Dermatologia Flashcards
Quais as divisões da epiderme (4)?
Camada BASAL: mais interior, queratinócito nasce nessa camada, presença de melanócitos, intensa atividade mitótica
Camada ESPINHOSA: células com pontes intercelulares (desmossomas)
Camada GRANULOSA: grânulos de querato-hialina
Camada CÓRNEA: mais externa, queratinócito morre córnea, anucleada
O que é o turn over, para que serve e quanto tempo dura esse processo?
Turn over é a DIFERENCIAÇÃO de queratinócito basal em córneo (processo de QUERATINIZAÇÃO), serve de PROTEÇÃO e dura 28 dias a 1 mês
Melanócitos: de onde derivam, o que fazem, seu número é fixo?
Derivam: da crista neural
O que fazem: tem dendritos para injetar melanina nos queratinócitos, para proteger dos raios solares e dar cor à pele
Seu número É fixo: não varia com a raça, mas varia de acordo com a capacidade de reprodução de melanina de cada segmento corporal
O que é a unidade epidermo-melânica e qual sua importância?
É 1 melanócito que se interliga com 36 queratinócitos a partir de seus dendritos
Sua importância é proteger os queratinócitos contra a radiação
Células de Merkel: função presumida, importância, locais encontrados
Função presumida: sensibilidade tátil
Importância: relacionado com o carcinoma de célula de Merkel
Locais: extremidades de dedos, baixa externa de folículos pilosos, lábios, gengiva
Células de Langerhans: função, importância, origem
Função: imunidade
Importância: defesa contra agressões (fungos, vírus, bactérias)
Origem: medula óssea
Para que serve o sebo? Quem produz o sebo e como ela é regulada? Quais locais de maior concentração de glândulas sebáceas?
Sebo serve para hidratação (principalmente da camada córnea) e para impermeabilização
É produzido pela glândula sebácea, que é regulada por hormônios (andrógenos aumentam e estrógenos diminuem a produção)
Locais: rosto, colo, costas (grande concentração de folículos pilosos)
Quais os tipos de glândulas sudoríparas (2)? Quais seus tipos de secreção e suas características e funções?
APÓCRINA: em poucos lugares do corpo, gera secreção apócrina que é LEITOSA com ODOR e surge na puberdade (possível função sexual)
ÉCRINA: maior parte do corpo (palmas, plantas, axilas), importante para TERMORREGULAÇÃO, com secreção INCOLOR, INODORA, HIPOTÔNICA (maior parte é água)
Qual estrutura celular une as células da epiderme (camada basal) com as da derme (célula dérmica)?
Hemidesmossoma
Qual a divisão da derme (2)? Quais as funções da derme?
Divisão: papilar (superficial) e reticular (profunda)
Funções: SUSTENTAÇÃO, NUTRIR A EPIDERME (por embebição)
Definição, sintomas e fases e locais mais comuns do eczema/dermatite
Definição: estado de EBULIÇÃO DA PELE
Sintomas: eritema, edema, vesiculação, secreção, papulovesiculação, infiltração, crostas, escamas, LIQUENIFICAÇÃO e PRURIDO CONSTANTE
Fases: agudo (eritema, edema, VESICULAÇÃO, secreção), subagudo (placa eritematosa, CROSTA), crônico (LIQUENIFICAÇÃO e ressecamento)
Locais: mãos, pescoço, pálpebra
Eczema de contato por IRRITANTE PRIMÁRIO: reação imunológica, fatores predisponentes, etiologia, patogenia, alterações secundárias, exemplo importante
Reação imunológica: NÃO HÁ
Fatores predisponentes: pele clara, atopia, temperatura baixa, umidade baixa, oclusão, irritação mecânica
Etiologia: abrasivos, agentes de limpeza, agentes oxidantes, agentes redutores, plantas, enzimas, secreções animais, pó, poeira, estrume
Patogenia: perda da integridade, reparação e defesa da pele com RESPOSTA INFLAMATÓRIA no LOCAL DO CONTATO
Alterações secundárias: infecção secundária por S. aureus, escoriação, cicatrizes
Exemplo: dermatite de fralda
Como surge, quando surge a dermatite de fralda?
Surge devido FRICÇÃO e MACERAÇÃO COM ENZIMAS LIPOLÍTICAS E PROTEOLÍTICAS das fezes, acompanhado de alterações locais provocadas por cândida albicans. Surge no 1-2 MÊS de vida.
Eczema/dermatite de contato por IRRITANTE ALÉRGICO: reação imunológica, fator de predisposição, local, evolução, alérgenos comuns, diagnóstico
Reação imunológica: tipo I
Fator de predisposição: indivíduos previamente SENSIBILIZADOS
Local: inicia no local de contato e espalha para periferia (quando linfócitos são sensibilizados) se há exposição prolongada
Evolução: lenta (12-72h)
Alérgenos: neomicina, sulfato de níquel
Diagnóstico: TESTE DE CONTATO (bateria padrão), confirma diagnóstico e identifica o alérgeno
Eczema/dermatite de contato fototóxico: resposta imunológica, característica, agentes comuns, exemplos
Resposta imunológica: NÃO HÁ
Característica: produto irrita somente com exposição solar (radiação UVA), que transforma em elemento fototóxico
Agentes: rutáceas, fabáceas, moráceas, babosa
Exemplos: fitofotodermatose (contato com plantas fotossensibilizantes)
Eczema/dermatite de contato fotoalérgico: reação imunológica depende do que? Quais agentes? Cite 1 exemplo
Reação imunológica: depende de UVA + fotoalérgeno
Agentes: pimenta brasileira, castanhas, mangueiras
Exemplo: fitodermatose
O que é eritrodermia, quando surge, quais complicações pode causar (3) e quais são as possíveis causas?
É URGÊNCIA DERMATOLÓGICA, que pode causar insuficiência cutânea, com casos de ERITEMA E DESCAMAÇÃO DO CORPO INTEIRO
Complicações: desidratação, insuficiência renal, septicemia
Causas: DERMATITE DE CONTATO com sensibilização (quando não se tira o agente), reação às drogas/farmacodermia, psoríase, linfomas cutâneos
Eczema/dermatite disidrósico (disidrose): causas, característica da lesão, local
Causas: DERMATITE DE CONTATO, ATÓPICA, FARMACODERMIA, Ide (hipersensibilidade à tinea pedis)
Característica da lesão: fica na FASE DE VESÍCULAS (não forma eritema nem crosta)
Local: palmas e plantas
Eczema/dermatite numular: lesão, característica, epidemiologia
Lesão: placas numulares (em moeda), com vesículas pequenas, agrupadas sobre base eritematosa
Característica: extremamente pruriginoso
Epidemio: crianças e idosos, no inverno
Eczema/dermatite asteatósico: lesão, característica, epidemiologia
Lesão: descamação discreta, pele fissurada e seca
Característica: prurido incessante podendo levar à liquenificação
Epidemio: idosos, no inverno em pernas, braços, mãos, dorso
Eczema/dermatite de estase: epidemiologia, lesão, local, complicação
Epidemio: pacientes com varizes (insuficiência venosa)
Lesão: dermatite ocre ao redor do tornozelo, geralmente na perna E (ou em ambas)
Complicação: úlcera venosa (com infecção local)
Qual o tratamento dos eczemas/dermatites?
Em casos AGUDOS (com exsudado), deve ser feito COMPRESSAS com secativos, uso de ANTI-HISTAMÍNICOS (para prurido), CORTICOIDE ORAL (anti-inflamatório), associado ou não à ATB
Nas lesões elementares, quais os 5 tipos básicos de alteração da pele?
Alteração de COR, formações SÓLIDAS, coleções LÍQUIDAS, alteração da ESPESSURA, PERDAS e reparações
Quais as causas da mácula (2), quais tipos existem (4)
Causas: alteração VASCULAR-SANGUÍNEA ou de PIGMENTO
Se vascular: mácula eritematosa
Se pigmento: mácula acrômica, hipocrômica e hipercrômica
Definição de eritema
Mácula vermelha por VASODILATAÇÃO, que desaparece por dígito ou vitropressão
Definição de enantema
Mácula eritematosa na MUCOSA
Definição de exantema
Mácula eritematosa DISSEMINADA, AGUDA e EFÊMERA
Definição de púrpura e os 2 subtipos de púrpura
Mácula eritematosa que NÃO DESAPARECE por dígito pressão
2 subtipos: petéquia (puntiforme) e equimose (grande)
Definição de leucodermia
Mácula ACRÔMICA, por ausência de pigmentação (diminuição total de melanina)
Definição de hipercromia
Mácula HIPERCRÔMICA, devido aumento de melanina ou outros pigmentos (tatuagem, trauma)
Como surgem as formações sólidas na pele? Quais os 5 tipos e critérios delas?
Surgem de PROCESSOS INFLAMATÓRIOS ou NEOPLÁSICOS
Pápula: lesão sólida circunscrita de até 1cm
Nódulo: lesão sólida circunscrita ou não de 1-3cm
Tumor: lesão sólida circunscrita ou não maior 3cm
Placa: lesão sobrelevada sólida, ESPESSURA < DIÂMETRO, com ou sem descamação
Vegetação: lesão sólida, PEDUNCULADA ou couve flor, sangra facilmente, tipo VERRUCOSA (seca) ou CONDILOMATOSA (úmida)
Quais tipos de lesões elementares com elevação eritematosa (2)?
URTICÁRIA: placa sobrelevada, cor branco-róseo ao vermelho, pruriginosa
ANGIOEDEMA: ERITEMA de mucosa, EDEMA circunscrito no subcutâneo com tumefação ou saliência
Quais tipos de lesões elementares com coleções líquidas (2)?
VESÍCULA: elevação circunscrita de até 1cm, com LÍQUIDO claro (serosa)/turvo (purulento)/rubro (hemorrágica)
BOLHA: elevação circunscrita > 1cm, com LÍQUIDO claro/turvo/rubro
Quais tipos de lesões elementares com alterações de espessura (4)
QUERATOSE: espessamento da pele
LIQUENIFICAÇÃO: espessamento com acentuação dos sulcos naturais da pele (aumento da camada espinhosa) e hipercromia
INFILTRAÇÃO
ATROFIA: diminuição da espessura da pele
Quais tipos de lesões elementares com perda e reparação (5)?
ESCAMAS: massa que se desprende da superfície cutânea por TURN OVER AUMENTADO
EROSÕES/EXULCERAÇÕES: perda superficial da EPIDERME
CROSTA: concreção em área de perda tecidual (milicérica, sero-sanguinolenta)
CICATRIZ: perda tecidual até a DERME, saliente ou deprimida
ULCERAÇÃO: perda de DERME e EPIDERME, por trauma/CEC/vascular
Sobre a escabiose: agente etiológico e vetor, transmissão, QUADRO CLÍNICO, DIAGNÓSTICO, tratamento
Etiológico e vetor: parasita sarcoptes, ácaro
Transmissão: contato pessoal
Quadro clínico: em ÁREAS AQUECIDAS DE NOITE (dobra axilar, mamilo, glúteos), com PRURIDO, PÁPULAS e VESÍCULAS, SULCO (trajeto da fêmea) e lesões secundárias
Diagnóstico: HISTÓRIA CLÍNICA + EXAME DIRETO
Tratamento: acaricidas tópicos ou sistêmicos e profilaxia
O que é a escabiose crostosa? Quem acomete?
É uma forma clínica RARA da escabiose, mais crostosa e com tempo de tratamento maior
Acomete: idosos e imunossuprimidos
Leishmaniose tegumentar americana: epidemiologia, agente causador, transmissão, formas do parasita, tipos de resposta imune e seus resultados
Epidemio: ambos sexos e qualquer idade (principalmente acima 10a)
Agente: protozoário leishmania
Transmissão: picada mosquito palha (lutzomya)
Formas do parasita: amastigota no homem e promastigota no inseto
Resposta imune: celular, se ruim gera disseminada da doença e se preservada tem cura espontânea
Sobre a leishmaniose, quais são as variedades clínicas da doença (2)?
Variedades: polo hiperérgico se boa resposta imune, desenvolve doença PAUCIPARASITÁRIA; polo anérgico se má resposta imune, desenvolve MULTIPARASITÁRIO
Qual o quadro clínico da leishmaniose?
Quadro clínico: picada gera PI, com PÁPULA ERITEMATOSA que evolui para VESÍCULA-PÚSTULA-CROSTA e gera a ÚLCERA (circular, borda alta, infiltrada, em aspecto de moldura de quadro, fundo limpo, com discreto exsudato seroso ou serosanguinolento). A resolução é cura espontânea com cicatriz residual ou placas vegetantes verrucosas, sarcoídeas infiltradas
Manifestações cutâneas: polimorfas, ÚLCERA BEM DELIMITADA, adenopatia regional, linfagite
A leishmaniose é uma doença polimorfa, o que isso significa?
Apresenta lesões vegetantes, verrucosas, em placas de acordo com a fase evolutiva da doença, o que dificulta o diagnóstico
Quais exames são feitos no diagnóstico da leishmaniose?
Exame DIRETO: biópsia, esfregaço para identificar parasita (somente lesão recente)
Exame HISTOPATOLÓGICO: biópsia, detecção granuloma linfo-histioplasmocitário
Exames IMUNOLÓGICOS: teste intradérmico (Montenegro) para resposta imunológica tardia (lesão crônica)
Testes sorológicos: para seguimento
Exames moleculares: PCR, ELISA
Cultura: pouco comum
Micoses superficiais: agente causador, do que se alimentam, 3 grandes grupos de doenças
Agente causador: fungos
Alimento: queratina
Grupos de doenças: DERMATOFITOSES (fungos dermatófitos), PITIRÍASE VERSICOLOR (levedura comensal), CANDIDOSES (leveduras)
Quais são os gêneros de fungos dermatófitos mais comuns (3)? Pelo que eles podem ter afinidade (3)? Dependem do que para a replicação?
Gêneros: microsporum, epidermophyton, trichophyton
Afinidade: antropofílicos (tegumento humano), zoofílicos ou geofílicos
Dependem de: calor e umidade
Quais fatores da pele são favoráveis para sua infecção?
Pele lesada, umidade, densidade e grau de virulência do parasito
Fungos antropofílicos: geram dermatofitoses, dentre elas existe o grupo das tineas. Quais são os tipos de tineas (5)
Tineas de couro cabeludo, da pele glabra, do pé e da mão, inguinal e da unha
Tinea do couro cabeludo: epidemiologia, tipos e seus quadros clínicos e diagnóstico
Epidemio: crianças
TONSURANTE: gera placas de tonsura, com DESCAMAÇÃO, única, bem delimitada, com pústulas, dolorosa e geralmente na fase aguda; diagnóstico por MICOLÓGICO DIRETO E CULTURA
FAVOSA: ataca o FOLÍCULO PILOSO, lesões pequenas, descamativas, crateriformes ao redor do óstio folicular, é crônica e em zonas rurais; diagnóstico por MICOLÓGICO DIRETO E CULTURA
Tinea da pele glabra: quadro clínico, diagnóstico
Quadro clínico: lesão eritemato-papulosa centrífuga com cura central ou em placas eritematosa-descamativas com cura central
Atenção: borda circinada, prurido pode modificar a micose e tornar em eczema
Diagnóstico: exame micológico direto + cultura
Tinea do pé e da mão: quadro clínico, locais mais comuns
Quadro clínico: lesão de aspecto macerado, branco, descamativo ou com crosta milicérica (se sofreu impetiginização)
Locais: pés > mãos (interartelhos)
Tinea inguinal: epidemiologia, quadro clínico
Epidemio: homens, idosos e acamados (áreas úmidas)
Quadro clínico: lesão eritemato-escamosa bilateral, com bordas nítidas e circinadas
Tinea da unha (onicomicose): causa, quadro clínico, diagnóstico
Causa: infecção da lâmina ungueal por dermatófito
Quadro clínico: lesão opaca, com detritos córneos, aumento da espessura, manchas brancas (se superficial), amarelada ou esverdeada (piora do quadro), onicoglifose (deformidade)
Diagnóstico: micológico direto + cultura
Pitiríase versicolor (pano branco): camada da epiderme acometida, agente causador, lesão, diagnóstico
Cada da epiderme atingida: córnea
Agente causador: levedura
Lesão: descamativa, com alteração do processo de pigmentação
Diagnóstico: sinal de Zileri, luz de Wood, micológico direto
Candidose: agente causador, subtipos e seus quadros clínicos e diagnósticos
Agente causador: levedura
Candidose oral: placas cremosas esbranquiçadas, podendo comprometer toda cavidade oral, diagnóstico por micológico direto e cultura
Candidíase intertriginosa: lesões eritematosas, úmidas, secretantes com erosões e fissuras + lesões satélites, diagnóstico por micológico direto e cultura
Qual a definição de escamas?
Eliminação ou destruição patológica de tecidos cutâneos
Dermatites eritemato-descamativas: quais doenças têm lesões (4) nesse padrão e o que todas têm em comum?
Doenças: dermatite seborreica, pitiríase rósea, pitiríase rubra papilar, psoríase
Todas dão ERITRODERMIA: eritema generalizado e persistente, descamação, prurido variável, curso agudo ou crônico
Dermatite seborreica: onde ocorre, quais formas apresenta (2) e seu quadro clínico
Onde: em áreas com glândulas sebáceas e intertriginosas
Forma clínica do lactente: escamas gordurosas e ADERENTES sob base eritematosa, CROSTA LÁCTEA (no couro cabeludo), quadro extenso em face (poupa região central), tronco e áreas de dobras
Forma clínica do adulto: lesões eritematoescamosas, em couro cabeludo, face, região retroauricular, pubiana e axilar
Psoríase: fator predisponente, formas clínicas (2), fatores desencadeantes, quadro clínico, diagnóstico, quais locais são mais acometidos?
Fator predisponente: genética
Formas: do JOVEM (16-22a, 50% com história familiar), do ADULTO (57-60a, sem história familiar)
Fatores desencadeantes: drogas (lítio, betabloq), stress emocional, trauma físico/químico/inflamatório, infecções
Quadro clínico: lesões eritemato-descamativas, com pápulas a placas, CROSTA MICÁCEA (branca, espessa)
Diagnóstico: sinal do ORVALHO SANGRANTE, da vela ou de Auspitz
Locais: joelho, cotovelos, palma e planta
Quais outras formas de psoríase existem (3)?
Artrite psoriática: inflamação das articulações
Psoríase invertida: acomete axilas
Fenômeno isomórfico de Koebner: acomete cotovelo
Pitiríase rubra papilar: quadro clínico e formas
Quadro clínico: placas eritemato-descamativas com pápulas foliculares róseas
Formas: familiar e adulto
É doença rara
Pitiríase rósea: quadro clínico, fator de risco
Quadro clínico: inicia com lesão mãe que dissemina pelo corpo (poupa o rosto), após 2 semanas vira arredondada eritemato-descamativa pruriginosa em tronco, raiz de membros e pescoço
Fator de risco: sífilis
Parapsoríase: quadro clínico, diagnóstico
Quadro clínico: lesões eritemato-descamativas leves, com ou sem prurido, com evolução para placas
Diagnóstico: clínico + biópsia
Herpes vírus: qual característica desse vírus? Quais são as famílias (3) e como são suas lesões?
Característica: ficam latentes e se replicam nos nervos (lesão acompanha o trajeto)
Família alfa:
- HHV1 de lábio, HHV2 de genitais, varicela-zoster: VESÍCULAS agrupadas e/ou rotas
- HERPES ZOSTER (HHV3): desencadeado por imunossupressão, gera vesículas com dermátomos de 1 lado apenas
Família beta (CMV): lesões de pele são raras, são ulceradas e bem delimitadas, diagnóstico por biópsia e IH
Família Gama (EBV): SARCOMA DE KAPOSI, nódulos violáceos
HPV: quadro clínico da lesão e diagnóstico
Quadro clínico: verruga plana no dorso das mãos, face ou disseminada + lesão em mucosa oral (se 6 e 11, tipo de baixo risco) ou verruga vulgar em face, pescoço e barba (se 16, 18, 45, 48, tipo carcinogênico)
Diagnóstico: biópsia
Poxvírus (molluscum contagiosum vírus): quadro clínico, locais, tratamento
Quadro clínico: pápula, rosada ou da cor da pele, firme com umbilicação central, sem prurido e altamente contagiosa
Locais: face, pálpebras, tronco, genitália
Tratamento: curetagem
Quais são os tipos de infecções bacterianas da pele (6)?
Impetigo, ectima, síndrome da pele escaldada estafilocócica (SSSS), foliculites, furúnculos, erisipela
Impetigo, infecção primária da pele, auto-contagiosa, em crianças: agentes causadores (2), quadro clínico, quais os tipos clínicos (2)?
Agentes causadores: estafilococos (bolhoso) e estreptococos (não bolhoso)
Quadro clínico: mácula eritematosa, vira pápula, pústula e erosão recoberta por CROSTA MILICÉRICA, com PRURIDO
Impetigo bolhoso: vesículas sero-purulentas, com bordas circinadas e crosta milicérica
Impetigo não bolhoso: risco de glomerulonefrite difusa aguda (complicação rara)
Ectima, infecção primária da pele, em crianças: agente causador, quadro clínico
Agente causador: estreptococos pyogenes
Quadro clínico: vesícula que se rompe com exulceração/ulceração
Síndrome da pele escaldada estafilocócica, em lacttentes e crianças jovens: agente causador, quadro clínico, locais
Agente causador: subtipos do S. aureus
Quadro clínico: enantema, bolhas superficiais que arrebentam, febre e eritema difuso
Locais: foco infeccioso à DISTÂNCIA (inicia como otite ou conjuntivite)
Foliculites: o que acomete, quais classificações (2) e seus quadros clínicos
Acomete: folículo piloso
Foliculite primária: infecção primária por estafilococos, pode ser superficial (osteofoliculites = todas lesões na mesma fase, com prurido) ou profundo (sicose de barba, placa infiltrada dolorida e descamativa, e hordéolo)
Foliculite secundária: inflamação por imunossupressão localizada (defeito do pelo) gera infecção secundária
- DEFEITO DA QUERATINIZAÇÃO: hiperqueratose folicular causa obstrução e infecção (hidradenite, acne conglobata, foliculite abscedante do couro cabeludo)
- PELOS ULOTRÍQUEOS: pelos curvos que encravam (pseudofoliculite, foliculite queloideana da nuca)
Furúnculo: agente causador, o que afeta, classificação (2), diagnóstico
Agente causador: estafilococs aureus
Afeta: folículo piloso e glândula sebácea anexa
Antraz: conjunto de furúnculos, vários pontos de drenagem
Furunculose: furúnculos de repetição
Diagnóstico: exame bacteriológico (antibiograma para escolha do ATB)
Erisipela: agente causador, o que é necessário para a infecção, quadro clínico
Agente causador: estreptococos betahemolíticos
O que é necessário: solução de continuidade (lesão prévia)
Quadro clínico: lesão eritematosa, quente, dolorosa, com bolhas ou não
Se tiver recidiva, causa linfedema (elefantíase)
Quais são os tipos de doenças bolhosas autoimunes (3)? Qual o quadro clínico e diagnóstico?
Pênfigo vulgar: clivagem/acantólise PROFUNDA gerando BOLHAS bem visíveis e duradouras, úmidas, se confluem, se não tratado pode levar ao óbito (distúrbio eletrolítico e infecção), diagnóstico por BIÓPSIA DIRETA, IF direta e DEMONSTRAÇÃO DE IGG
1.Pênfigo vegetante: variação clínica, bolhas recorrentes na mesma região gera aspecto vegetante, bolhas evoluem para erosões e placas vegetantes
Pênfigo foliáceo: acantólise SUPERFICIAL, com erosões escamo-crostosas com base eritematosa e dolorosa, bem delimitada e DISTRIBUIÇÃO SEBORREICA, NÃO ENVOLVE MUCOSA, diagnóstico com HISTOPATOLÓGICO, IF
1. FOGO SELVAGEM: endêmico no BR, áreas rurais e jovens, geneticamente relacionados em áreas seborreicas
Penfigoide bolhoso: autoimune, com fase não bolhosa (eczema, papulas) e fase bolhosa (placas, eritema, edema, com vesículas sob as placas), diagnóstico por IF
Quais são os fatores de risco para neoplasias epiteliais malignas?
Pele de cor clara, história familiar, história pessoal, exposição solar crônica, história de queimaduras solares severas na infância e adolescência, nevos atípicos, queratoses actínicas, melanoses solares, sardas
Quais são os mecanismo de prevenção ao dano actínico (2)?
Endógenos: espessamento da epiderme, pigmentação, sistemas antioxidantes e de reparo de DNA
Exógenos: suplementação com agentes antioxidantes e fotoproteção
Como se forma o CA de pele?
Fatores carcinogênicos causam alterações nas células, inativando genes supressores de tumor e ativando oncogenes
Radiação UVA e UVB geram danos no DNA causando apoptose, mutação e neoplasias
Quais as neoplasias epiteliais malignas (3)?
Carcinoma basocelular (CBC), carcinoma espinocelular (CEC) e melanoma
Carcinoma basocelular: qual camada acomete, características, epidemio, causa, clínica, subtipos
Camada: queratinócitos da camada BASAL
Características: crescimento lento, baixa invasividade, raras metástases, baixa morbidade
Epidemio: acima 40a, pele clara, com queimaduras na infância
Causa: exposição SOLAR INTERMITENTE
Clínica: pápula, friabilidade central, SANGRA, aspecto PERLÁCEO, TELANGIECTASIAS, exulcerações, placa
CBC: nodular, superficial, fibrosante, pigmentado
CBC nodular: característica, locais, lesão
Característica: + frequente, com ciclos de ulceração e melhora, invade cartilagem e osso
Locais: áreas fotoexpostas
Lesão: normocrômica, com nódulo, aspecto perláceo, telangiectasias, evolui com crescimento irregular, ulceração central, área cicatricial central
CBC superficial: característica, locais, lesão
Característica: 2o +frequente, não invade em profundidade (invade laterais, centrífugo)
Locais: tronco e membros
Lesão: placas eritemato-descamativas levemente infiltradas, bem delimitadas, com bordas peroladas e sobrelevadas, áreas com crostas hemáticas e telangiectasias
CBC fibrosante: característica, lesão, conduta
Característica: +agressivo, crescimento infiltrativo e irregular não previsível
Lesão: firme, branco-amarelado, liso e plano ou sobrelevado ou deprimido, crostas hemátcas, borgas perláceas, telangiectasias, ASPECTO DE CICATRIZ
Conduta: tratamento cirúrgico, com margens de segurança e enxerto ou retalho
CBC pigmentado: lesão
Acastanhada, bordas perláceas, telangiectasias, geralmente nodular
Carcinoma espinocelular: qual camada acomete, epidemio, causas, quais são as lesões epiteliais pré-malignas precursoras do CEC
Camada: ESPINHOSA
Epidemio: negros, caucasianos, idosos
Causas: radiação solar (UVB), radiação ionizante, HPV (6, 11, 16), agentes químicos, imunossupressão, dermatoses e lesões crônicas (úlcera Marjolin)
Lesões epiteliais pré-malignas: queratose actínica (efeito cumulativo de UV, hiperproliferação da camada córnea), doença de Bowen (CEC in situ, lesão solitária)
CEC: local, lesão, variantes
Local: áreas fotoexpostas, face, tronco, orelhas, lábio inferior, a pele ao redor do CEC tem sinais de lesões actínicas
Lesão: pápula queratósica infiltrativa, dura, com crescimento lateral e vertical, nodular e fixado em planos profundos
Variantes: carcinoma verrucoso (-agressivo), ulcerado ou queratósico
Corno cutâneo, definição
Base é CEC, queratose actínica (lesão pré-CEC) ou verruga viral e acima dela há hiperproliferação da camada córnea (corno)
Qual a conduta no CBC e CEC (4)?
CLÍNICO: para tumores superficiais (CBC superficial, doença Bowen), lesões pré-malignas (queratose actínica) usa-se IQUIMODE CREME + TERAPIA FOTODINÂMICA
CIRÚRGICO POUCO INVASIVO: para tumores superficiais e/ou menos agressivos usa-se CRIOTERAPIA, CURETAGEM E ELETROCOAGULAÇÃO
CIRURGIA CONVENCIONAL: para tumores profundos e agressivos, usa MARGEM DE SEGURANÇA DE 1CM
CIRURGIA MICROGRÁFICA DE MOHS: análise histológica das margens durante a cirurgia (é padrão ouro, porém caro)
Melanoma cutâneo: origem, prognóstico, fatores de risco, epidemio
Origem: melanócitos e células névicas na camada basal
Prognóstico: alta morbidade e mortalidade se não tratado
Fatores de risco: exposição a radiação UV, queimadura solar, fototipo I e II, nevos melanocítios em grande número, nevo displásico, histórico familiar
Epidemio: homens, idosos, caucasianos
Melanoma cutâneo disseminativo superficial: características, locais, lesões
Características: +comum, crescimento lateral (melhor prognóstico), pode surgir de um NEVO PRÉVIO OU NOVA LESÃO (+comum)
Locais: áreas de exposição solar
Lesões: superficie elevada, bordas irregulares, vários tons, diâmetro > 25mm (avançado), nódulos palpáveis (indica invasão)
Melanoma nodular: característica, local, lesão
Característica: -frequente, 60a, crescimento vertical (pior prognóstico)
Local: tronco e pernas
Lesão: NÓDULOS NEGRO-AZULADOS, sangram facilmente, pode ou não preencher a regra do ABCDE
Lentigo maligno melanoma: características, locais, lesão
Características: em idosos, evolução lenta, desenvolve a PARTIR DO LENTIGO MALIGNO
Locais: áreas fotoexpostas
Lesão: máculas e placas assimétricas, bordas irregulares, cores variando
Melanoma lentiginoso acral: característica, local, lesão
Característica: negros e asiáticos
Local: áreas sem pelos (subungueal, palmar, plantar)
Lesão: mácula com bordas irregulares, cores variadas, pápula ou nódulo na superfície, crescimento vertical, COLORAÇÃO UNGUEAL
Diagnóstico do melanoma cutâneo: quais são os métodos (2) e o exame complementar?
Regra ABCDE: assimetria, bordas irregulares, cor, diâmetro e evolução
1. Tem alta sensibilidade e baixa especificidade
Sinal do patinho feio: identifica nevos comuns e melanoma, alta sensibilidade, especificidade razoável
Dermatoscopia: complementar
Qual a conduta para o melanoma cutâneo?
BIÓPSIA: excisional (ideal, faz margem cirúrgica) ou incisional (lesão extensa ou ulcerada, onde a excisional pode gerar prejuízo estético)
HISTOPATOLOGIA:
- NIVEIS DE CLARK,: avaliam a profundidade da invasão, 5 graus
- ESCALA DE BRESLOW: estuda a espessura do tumor, quanto mais espesso mais agressivo (risco de metástase), importante para determinar as margens de ressecção
PESQUISA DE LINFONODO SENTINELA: em Breslow > 0,8mm
Nevos melanocíticos: importância, origem, classificação
Importância: fator de risco para melanoma
Origem: melanócitos que migram para derme e se proliferam
Classificação: congênito ou adquirido, juncinal ou composto ou intradérmico
Nevo melanocítico congênito: classificação, característica
Classificação: pequeno, médio e grande (maior 20cm, risco de malignização e acometimento neurológico)
Característica: pode ter lesões satélites, presente ao nascimento, acompanhado do aumento a pilificação
Nevo melanocítico adquirido: número de nevos relacionado a o que? fatores de risco e lesão
Número de nevos: relacionado com risco de desenvolvimento de melanoma
Fatores de risco: exposição ao sol antes dos 20a, genética, queimaduras solares
Lesão: pigmentada, simétrica, bordas definidas, 2 tons, diâmetro pequeno
Nevo melanocítico adquirido atípico: características, conduta
Características: semelhante ao melanoma, lesão irregular e em maior quantidade, fator de risco para melanoma
Conduta: confirmação diagnóstica, remoção para diminuir o risco
Manifestações clínicas da hanseníase
Manchas hipocrômicas, placas eritematosas com cura central, nódulos endurecidos, úlceras, deformidades (progressão da doença, mãos)
Hanseníase: características, agente causador, transmissão, patogenia
Características: doença neural, contagiosa, lenta, sinais dermatoneurológicos
Agente causador: mycobacterium leprae e lepromatosis, intracelulares, afinidade pelo SNP e pele, baixa patogenicidade, precisa de áreas frias para reproduzir
Transmissão: genética, fatores ambientais, é por VIA AÉREA SUPERIOR
Patogenia: RESPOSTA IMUNE CELULAR (humoral =anticorpos é ineficaz)
Classificação da hanseníase: 4 tipos
Indeterminada (maioria), tuberculoide, virchowiana, dimorfa
Hanseníase indeterminada: quadro clínico, evolução
Quadro clínico: poucas máculas hipocrômicas ou eritematosas, HIPOESTESIA (crônico, começa com térmica, dolorosa e depois tátil), ANIDROSE, ALOPÉCIA
Evolução: cura espontânea (maioria, resposta imune adequada) ou evolui para polo tuberculoide ou virchowiano
Hanseníase tuberculoide: quadro clínico, evolução, diagnóstico
Quadro clínico: poucas lesões e bem delimitas, PLACA TRICOFITOIDE, mais eritematosa, com ATIVIDADE NA BORDA e CURA CENTRAL
Evolução: acometimento neural (geralmente ULNAR)
Diagnóstico: reação de Mitsuda (intradérmico)
Hanseníase Virchowiana: quadro clínico, evolução, locais
Quadro clínico: eritema, INFILTRAÇÃO DIFUSA, NÓDULOS, MADAROSE, FACIES LEONINA, máculas, placas, alopécia e anidrose
Evolução: alterações neurológicas tardias (dificulta diagnóstico), hipoestesia em ilhas (inicio), proliferação da bactéria por todo o corpo (por não ter imunidade celular)
Locais: nariz, articulações,
Quais são as complicações da hanseníase?
Hansenoma (alteração ocular), anestesia plantar e mal perfurante, lagoftalmo
Hanseníase dimorfa: lesões, característica
Lesões: foveolares (queijo suíço), com membrana interna e externa
Característica: alteração da sensibilidade é relativa, surge em pacientes com imunidade parcial
Como é feito o diagnóstico da hanseníase?
CLÍNICA: perda ou diminuição da sensibilidade ou função autonômica, nervo espessado, BACILOSCOPIA OU BIÓPSIA CONFIRMATÓRIA (último caso)
Teste de sensibilidade: térmica, dolorosa e tátil
Ausência de eritema na lesão: por ausência de vasodilatação reflexa
Anatomopatológico: BIÓPSIA para saber o polo da doença
USG dos nervos periféricos
Teste rápido
Reação de Mitsuda
Como é o esquema de tratamento da hanseníase?
Drogas: RIFAMPICINA 600mg 1X/mês, DAPSONA 100mg 1X/dia, CLOFAZIMINA 300MG 1X/mês
Se paucibacilar (INDETERMINADO ou TUBERCULOIDE com baciloscopia negativa): tratamento por 6 meses
Se multibacilar (VIRCHOWIANO e DIMORFO com baciloscopia positiva): tratamento por 12 meses
Acne vulgar: causa, locais, epidemio, etiopatogenia (4), classificação (4)
Causa: alteração da glândula sebácea (secretam esqualeno, colosterol, TG, vitamina E; regulado por andrógenos)
Locais: face, couro cabeludo, tronco, dorso (onde tem gl.)
Epidemio: adolescentes, homens
Etiopatogenia: hiperqueratose folicular, hiperseborréia, proliferação do P. acnes, PI
Classificação: comedoniana (soment cravo), pápulo-pustulosa (inflamação superficial), cística (espinha profunda) e conglobata (vários pontos de saída)
Acne medicamentosa: característica, lesão
Característica: ausência de comedão
Lesão: erupção acneiforme, pústulas foliculares sem comedão
Acne da mulher adulta: causas (3), fator de piora, doenças associadas
Causas: hormônio masculino alto + hormônio feminino baixo + aumento da produção hormonal (metabolizam hormônios masculinos na periferia)
Fator de piora: estresse, dieta hiperglicêmica
Doenças associadas: SOP, hiperplasia congênita da suprarrenal
Rosácea: definição, lesão, fatores de piora, evolução
Definição: doença inflamatória crônica da face, comum em mulheres fototipo I e II
Lesão: pele fica vermelha devido vasodilatação transitória
Fatores de piora: sol, alimentos condimentados, variações bruscas de temperatura, cosméticos
Evolução: em surtos