Gastroenterologia Flashcards
Hashtags da DRGE
AASmau, #gastritenãodoi, #azia, #deualarmedeuruim, #clínico, #IBP
Por que o AAS é mau? Cite exemplos
Inibem a síntese de PGs e isso diminui a defesa da mucosa GI
Ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco
Definição de síndrome dispéptica
Dor ou desconforto em andar superior do abdome
Definição de DRGE
Refluxo patológico, com alterações clínicas e histológicas, definida pelos sintomas clínicos. Refluxo ocorre quando conteúdo do estômago passa pelo EIE.
Características do refluxo patológico na DRGE
Causa AZIA, que dura +10 SEGUNDOS, é INTERPRANDIAL (30-40 minutos pós refeição), ocorre 2-3x/SEMANA nos ÚLTIMOS 6 MESES
Sintomas importantes da DRGE
AZIA: 30-40min pós refeição, piora com alimentos gordurosos (retarda esvaziamento gástrico)
REGURGITAÇÃO: afogamento ao deitar
Causas da DRGE
Relaxamento transitório do EIE (doidão): +comum
Refluxo livre (24h): EIE hipotônico impede o fechamento
Fisiopatologia da DRGE
Fatores de agressão > fatores de defesa
Agressores: HCl, pepsinas, álcool, drogas
Defensores: anatomia, barreira muco-bicarbonato (feito pelas PGs), saliva, peristalse, esvaziamento gástrico
Fatores predisponentes para a DRGE
EIE doente + fatores predisponentes
Hérnia de hiato, gravidez, obesidade, úlcera péptica, esclerose progressiva, intubação prolongada
Sintomas típicos da DRGE
Pirose, regurgitação, eructação, silaorreia, plenitude
Sintomas atípicos da DRGE
Disfagia, odinofagia
Sintomas extra-esofagianos: tosse crônica, asma sem melhora ou tardia
Diagnóstico da DRGE
SEMPRE CLÍNICO
Exames subsidiários da DRGE
pHmetria: padrão ouro
Manometria esofágica: mede pressão
Impedância esofágica
Tratamento da DRGE
Somente SINTOMÁTICO, com IBP (omeprazol) para diminuir/impedir produção de HCl, diminuir a lesão da mucosa e permitir sua cicatrização
É pelo resto da vida
Funções do fígado
METABOLIZAÇÃO: processa alimentos, substâncias exógenas, medicamentos, proteínas, lipídios, carboidratos
BILE: sintetiza e excreta a bile
ARMAZENAMENTO: vitaminas, sais
SÍNTESE: albumina, fatores de coagulação
Quais são as enzimas hepáticas que servem de marcadores bioquímicos?
ALT/TGP: enzima intracelular superficial
AST/TGO: enzima intracelular profunda
FA/ALP
GGT
Hepatite aguda pode ser causada por
VÍRUS: a, b, c, d, e, CMV, EBV, herpes simples, febre amarela, rubéola
ÁLCOOL
MEDICAMENTOS: anti-inflamatórios
Hepatite A: transmissão, sintomas (2 fases), sorologia (marcador que determina se infecção é aguda), tratamento, cronifica ou não?
Transmissão: fecal-oral
Sintomas da fase prodrômica/pré-ictérica: inespecíficos (náusea, vômito, diarréia)
Sintomas da fase ictérica: icterícia, hepatomegalia, sintomas sistêmicos
Sorologia: anti-HVA IgM
Tratamento: repouso e dieta hipogordurosa, abstinência de álcool (sem antiviral específico)
Não cronifica
Hepatite E: transmissão, sorologia (indicador de fase aguda e de memória imunológica), epidemiologia, cronifica ou não?
Transmissão: fecal oral
Sorologia: anti-HVE IgM (aguda) e anti-HVE IgG/total (memória)
Epidemio: comum na Ásia e África, adultos jovens
Não cronifica
Hepatite crônica pode ser causada por
VÍRUS: geram inflamação crônica
ÁLCOOL e DROGAS
AUTO-IMUNE
DOENÇAS: metabólicas, colestáticas
IDIOPÁTICO
Quais os 2 desfechos possíveis para a hepatite crônica?
Cura espontânea ou cronificação, que pode evoluir para CIRROSE e/ou CARCINOMA HEPATOCELULAR
Hepatite B: característica peculiar, marcadores sorológicos (em ordem cronológica, na cura e na cronificação), transmissão, profilaxia, tratamento
Característica: impossível o organismo se livrar do vírus (vira portador crônico)
Marcadores ordem cronológica: HBsAg, HBeAg, anti-HBV IgM
Marcadores cura: anti-HBsAg, anti-HBeAg, anti-HBV IgG
Marcadores cronificação: anti-HBV IgG
Transmissão: parenteral, sexual, vertical
Profilaxia: vacina de HBsAg ou imunoglobulina ao ser exposto em trabalho ou RN de portadoras
Tratamento: diminuir/cessar replicação viral, erradicar infecção, normalizar enzimas e histologia
Hepatite B: marcadores sorológicos na ordem cronológica, na cura e na cronificação
Marcadores sorológicos na infecção: HBsAg (portador), HBeAg (replicação), DNA do HBV
Marcadores sorológicos na cura: anti-HBs (imunidade permanente), anti-HBe (fim da replicação), anti-HVB IgM (fase aguda), anti-HVB IgG (fase crônica)
Marcadores sorológicos na cronificação: HBsAg, anti-HVB IgG
Definição de doença ulcerosa péptica
Doença crônica, causada por úlceras que acometem mucosa e submucosa levando a perda circunscrita de tecido
Úlceras pépticas: causa, locais, periodicidade
Causa: ácido gástrico
Locais: esôfago, estômago e duodeno
Periodicidade: não é fixa, com períodos de ACALMIA e CRISE
Etiopatogenia (causas) da DUP
Fatores agressivos > defensivos
Agressores: stress médico (cirurgias, queimaduras, politraumas) e fatores ambientais (álcool, fumo, AINEs, H. PYLORI)
H. pylori: tipos e marcadores genéticos
H. pylori comensal: gen CaGA- VACA- (1 ou 2 -)
H.pylori patogênico: gen CaGA+ e VACA+ (2+)
Sintomas da DUP
Anamnese: períodos de acalmia e dor epigástrica, com periodicidade e ritmicidade (1h pós refeição), despertar noturno (clocking)
Exame físico: hiperestesia epigástrica
Diagnóstico da DUP
EDA + pesquisa de H. pylori (biópsia, urease, teste respiratório ou ELISA fecal)
Tratamento da DUP
Dieta, antibiótico para remover H. pylori, IBP ou bloqueador de receptor H2 (aumentar pH e permitir cicatrização)
Definição de pancreatite crônica
Lesões por inflamação crônica, com perda progressiva do parênquima exócrino pancreático que é substituído por fibrose irreversível
Exame de imagem padrão ouro para pancreatite crônica
TC com contraste (mostra calcificações)
Sintomas da pancreatite crônica
Dor constante, sem períodos de acalmia, tardia (3h pós ingestão de álcool)
Fisiopatologia da pancreatite crônica
Álcool: gera desidratação do suco pancreático (aumenta [proteica]) e diminui secreção natural de litostatina (diminui fluidez) = forma ROLHAS que entopem o ducto pancreático = muda pH no espaço acinar e ativa ENZ. DIGESTIVAS = inflamação e fibrose
Defeito da litostatina: menor fluidez
Diagnóstico da pancreatite crônica
Clínico: epigastralgia, DM, emagrecimento, esteatorreia, icterícia, má-absorção
Laboratorial: glicemia, gordura nas fezes, provas função hepática
Imagem: TC, RX, CPRE, ecoendoscopia
Tratamento da pancreatite crônica
Reposição de insulina, enzimas pancreáticas e uso de analgésicos
Síndromes dispépticas orgânicas
Epigastralgia: DRGE, DUP, pancreatite crônica
Dismotilidade (estufa): intolerância à lactose, doença celíaca, verminoses, síndrome intestino irritável, gastroparesia
Definição de dispepsias digestivas funcionais
Quando investigação habitual não encontra lesão, apesar dos sintomas de epigastralgia e/ou dismotilidade por 12 semanas nos ÚLTIMOS 6 MESES
EDA, alterações bioquímicas, estruturais: negativos
Fisiopatologia das dispepsias digestivas funcionais
Desequilíbrio do parassimpático e simpático, gerando HIPERSENSIBILIDADE VISCERAL, AUMENTO DA PERCEPÇÃO e ALTERAÇÃO DA MOTILIDADE
Tratamento das dispepsias digestivas funcionais
Medidas gerais, medicamentos (antidepressivo, IBP, antibiótico) e intervenção psicológica
Definição de diarréia crônica
+3 evacuações ao dia, por +4 semanas, com diminuição da consistência e fezes volumosas
Sinais de alarme na gastroenterologia
Perda de peso, febre, início ou alteração recente dos sintomas, acima 50 anos, sintomas noturnos
Diarréia aquosa: definição, tipos (3)
Definição: fezes pastosas com maior conteúdo de água, sem inflamação nem esteatorreia
Osmótica: ao ingerir alimento desencadeante
Secretória: ep. secreta líquido, paciente acorda de noite
Motora: diarréia funcional
Diarréia esteatorréia: definição, causas (2)
Definição: fezes com gordura
Sd. má-absorção: nutrientes são quebrados, mas não absorvidos
Má-digestão: insuficiência pancreática impede quebra dos nutrientes
Diarréia inflamatória: definição, causas
Definição: fezes com sangue e muco
Causas: doenças inflamatórias intestinais, bacterianas, parasitoses, vírus, neoplasias, colites
Exames específicos para cada tipo de diarréia crônica
Aquosa: calprotectina fecal, colonoscopia com biópsia
Esteatorréia: elastase fecal, imagem para pâncreas
Inflamatória: colonoscopia com biópsia, imagem
Definição de doenças inflamatórias intestinais
Doenças crônicas, IMUNOMEDIADAS, que podem acometer diferentes segmentos do TGI, com variável espectro clínico
Epidemiologia das doenças inflamatórias intestinais
Aumento da incidência no OCIDENTE e hemisfério NORTE, em qualquer faixa etária (geralmente 50-70a)
Fatores de risco para doenças inflamatórias intestinais
GENÉTICOS: familiar de 1o grau, gêmeos monozigóticos, gene NOD2
AMBIENTAIS: tabagismo, contraceptivo oral, baixa vit.D, baixa ingesta de fibras, elevada ingesta de processados, higiene e poluição
Patogênese das doenças inflamatórias intestinais
SUSCEPTIBILIDADE do hospedeiro (fatores de risco genéticos e ambientais) + DESEQUILÍBRIO da flora (presença de BACTÉRIA que dá o start) + resposta imune exagerada (PI CONTÍNUO)
Quadro clínico das doenças inflamatórias intestinais
Diarreia, dor abdominal, sangramento
Manifestações extra-intestinais: lesões oculares, articulares e cutâneas
Diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais
COLONOSCOPIA (com biópsia das lesões para peesquisa de displasias), ANATOMOPATOLÓGICO e IMAGEM (trânsito intestinal, TC, RM, cápsula endoscópica, USG), marcadores sorológicos