Cirurgia plástica Flashcards

1
Q

Cirurgia plástica: o que visa e seus objetivos

A

Visa restaurar anatômica e funcionalmente as partes do organismo, alteradas por deformidades congênitas ou adquiridas

Objetivos: aplicar técnica atraumática, uso de instrumental adequado, conhecer a técnica escolhida

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Q

Solução de continuidade: definição, propósito comum

A

Interrupção, ferida da pele

Propósito comum de toda solução de continuidade é a união, cuja intenção é feita pela natureza ou médico

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3
Q

Princípios da técnica em plástica

A

Boa assepsia, desbridamento, hemostrasia, técnica atraumática, seguir as linhas de força, aproveitar regiões de camuflagem natural, usar materiais adequados, cuidados pós=op

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4
Q

Nunca devemos deixar estruturas nobres expostas, que são

A

Córneas, artérias, veias, nervos, ossos, cartilagens

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5
Q

Linhas de força: definição

A

Linhas confluentes com as rugas e perpendiculares a ação dos músculos

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6
Q

Pálpebras são especiais e podem ser feitas sutura borda a borda quando…

A

Há até 25% de perda da substância da pálpebra

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7
Q

Lábios são especiais e podem ser feitas sutura borda a borda quando…

A

Há até 33% de perda de substância do lábio

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8
Q

Ferimentos em pálpebras e lábios precisam de tratamento mais adequado porque…

A

Pode haver lesão lacerativa

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9
Q

Todo hematoma deve ser…

A

DRENADO

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10
Q

Tipos de cicatriz patológica (3)

A

HIPERTRÓFICA: aumento da cicatriz sem ultrapassar limites da lesão, deve-se ao excesso de produção de fibras colágenas

QUELOIDIANA: aumento da cicatriz, ultrapassando os limites da lesão (trata com corticoide, ressecção ou radiação beta)

BRIDAS: cicatriz retraída que limita a movimentação entre articulações (2 pontos), devido cicatriz de 2a intenção

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11
Q

Lesão - contusão

A

Lesão SEM solução de continuidade

Eritema traumático, edema traumático, equimose, hematoma (pode evoluir para necrose se não for drenado)

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12
Q

Lesão - ferimento

A

Lesão COM solução de continuidade da pele, com ferida, bordos e sangramento

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13
Q

Lesão - fratura

A

Lesão COM ou SEM solução de continuidade, devido quebra de estruturas profundas

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14
Q

Aspecto da ferida - abrasiva

A

Ferida RASA, resultante de perda total ou parcial de pele, bordos imprecisos

Atrito com superfície áspera, lesão da epiderme e parte da derme, efeito tatuagem

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15
Q

Aspecto da ferida - incisa

A

Ferida PROFUNDA, com bordos NÍTIDOS, pouca perda de pele, ferimento por alta energia

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16
Q

Aspecto da ferida - perfurante

A

Ferida PROFUNDA, com ou sem perda de pele, evidencia um PONTO

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17
Q

Aspecto da ferida - lacerante

A

Ferida PROFUNDA com bordos IRREGULARES, com perda de substância e desorganização intensa

Não passível de sutura primária, mais suscetível a infecção, tecidos desvitalizados na forma de retalhos, lesões isquêmicas

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18
Q

Traumas superficiais atingem…

A

Pele, tecido subcutâneo, aponeurose, músculos

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19
Q

Traumas profundos atingem…

A

Nervos, vasos, tendões, ossos, vísceras

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20
Q

Agentes cortantes (bisturi, gilete, faca) com pouca energia geram qual lesão?

A

Trauma com lesão INCISIVA (bordos regulares e lineares)

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21
Q

Agentes perfurantes (estilete, agulha, prego, anzol) geram qual lesão?

A

Trauma com lesão PUNTIFORME

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22
Q

Agente cortante que perfura e corta gera qual lesão?

A

Trauma PERFUROCORTANTE

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23
Q

Arma de fogo gera qual lesão?

A

Trauma PERFUROCONTUSO

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24
Q

Agentes cortantes (faca) com grande energia geram qual lesão?

A

Trauma CORTOCONTUSO (grandes lesões irregulares, tecidos desvitalizados, evolui com necrose ou infecção, rompe derme)

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25
Desenluvamento
Tipo de trauma em que há descolamento da pele e músculo, quando provocado por energia em alta velocidade (atropelamento, motor de piscina)
26
Etapas do cuidado do ferimento: 7 passos
1: limpeza com soro fisiológico e dar analgésico se dor 2: antissepsia (no paciente; clorexidine, povidine) e assepsia (para paciente) 3: anestesia (lidocaína, bupivacaína) 4: explorar ferimento, hemostasia, regular bordos 5: sutura por planos 6: curativo 7: analgésico, antibiótico e antitetânico se necessário
27
Definição de transplante
Transferência de um tecido ou órgão de um lugar para outro
28
Enxerto ósseo: usos, áreas doadoras, manipulação
Usos: preenchimento, sustentação, modelagem do contorno em traumas e doenças que consomem ossos Áreas doadoras: calota craniana, costela, crista ilíaca, tíbia, fíbula (+vasos e nervos) Manipulação: enxerto com ótimo afrontamento para a osteointegração
29
Enxerto de cartilagem: uso, áreas doadoras
Uso: rinoplastia Áreas doadoras: septo nasal, orelha, cartilagens costais (grandes transplantes)
30
Enxerto de gordura: usos, áreas doadoras, gordura depende de...
Usos: repor gordura em área com depressão, lipoenxertia no glúteo, cirurgia de explante, lipoescultura Áreas doadoras: abdome, coxa, joelho, submento Depende de INOSCULAÇÃO para sobreviver no sítio cirúrgico Depois de um tempo pode ocorrer lipólise/REABSORÇÃO
31
Enxertos compostos: 4 tipos
DERMOGORDUROSOS: derme + gordura, doado do abdome e glúteo PELE E CARTILAGEM: doado pela orelha, anti-helix e concha auricular para reconstrução do nariz CONDROMUCOSO: cartilagem + mucosa, doado pelo palmar longo para reconstrução do septo nasal e pálpebra NERVO E TENDÃO: doado por áreas de menos importância, para trauma e tumor
32
Suturas: definição, boa sutura depende de..., ponto mais usado na plástica, retirada dos fios
Definição: aproximação de estruturas teciduais Boa sutura: trajeto curvilíneo, simétrico nos lados e profundidade com ligeira eversão das bordas aproximadas Ponto da plástica: justadérmico/simples invertido Retirada dos fios: o mais breve possível
33
Fios: ideal, exemplos de absorvíveis e inabsorvíveis
Fio ideal: maior força tensil, mole, flexível, pouco elástico, BAIXA REATIVIDADE TECIDUAL, absorção lenta, fácil esterliização, baixo custo, estabilidade dos nós Absorvíveis: categute simples ou cromado (animal), ácido poliglicólico, poliglicona, poliglactina, poliglecaprona, polidioxanona (sintéticos) Inabsorvíveis: seda (com reação), algodão (com reação), poliamida (nylon), poliéster, polipropileno, prata, cobre, aço (sem reação inflamatória), agrafes ou clips de Michel
34
Fios com absorção de fluidos: capazes de absorver o fluido ao ser imerso nele devido sua alta capilaridade
MULTIFILAMENTARES (seda e algodão)
35
Reação tecidual ao fio: consequências
Precoces: corte do tecido, retardo da cicatrização Tardios: abscesso local, cavidades, granuloma de corpo estranho
36
Agulhas: traumática e atraumática
Traumática: triangular Atraumática: cilíndrica
37
Etapas da reconstrução de ferimentos: 5
Cicatrização por 2a intenção, fechamento primário, enxertos de pele, retalhos e retalhos livres
38
Definição de enxerto
Retirada completa ou parcial de segmento cutâneo de uma região (área doadora) e sua transferência para outra região (receptora), recebendo nesta nova área suprimento sanguíneo que garantirá sua nutrição
39
Indicações do enxerto
Ferimentos extensos, após ressecção oncológica, comorbidades graves
40
Classificação dos enxertos quanto a ORIGEM (4)
AUTO-ENXERTO: do mesmo indivíduo HOMOENXERTO/ALOENXERTO: indivíduos diferentes e da mesma espécie (cadáver) ISOENXERTO: indivíduos diferentes e de geneticamente idênticos (gêmeos) XENOENXERTO: espécies diferentes (porco, peixe)
41
Classificação dos enxertos quanto a ESPESSURA (2)
PARCIAL: epiderme + parte da derme, doador pode recuperar a sua pele (devido a derme remanescente), feito em GRANDES LESÕES TOTAL: epiderme + totalidade da derme, doador não recupera a pele (faz SUTURA PRIMÁRIA no local), feito em PEQUENAS LESÕES
42
Classificação dos enxertos quanto a FORMA (3)
ESTAMPILHA: mosaico TIRA: lado a lado MALHA: enxerto grande
43
Enxerto de pele parcial: áreas doadoras, aplicação, consequência, contração primária e secundária
Áreas doadoras: coxa, tórax, nádega Aplicação: grandes feridas, cavidades, mucosas, retalhos musculares Consequência: área doadora manchada, cicatriz de aspecto estético ruim Contração primário: MENOS (devido pouca fibra elástica) Contração secundária: MAIOR (mais deformidade)
44
Enxerto de pele total: áreas doadoras, aplicação, vantagem, contração primária e secundária
Áreas doadoras: inguinal, infraglúteo, supraclavicular, pré-auricular, retro-auricular, pálpebras superiores, peri umbilical, áreas de dobra Aplicação: pequenas feridas e bem vascularizadas Vantagem: melhor resultado estético, potencial de crescimento, semelhante a pele normal Contração primária: MAIOR (mais fibras elásticas) Contração secundária: MENOR
45
Contraindicações do enxerto (4)
Tendão sem paratendão, cartilagem sem pericôndrio, osso sem periósteo, vasos e nervos expostos
46
Área receptora do enxerto deve estar
Limpa, livre de pressão, sem infecção, com boa vascularização, com tecido de granulação
47
Etapas da integração do enxerto
Integração, embebição, inosculação e neovascularização
48
Curativo do enxerto: pele total e pele parcial
Total: curativo de BROWN (gaze) Parcial: rayon, gaze de rolo, faixa de crepe
49
Pós-op do enxerto
Inervação DEMORA e é INCOMPLETA
50
Complicações do enxerto
Não integração, cicatriz hipertrófica e queloidiana, cistos sebáceos, retrações cicatriciais
51
Definição de retalhos
Tecidos do PRÓPRIO PACIENTE, usado para reconstrução local ou a distância, com VASCULARIZAÇÃO PRÓPRIA ou pedículo vascular
52
Indicações dos retalhos
Reparo da face, cobertura de estruturas nobres, saliências ósseas, regiões de difícil irrigação (áreas com necessidade de melhor resultado estético)
53
Classificação dos retalhos: suprimento vascular (4 sendo 2 +importantes)
RANDOMIZADO/AO ACASO: retalhos pequenos para evitar necrose CUTÂNEO ARTERIAL/AXIAL: retalhos maiores por ser +vascularizado Fasciocutâneo: escaras Miocutâneo
54
Classificação dos retalhos: migração (6)
AVANÇO: linear, V-Y TRANSPOSIÇÃO: linear, romboide, bilobado (base contígua) ZETAPLASTIA: vantagem é que alonga a cicatriz em paciente com restrição de movimento ROTAÇÃO: no couro cabeludo INTERPOLAÇÃO: base não é contígua ILHA: V-Y, bordas excisadas
55
Regiões ósseas +fracas, suscetíveis a fraturas
Sutura zigomático-frontal, área entre ossos nasais, trajeto do forame infraorbitário
56
Lesão em região de forame
Como é onde passa os nervos e vasos, a lesão pode causar perda de sensibilidade (ausência de dor)
57
Traumas da face dependem de (5)
Força do impacto, geometria da interface, características da absorção, presença ou não do fator de contenção, local acometido
58
Fratura em Blow Out
Fratura em que há transmissão de energia na ÓRBITA, cujo ASSOALHO é mais fraco e sofre FRATURA, protegendo o olho que não se rompe
59
Tratamento das fraturas de face: objetivo, meios
Objetivo: restabelecer função e forma Meios: redução tridimensional e imobilização
60
Fratura nasal: tipos, exames de imagem (posições), tratmento
Tipos: simples ou cominutiva (vários pedaços de osso) Posições: WATERS (mostra 1/3 médio da face), WATERS REVERSA ou PERFIL PARA OSSOS NASAIS Tratamento: redução de fraturas, drenar hematoma septal, uso de molde externo
61
Fratura da mandíbula: local +acometido, clínica, exames de imagem (posições), tratamento
Local: côndilos da mandíbula Clínica: dor, instabilidade, má oclusão, alteração da abertura oral, anestesia do lábio inferior, hematomas, laceração gengival Posições: RADIOGRÁFICA DE TOWNE (p/ côndilos, occipital e septo) ou HIRTZ (corpo e ramo), perfil de crânio e oblíquo da mandíbula Tratamento: reduzir segmentos ósseos e colocar na posição anatômica
62
Fratura da maxila: tipos Le Fort, clínica, exame de imagem (posição)
Le Fort: 1 (transmaxilar), 2 (piramidal), 3 (crânio-facial) Clínica: hematoma periorbital, RINORRÉIA (emergência = risco de meningite), assimetria facial, afundamentos, crepitação Posições: WATERS, lateral do crânio (Le Fort 1)
63
Fratura da órbita: clínica, exame de imagem (posição), tratamento
Clínica: hemorragia conjuntival (se tiver descolamento da retina é emergencial) Posição: para arco zigomático Tratamento: reconstrução do assoalho da órbita
64
Fratura de ossos frontais: clínica, exame de imagem
Clínica: hemossinus (seio frontal com sangue no interior) Exame de imagem: TC 3D
65
Objetivos da reconstrução mamária (3)
Restabelecer SIMETRIA, com SIMPLICIDADE e SEGURANÇA
66
Indicações da reconstrução mamária
Patologias mamárias malignas e benignas
67
Patologias mamárias benignas
Neoplasias benignas, Sd. Poland (nasce sem mama, músculo peitoral maior e menor)
68
Patologias mamárias malignas
Carcinoma ductal
69
Tipos de reconstrução mamária (4)
TRAM: reto do abdome nutre ilha de pele que serve para reconstruir a mama, em mama contralateral GRANDE, paciente com barriga, feito somente com tecidos da paciente LATÍSSIMO DORSAL + PRÓTESE: latíssimo passa para tórexa via axila, não tem volume por isso usa prótese, limita a rotação do braço, em mama de MÉDIO volume PRÓTESE: mama de PEQUENO volume, sem ptose e pele espessa EXPANSOR + PRÓTESE: mama de MÉDIO volume, pequena ptose, pele espessa
70
Fatores de risco para reconstrução mamária
Patologias clínicas, tabagismo, obesidade, cicatrizes prévias RT 1 fator de risco: reconstrução imediata ou tardia 2 fatores de risco: reconstrução com tempo de cirurgia curta (TRAM, latíssimo dorsal, expansor) 3 ou + fatores de risco: reconstrução tardia
71
Reconstrução mamária imediata: vantagens, desvantagens
Vantagens: tempo cirúrgico único, menor impacto psicológico, melhor resultado estético Desvantagens: possibilidade de atraso de tratamento adjuvante devido a complicações
72
Segundo tempo cirúrgico na reconstrução mamária: quantos meses após a 1a cirurgia? Para que serve?
6 meses após 1a cirurgia Reconstroi CAP e faz retoques necessários
73
Complicações das reconstruções mamárias
Hematoma, seroma, necrose, liponecrose, infecção, contratura capsular, extrusão da prótese, hérnia, abaulamento abdominal
74
Tipos histológicos dos tumores de pele (3)
CBC > CEC > melanomas
75
CBC: epidemio, tipos clínicos
Epidemio: +40a, pele clara e olhos claros, 2/3 superioes da face, DIFICILMENTE MALIGNIZA Tipos clínicos: - Nódulo ulcerativo: crescimento em superfície (plano cicatricial), em profundidade (terebrante) ou proliferação central (vegetante) - Superficial ou pagetóide: ddx de lesão superficial ou hemagioma - Esclerosante - Pigmentado: evolui lentmente, ddx melanoma
76
CEC: epidemio, tipos clínicos
Epidemio: +50a, pele clara e olhos claros, grande exposição à UVB e condições pré-cancerosas, face/dorso mão/mucosa (área de trauma), MAIOR CHANCE DE METÁSTASE, agressivo em jovens Tipos clínicos: - Moléstia de Bowen: CEC in situ não agressivo - Eritroplasia: CEC in situ na mucosa genital
77
Melanoma maligno: epidemo, tipos clínicos, diagnóstico
Epidemio: fatores ambientais e genéticos, origina de nevos displásicos (melanócito) ou lesões amelanocíticas Tipos clínicos: - Nodular - Superficial (maioria) - Acral lentiginoso - Lentigo maligno melanoma Diagnóstico: regra ABCDE e satelitoses, com linfonodos aumentados se tiver metástase em trânsito
78
Fatores predisponentes para tumor de pele (3)
Fenótipo: Fitzpatrick I Exposição à UVA e UVB Condições pré-cancerosas
79
Condições pré-cancerosas do tumor de pele (6)
QUERATOSE ACTÍNICA: em couro cabeludo, dorso mão, face, braço, lábio, tem POTENCIAL DE MALIGNIZAÇÃO (CEC), lesão avermelhada áspera com ou sem sangramento, idosos e jovens imunodeprimidos CICATRIZ DE QUEIMADURA: em MMII, úlcera de MARJOLAN (CEC em cima da CQ) RADIODERMITE CRÔNICA: alteração cutânea causada pela RT, grau 1-4 XERODERMA PIGMENTOSO: doença autossômica recessiva, que impede defesa cutânea (desenvolve tumor rapidamente) NEVOS DISPLÁSICOS: nevos atípicos, regra ABCDE, regiões de trauma, dermatoscopia e microscopia NEVO CONGÊNITO GIGANTE: nevo > 20cm, pode levar a formação de melanoma
80
Indicações para retalhos miocutâneos (3)
Reparação de GRANDES PERDAS teciduais: queimaduras, reconstrução mamária Aporte de VASCULARIZAÇÃO: importante para cicatrização, aporte de medicamentos e fechamento da ferida Proteção de ESTRUTURAS NOBRES: cobertura para vasos, nervos, ossos, cartilagem
81
Vascularização da superfície do retalho miocutâneo
Feito por 1 ARTÉRIA/VEIA REGIONAL, de calibre médio e que se ramifica ao se aproximar da superfície, Em MMII e MMSS: entra pelo septo intermuscular Outras regiões: entra diretamente no músculo
82
Tipo 1 dos retalhos miocutâneos
1 ARTÉRIA DOMINANTE: pode ser dissecado o retalho inteiro, desde que ela seja preservada Músculo tensor da fáscia lata
83
Tipo 2 dos retalhos miocutâneos
1 ARTÉRIA DOMINANTE e 2 SEGMENTARES: rotação superior é feita ligadura das artérias segmentares e mantém a dominante; rotação inferior é feita ligadura da dominante e mantém as segmentares Músculo grácil
84
Tipo 3 dos retalhos miocutâneos
2 ARTÉRIAS DOMINANTES: retalho pode ser usado com as 2 ou apenas 1 das artérias Músculo glúteo máximo
85
Tipo 4 dos retalhos miocutâneos
VÁRIAS SEGMENTARES E NENHUMA DOMINANTE: na rotação é ideal manter 2-3 pedículos segmentares para manter o retalho viável Músculo sartório
86
Tipo 5 dos retalhos miocutâneos
1 DOMINANTE e VÁRIAS SEGMENTARES: rotação para região anterior do tórax Reconstrução da mama Músculo latíssimo do dorso
87
Vantagens dos retalhos fasciocutâneos (2)
Mais vascularizado que o miocutâneo: DENSA REDE VASCULAR na fáscia Menos espesso que o miocutâneo
88
O que causam as úlceras por pressão?
Pressão PROLONGADA, que causa ISQUEMIA LOCAL e sofrimento da PELE e TECIDOS MOLES
89
Quais partes do corpo geralmente sofrem com úlceras de pressão?
Partes sobre uma PROEMINÊNCIA ÓSSEA, que são submetidas a uma PRESSÃO PROLONGADA
90
Quais são os possíveis fatores que causam as úlceras de pressão (3)?
Fisiopatologia: fatores neurotróficos, força de atrito e PRESSÃO DIRETA (P > 32mmHg causa isquemia de superfície)
91
Quais são os principais grupos/pacientes de risco para as úlceras de pressão (3)?
Pacientes com LESÃO MEDULAR (não se movem, nem sentem estímulos dolorosos), IDOSOS (menor mobilidade), HOSPITALIZADOS (ex: comatosos)
92
Quais são os 3 tipos de úlceras de pressão que podem surgir no quadril? Quais são os pacientes de maior risco de desenvolver essas úlceras?
Úlceras de pressão no quadril: SACRAL, TROCÂNTER MAIOR DO FÊMUR, TUBEROSIDADES ISQUIÁTICAS Pacientes de risco: acamados, em cadeira de rodas
93
Quais as formas de prevenção da formação de úlceras de pressão?
Principais formas: INSPEÇÃO diária das regiões mais comuns (quadril, dorso, lateral do corpo, calcâneo, maléolo, joelho) + mudança de decúbito a cada 2h para ALÍVIO DA PRESSÃO Outros: higiene (pele seca e hidratada), cuidados com a pele, suporte nutricional (melhor cicatrização), estimular a circulação sanguínea
94
Quais os estágios de desenvolvimento da úlcera de pressão (4)?
1- HIPEREMIA: após 30min de pressão, desaparece após 1h 2-ISQUEMIA: surge por pressão contínua por 2-6h, desaparece após 36h 3-NECROSE: pressão por 6h, pele fica azulada, não regride (necrose MUSCULAR ANTES DA CUTÂNEA = cone invertido) 4-ULCERAÇÃO: após 2 semanas, há comprometimento de planos profundos
95
Classificação clínica (SHEA) das úlceras por pressão
I: inflamação sem ulceração II: ulceração superficial da pele III: ulceração profunda, CONE INVERTIDO, atinge subcutâneo, musculatura e osso IV: úlcera complexa, comprometendo outras estruturas
96
Quais os sintomas clínicos que devem ser corrigidos antes da cirurgia das úlceras por pressão?
Espasmo (controle com BDZ), anemia, hipoproteinemia, infecção urinária + suplementação vitamínica
97
Qual manejo das úlceras por pressão?
Desbridamento da úlcera, estudar até onde foi comprometido (exame de imagem)
98
Quais são os critérios de Turner para o curativo ideal (7)?
1. Manter o nível de umidade na interface da ferida-curativo 2. Remover o excesso de exsudato 3. Permitir a troca gasosa 4. Promover isolamento térmico 5. Ser impermeável a bactérias 6. Ser isento de partículas e produtos tóxicos 7. Permitir a remoção do curativo sem causar trauma
99
Quais os possíveis tratamentos para as úlceras por pressão (6)?
1. Cicatrização por segunda intenção (ESPONTÂNEA) 2. Fechamento primário (SUTURA): úlceras pequenas (ex: isquiática) 3. Enxerto: úlcera em calcâneo 4. Retalhos: FASCIOCUTÂNEO (+usado, por ser mais RESISTENTE E VASCULARIZADO), musculocutâneo (para áreas de maior volume, cavidades), de reutilização (re-incisão do mesmo retalho para um novo avanço) 5. Desbridamento cirúrgico: considera o formato de cone invertido, ressecção da proeminência óssea (aumenta área de distribuição de peso) 6. Escarectomia: solução vasoconstritora, faz ressecção do neoepitélio, tec. fibrótico e osso
100
Quando se deve utilizar o retalho musculocutâneo obtido do músculo glúteo maior no tratamento de úlceras por pressão?
Nas úlceras SACRAIS Pode ser usado nas úlceras isquiáticas, mas não é o recomendado pelo professor
101
Quais são as 5 úlceras por pressão mais frequentes e qual seu tratamento?
1 SACRAL + 2 ISQUIÁTICAS + 2 TROCÂNTERES Tratamento: uso de RETALHOS
102
Qual a definição de queimadura? Quais são os agentes causadores (4)
Feridas traumáticas da pele e anexos Agentes: térmicos, químicos, elétricos, radioativos
103
Em quanto tempo deve ser feito o atendimento inicial/avaliação primária ao queimado? O que deve ser feito nesse atendimento?
Deve ser feito em até 24h É feito o ATLS: vias aéreas, interrupção da queimadura e acesso venoso
104
Na avaliação primária do queimado, quais são os procedimentos para desobstrução e manutenção das vias aéreas (6)?
Deve-se usar as mãos para desobstruir as vias -> chin lift ou jaw thrust -> câmara de Guedel (língua para frente) ou nasofaríngea -> intubação (via aérea definitiva)
105
Qual critério para intubação (via boca ou nariz) do paciente queimado? Quando deve ser indicado?
Glasgow < = 8 Tem indicação CLÍNICA: não depende de RX nem gasometria
106
Se a intubação do queimado não for viável, o que deve ser feito? Há alguma exceção?
Cricotireoidostomia: acesso pela membrana cricóide, EXCETO em crianças < 12a Traqueostomia: acesso pela traqueia
107
O que se deve fazer em caso de suspeita de lesão/queimadura por inalação? Qual a vantagem? O que a lesão por inalação causa?
Sedar + intubação orotraqueal Vantagem: evitar que o edema atrapalhe o acesso às vias aéreas Pode impedir a produção de surfactante
108
Qual o principal fator de morte em queimados? Qual a conduta?
Pneumonia: causada por lesão térmica direta ou inalação de produtos, surge 72h depois Conduta: suplementar O2 com máscara com reservatório, oxigênio 100% 12-15L/min
109
Como é feita a interrupção do processo de queimadura?
Remoção das roupas, lavar superfície corpórea com soro, resfriar o material (plástico), retirar todos objetos e adornos
110
Como é feito o acesso venoso no queimado? Para que serve?
2 cateteres venosos de grosso calibre, em MMSS na pele íntegra Serve para hidratar o paciente
111
O que é feito na avaliação secundária do paciente queimado (3)?
Coletar a história (AMPLE: Alergia a medicamentos, Medicamentos atuais, Passado médico, Líquidos ingeridos, Eventos do acidente), calcular superfície corporal queimada (% SCQ) e calcular profundidade da queimadura
112
Como se calcula a superfície corporal queimada?
Regra dos 9 de Wallace 9% (face única): cabeça, tronco, abdome, membro superior, membro inferior 1%: pescoço e per[ineo
113
Como se determina um grande queimado?
Queimadura > 20% do corpo
114
Como se determina a profundidade da queimadura (4 tipos) e quais as características da lesão?
1o grau: SEM BOLHAS, eritema e dor (queima somente a epiderme = reepitelização 5-7 dias) 2o grau: BOLHAS/FLICTENA, eritema e dor (queima derme e epiderme = reepitelização 7-21 dias) Derme papilar: é superficial Derme reticular: profunda 3o grau: INDOLOR (queimou os nervos), pele não regenera 4o grau: acomete gordura, fáscia, músculo, osso, órgãos, CARBONIZAÇÃO
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Como é calculada a quantidade de hidratação no queimado (2 tipos)? Como deve ser administrado? Qual material usado? O que não pode ser dado em 24h?
Queimadura 2/3o grau: 2mL x peso x %SCQ Queimadura elétrica: 4mL x peso x %SCQ Administrado: 50% em 8h e 50% restante em 16h Material: RINGER LACTATO 37-40oC ou ringer simples ou soro fisiológico Não pode ser dado coloide (plasma, albumina)!
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O que é feito na queimadura de 2o grau profunda e 3o grau para manter a circulação periférica?
Escarotomia: serve para evitar perda de estruturas periféricas
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Como é feita a analgesia dos queimados?
Narcóticos e sedativos: doses pequenas na via oral ou intravenosa, risco de dependência química Analgésicos: dipirona Sedativos: diazepan
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O que deve ter na prescrição do paciente queimado?
1- Dieta hipercalótica e hiperproteica 2-Hidratação 3-Protetores gástricos 4-Anti-térmico 5-Anti-emético 6-Anti-tetânico
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O que é úlcera de Curling?
Úlcera de stress, geralmente no duodeno proximal, ligado ao paciente queimado Tratamento: protetores gástricos
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Quando é feito o desbridamento do queimado? Qual a função?
Feito na 1a semana, serve para diminuir a bacteremia
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Como é feito o curativo do paciente queimado?
1-Rayon ou morin embebido em vaselina ou sulfadiazina de prata (trocar 24-48h) 2-Gaze de metro 3-Algodão hidrófilo 4-Faixa crepe