpo estranho, neoplasia), impactação mucoide (asma, DPOC), defeitos anatômicos congênitos, imunodeficiência, hereditário, aspiração de conteúdo gástrico, RESPOSTA IMUNOLÓGICA EXACERBADA Diagnóstico: RX tórax, broncografia, TC tórax Clínica: tosse, broncorreia, com ou sem febre, HALITOSE - ausculta: ronco difuso, estertores fixos ou móveis, com ou sem sibilo, broncofonia aumentada - inspeção: frêmito em regiões comprometidas Complicações: supuração, hemoptise, insuficiência respiratória crônica com cor pulmonale, perda da função pulmonar Tratamento: controle dos sintomas e prevenção da progressão, ATB, imunização, FISIO E REABILITAÇÃO, hidratação, broncodilatadores, cirurgia
74
O que é a doença de Kartagener?
Bronquiectasia + doença do cílio imóvel
75
Abscesso pulmonar: tipo de doença, definição, clínica, causas, fatores predisponentes
Tipo: doença supurativa pulmonar Definição: PROCESSO INFECCIOSO pulmonar, causado por germes piogênicos, com supuração, necrose e formação de cavidade no parênquima pulmonar, geralmente associado à dificuldade de drenagem brônquica Clínica: febre alta, muita tosse, pouca expectoração, seguida de grande expectoração de muco pútrido e fétido (com restos de tec. pulmonar) Predisponentes: alcoolismo, desnutrição, infecções crônicas das vias aéreas, infecções gengivo-dentárias, imunodepressão
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Abscessos pulmonares: causas, agentes, fisiopatologia, complicações, exames, tratamento
Causas: obstrutivas (carcinoma brônquico), aspirativas (corpo estranho, secreção, aspiração do conteúdo gástrico), pós-pneumônicos (estafilococos na infância, imunodeprimidos), via hemática (êmbolo séptico) Agentes: anaeróbios, aeróbios Fisiopatologia: inicia com PROCESSO PNEUMÔNICO, evolui com NECROSE CENTRAL de liquefação e eliminação do material via brônquio de drenagem Complicações: empiema, septicemia, amiloidose secundária Exames: anemia, leucocitose acentuada com desvio à esquerda, provas inflamatórias, hipoproteinemia, cultura, BAAR Tratamento: ATB 2-4 semanas, drenagem postural, melhora clínica e nutricional, fibrobroncoscopia, cirurgia (se recorrente, hemoptise, empiema, abscesso crônico)
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Pneumonia: qual tipo de doença, definição, tipos de pneumonia (2), importância, fatores de risco
Tipo: doença infecciosa respiratória Definição: infecção aguda do PARÊNQUIMA PULONAR em um indivíduo na comunidade, abaixo da linha traqueobrônquica, infecção comunitária (2-3dias incubação) e não hospitalar Tipos: PAC (adquirida na comunidade, manifesta dentro das primeiras 48h de internação), PH (hospitalar, clínica surge acima de 48h após internação) Importância: primeira causa de internação por doença e segunda causa de morte em internações Fatores de risco: homens, portadores de comorbidades
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Fisiopatologia da pneumonia: do que depende?
Chegada do agente etiológico ao trato respiratório: aspiração, inalação, disseminação hematogênica, disseminação de foco contíguo Virulência do patógeno Defesas locais e sistêmicas do hospedeiro: problema no fechamento da glote, reflexo da tose, muco, atividade ciliar Colonização das vias aéreas superiores: visto como alveolite, hepatização vermelha, hepatização cinzenta Microaspiração e colonização das vias aéreas inferiores Proliferação e infecção
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O que favorece a pneumonia?
Falha no mecanismo de movimento muco-ciliar: menor captura de microrganismos e partículas
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Qual o quadro clínico da pneumonia?
Febre, tosse, expectoração (purulenta ou não), dispneia (preenchimento alveolar causa redução da complacência pulmonar e maior esforço para respirar), dor ventilatório dependente, sintomas gerais (queda do estado geral, inapetência, apatia, hiperestesia, delirium, hipotermia) Exame físico: taquipneia, cianose, frêmito tóraco-vocal aumentado em áreas de condensação, macicez/sub-macicez, murmúrio reduzido com estertores fixos, broncofonia aumentada/pectoriloquia/abolido
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Como é o diagnóstico da pneumonia?
Fase aguda: hemograma (leucocitose de neutrófilos e segmentados: bacteriano, linfopenia: viral), ureia, creatinina, glicose, PCR, procalcitoninca, lactato arterial (metabolismo de periferia), BTF, gasometria arterial, bacteriológicos RX tórax: PA e perfil D, padrão alveolar com broncograma aéreo, escavações e presença de derrame pleural (caso grave) TC, USG tórax
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O que é utilizado para avaliar a gravidade da pneumonia? Qual importância das ferramentas?
Gram de escarro: ajuda escolher o ATB, ambulatorial Cultura: leva 48h Índice de severidade da pneumonia (FINE): idade, comorbidade, achado laboratorial e radiológico, exame físico Escore da British Thoracic Society (CURB-65 ou CRB-65): confusão mental, ureia, FR, PA, idade Importância: indicação do tratamento de acordo com o resultado
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Quais critérios da pneumonia são indicações para internação?
Critérios maiores: necessidade de ventilação mecânica, choque séptico com necessidade de drogas vasopressoras Critérios menores: FR >30, PaO2/FIO2<250, opacidades multilobares, confusão mental, ureia >50, leucopenia <4000, plaquetopenia <100.000, hipotermia, hipotensão com ressuscitação volêmica rigorosa
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Qual o tratamento da pneumonia? Duração? Quais tipos de fracassos terapêuticos? Deve ser feito tratamento empírico?
Medicamento: ATB + macrolídeo Duração: 7 dias se leve, 14-21 dias se grave Fracasso: precoce (sem resposta ou com piora em 48-72h), tardia (piora após 72h de tratamento) Tratamento empírico deve ser iniciado para melhor prognóstico
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Definição de asma
Doença inflamatória crônica, caracterizada pela HIPERRESPONSIVIDADE das vias aéreas INFERIORES, limitação do variável ao fluxo aéreo intrapulmonar. É potencialmente REVERSÍVEL, de maneira espontânea ou com tratamento. Resulta de uma interação entre fatores genéticos, exposição ambiental e outros fatores
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Asma: fenótipos, doença crônica é mais frequente em quem? quais os principais problemas na asma?
Fenótipos: eosinofílica (atópica: IgE ou não atópica), neutrofílica, paucigranulocítica Asma crônica: em crianças, leva a internação durante as crises, relacionado com ar seco e frio (fecha o brônquio) Principal problema da asma: entrada e saída de ar é dificultada pelos brônquios, que estão fechados (BRONCOCONSTRIÇÃO), pelas paredes das vias aéreas ESPESSADAS e pelo aumento do MUCO. Isso resulta em HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR
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Quais fatores de risco para asma? Quais fatores indutores? E os desencadeadores?
Risco: hereditariedade, residência Indutores: ambiente, prática de exercício físico (causa broncoespasmo) Desencadeadores: limitação do fluxo aéreo e hiperinsuflação pulmonar
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Patogenia da asma e o que causa a diminuição do volume
Interação de fatores de risco (hereditariedade e indutores), que causam inflamação das vias aéreas, hiperreatividade dos brõnquios e limitação do fluxo aéreo, que levam à hiperinsuflação pulmonar Diminuição do volume devido aumento da resistência: parênquima pulmonar normal, maior resistência devido inflamação, diminui o volume
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Quadro clínico da asma
DISPNEIA + SIBILOS + TOSSE Outros: aperto no peito, associado a exposição aos alérgenos, resfriados, exercícios
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Diagnóstico da asma
Clínico: tríade clássica Teste de função pulmonar: diagnóstico de certeza - espirometria: determina obstrução, mostra melhora com uso de BD - teste de provocação brônquica: quando espirometria normal e paciente sintomático - pico de fluxo expiratório seriado: mede somente pico do fluxo pulmonar Alergia: descobrir o alérgeno que sensibilizado o atópico pode ajudar na adesão ao tratamento Fluxograma GINA: ajuda no controle dos sintomas da asma
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Quais são os sinais de mau prognóstico na asma (fatores de risco para exacerbação)
Necessidade de intubação, sintomas mal controlados, crises em 12m, VEF1 baixo, baixa adesão ao tratamento, tabagismo, obesidade
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Como é feito o tratamento da asma na crise e na manutenção? Qual tratamento é feito em todos os asmáticos? Quais tratamentos adicionais e quando são usados?
Crise: beta2 agonista de curta duração (BD inalatório), brometo de ipratrópio ou aminofilina (caso grave) = bombinha Manutenção: beta2 agonista de longa duração + corticoide inalatório Todos: controle ambiental e orientação Adicional: antagonista de leucotrienos, tiotrópio, corticoides sistêmicos, biológicos -usado quando nada mais deu certo
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Quais doenças ocorrem quando o pulmão fica grudado na parede do brônquio, levando-o junto quando ocorre a expansão pulmonar, levando a maior abertura brônquica e portanto menor resistência?
ENFISEMA PULMONAR: dilatação dos espaços aéreos distais, faz com que o brônquio colapse e o fluxo diminua quando ocorre a perda da retração elástica; não adianta usar BD FIBROSE PULMONAR: elasticidade aumentada (bronquiectasia de tração), sem passagem de O2
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Definição de tuberculose, etiologia, via de transmissão e do que depende o contágio, onde o bacilo atinge?
Definição: doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis/bacilo Koch Etiologia: bacilo com envelope com ácido micólico que impede a coloração com Gram e é álcool-ácido resistente, colorida por Ziehl-Neelsen; tem crescimento lento; não forma toxina nem esporo; é intracelular facultativo de fagócitos Transmissão: gotículas ou escarro contendo bacilos são inalados pelo paciente, quando o portador tosse, fala ou espirra Contágio: depende do número de bacilos, imunidade do hospedeiro e tempo de exposição Bacilo atinge os alvéolos
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Fisiopatologia da tuberculose: eliminação do bacilo e infecção latente
Eliminação do bacilo: após inalados, os bacilos são fagocitados e morrem antes de se multiplicar (não ocorre infecção) Infecção latente: bacilos sobrevivem dentro dos macrófagos alveolares 1. Macrófagos alveolares infectados liberam citocinas e atraem outras células inflamatórias (neutrófilos), ocorrendo formação de granuloma (complexo de Ghon/foco pulmonar). Granuloma isola a bactéria e impede a proliferação, mas ela permanece viva 2. Granuloma pode atingir circulação linfática, sanguínea e gânglios satélites 3. Imunidade celular contra a proliferação dos bacilos impede a progressão da infecção para doença em 90% dos pacientes
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Fisiopatologia da tuberculose primária/da criança
Resposta imunológica NÃO IMPEDE A PROLIFERAÇÃO DO BACILO, com consequente acometimento de pulmões e gânglios satélites Pode ter disseminação hematogênica do foco primário, gerando formas EXTRAPULMONARES TB MILIAR: quadro grave devido disseminação maciça dos bacilos
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Fisiopatologia da tuberculose pós-primária/do adulto/reativação endógena
Após 2-3 semanas de infecção com o bacilo de Koch, paciente tem QUEDA DA IMUNIDADE (por HIV, IR, insuf. hepática, DM, corticoide) e os BACILOS SE MULTIPLICAM formando granuloma Reativação é lenta e progressiva Forma majoritariamente pulmonar, sem acometer outros órgãos Reinfecção é possível, mas rara
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Quais fatores de risco para infecção na TB?
Externos: região de maior prevalência da doença, asilos, presídios, profissionais da saúde Intrínsecos: genética
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Quais fatores que favorecem a reativação endógena na TB?
Intrínsecos: astênicos, idosos, com doença crônica, desnutrição, alcoolismo, neoplasias
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Quais sintomas da TB?
Evolução INSINDIOSA, com tosse, FEBRE baixa e vespertina, TOSSE seca que evolui para produtiva (purulenta), sudorese noturna, emagrecimento, dispneia, inapetência, fraqueza
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Como é o diagnóstico da TB? Quais exames são solicitados?
Clínico RX: - TB primária: linfadenomegalia mediastinal, broncograma aéreo, padrão miliar - TB pós-primária: cavidades, consolidações padrão retículo-nodular Exames 1. Pesquisa de BAAR no escarro (baciloscopia direta): 3 amostras, quando tosse > 3 semanas, RX suspeito; feito Ziehl-Neelsen 2. Escarro induzido: induz eliminação da secreção, quando tosse seca, maior chance de achar o bacilo 3. Cultura de escarro: não usado na prática, quando TB multirresistente, abandono do ttm. 4. Broncoscopia: quando escarro induzido negativo, ausência de catarro, imunodepressão, suspeita de outra doença pulmonar
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Dentre os exames para diagnóstico, como é feito o diagnóstico da TB?
2 baciloscopias de escarro + 1 baciloscopia direta + e 1 cultura + 1 baciloscopia direta + e imagem RX sugestiva 2 baciloscopias - com imagem sugestiva e achados clínicos
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Como é feito o tratamento da TB? Depende de quem? Qual o tratamento da menigoencefalite? E quando ocorre multirresistência?
Depende do Estado: feito de modo ambulatorial e supervisionado -hospitalização: casos de menigoencefalite, indicação cirúrgica, complicação grave ATB na fase intensiva (2m): rifampicina, isoniazida, pirazinamida, etambutol ATB na fase manutenção(4m): rifampicina, isoniazida Menigoencefalite: 2m + 7m + corticoide Multirresistência: estreptomicina, etambutol, oofloxacina, terizidona
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Qual critério de cura da TB?
Quando paciente completa o esquema de tratamento, tem 2 BACILOSCOPIAS NEGATIVAS, com MELHORA CLÍNICA evidente e exames complementares justificando
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Como é a profilaxia da TB?
Quimioprofilaxia: em RN com contato domiciliar Vacina BCG: evita forma grave da TB primária, usado na maternidade e em bebês com 2kg ou mais e sem intercorrências
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Definição de apneia do sono
Episódios recorrentes de hipopneia (obstrução parcial) ou apneia (obstrução total) da VIA AÉREA SUPERIOR durante o sono, causando hipóxia e hipercapnia, levando à DESSATURAÇÃO OXIHEMOGLOBINA, levando ao paciente ter MICRODESPERTARES
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Apneia do sono: epidemio, fisiopatologia, consequencias e complicações
Epidemio: homens, acima 50a, obesos, pescoço curto, uso de álcool, gravidez Fisiopatologia 1. desequilíbrio entre dilatadores da faringe (pressão extrínseca) e pressão do lúmen da FARINGE 2. envelhecimento: aumenta HIPOTONIA 3. posição SUPINA 4. relaxamento da língua leva a OBSTRUÇÃO DA REGIÃO RETROFLOSSAL Consequências: hipoxemia intermitente, aumento da pressão intra-torácica Complicações: HAS, arritmias, mortalidade cardiovascular, hipertensão pulmonar, AVC, sd. metabólica
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Apneia do sono: clínica (sintomas noturnos e diurnos), diagnóstico, tipos de apneia, tratamento
Clínica - noturnos: ronco, apneia, engasgo, insônia, despertar frequente, aumento da frequência miccional - diurno: sonolência, fadiga, perda da atenção, diminuição da memória, cefaléia, depressão Diagnóstico: polissonografia Tipos - obstrutiva: obstrução ao nível da faringe, tórax e abdome se movimentam, fluxo oronasal não movimenta o fluxo do ar - central: causa central, sem obstrução, tórax e abdome não se movem, apneia de Cheyne-Stokes - mista - hipopneia Tratamento - leve: posicional, perda peso, aparelho intraoral - moderada: posicional, perda peso, aparelho intraoral, CPAP - grave: perda de peso, CPAP - cirurgia
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Sd. hipoventilação da obesidade ou sd. Pickwick: epidemio, fisiopatologia, diagnóstico, tratamento
Epidemio: concomitante a apneia do sono, mais complicações e mortalidade se não tratada Fisiopatologia: hipoxemia, hipercapnia levam a insuficiência respiratória e cor pulmonale Diagnóstico: IMC >30, pCO>45, hipoventilação, hipoxemia diurna Tratamento: induzir a ventilação para ajudar a expelir o CO2, CPAP ou BIPAP
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Definição de DPOC, etiologia, epidemio
Definição: doença INFLAMATÓRIA CRÔNICA, previnível e potencialmente reversível, causada por AGENTES NOCIVOS (tabaco, fumaça conbustão) que afetam vias aéreas, brônquios e parênquima pulmonar. Gera sintomas respiratórios persistentes e limitação do fluxo aéreo Etiologia: TABAGISMO (a partir de 10 maços/dia por 10 anos = 100 anos-maço) com fator genético associado, POEIRA OCUPACIONAL (carvão, fumos de solda), POLUIÇÃO, fumaça de lenha, doença genética (deficiência alfa1-antitripsina) Epidemio: homens, 4a causa de morte no mundo, em mulheres pode surgir precocemente e +grave
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Fisiopatologia da DPOC (5 etapas)
1. Agente nocivo constante leva ao PROCESSO INFLAMATÓRIO PERSISTENTE, fazendo o organismo compensar com HIPERTROFIA E HIPERPLASIA DAS CÉLULAS GLANDULARES e aumentar o muco. As CÉLULAS CILIADAS MORREM e se tornam escamosas (metaplasia) o que impede a expulsão do muco e isso causa HIPERTROFA E HIPERPLASIA DAS CÉLULAS MUSCULARES (broncoconstrição) até que elas virem FIBROSE (estreita as vias aéreas) = BRONQUITE CRÔNICA 2. Neutrófilos liberam PROTEASES EM EXCESSO, que tem a função de eliminar o agente nocivo, mas acaba DESTRUINDO O PARÊNQUIMA PULMONAR (destrói ácinos e septos alveolares, formando bolhas + destrói capilares e impede a troca gasosa, causando hipóxia) = ENFISEMA PULMONAR 3. PI no saco alveolar leva à destruição do saco alveolar, formando ÁREA SEM TROCA GASOSA E QUE ACUMULA AR. Isso faz o pulmão aumentar de tamanho, RETIFICANDO O DIAFRAGMA e ATIVANDO A MM. ACESSÓRIA 4. Perda de tec. conjuntivo leva a PERDA DA ELASTICIDADE e isso gasta energia para expirar 5. A mm. acessória não é suficiente para expelir o muco através da tosse, logo PACIENTE ACUMULA MUCO e isso causa DISPNEIA
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O que ocorre em pacientes com DPOC grave?
A diminuição do calibre das vias aéreas (devido espessamento do bronquíolo) resulta em ÁREAS POUCO VENTILADAS, SIBILOS, HIPERCAPNIA E HIPÓXIA, SHUNT (perfusão > ventilação) e VASOCONSTRIÇÃO PULMONAR. Isso resulta na sobrecarga do VD, podendo levar à falência cardíaca e surgir COR PULMONALE (sinais de IC direita): estase jugular, edema MMII, hepatomegalia dolorosa
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O que ocorre no paciente com deficiência da alfa1-antitripsina?
Paciente desenvolve destruição do parênquima pulmonar, devido dificuldade de resolver o PI, mesmo se não for tabagista
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Do que depende o quadro clínico da DPOC? Quais os sintomas da predominância da bronquite crônica? E do enfisema pulmonar?
Depende: exposição (tabagismo, profissão) Sintomas bronquite crônica: TOSSE PRODUTIVA, DISPNEIA (piora em caso de infecção), SIBILO (lesão do bronquíolo), estertores (catarro no bronquíolo), cianose, COR PULMONALE Sintomas enfisema pulmonar: dispneia progressiva, TÓRAX EM TONEL, MV REDUZIDO, USO MM. ACESSÓRIA, TIRAGEM, tempo expiratório prolongado, emagrecimento, hipersonoridade à percussão
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Quais exames de imagem e achados na DPOC?
RX: diafragma retificado, tórax em tonel, hipertransparência (pobreza vascular), área cardíaca aumentada do lado D, aumento de EIC, aumento dos hilos pulmonares TC: área de enfisema, parede espessada dos brônquios, sinais de aprisionamento aéreo (sinal em mosaico)
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Qual exame fecha diagnóstico de DPOC? Quais valores estão alterados e qual está normal?
ESPIROMETRIA: VEF1 reduzida, VEF1/CVF < 0,7 e CVF normal
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Quais exames laboratoriais são feitos na DPOC e o que encontram?
Hemograma: POLIGLOBULIA (Hb e Ht aumentados, para compensar a hipóxia) Gasometria: HIPÓXIA, HIPERCAPNIA, AUMENTO BIC, pH normal
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Quais 3 critérios para determinar a exacerbação aguda (crise) na DPOC? Quais causas das crises?
Aumento da secreção e/ou tosse, alteração da cor da secreção e piora da dispneia Causas: INFECÇÃO viral ou secundária bacteriana, pneumotórax, TEP, descompensação cardíaca, deterioração da DPOC
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Como é a prevenção e tratamento da DPOC?
Prevenção: afastar os agentes causadores (cigarro, fumaça) BRONCODILATADORES: para diminuir o aprisionamento aéreo (aumenta volume inspiratório), associar 2 formas - BETA2 ADRENÉRGICO: longa duração (formoterol), curta (salbutamol) - ANTICOLINÉRGICO: curta (brometo ipratrópio), longa (brometo tiotrópio) - XANTINAS: aminofilina (última escolha) CORTICOIDES: usar quando tem sibilo, inalado (2 crises no ano anterior), sistemático (crise aguda) CESSAR TABAGISMO Vacinar: para influenza e pneumocócica Reabilitação pulmonar
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Definição de interstício, constituição, propriedades
Definição: MESÊNQUIMA entre as membranas basais das células epiteliais (pneumócito I) e endoteliais (capilar) Constituição: tec. conjuntivo (estroma), matriz intersticial (colágeno, fibras elásticas, subs. amorfa), células mesenquimais (fibroblasto, m.liso), células inflamatórias (macrófago, LT, LB) Propriedades: suporte estrutural, mecânica ventilatória, troca alvéolo capilar, defesa do trato respiratório inferior
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Que tipo de doença é a doença intersticial pulmonar? Quais tipos de agressão podem levar ao desenvolvimento da doença?
Doença intersticial pulmonar é uma DOENÇA RESTRITIVA Tipos de agressão: - AÉREA: fumaça, poeira, partículas infecciosas, oxidantes - HEMATOGÊNICA: infecções, anticorpos, cél. inflamatória e neoplásica, drogas - LINFÁTICA: infecções, cél. inflamatória e neoplásica - AGRESSÃO FIBRÓTICA: alterações primárias do interstício
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Quais classificações das doenças intersticiais pulmonares (5)? Cite um exemplo de cada
De causa conhecida: COLAGENOSE, pneumoconioses, infecções, drogas, aspiração gástrica Pneumonia intersticial idiopática: FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA Linfoide: linfoma, bronquiolite linfoide Granulomatosa: SARCOIDOSE, infecções Miscelânia: pneumonia eosinofílica, bronquiolite constritiva
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Quais formas da doença intersticial pulmonar?
Aguda: surge em dias/semanas, sintomas de tosse, dispneia e febre -pneumonia intersticial aguda Episódica: épocas de melhora e piora -pneumonia eosinofílica Crônica: por AGENTES OCUPACIONAIS, ambientais e drogas - ASBESTOSE: causada pela exposição ao amianto, evolui com fibrose pulmonar - SILICOSE: causada pela exposição à sílica (mineração, jateamento), leva a artrite reumatoide Crônica com doença sistêmica: colagenose (LES), neoplasia, vasculite, sarcoidose Crônica sem doença sistêmica: idiopática -fibrose pulmonar idiopática
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Doença intersticial pulmonar: anamnese, exame físico, espirometria e provas funcionais, imagem
Anamnese: história ocupacional, ambiental, evolução temporal dos sintomas Exame físico: estertores finos (em velcro) nas bases dos pulmões, baqueteamento digital Espirometria: pouco específica Prova funcional: mais sensível e indicado para seguimento Imagem: TC quando RX normal/duvidoso e com dispneia ou alteração funcional; RX para definir local e distribuição das alterações
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Fibrose pulmonar idiopática: definição, epidemio, diagnóstico, achado típico
Definição: doença crônica, não infecciosa, de causa desconhecida, que leva a SUBSTITUIÇÃO DO PULMÃO NORMAL POR FIBROSE (cicatrizes), prejudicando a capacidade de realizar trocas gasosas Epidemio: homens, acima 60a, fumantes ou ex-fumantes Diagnóstico: clínico, função pulmonar, radiológico e biópsia Achado típico do RX: gradiente CRANIO-CAUDAL, predominantemente BASAL E SUBPLEURAL, com BRONQUIECTASIA, BRONQUIOLOECTASIA DE TRAÇÃO e FAVEOLAMENTO
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TEP: fatores de risco (+graves para - graves), tríade de Virchow e sua importância, incidência
Fatores de risco: FRATURAS, CIRURGIAS DE GRANDE PORTE, uso de ACHO, TEP prévio, repouso no leito por +3 dias, obesidade Tríade Virchow: HIPERCOAGULABILIDADE (malignidade, gestação e puerpério, terapia estrogênica), ESTASE VENOSA (disfunção ventricular E, imobilização, insuficiência venosa, obstrução venosa), LESÃO ENDOTELIAL -Importância: podem levar à formação de TROMBO DE COÁGULO (mais importante na TEP) Incidência: maior que no passado (melhora no TC), menor mortalidade (melhor ttm e mais diagnóstico de caso leve)
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Fisiopatologia da TEP AGUDO (6 etapas)
1. OBSTRUÇÃO ABRUPTA DAS ARTÉRIAS PULMONARES causa REDUÇÃO DA CHEGADA DE SANGUE aos capilares pulmonares, sendo que a VENTILAÇÃO PERMANECE (aumenta o espaço morto, pois não ocorre a troca gasosa). Isso resulta na resposta das artérias pulmonares que CONTRAEM para aumentar o fluxo sanguíneo pulmonar. 2. Ocorre Sheer Stress devido ao aumento do volume do fluxo sg. e se isso se tornar crônico, a circulação pulmonar não retorna ao normal e leva à HIPERTENSÃO ARTERIAL 3. CIRCULAÇÃO BRÔNQUICA (vindo da aorta) tenta compensar a falta de sangue da circulação pulmonar e isso IMPEDE O INFARTO 4. EFEITO SHUNT, leva à redistribuição do fluxo sanguíneo 5. FALÊNCIA DO VD: devido a hipertensão pulmonar, VD dilata e empurra o septo interventricular, empurrando o VE e isso impede sua contração, DIMINUI DC, causa HIPOTENSÃO e CHOQUE CARDIOGÊNICO (soro piora o quadro, pois aumenta a pressão dentro do VD) 6. Disfunção cardio-renal: diminuição do DC causa redução da TFG (IR) e é tratada com diurético
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Qual quadro clínico da TEP aguda?
Sintomas inespecíficos: dispneia SÚBITA, dor torácica, tosse, dor retroesternal, febre, hemoptise, síncope, lesões na perna (edema unilateral)
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Qual score serve de base para estudar a probabilidade clínica de ser um TEP?
Critério de Wells: TEP/TVP prévio, FC > 100, imobilização > 4 semanas, hemoptise, neoplasia maligna ativa, sinais TVP, diagnóstico alternativo menos provável que TEO - Resultado 1: 0-4: TEP improvável, acima 5: TEP provável - Resultado 2 (+usado): 0-1: TEP improvável, acima 2: TEP provável
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Como é feito o diagnóstico de TEP agudo? Quais outros exames auxiliares?
Diagnóstico: - ANGIOTC: alta sensibilidade e especificidade, usa contraste iodado, detecta trombos e áreas de infarto pulmonar, sinais indiretos de hipertensão pulmonar - CINTILOGRAFIA PULMONAR INALAÇÃO/PERFUSÃO: contraste radioativo, TEP altera fase de perfusão - ARTERIOGRAFIA PULMONAR: detecta falha de enchimento, é invasivo (pouco usado no agudo) Outros: - ECG: alterações cardíacas, sobrecarga VD, S1T3Q3 - RX tórax: ausência de trama vascular e área de infarto - D-dimero: muito sensível e pouco específico - Ecocardiograma: disfunção do VD, PASP - USG Doppler de MMII: se tiver sinal TVP - Troponina: biomarcador de fibra miocárdica
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Qual algoritmo para paciente com suspeita de TEP e instável?
Ecocardiograma: para ver disfunção VD TC: se possível, se positivo tratar a TEP Se TC não for possível, tratar como se fosse TEP
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Como é feita a estratificação da TEP? Quais são as classes e para que serve?
INSTABILIDADE HEMODINÂMICA, DISFUNÇÃO VD, aumento da troponina Classes: alto risco (instabilidade e disfunção, com ou sem troponina aumentada), intermediário alto (sem instabilidade, com disfunção e troponina aumentada), intermediário baixo (só com certo grau de disfunção), baixo (sem os 3 fatores) Importância: sempre estratificar para fazer a escolha do tratamento
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Como é feito o tratamento de cada classe do TEP agudo? Quais são as formas de terapia de reperfusão?
Alto risco: anti-coagulante + terapia reperfusão Intermediário alto: anti-coagulante + considerar terapia reperfusão (UTI) Intermediário baixo: anti-coagulante (enfermaria) Baixo: anti-coagulante (ir para casa) Terapia reperfusão: estreptoquinase, RTPA, TROMBÓLISE POR CATETER, trombectomia (cirurgia de grande porte) Lembre: anti-coagulante não dissolve o trombo, apenas impede a formação de novos trombos