Cirurgia do aparelho digestivo Flashcards

1
Q

Neoplasias periampolares: composto por 4 neoplasias

A

Carcinoma de cabeça do pâncreas
Neoplasia da papila duodenal
Neoplasia do colédoco distal
Neoplasia do duodeno descendente

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2
Q

Neoplasias periampolares: características em comum

A

Mesma vascularização, inervação e semelhantes manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento

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3
Q

Desmoplasia: definição

A

Reação do parênquima pancreático, que gera fibrose que compões maior parte da massa tumoral e dificulta a chegada de RT e QT

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4
Q

Carcinoma de pâncreas: prognóstico, diagnóstico, epidemio e fatores de risco, estadiamento

A

Mau prognóstico: baixos índices de sobrevivência

Diagnóstico: TC, geralmente tardio (metástase ou avançado)

Epidemio: homens, 60-80a, afrodescendentes

Fatores de risco: tabagismo, pancreatite crônica, obesidade, genética

Estadiamento: TC, RX, biópsia por punção com USG endoscópico, PET, laparoscopia

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5
Q

Tipos de carcinoma de pâncreas

A

Cabeça > corpo e cauda

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6
Q

Carcinoma de cabeça de pâncreas: sintomas, exames laboratoriais

A

Sintomas: perda ponderal, icterícia e dor abdominal (se avançado)
Exames: aumento de BB direta, FA e GGT (obstrução do colédoco)

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7
Q

Carcinoma de corpo e cauda de pâncreas: sintomas

A

Perda ponderal, dor lombar e/ou abdominal (metamerização do pâncreas)

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8
Q

Tratamentos do carcinoma pancreático

A

CIRÚRGICO: ressecção do tumor (se não envolver vasos nem tiver metástases)

NEOADJUVANTE: pré-op, QT e RT para downstaging

ADJUVANTE: pós-op, QT e RT para evitar recidiva e metástase

PALIATIVO: não cirúrgico (mal estado geral, serve para desobstruir via biliar) ou cirúrgico

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9
Q

Motivos da resistência do tumor ao tratamento

A

Desmoplasia, redundância de sinalização, células tronco do CA

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10
Q

Neoplasias císticas: tipos (4)

A

Cística mucinosa
Mucinosa papilar intraductal
Sólido cística pseudopapilar
Cística serosa

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11
Q

Neoplasias císticas: quadro clínico

A

Dor abdominal com irradiação lombar superior, perda de peso, esteatorreia (insuficiência exócrina), diabetes (insuficiência endócrina), pancreatite

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12
Q

Neoplasia cística mucinosa: local, epidemio, característica, diagnóstico, tratamento

A
Local: corpo e cauda do pâncreas
Epidemio: mulheres, 40-50a
Característica: tem calcificação, sofre malignização
Diagnóstico:  TC, dosagem mucina
Tratamento: cirúrgico
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13
Q

Neoplasia mucinosa papilar intraductal: local, epidemio, característica, diagnóstico, quadro clínico

A

Local: cabeça do pâncreas
Epidemio: ambos sexos, 60-80a
Característica: saída de líquido da papila duodenal e áreas ductais dilatadas
Diagnóstico: TC, pancreatoRM, CPRE
Quadro clínico: pancreatite aguda obstrutiva

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14
Q

Neoplasia cística serosa: local, epidemio, característica, diagnóstico, tratamento, quadro clínico

A

Local: corpo e cauda do pâncreas
Epidemio: mulheres
Característica: lesão única, sem comunicação tecidual, rara malignização
Diagnóstico: TC
Tratamento: ressecção
Quadro clínico: dor abdominal ou epigástrica, dispepsia, náuseas

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15
Q

Neoplasia sólida cística pseudopapilar (Frantz): causa, epidemio, característica, prognóstico

A

Causa: compressão extrínseca
Epidemio: mulheres, 25a
Característica: excrescência luminal, benigno
Prognóstico: bom, se bem ressecado

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16
Q

Pseudocisto: definição

A

Complicação da pancreatite crônica, com necrose do parênquima e rompimento do ducto pancreático, levando ao vazamento de suco pancreático para o peritônio, gerando em resposta uma cápsula não verdadeira

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17
Q

Tumores neuroendócrinos: tipos (5)

A
Glucagonoma
Insulinoma
Gastrinoma
Vipoma
Somatostatinoma
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18
Q

Definição de tumor funcionante

A

Tumor que produz substâncias que ganham corrente sanguínea

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19
Q

Definição de tumor não funcionante

A

Tumor que produz substâncias que não ganham corrente sanguínea

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20
Q

Insulinoma: hormônio produzido, tipo celular acometido, síndrome provocada, diagnóstico, característica

A
Hormônio: insulina
Célula: beta pancreática
Síndrome: hipoglicemia
Diagnóstico: tríade de Whipple (neuroglicopenia + glicemia baixa + alívio dos sintomas com glicose IV), laboratoriais, TC e RM
Característica: maioria benigna
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21
Q

Gastrinoma (Zollinger-Ellison): hormônio produzido, tipo celular acometido, síndrome provocada, diagnóstico, característica

A
Hormônio: gastrina
Célula: não beta
Síndrome: úlcera péptica e diarréia
Diagnóstico: radiofármaco, imuno-histoquímica
Característica: 50% maligno
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22
Q

Vipoma (Verner Morrison): hormônio produzido, célula acometida, síndrome provocada, diagnóstico, característica

A
Hormônio: VIP e PGs
Célula: não beta
Síndrome: diarréia aquosa, levando à hipocalemia e acloridria
Diagnóstico: TC, imuno-histoquímica
Característica: maioria maligna
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23
Q

Glucagonoma: hormônio produzido, célula acometida, síndrome, diagnóstico, característica

A
Hormônio: glucagon
Célula: alfa pancreática
Síndrome: hiperglicemia e dermatite
Diagnóstico: imuno-histoquímica
Característica: maioria maligna
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24
Q

Somatostatinoma: hormônio produzido, célula acometida, síndrome, diagnóstico, característica

A
Hormônio: somatostatina
Célula: delta pancreática
Síndrome: hiperglicemia, esteatorréia, calculose biliar
Diagnóstico: imuno-histoquímica
Característica: maioria maligna
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25
Q

Tumores malignos de estômago: epidemiologia e etiopatogenia

A

Epidemio: 60a, homens, Japão, Chile e BR

Etiopatogenia: fatores AMBIENTAIS (alimentos defumados, sal, nitrito e nitrato, tabagismo, H.pylori) + fatores do HOSPEDEIRO (gastrectomia prévia, pólipos adenomatosos, gastrite atrófica, genética)

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26
Q

Tipos histológicos de CA estômago

A

Adenocarcinoma > linfoma > tumores estromais > neuroendócrinos

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27
Q

Locais do CA estômago

A

Antro-pilórica > pequena curvatura > cárdia > outras regiões

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28
Q

Disseminação do CA por infiltração direta (2 tipos)

A

CONTIGUIDADE: infiltra órgãos vizinhos sem continuação com o sítio primário do CA

CONTINUIDADE: infiltra órgãos conectados ao sítio primário do CA

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29
Q

Disseminação do CA por via linfática: pesquisa de…

A

Pesquisa de linfonodos

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30
Q

Disseminação do CA por via sanguínea: acometimento de…

A

Sistema porta: metástase no FÍGADO

Veia cava e artéria pulmonar: metástase no PULMÃO

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31
Q

Disseminação do CA por implantes peritoneais: onde o tumor nasce, qual camada ultrapassa

A

Nasce na MUCOSA e escava a parede do órgão até ultrapassar a SEROSA, por onde pode se implantar no peritônio ou infiltrar víscera vizinha

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32
Q

Sintomas do CA estômago: iniciais e com a progressão da doença

A

Iniciais: sintomas vagos, dispepsia inespecífica

Progressão: dor, perda de peso, vômito, sangramento, obstipação, astenia, plenitude pós-prandial, eructações, disfagia

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33
Q

Exame físico do CA estômago identifica

A

Anemia, desnutrição, massa abdominal palpável ou visível, hepatomegalia, linfonodo em fossa supra-clavicular

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34
Q

Diagnóstico e estadiamento do CA estômago

A

Exames: EDA + biópsia

Estadiamento clínico radiológico: exame físico, TC, laparoscopia, busca metástases

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35
Q

Tratamento do CA estômago

A

Avaliação clínica pré-op

CIRURGIA CURATIVA: gastrectomia parcial + linfadenectomia + gastrojejunoanastomose (tumor distal) ou gastrectomia total + linfadenectomia + esofagojejunoanastomose (tumor proximal)

CIRURGIA PALIATIVA: gastrectomia sem linfadenectomia, gastroenteroanastomose, reconstruir trânsito alimentar

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36
Q

Complicação pós-op do CA estômago proximal

A

Deficiência de vitamina B12 (falta fator intrínseco produzido pelo fundo do estômago) e anemia ferropriva e megaloblástica

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37
Q

CA esôfago: epidemio, tipos histológicos, locais

A

Epidemio: 50a, homens, China, RS

Tipos: CEC > adenocarcinoma

Locais: 1/3 médio (CEC) ou trato GE (adenocarcinoma)

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38
Q

Fatores de risco do CA esôfago: para CEC e adenocarcinoma

A

CEC: tabagismo, etilismo, bebidas quentes, megaesôfago, lesão cáustica

Adenocarcinoma: obesidade, DRGE (Barrett)

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39
Q

Disseminação por contiguidade do CA esôfago afeta quais estruturas?

A

Traqueia, nervo laríngeo recorrente, estômago, faringe

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40
Q

Quadro clínico do CA esôfago

A

Disfagia, odinofagia, perda de peso, regurgitação, disfonia, engasgo, tosse com expectoração

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41
Q

Diagnóstico do CA esôfago

A

EDA e RADIOGRAFIA contrastada

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42
Q

Tratamento do CA esôfago

A

Avaliação clínica pré-op

CIRURGIA CURATIVA: esofagectomia + esofagogastroplastia (tubuliza estômago) ou esofagectomia + esofagocoloplastia (tubuliza colo transverso)

CIRURGIA PALIATIVA: sonda nasoenteral ou gastrostomia (via alimentar), QT e RT

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43
Q

Ânus: função, músculos (2), linha ano-pectínea/denteada divide quais partes?

A

Função: órgão de continência
Músculos: esfíncter interno (m.liso, involuntário) e esfíncter externo (m.estriado, voluntário)
Linha denteada divide: final do reto e início do canal anal, transição da mucosa e pele

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44
Q

Onde desembocam as glândulas anais?

A

Na linha ano-pectínea/denteada

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45
Q

Onde há sensibilidade no canal anal?

A

ABAIXO da linha denteada, onde fica a pele

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46
Q

Definição de doença hemorroidária

A

Congestão/dilatação/aumento das vênulas e arteríolas do canal anal

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47
Q

Definição de hemorróida interna

A

Grandes emaranhados vasculares SUBMUCOSOS

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48
Q

Definição de hemorróida externa

A

Grandes emaranhados vasculares SUBCUTÂNEOS

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49
Q

Fatores predisponentes para doença hemorroidária

A

Hereditariedade, hábitos defecatórios errôneos, profissão, gravidez, obstipação, esforço evacuatório crônico, diarréia crônica, tumor pélvico, ICC, uso de laxantes

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50
Q

Quadro clínico da doença hemorroidária

A

Sangramento vivo em pequena quantidade após evacuação, PROLAPSO, prurido, exsudação, desconforto, dor

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51
Q

Etapas da evolução da doença hemorroidária

A

Assintomático, exteriorização e regressão espontânea, exteriorização e regressão com dedo, exteriorização e permanece exteriorizada

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52
Q

Doença hemorroidária: epidemio, diagnóstico, tratamento

A

Epidemio: mulheres, acima 40a

Diagnóstico: anamnese, exame proctológico (anuscopia)

Tratamento: clínico (higiene, medicamentos) + cirúrgico (grau I e II com leve sangramento ou grau 3 e 4 para diminuir hemorróida)

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53
Q

Doença hemorroidária interna: local, causa, drenagem, classificação, diagnóstico

A

Local: SUBMUCOSA, 2 a direita e 1 a esquerda

Causa: dilatação do plexo hemorroidário superior

Drenagem: sistema porta

Classificação: via prolapso (grau 1-4)

Diagnóstico: exame físico (abaulamento da mucosa)

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54
Q

Doença hemorroidária externa: local, causa, drenagem, classificação, diagnóstico

A

Local: SUBCUTÂNEO

Causa: dilatação do plexo hemorroidário inferior

Drenagem: veia cava

Classificação: aguda ou crônica (plicoma)

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55
Q

Doença hemorroidária mista: definição

A

Paciente apresenta a doença hemorroidária interna e externa

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56
Q

Definição de fissura anal

A

Lesão ulcerada no anoderma (entre pele e linha denteada)

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57
Q

Etiopatogenia e epidemiologia da fissura anal

A

Fator traumático (fezes duras), anatômico (espaço de Brick é ponto de fraqueza posterior) e vascular

Epidemio: feminino, sem fatores familiares nem profissionais

58
Q

Classificação das fissuras anais (2)

A

AGUDA: somente corte, evento único, primeira fissura, bordas não sobrelevadas, sangue vivo

CRÔNICA: tríade fissurária (plicoma sentinela, lesão ulcerada, papila hipertrófica)

59
Q

Local das fissurais anais

A

POSTERIOR: é devido a fraqueza muscular da linha média posterior

60
Q

Quadro clínico da fissura anal

A

Dor relacionada a evacuação, constipação reacional, sangramento anal em pequena quantidade e vivo, prurido anal

61
Q

Diagnóstico e tratamento da fissura anal

A

Diagnóstico: história clínica + exame proctológico

Tratamento: clínico (medicação) ou cirúrgico (se crônica)

62
Q

Definição de processo infeccioso perianal e anorretal

A

Trauma da desembocadura das glândulas na linha denteada com posterior infecção da glândula

63
Q

Etiologia dos processos infecciosos perianal e anorretal (primário e secundário)

A

Primário (origem criptoglandular): obstrução leva a estase que leva a infecção e ao abscesso; GI de Chiari

Secundário: doenças intestinais, traumas, doenças malignas, RT, complicações pós-op

64
Q

Abscesso anorretal: definição, tipos, sintomas, diagnóstico, tratamento

A

Definição: contaminação da glândula anal

Tipos: perianais, isquiorretais, submucoso, interesfincterianos, pelvirretal

Sintomas: dor intensa e contínua que MELHORA com a evacuação, febre, calafrio, tenesmo

Diagnóstico: história, exame físico, RM

Tratamento: cirúrgico

65
Q

Fístula anorretal: definição, sintomas, diagnóstico, tratamento

A

Definição: sepse perianal crônica, devido drenagem do abscesso ser pelo trajeto comunicado entre canal anal/reto e períneo

Sintomas: nódulo perianal, secreção e prurido, ânus úmido, SEM DOR NEM FEBRE

Diagnóstico: história, exame físico, colonoscopia, USG ou RM

Tratamento: cirúrgico (eliminar fístula, preservar função esfincteriana)

66
Q

Regra de Goodsall-Salmon

A

Divide-se o ânus em metade anterior e posterior.

Metade posterior: orifícios externos de até 3cm da borda anal têm TRAJETO ARCIFORME até a linha média posterior, onde encontra o orifício interno

Metade anterior: orifícios externos fazem TRAJETO RETILÍNEO até o orifício interno correspondente

67
Q

Gangrena necrotizante: definição

A

Abscesso que invade o períneo, atinge a gordura, fáscia muscular, glúteos, região inguinal, lombar e parede abdominal, levando a necrose das estruturas

68
Q

Doença pilonidal: definição, sintomas, evolução, tratamento

A

Definição: condição adquirida ou congênita em reação ao corpo estranho

Sintomas: dor, hiperemia, edema na fenda glútea

Evolução: abscesso pilonidal agudo, cronificação e abscesso recorrente

Tratamento: cirúrgico

69
Q

Definição de doenças inflamatórias intestinais

A

Doenças inflamatórias CRÔNICAS, IMUNOMEDIADAS, que acometem o TGI, caracterizada por SURTOS de remissão e exacerbação

70
Q

Fisiopatologia das doenças inflamatórias intestinais

A

Desregulação da resposta imune frente à flora microbiana, associado a fatores ambientais e do hospedeiro

Fatores ambientais: tabagismo, excesso de higiene, alimentos industrializados, AINEs, estresse, apendicectomia

Fatores do hospedeiro: genética

71
Q

Sintomas da doença inflamatória intestinal

A

Dor abdominal, diarréia, emagrecimento

Manifestações extra-intestinais: úlceras orais, episclerite, uveíte, eritema nodoso, pioderma gangrenoso, espondilite anquilosante, artrite, cálculo biliar e renal

72
Q

Definição de doença de Crohn

A

Inflamação transmural (mucosa, muscular e serosa) progressiva que causa DANO ESTRUTURAL NA PAREDE DO INTESTINO, levando a estenose e fístulas

73
Q

Doença de Crohn: locais, complicações, característica, fatores de mau prognóstico

A

Locais: boca ao ânus, de forma SALTEADA, comum no íleo terminal e colo ascendente

Complicações: estenose, fístulas, abscessos

Característica: tem risco de malignização

Fatores de mau prognóstico: lesões perineais, local ileocolônico, jovem ao diagnóstico, doença extensa no delgado e TGI superior , úlceras colônicas, fístula ou abscesso, grande perda de peso, anemia, PCR e VHS aumentado

74
Q

Definição de retocolite ulcerativa

A

Doença inflamatória crônica, que INICIA NO RETO, segue para segmentos proximais do cólon com padrão CONTÍNUO de inflamação, com recidiva e remissão da inflamação

75
Q

A retocolite ulcerativa causa fístula ou estenose? Por que?

A

Não, pois não acomete a mucosa da parede intestinal

76
Q

Retocolite ulcerativa: característica, fatores de mau prognóstico

A

Característica: risco de malignização

Fatores de mau prognóstico: jovem ao diagnóstico, colite extensa, colangite esclerosante primária, úlceras colônicas profundas, anemia, C. difficile, PCR e VHS elevado, hospitalização ou cirurgia

77
Q

Diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais

A

Não existe exame padrão ouro

Evolução clínica + EDA, histologia, exames radiológicos e bioquímicos

78
Q

Sintomas da doença de Crohn (boca ao ânus)

A

FÍSTULAS, DOENÇA PERIANAL, MANIFESTAÇÕES GI, fadiga, dor abdominal, diarréia prolongada, perda de peso, febre, sangramento em fezes,

79
Q

Sintomas da retocolite ulcerativa (reto e colo)

A

PUXO, TENESMO, diarréia com pouco sangue e muco, incontinência, cólicas, ENTERORRAGIA, fadiga, perda de peso, mal estar, febre

80
Q

Tratamento das doenças inflamatórias intestinais: objetivos, tipos de cirurgia

A

Objetivo: induzir e manter a remissão, cicatrização da mucosa, vida saudável

ELETIVO: cirurgia ampla (RCU) e cirurgia econômica abdominal ou perineal (DC)

URGÊNCIA: 0-48h pós diagnóstico

81
Q

Definição de DRGE

A

Afecção crônica decorrente do REFLUXO PATOGÊNICO do conteúdo do estômago para esôfago, gerando sintomas esofagianos e extra-esofageanos

82
Q

Fisiopatologia da DRGE

A
Pressão EIE < 14,3 (24h)
Relaxamento transitório do EIE (doidão)
Hérnia hiatal
Motilidade esofágica ineficaz
Esvaziamento gástrico deficiente
Ação de NT-hormônios-peptídeos
83
Q

Sintomas da DRGE: típicos e extra-esofagenaos

A

Típicos: pirose, regurgitações, disfagia

Extra-esofageanos: dor torácica não cardíaca, tosse, pneumonias, asma, disfonia, pigarro, desgaste dentário

84
Q

Diagnóstico da DRGE

A

EDA, pHmetria, manometria, RX, impedâncio pHmetria

85
Q

Esôfago de Barrett: etiopatogenia, epidemio

A

Etiopatogenia: substituição do epitélio estratificado para colunar (esôfago simula duodeno) = METAPLASIA, DISPLASIA, NEOPLASIA

Epidemio: 10% dos portadores de DRGE, homens

86
Q

Tratamento da DRGE

A

CLÍNICO: medidas comportamentais, IBP

Endoscopia: stretta, esophyx, endostin

Cirúrgico: para caso grave, intratabilidade clínica e manutenção do tratamento clínico prolongado (hiatoplastia, videolaparoscopia, válvula anti-refluxo)

87
Q

Definição de doença dos divertículos esofagianos

A

Protusão da parede do esôfago

88
Q

Classificação dos divertículos (6)

A

Verdadeiros: protusão das 4 camadas da parede

Falsos: protusão da mucosa da parede

Congênitos

Adquiridos

Tração: pressão intraluminal normal + fraqueza muscular

Pulsão: pressão intraluminal elevada + músculo normal

89
Q

Divertículo de Zenker: características, epidemio, etiopatogenia, sintomas, diagnóstico, tratamento

A

Características: falso, adquirido, pulsão, cervical

Epidemio: 70a

Etiopatogenia: perda da elasticidade e tônus muscular (triângulo Killan)

Sintomas: DISFAGIA ALTA, HALITOSE, salivação, tosse, regurgitação, broncoaspiração

Diagnóstico: EDA, RX, manometria

Tratamento: endoscópico ou cirúrgico

90
Q

Divertículo de esôfago médio: características, etiopatogenia, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento

A

Características: verdadeiro, adquirido, tração, esôfago médio

Etiopatogenia: PI do esôfago médio com regressão e tração

Causas: tuberculose, mediastinite fibrosante

Sintomas (se houver): disfagia, dor torácica, regurgitação

Diagnóstico: EDA, RX

Tratamento: observação, tratar doença inflamatória

91
Q

Divertículos epifrênicos/esôfago distal: características, sintomas, diagnóstico, tratamento

A

Características: falso, adquirido ou congênito, pulsão, esôfago distal

Sintomas: disfagia, dor torácica, regurgitação, perda de peso, anorexia, tosse, halitose

Tratamento: cirúrgico (diverticulectomia + miotomia contralateral) ou esofagogastropexia

92
Q

Definição de acalasia

A

EIE se mantém no estado de tonicidade (hipertonia) e por isso falha em relaxar, é distúrbio primário

93
Q

Definição de aperistalse esofácia

A

Incoordenação do peristaltismo esofágico, é distúrbio secundário

94
Q

Megaesôfago: etiologia, fisiopatologia, sintomas, diagnóstico

A

Etiologia: Chagas, idiopática, trauma

Fisiopatologia: destruição ou ausência de células dos plexos mioentéricos intramurais do esôfago (Auerbach, Meissner)

Sintomas: disfagia, emagrecimento, pirose retroesternal, sialorreia, regurgitação

Diagnóstico: sorologia, RX, EDA, MANOMETRIA (grau 1-4, sendo 4 dolicomegaesôfago)

95
Q

Tratamento do megaesôfago

A

Clínico: bloqueador de canal cálcio

Endoscopia: cardiomiotomia

Cirúrgico: cardiomiotomia (Heller) com ou sem válvula anti-refluxo

Esofagectomia: dolicomegaesôfago, falha da miotomia ou estenose indilatável

96
Q

Definição de divertículo

A

Saco ou bolsa anormal que faz PROTUSÃO na parede de um órgão oco

97
Q

Definição de doença diverticular

A

Presença de divertículo na parede intestinal

98
Q

Definição de diverticulite

A

INFLAMAÇÃO dos divertículos

99
Q

Divertículos congênitos são sempre…

A

VERDADEIROS

100
Q

Divertículos adquiridos são sempre…

A

FALSOS

101
Q

Tipos de divertículos adquiridos (2)

A

Hipertônicos: no sigmoide, quando dieta pobre em fibras leva ao AUMENTO DA PRESSÃO intraluminal, gerando protusão da mucosa pelo orifício dos vasos

Hipotônicos: no sigmoide, quando há mioesclerose/denervação com FRAQUEZA da parede, gerando protusão da mucosa pelo orifício dos vasos

102
Q

Sangramento por doença diverticular: motivo, diagnóstico, tratamento

A

Motivo: erosão vascular junto ao divertículo

Diagnóstico: clínico, EDA e colonoscopia, arteriografia

Tratamento: maioria tem cura espontânea, se não parar em 48h é cirúrgico

103
Q

Diverticulite: causa, classificação, sintomas, diagnóstico, complicações, tratamento

A

Causa: perfuração do divertículo colônico levando ao PI

Classificação: Hinchey (1-4, sendo 4 com exteriorização de fezes)

Diagnóstico: clínico, TC, USG, colonoscopia (não em emergência)

Complicações: abscesso, FÍSTULA (colovesical, gera pneumatúria, fecalúria), ESTENOSE, peritonite

Tratamento: clínico (1-2), cirúrgico (3-4)

104
Q

Característica das neoplasias primárias

A

HIPERVASCULARES: captam contraste

105
Q

Característica das neoplasias secundárias

A

HIPOVASCULARES: não captam contraste

Exceto: tumores renais, tireoide e suprarrenais

106
Q

Neoplasias do fígado, HEMANGIOMA: origem, tipo de tumor, sintomas, achados radiológicos, exame padrão ouro, indicação cirúrgica

A

Origem: mutação de VASOS SG.

Tipo: BENIGNO, mais frequente

Sintomas: maioria ASSINTOMÁTICO, mas se sintomático tem aumento do volume abd., dor abd., massa volumosa, infarto

Achados radiológicos: hemangioma único ou múltiplo, subcapsular, maioria no lobo direito

Exame ouro: RM, arteriografia

Indicação cirúrgica: ROTURA, HEMORRAGIA ou aumento do volume com COMPRESSÃO DE VÍSCERAS vizinhas

107
Q

Neoplasias do fígado, hiperplasia nodular focal/HNF: definição, origem, tipo, sintomas, epidemiologia, achados de imagem

A

Definição: lesão INFLAMATÓRIA, não é neoplasia propriamente dita, é um NÓDULO DE INFLAMAÇÃO CRÔNICA

Origem: HEPATÓCITOS não mutados

Tipo: BENIGNO (faz acompanhamento clínico apenas)

Epidemio: mulheres em idade fértil

Sintomas: geralmente ASSINTOMÁTICO

Achados: líquido branco na RM (indica edema, fibrose)

108
Q

Neoplasias do fígado, adenoma: origem, epidemiologia, sintomas, tipo, característica, achados de imagem, indicação cirúrgica, tratamento clínico

A

Origem: HEPATÓCITOS mutados

Epidemio: mulheres (uso Ac), homens (uso esteroides), jovens

Sintomas: ASSINTOMÁTICO maioria, se sintomático tem complicação com hemorragia ou infarto

Tipo: BENIGNO com risco de malignização

Característica: lesão que ACUMULA GORDURA, podendo levar a esteatose

Achados: lesão sólida, bem delimitada, intraparenquimatosa, hipervascular na RM

Indicação cirúrgica: ressecção devido o risco de malignização

Tratamento clínico: suspender hormônios

109
Q

Neoplasias de fígado, adenomatose hepática

A

São VÁRIOS ADENOMAS em parede hepática, o que impede o tratamento cirúrgico

É BENIGNO, não precisa de transplante

Tratamento: suspensão dos hormônios

110
Q

Neoplasias de fígado, carcinoma hepatocelular (CHC): origem, tipo, fatores de predisposição (3), diagnóstico, tratamento curativo (2), tratamento paliativo (2)

A

Origem: degeneração maligna do hepatócito

Tipo: MALIGNO

Fatores de predisposição: CIRROSE HEPÁTICA (80-90%), HEPATITE CRÔNICA B e C, NASH

Diagnóstico: ALFA-FETO PROTEÍNA (marcador tumoral), WASH-OUT (imagem, patognomônico de CHC)

Tratamento curativo: TRANSPLANTE (padrão ouro), RESSECÇÃO (Child A)

Tratamento paliativo: QUIMIOEMBOLIZAÇÃO (regressão, Child B), RADIOABLAÇÃO

111
Q

Neoplasias de fígado, colângiocarcinoma: definição

A

Degeneração maligna das CÉLULAS DE REVESTIMENTO das VIAS BILIARES (geralmente extra-hepáticas)

112
Q

Fígado cirrótico leva a quais problemas sistêmicos?

A

Hipertensão portal: varizes esofágicas e gástricas (engurgitamento do sistema de drenagem colateral), esplenomegalia

Insuficiência hepática: encefalopatia hepática (acúmulo de amônia), coagulopatias

113
Q

Quais são as principais causas de cirrose hepática (3)?

A

Vírus hepatite C, álcool, vírus hepatite B

Outros: criptogênica, atresia de vias biliares, hepatite autoimune, cirrose biliar primária e secundária, NASH

114
Q

Classificação Child-Pugh: para que serve, quais os tipos, o que leva em conta?

A

Serve para eleição de tratamento

Tipos: A, B e C

Leva em conta: BB, albumina, INR, ascite, encefalopatia

115
Q

Quais são as indicações para o transplante de fígado?

A

Hepatopatia avançada: Child B ou C

Child A com complicações da cirrose: encefalopatia

MELD: critério de gravidade, considera INR, creatinina BB

Outros: CHC, doenças metabólicas, outros tumores, ascite refratária, encefalopatia, Sd. hepatopulmonar, transplantados previamente

116
Q

Como é feita a cirurgia de transplante de fígado?

A

Captação, limpeza do fígado doador, PIGGY-BACK, retirada do cirrótico, união das veias supra-hepáticas e anastomose da VC doadora, anastomose veia porta receptora e doadora, anastomose de artérias, reconexão da via biliar = 45 minutos

117
Q

O que seria o racional cirúrgico no transplante de fígado?

A

Dividir o fígado em TERRITÓRIOS AUTÔNOMOS (split liver) para atender 2 receptores: cada território se regenera

118
Q

Definição de doença calculosa das vias biliares (litíase biliar) e sintomas (quando ocorre)

A

Presença de cálculos na VB e/ou ÁRVORE BILIAR

Pode ser sintomático se os cálculos migram ou assintomático (maioria dos casos)

119
Q

Quais estruturas compõem o triângulo de Calot? O que emerge desse triângulo anatômico?

A

Triângulo Calot: borda hepática + ducto hepático comum + ducto cístico

O que emerge: artéria cística (onde é feita a primeira ligadura)

120
Q

Qual a composição química da bile e dos cálculos biliares?

A

Bile: colesterol não esterificado, fosfolipídeos, ácidos biliares

Cálculos biliares: colesterol, sais de cálcio de bilirrubina, fosfolipídeos, ácidos biliares, traços de AG, glicoproteínas

121
Q

Como se formam os cálculos na VB? Fisiopatologia da COLELITÍASE biliar

A
  1. SUPERSATURAÇÃO DE COLESTEROL: dietas hipergordurosas ou uso de medicamentos fazem colesterol > bile
  2. Aumento da produção de bile, através da NUCLEAÇÃO DE CRISTAIS DE COLESTEROL
  3. PROBLEMA DE CONTRAÇÃO DA VB: principal causador da litíase biliar, ficam restos de bile que se acumulam e cristalizam em cálculos na VB
122
Q

Quais são os fatores de risco para formação de cálculos biliares (4F + outros)

A

4F: female, fertility, fat, forty

Obesidade, emagrecimento rápido, genética, medicamentos, ressecção do íleo terminal, esferocitose, anemia falciforme, estase da vesícula (DM, vagotomias, lesão da medula), cirrose hepática, redução da atividade física

123
Q

Sintomas típicos e atípicos da colelitíase biliar e qual complicação pode gerar

A

Típicos: CÓLICA BILIAR (dor de 1-5h), acompanhada de NÁUSEAS E VÔMITOS, intolerância a alimentos gordurosos

Atípicos: dor no peito e abdome, não específica, acompanhada de eructação, plenitude, regurgitação, distensão abdominal, queimação epigástrica, náusea e vômito SEM CÓLICA BILIAR

Complicação: COLECISTITE CRÔNICA, causada pelas crises esporádicas que agridem a VB e causam espessamento da parede

124
Q

A colecistite aguda pode ser uma complicação da doença calculosa biliar. Quais formas ela pode se apresentar (2)? Qual o quadro clínico? E a fisiopatologia da colecistite aguda?

A

Formas: ALITIÁSICA (idosos, relacionado com fator VASCULAR e sem cálculo) ou por CÁLCULOS IMPACTADOS NO CÍSTICO (maioria dos casos)

Quadro clínico: dor biliar, febre, náuseas, vômitos, icterícia (minioria), SINAL DE MURPHY + (patognomônico de colecistite aguda)

Fisiopatologia: obstrução da via biliar causa ESTASE DA BILE, que contém bact[erias que se proliferam dentro da VB e formam INFECÇÃO/ABSCESSO

125
Q

A coledocolitíase pode ser uma complicação da doença calculosa biliar. Qual a fisiopatologia? Qual a característica desse quadro?

A

Fisiopatologia: cálculo na via biliar principal (ducto colédoco)

Característica: ICTERÍCIA INTERMITENTE

126
Q

A colangite pode ser uma complicação da doença calculosa biliar. Qual a fisiopatologia dessa complicação? Quais os sinais clínicos (2 grupos)

A

Fisiopatologia: ESTENOSES MALIGNAS

Tríade de Charcot: ICTERÍCIA obstrutiva + DOR em HD + FEBRE com calafrios

Pêntade de Reynolds: ICTERÍCIA obstrutiva + DOR em HD + FEBRE com calafrios + alteração do estado mental + HIPOTENSÃO (indica colangite tóxica ou piogênica)

127
Q

A pancreatite aguda pode ser uma complicação da doença calculosa biliar. Qual a fisiopatologia?

A

Ocorre pela OBSTRUÇÃO do ducto PANCREÁTICO

128
Q

A Sd. Mirizzi pode ser uma complicação da doença calculosa biliar. Qual a fisiopatologia? Quais os sintomas? Quantos graus a sd. apresenta?

A

Fisiopatologia: grande cálculo na VB obstrui o ducto cístico, ficando na BOLSA DE HARTMAN (perto do infundíbulo da VB). Esse impacto gera PROCESSO INFLAMATÓRIO que IMPEDE A SAÍDA DA BILE para o colédoco.

Sintomas: dor biliar, febre, náuseas, vômitos, sinal Murphy + (clínica da COLECISTITE AGUDA) + ICTERÍCIA

Apresenta 5 graus, sendo o último a evolução para FÍSTULA (VB e duodeno): cálculo vai para duodeno

129
Q

Diagnóstico da doença calculosa biliar

A

Imagem: USG abdominal (verifica cálculos na VB), colangioRM (ideal para cálculo de vias biliares = coledocolitíase), RX abdome, TC abdome (verifica espessura da parede)

Laboratorial: hemograma, transaminases, GGT e bilirrubina

130
Q

Qual o tratamento da colecistite aguda (complicação da doença calculosa biliar)? E da colangite?

A

Colecistite aguda: CLÍNICO (contra infecção, uso de ATB) ou CIRÚRGICO (COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA OU LAPAROTÔMICA, operado em até 72h do início dos sintomas)

Colangite: CLÍNICO (uso de ATB)

131
Q

O tratamento cirúrgico eletivo da doença calculosa biliar é indicado em quais casos (3)?

A

Suspeita ou risco de MALIGNIDADE (pólipos > 1cm, VB em porcelana, cálculo > 3cm diâmetro, cálculo com DM)

Colelitíase ASSINTOMÁTICA em paciente com coledocolitíase

Colecistite aguda

132
Q

Quais opções cirúrgicas de tratamento da doença calculosa biliar (5)

A

COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA: incisão de Kocher, feito na colecistite aguda, indicado quando reserva pulmonar/cardíaca deficiente, neoplasia de vias biliares, cirrose hepática, HP, 3 tri gravidez

COLECISTECTOMIA LAPAROTÔMICA: padrão ouro, 4 portais, feito na colecistite aguda

PAPILOTOMIA RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA: na colangite, faz descompressão,

DERIVAÇÃO BILIODIGESTIVA: em casos graves de Sd. Mirizzi, colédoco muito dilatado sem funcionalidade, coledocojejunostomia, coledocoduodenostomia (idosos)

COLANGIOGRAFIA: usado para verificar presença de cálculos no colédoco (pré ou intra-op)

133
Q

CA de VB: epidemiologia, prognóstico, etiologia, tipo histológico, sintomas, diagnóstico, tratamento

A

Epidemio: idosos, mulheres

Prognóstico: ruim, geralmente diagnóstico tardio e tumor irressecável

Etiologia: INFLAMAÇÃO CRÔNICA, causada por cálculos biliares (altera a mucosa), vesícula em porcelana (PI crônico com calcificação da parede), colangite esclerosante, pólipos adenomatosos, cistos de colédoco

Tipos histológicos: adenocarcinoma (maioria), carcinoma de células escamosas

Sintomas: dor incaracterística em HD, perda de peso, icterícia, massa abdominal (se avançado)

Diagnóstico: USG, TC helicoidal (estadiamento)

Tratamento: cirurgia curativa (varia com o estadiamento, alta recidiva) + QT (adjuvante)

134
Q

Colangiocarcinoma: características importantes, epidemiologia, fatores de risco previstos, tipo histológico e seus subtipos

A

Características: raro, morte por icterícia progressiva

Epidemio: ao redor dos 70a

Fatores de risco: doenças que causam inflamação crônica dos ductos biliares (colangite esclerosante, cisto de colédoco, infecções)

Tipo histológico: adenocarcinoma
Subtipos: esclerosante (maioria, intensa reação inflamatória desmoplásica), nodular e papilar

135
Q

Colangiocarcinoma intra-hepático: epidemiologia, diagnóstico, tratamento

A

Epidemio: idosos, com doenças metastáticas ou CHC

Diagnóstico: biópsia hepática + imunohistoquímica

Tratamento: ressecção hepática R0 ou paliação, ablação ou quimioembolização

136
Q

Colangiocarcinoma extra-hepático: subtipos, tratamentos para cada subtipo

A

Subtipos: perihilar/Klatskin > ducto biliar distal > difuso/multifocal

Perihilar: reconstrução com hepaticojejunostomia (é tumor da bifurcação)

Distal: gastroduodenopancreatectomia

137
Q

Quais os critérios para da hemorragia digestiva ser alta? E baixa?

A

Alta: anterior a papila duodenal maior

Baixa: distal à válvula ileocecal

138
Q

Na hemorragia digestiva alta, qual a conduta?

A

Estabilização hemodinâmica, anamnese e exame físico, encaminhar para endoscopia

139
Q

A hemorragia digestiva alta não varicosa é causada pelo que? Como é o tratamento? Qual a chance de recidiva e o que se deve fazer?

A

Causa: úlcera gastro-duodenal, gastrite, Sd. Mallory Weiss (gestantes)

Tratamento: hemostasia endoscópica por injeção de ADRENALINA + CLIP

Chance de recidiva: 20%
Faz nova reintervenção endoscópica: chance de recidiva 50%
Faz CIRURGIA ou ANGIOGRAFIA TERAPÊUTICA

140
Q

A hemorragia digestiva alta varicosa é causada pelo que? Qual a conduta? Como é o tratamento?

A

Causa: varizes esofágicas (cirrose alcóolica, obesidade ou hepatite)

Conduta: estabilização hemodinâmica, ATB e drogas vasoativas, anamnese e exame físico, encaminhar para endoscopia

Tratamento: injeção com ETANOLAMINA + LIGADURA ELÁSTICA

141
Q

Hemorragia digestiva baixa: causa, diferença da HDA, diagnóstico, tratamento

A

Causa: diverticulite, colite

Diferença: não há instabilidade hemodinâmica

Diagnóstico: anamnese, exame físico (toque retal, anuscopia), colonoscopia, cápsula endoscópica

Tratamento: colonoscpia, arteriografia, plasma de argônio (retite) ou clips metálicos (divertículo)