Pneumo Ped Flashcards
Indicações para VNI
- Insuficiência respiratória aguda
- Insuficiência respiratória crónica, incluindo patologia pulmonar, doença neuromuscular, síndrome de apneia obstrutiva do sono
Critérios clínicos para colocação de VNI
Sintomas e sinais de dificuldade respiratória aguda (dispneia moderada ou grave, polipneia, uso de músculos respiratórios acessórios, respiração paradoxal)
Critérios gasimétricos para colocação de VNI
3
o PaCO2 entre 55 e 90 mmHg (hipercapnia moderada). Podem ser considerados valores semelhantes de PCO2 com cerca de mais 5mmHg para gasimetria venosa
o pH entre 7,10 e 7,35 (acidose respiratória moderada)
o Relação SpO2/FiO2 inferior 320 (quando SpO2 inferior a 98%) o Relação PaO2/FiO2 inferior a 250
Contra-Indicações para VNI
- Necessidade de protecção da via aérea
(coma, hemorragia digestiva activa)
(A VNI não garante protecção da via área) - Insuficiência respiratória grave (ARDS – relação PaO2/FiO2 inferior a 150-175)
- Obstrução fixa da via aérea
- Presença de secreções abundantes e espessas na via aérea
- Vómitos
- Instabilidade hemodinâmica
- Malformações, traumatismos e queimaduras craniofaciais
(Maior risco de meningite pós-traumática em doentes com fístula de LCR) - Pneumotórax não drenado
- Cirurgia gastrointestinal recente (risco de distensão esofágica e gástrica).
Complicações da VNI
- Relacionadas com a interface (cerca de 70% do total):
a. Dermatite de contacto
b. Necrose cutânea
c. Conjuntivite e úlceras de córnea
- Relacionadas com a pressão positiva na via aérea:
a. Distensão gástrica (sobretudo se pressões inspiratórias superiores a 25cmH2O)
b. Pneumonia de aspiração
c. Pneumotórax
d. Embolia gasosa
Características do modo CPAP:
o Modalidade de VNI mais simples
o Aplica uma pressão positiva contínua durante todo o ciclo respiratório, permitindo respiração espontânea
o A criança determina a frequência respiratória e o volume corrente depende do seu esforço respiratório
o A pressão contínua mantém a patência da via aérea, aumenta a capacidade funcional respiratória e diminui o colapso alveolar
Características do modo S/T (Bi-level no Infant Flow ou DuoPAP no Fabian)
o Modalidade que administra dois níveis de pressão (IPAP durante a inspiração e EPAP durante a expiração), mantendo um fluxo contínuo ao longo de todo o ciclo respiratório;
o Pode permitir a sincronização com a respiração espontânea do doente (se colocado sensor abdominal), assim como a compensação das fugas em redor da interface.
Definem-se respirações de resgate (T) com um tempo inspiratório (Ti) limitado (mínimo em geral 0,4-0,5 segundos).
Iniciar Cpap com que pressão?
Como aumentar?
Qual o máximo?
Qual o FiO2?
Iniciar com o Modo CPAP (nCPAP no Fabian):
- CPAP inicial de 4-6 cmH2O
- Aumentar de 1-2 em 1-2 cmH2O.
- Máximo 12 cmH2O. Um CPAP superior a 12 cmH2O não é geralmente bem tolerado. Se criança não melhora pensar em alterar modo ventilação.
- FiO2 entre 21 e 100%
Como iniciar modalidade S/T (Bi-level no Infant Flow ou DuoPAP no Fabian):
- EPAP inicial de 4-6 cm H20.
- IPAP 8-10 cmH20, sempre acima do EPAP
- Frequência respiratória (4-40 cpm)
- Ti 0,4-0,5 seg
- FiO2 entre 21 e 100%
- Aumentar EPAP de 1-2 em 1-2 cmH2O. Máximo 12 cmH2O
- Aumentar IPAP de 1-2 em 1-2 cmH2O. Máximo 15 cmH2O
Aquando Bipap ou Duopap, como monitorizar?
Monitorização gasimétrica:
o A primeira gasimetria deve ser feita ao final de 30- 60 minutos.
o Depois disso cada 4 horas ou cada 6 horas de acordo com a situação clínica
Factores preditores de êxito na VNI?
o diminuição da frequência respiratória é o sinal clínico mais precoce de êxito
o diminuição da PaCO2 é o parâmetro gasimétrico mais precoce de êxito
Factores de falência da VNI:
o Agitação / má adaptação
o Agravamento dos sinais de dificuldade respiratória o Hipoxémia mantida
o PaCO2 não desce abaixo de 65 mmHg o pH não sobe acima de 7,2
Causas frequentes de Sibilância Recorrente:
1 - Hipertrofia do tecido linfoide
2 - Doença do refluxo gastroesofágico
3 - Infeções virais (ex: rhinovirus; VSR)
4 - Asma
Hiper DIA!!!!
Definição Sibilância recorrente
Sibilância recorrente:
≥ 3 episódios de sibilância nos 3 primeiros anos de vida ou
≥ 3 episódios no último ano com resposta a broncodilatadores e intervalos livres de sintomas independente da existência de queixas de esforço.
R3corr3nt3!!
Fatores de risco para persistência de sibilância / desenvolvimento de asma?
Intrínsecos:
- Sexo masculino
Antecedentes Pessoais/Familiares:
- História familiar de asma;
- História pessoal de rinite alérgica e/ou eczema atópico;
- Sensibilização a alergénios inalantes e proteínas do ovo;
- Início de sintomas na primeira infância;
Ambientais:
- Exposição tabágica
- Infeções virais associadas à entrada precoce nas creches e infantários (ex: VSR (lactente), rinovírus (idade pré-escolar), metapneumovírus, vírus parainfluenza, influenza, adenovírus, coronavírus, bocavírus)
- Poluentes ambientais (no interior e exterior dos edifícios)
Analíticos:
- Valor elevado da IgE total sérica;
Índice preditivo para desenvolvimento de Asma
Critérios Major e Minor
Critérios Major
- Diagnóstico médico de asma parental
- Diagnóstico de eczema atópico em crianças <3 Anos
ÍNDICE POSITIVO SE À SIBILÂNCIA RECORRENTE SE ASSOCIA PELO MENOS 1 DOS 2 CRITÉRIOS MAJOR
Critérios Minor
- Rinite alérgica
- Sibilância sem infeção
- Eosinofilia periférica (≥4%)
OU
2 DOS 3 CRITÉRIOS MINOR
Sensibilização alérgica à clara do ovo ao 1º ano de idade é actualmente apontada como factor de risco para?
- Um marcador preditivo de atopia aos 3 anos
- A partir de 1 ano como fator de risco para desenvolvimento de doença alérgica respiratória e sensibilização a aeroalergénios.
V/F
O Diagnóstico de asma em idade pediátrica requer uma espirometria sugestiva.
F
O Diagnóstico é clínico.
Características na espirometria sugestivas de asma:
Diminuição da razão entre FEV1 e FVC
(< 0,8 nos adolescentes e <0,9 em idade escolar) -> limitação do fluxo
Demonstração de reversibilidade pós-broncodilatador
(aumento de FEV1 >12% e >200 ml do valor basal no adolescente; aumento de FEV1 >12% ao valor previsto na criança em idade escolar) favorece o diagnóstico
Idade a partir da qual é legitimo pedir uma espirometria perante a suspeita de asma?
4-5 anos
Indicações para Anti-leucotrienos no controle da Asma
- Manutenção em associação com CCI
- Asma induzida pelo exercício
- Sibilância induzida por vírus (a partir dos 6 meses de idade)
- Rinite alérgica em adolescentes > 15 anos.
Questões a avaliar o controle da Asma?
No ultimo mês teve:
- Sintomas diurnos > 2x/semana
- Despertares noturnos
- Medicação de crise > 2x/semana
- Limitação da atividade por asma?
0 - controlado
1-2 - Parcialmente controlado
3-4 - Não controlado
Efeitos secundários da administração crónica de corticoesteroides
Osteoporose
Retenção de Sódio com edema, HTA
Hipercolesterolemia
Hiperglicemia
Definição laboratorial de insuficiencia respiratória aguda
- PaO2 < 60 mmHg
- Pa CO2 > ou = 55 mmHg
Complicações mais frequentes na pneumonia?
- derrame pleural,
- pneumonia necrotizante,
- abcesso pulmonar
- hiponatrémia.
Deverão na Pn ser pedidos Ag capsulares do Pn na urina? Porquê?
Não, não distingue do estado de portador, que é frequente em idades inferiores a 5 anos
Indicações para Broncoscopia?
- Sibilância persistente
- Hemoptises
- Suspeita de corpo estranho
- Pneumonia em ID
- Atelectasia
- Malformação
- Estridor
Sesta habitualmente até que idade?
Todos até aos 3 anos, alguns até aos 5 anos.
Perturbações do sono, quais são e em que percentagem podem afectar a idd ped?
- Até 40% das crianças
Principais perturbações do sono:
» Perturbação RESPIRATÓRIA do sono - SAOS
» Pert. do MOVIMENTO do sono - SPI
» Parassónias (NREM - Terrores noturnos, sonambulismo | REM - Pesadelos)
» Insónia
» Hipersónia de origem central
No pneumotórax a drenagem torácica deve ficar com aspiração ativa ou passiva por rotina?
Não colocar o dreno sob aspiração ativa por rotina
(re-expansão pulmonar rápida à risco de edema pulmonar)
Quando suspeitar de um derrame pleural não parapneumónico?
- Na ausência de síndrome febril agudo, de
pneumonia na radiografia do tórax, - Na presença de mediastino alargado/massa mediastínica,
de adenopatias generalizadas no EO ou linfadenopatias hilares na rad. tórax
Causas subjacentes a bronquiectasias?
Via final de variados tipos de agressões pulmonares:
» Malformações congénitas
» Fibrose Quística (FQ) / Discinesia Ciliar
» Imunodeficiências primárias (IDP)
» Corpo estranho retido
» Processo pós-infeccioso
Sinais / Sintomas sugestivos de bronquiectasias?
Inespecíficos. Frequentemente com Tosse crónica produtiva.
- Na doença avançada: dispneia, hemoptise, clubbing
Abordagem do tratamento farmacológico da FQ
- Agentes mucolíticos (Dornase alfa, N acetil cisteína)
- Reidratação da superfície das vias aéreas ( Soro hipertónico)
- Agentes anti-infecciosos
- Profilaxia: Flucloxacilina
- Erradicação: Ab inalado/oral/sistémico
- Supressão: Ab e.v. Tobramicina/Colestina/aztreonam - Anti-inflamação: ibuprofeno/CCT
- Defeito na proteína CTFR
- Potenciador: IVA
- Corrector: LUM/TEZ + IVA