Alimentação Flashcards

1
Q

Ingestão recomendada de proteína nos primeiros 6 a 12 meses de vida?

A

As necessidades em proteína variam entre 9 – 12 g/dia, entre os 6-12 meses

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2
Q

Percentagem de ingestão de lípidos em relação ao consumo energético total no primeiro ano de vida?

A

A ingestão de lípidos deve corresponder a 40% do valor energético total diário, uma vez que estes são
constituintes fundamentais das membranas celulares, da retina e do sistema nervoso central

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3
Q

A adição de açúcar é contra-indicada?

A

Não existem recomendações relativas aos hidratos de carbono e à fibra, mas a adição de açúcar está
contraindicada até aos 12 meses.

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4
Q

A adição de sal é contra-indicada?

A

A ingestão de sal (de adição) está contraindicada no 1º ano de vida.

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5
Q

Indicações para Suplementação de vitamina D?

A

Deve ser feita a suplementação com vitamina D (40UIi/dia) pelo menos desde a 2ª semana de vida até ao 1º ano de vida.
Para prevenção do raquitismo nos lactentes

Após o primeiro ano de vida:
Eventualmente em doentes de risco de hipovitaminose: obsesos, DRC e raça negra, nos meses de outono e inverno

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6
Q

Distribuição do conteúdo energético da dieta no 2-3º ano de vida?

A

A distribuição do conteúdo energético da dieta pelos macronutrientes deve respeitar 45-60% de
hidratos de carbono, 35-40% de lípidos e a proteína é calculada em g/kg/dia

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7
Q

Conteúdo de açucares livres no 2-3º ano?

A

ESPGAN define os 5% como valor máximo, tendo em conta o valor energético total

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8
Q

Quantidade de fibra recomendada entre os 2-3 anos de vida?

A

A quantidade total diária de fibra a ingerir por crianças desta faixa etária varia entre 6 e 9,8g por dia para raparigas de 1 ano e rapazes de 3 anos, respetivamente

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9
Q

Favorece a absorção intestinal de ferro:

A

Alguns componentes da dieta promovem a absorção do ferro não hémico (de origem vegetal) tais como:
O ácido ascórbico (vitamina C, existente por exemplo nos citrinos),
O ácido cítrico (existente nos citrinos)
As proteínas da carne

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10
Q

Inibe a absorção do ferro:

A

Fitatos (existente nas leguminosas, soja, frutos gordos, tofu que também inibem a absorção de zinco),
Polifenóis (existentes nas leguminosas, no chá, nas infusões entre outros)
O cálcio
O leite de vaca

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11
Q

Como cumprir as necessidades de cálcio entre os 1 e 3 anos?

A

Aos 1 – 3 anos de idade as
necessidades de cálcio podem ser facilmente asseguradas pela ingestão regular de até aproximadamente 500 ml de leite ou derivados /dia, nunca nas refeições principais, pelo compromisso da absorção de ferro, entre outros

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12
Q

Como assegurar necessidades nutricionais de vitamina D?

A

As crianças devem adotar um estilo de vida saudável
que inclua uma dieta variada que contemple leite e derivados, peixe gordo (salmão selvagem, cavala, enguia, anchova, sardinha, peixe-espada e atum), gema de ovo, e alguns cogumelos, mantendo um estado nutricional adequado e atividades ao ar livre (exposição solar)

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13
Q

Definição açúcares livres?

A

Todos os adicionados aos alimentos e/ou bebidas e os açúcares naturalmente presentes em alimentos como mel, xaropes e sumos de fruta.

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14
Q

1 - 3 anos % hidratos de carbono?

A

Os hidratos de carbono devem ocupar 45-60% e os açúcares livres não devem exceder os 5% do valor energético total.

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15
Q

1 - 3 anos, % lípidos?

A

Os lípidos devem corresponder a 35-40% do valor energético total, com um valor máximo de 8% para a gordura saturada e de 1% para os ácidos gordos trans (presentes em alimentos processados). Os LC-PUFA não deverão ultrapassar os 10%, sendo a dose de EPA/DHA (ácidos gordos ómega 3) assegurada com a ingestão BISSEMANAL DE PEIXE GORDO. É relevante manter uma razão adequada dos ácidos gordos ómega-6/ómega-3 pelo que para além dos ómega -3 provenientes do peixe devemos ingerir os que provem de frutos gordos (amêndoas, nozes, avelãs…)

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16
Q

1-3 anos, quantidade de proteína adequada?

A

A ingestão proteica recomendada oscila entre os 0,8-1,2g/kg/dia, devendo ser privilegiada a proteína de alto
valor biológico (carne, ovo, peixe, leite), sem descurar a oferta de proteína vegetal.

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17
Q

Características do RN após nascer face à amamentação:

A

Capacidade gástrica é reduzida (20-30 ml), pelo que o recém-nascido não tem necessidade
de mamar tanto quanto irá fazer quando tiver uma semana de idade, já com o dobro da capacidade gástrica

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18
Q

V/F

É útil restringir ou evitar a ingestão de alimentos durante a amamentação, de forma a evitar que estes modifiquem ou influam negativamente no sabor do leite, bem como evitar a cólica do lactente.

A

F
É errado restringir ou evitar a ingestão de alimentos durante a amamentação. É imptt que o
lactente vá tomando contacto com o reportório de sabores da sua mãe e da comunidade em que está inserido

Não há atualmente evidência robusta que comprove que a
evicção na dieta materna de determinados alimentos melhore a cólica do lactente

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19
Q

V/F

O RN deve iniciar amamentação na primeira hora de vida

A

F

O recém-nascido deve iniciar a amamentação na primeira meia hora de vida

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20
Q

Tempo ideal em cada mama aquando aleitamento?

A

Não há vantagem em prolongar uma

sucção vigorosa para além dos 10 a 15 minutos, em cada mama.

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21
Q

Deve a mama ser esvaziada após a mamada?

A

Caso não haja um esvaziamento considerável da segunda mama e esta se mantenha turgida e tensa,
o leite deve ser retirado pelo menos na quantidade que permita reduzir o desconforto, de forma a evitar inflamação e infeção da glândula mamária (mastite)

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22
Q

V/F

O Leite pode ser sempre armazenado.

A

F

O leite retirado durante o 1º mês, por não ser um leite maduro, não deve ser armazenado.

Depois do 1º mês, o leite pode ser conservado em frigorífico ou em congelador. O leite pode manter-se congelado a -20ºC até seis meses, mantendo todas as suas qualidades e propriedades. Não havendo garantia de congelação a -20ºC, o tempo de conservação não deve exceder 2 – 3 semanas

O processo de descongelação deve ocorrer em frigorífico, a uma temperatura igual ou inferior a 4ºC, devendo ser administrado no prazo de 24 horas

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23
Q

Após descongelar, quanto tempo deve o leite ser deixado a ar ambiente?

A

Se o leite descongelado for deixado à

temperatura ambiente, deve ser utilizado dentro de uma hora após a descongelação

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24
Q

Contraindicações à amamentação de causa materna

A

Doenças graves ou crónicas debilitantes;
Infeção pelo vírus da imunodeficiência humana
(VIH);
Necessidade absoluta de medicação que contraindique a amamentação, como antineoplásicos, alguns anticonvulsivantes, alcaloides da ergotamina e radiofármacos.

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25
Q

Contraindicações à amamentação do RN/lactente

A

Doenças metabólicas congénitas raras, como a fenilcetonúria e a galactosémia

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26
Q

Contraindicações temporárias à amamentação

A

Varicela,
Herpes com lesões mamárias e tuberculose ou brucelose não tratadas.
Medicação que contraindique o aleitamento materno.

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27
Q

Regras para a utilização de uma fórmula infantil em recém-nascidos de termo, com mais de 7 dias de
vida.

A
  • Devem ser oferecidas 6-8 refeições /dia (24h), dependendo da idade
  • O suprimento hídrico (volume diário) total deve ser de 150 ml/kg/dia e o volume máximo no biberão de 180 – 210 ml.
  • O intervalo entre as refeições deve ser em média de 3 a 3,5 horas (idealmente não mais de 4 horas).
  • A água a utilizar para a preparação da fórmula infantil deverá ter pH neutro (6,7 a 7,7) e a temperatura no momento da reconstituição deve ser de cerca de 37C. A reconstituição com água fria impede a adequada diluição dos nutrientes, e a temperatura demasiado elevada no momento da preparação do biberão aumenta o risco de desnaturação da proteína
    bem como a deterioração das vitaminas lipossolúveis
  • O leite deve ser preparado para cada mamada. Se for preparado para a totalidade do volume diário, deverá permanecer em frigorífico e, no momento da mamada, aquecido em “banho-maria” ou em aquecedor próprio para biberões, apenas no volume a oferecer na mamada. Caso haja sobra, esta deve ser desperdiçada.
  • Os biberões devem ser sempre bem lavados com sabão (não detergente) e escovilhão, e posteriormente esterilizados, até aos 4 meses de idade.
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28
Q

V/F

Doentes com risco atópico devem iniciar diversificação alimentar com alimentos menos alergénicos.

A

A diversificação alimentar deve ocorrer de igual forma num lactente com ou sem história familiar de atopia
(alergia), não havendo, pois, indicação para atrasar ou proibir nenhum alimento no lactente de “risco atópico”.

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29
Q

Leite materno insuficiente depois dos 6M porquê?

A

O leite materno (ou a fórmula infantil para lactente) não consegue, por si só, suprir necessidades em energia e macronutrientes, bem como em algumas vitaminas (B1- tiamina; B3- niacina entre outras) e minerais (ferro, zinco, cobre entre outros) exigidos por este novo perfil de crescimento, tornando-se pois necessária a sua obtenção a partir de uma variedade de outros alimentos

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30
Q

Fatores determinantes para o sucesso e a segurança da diversificação alimentar
(Janelas de treino)

A
  • Perda do reflexo de extrusão lingual após 4º-5º mês
  • Controle axial (capacidade de ficar sentado) 5º - 6º mês
  • Vedamento labial (influenciado pelo crescimento
    mandibular) 5º - 6º mês - Capaz de recusar alimentos
  • Controle manual e ocular 7º - 8º mês - Capacidade de buscar alimento e leva-lo à boca
  • Movimentos rítmicos da boca (de báscula/moagem, de
    vaivém da mandíbula e da maxila) após 7º - 8º mês
  • Pinça fina (pegar entre os dedos em objetos pequenos) 7º-8º mês
  • Maturação fisiológica e metabólica (Aumento volume gástrico, acidez gástrica, produção de saliva): 4-5º mês
    Maturação enzimática e imunológica (igA) - 6º mês
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31
Q

Qual o alimento que deve ser inicialmente introduzido na diversificação alimentar?

A

Não existe nenhuma regra definida relativamente à sequência da introdução dos diferentes grupos de alimentos ou dos alimentos, EXCEPTO:

  • o sal,
  • o açúcar,
  • o mel,
  • bebidas açucaradas e chás (nomeadamente por alguns deles conterem funcho)
  • Leite de vaca até aos 12 meses PROIBIDO

Deve também ter um aumento progressivo da
textura e até à introdução na dieta familiar;

32
Q

Quais as regras para a diversificação alimentar?

A

1) Para uma criança europeia saudável;
2) Independentemente de ter ou não história familiar positiva para alergia;
3) Todos os alimentos podem ser introduzidos a partir da diversificação alimentar;
4) Exceto o sal, o açúcar, o mel,
bebidas açucaradas e chás (nomeadamente por alguns deles conterem funcho);
5) Com aumento progressivo da textura e até à introdução na dieta familiar;
6) Enfatizando claramente a proibição do uso de leite de vaca como fonte láctea principal até aos 12 meses

33
Q

Introdução do gluten

A

O glúten deve ser introduzido a partir dos 4 meses e

antes dos 7 meses, com porções crescentes até aos 12 meses

34
Q

Deve haver evicção do glúten nas papas aquando a diversificação alimentar?

A

Não, pode ser introduzido desde os 4 meses

35
Q

Papas que contém gluten?

A

Algumas papas de cereais (trigo, aveia, cevada)

36
Q

Treino das texturas a partir de que idade?

A

A partir dos 7-8 meses será importante aumentar a oferta de hortofrutícolas menos moídos (crus ou cozinhados), para estimular o treino das
texturas.

37
Q

Algum alimento para o qual se deva ter alguma reserva aquando introdução?

A

Deve haver alguma reserva durante o 1º ano de vida

relativamente ao kiwi, ao morango e ao maracujá

38
Q

Proteína animal a partir do 6º mês?

A

A partir do 6º mês devem ser oferecidas ao lactente 30 g/dia de carne ou de peixe, peso considerado para o alimento cru e limpo de gordura, de forma a oferecer 4 vezes por semana carne e 3 vezes por semana peixe

39
Q

Iniciar com que carnes?

A

Tradicionalmente inicia-se a introdução com carnes de aves (frango, peru, avestruz) ou de coelho, menos ricas em ferro do que as carnes de bovino, mas também com menor teor de gordura saturada.

40
Q

Bacalhau a partir de que idade?

A

Relativamente ao peixe, o bacalhau deve ser introduzido mais próximo dos 12 meses, atendendo à textura fibrosa ou ao teor em sal (se for salgado e não fresco).

41
Q

Introdução de leguminosas?

A

As leguminosas (feijão, grão, fava, lentilha e ervilha) poderão ser introduzidas aos 8-9 meses num lactente que diversifica a sua alimentação de acordo com uma dieta omnívora

42
Q

Introdução do iogurte?

A

O iogurte poderá ser introduzido a partir dos 8 - 9 meses.

43
Q

Introdução de frutos gordos ou sementes?

A

Os frutos gordos (noz, amêndoa, avelã, coco, caju, pinhão, pistachio) e as sementes (abóbora, girassol, linhaça e chia) poderão ser introduzidos a todos os lactentes aos 9 meses

Independentemente da existência de risco de alergia
(história familiar positiva para atopia)!!

44
Q

Introdução do ovo?

A

O ovo pode ser iniciado aos 8-9 meses

Muito embora não exista nenhuma
recomendação específica e atendendo ao risco de alergenicidade, a sua introdução pode ser gradual, inicialmente com a oferta da gema (1/2 gema na 1ª semana; 1 gema na 2ª semana) para depois oferecer o ovo inteiro, num máximo de 3 ovos por semana, sempre em vez da carne ou do peixe.

45
Q

Quantidade de produtos lácteos a oferecer no 2º semestre de vida?

A

No 2º semestre de vida o somatório de todos os lácteos (leite, iogurte e queijo) não deve
exceder 500 – 700 ml/dia

46
Q

V/F

Papas de cereais biológicas /caseiras são uma alternativa viável.

A

F

As papas de cereais biológicas (com ou sem frutos), atualmente comercializadas, não têm enriquecimento em vitaminas e minerais, podendo resultar em risco nutricional marginal.

As papas caseiras não são nutricionalmente seguras, podendo resultar em risco nutricional major e marginal.

47
Q

Particularidades da dieta vegetariana:

A

1) A sua supervisão deve estar sob a responsabilidade médica;
2) Deve existir uma orientação nutricional realizada por profissional experiente;
3) Quanto mais restritiva for a dieta maior o risco de carências nutricionais com repercussão no crescimento, maturação e desenvolvimento;
4) Deve ser estritamente cumprida a suplementação vitamínica e mineral recomendada

48
Q

Alternativas na dieta vegetariana:

A

1) Fórmula infantil com proteína de arroz ou de soja
2) Alternativa à carne no creme de legumes poderá ser introduzido ao 6º mês o tofu natural (o tofu embalado é um alimento processado), numa dose máxima de 30 g/dia
3) Aos 7-8 meses poderão ser introduzidas as leguminosas sob a forma de puré
4) Aos 12 meses pode ser introduzido o tempeh e o seitan, ambos fontes de proteína vegetal.

49
Q

Quando integrar a criança na rotina e plano alimentar da família?

A

Aos 12 meses a criança é integrada na rotina e no plano alimentar da família

50
Q

Dicas para “saber estar à mesa”

A
Promova o saber estar à mesa:
Não permita repetições, 
Incentive a comer devagar, 
Respeite o horário das refeições, 
Não mantenha a criança à mesa mais de 30 minutos, Não substitua por outros alimentos aqueles que não são do agrado da criança 
Incentive à autonomia na mesa.
51
Q

Atitudes a evitar à mesa:

A

a) Não forçar a criança a comer ou a deixar o prato completamente sem comida. Se a quantidade servida estiver ajustada ao que ela habitualmente come, na maioria das vezes a criança comerá tudo. As crianças têm apetites diferentes entre si e em diferentes fases de crescimento, que importa respeitar;
b) Não se zangar com a criança por ela não comer;
c) Não criticar a criança em frente das outras crianças;
d) Não substituir os alimentos da refeição por outros que sejam do seu agrado (por exemplo, substituir o almoço por refeição láctea);
e) Não subornar a criança com doces ou outros alimentos que sabe que a criança comerá, porque passará uma mensagem errada, o que levará a predispô-la a ser subornada na próxima refeição

52
Q

Característica alimentar das crianças em idade pré escolar

A

É comum, na idade pré-escolar, haver dificuldade de aceitação de novos alimentos ou rejeição de alimentos que anteriormente eram aceites, apenas por uma questão de forma, de apresentação, de temperatura ou de textura.
Estes comportamentos refletem uma tentativa de a criança afirmar a sua independência.

53
Q

APLV, reacções imediatas

A
  • Anafilaxia
  • Urticária aguda e angioedema
  • Alergia gastrointestinal imediata (vómitos repetidos)
54
Q

APLV, reacções tardias

A
  • Food Protein-Induced Enterocolites Syndrome (FPIES) (diarreia profusa com acidose metabólica)
  • Enteropatia Induzida pela Proteína do Leite de Vaca (má absorção, desnutrição, etc.)
  • Esofagite Eosinofílica
  • Gastroenterite e Protocolite Alérgica
  • Irritabilidade excessiva (cólicas)
  • Refluxo Gastro-Esofágico
  • Obstipação
  • Asma e rinite alérgica
  • Eczema atópico
  • Doença pulmonar crónica induzida pelo leite (Síndrome de Heiner`s)
55
Q

Tratamento APLV

A

O tratamento baseia-se na exclusão da proteína do leite de vaca (PLV) da alimentação.

Durante o 1º e 2º anos de vida, a alternativa recomendável e habitual são os leites extensamente hidrolisados. Raramente, há necessidade de usar leites em que a fonte proteica são aminoácidos livres.

Há também a alternativa de usar fórmulas infantis com outra fonte proteica (soja, arroz).
A introdução de uma fórmula infantil com proteína de soja não deve ocorrer antes dos 6 meses de idade (pela menor qualidade da sua proteína) e deve ser realizada em ambiente hospitalar (pelo risco de alergia cruzada)

56
Q

Tratamento intolerância lactose

A

Diminuição da ingestão de lactose.
A criança não deve deixar de beber leite e derivados; deve sim substituí-los por leite com baixo teor de lactose ou mesmo sem lactose, devendo tentar manter a ingestão diária de 1 iogurte “normal” ou 1 fatia de queijo.

57
Q

V/F

Prolactina é produzida especialmente de manhã e após as refeições

A

F

A maior parte da prolactina está no sangue cerca de 30 minutos após a mamada e estimula a produção para a mamada seguinte

É produzida em maior quantidade à noite. Amamentar durante a noite é imptt para manter a produção de leite

58
Q

Vantagens da amamentação para o RN:

A
  • Menor risco de infeções
  • Efeito protetor sobre patologias como dermatite atópica, asma, APLV, obesidade, diabetes tipos 1 e 2, leucemia, síndrome de morte súbita do lactente
  • Melhor adaptação aos alimentos na diversificação alimentar, menor intolerâncias/alergias alimentar
  • Ganho de peso adequado e saudável
59
Q

Vantagens da amamentação para a mãe:

A
  • Menor risco de patologias como hipertensão, hiperlipidemia, DCV, osteoporose e diabetes maternas Menor risco de cancro da mama e ovário
  • Involução uterina mais precoce, com diminuição do risco de hemorragia pós-parto
  • Menor incidência de depressão pós-parto, maior vinculo mãe-filho
  • Método mais barato. Sempre fresco, sem necessidade de preparação
  • Efeito anticoncetivo - período mais longo de amenorreia
60
Q

Lactente bem hidratado deve ter quantas micções/dia?

A

Um latente bem hidratado tem cerca de 6-8 micções diárias de urina incolor

61
Q

RN deve ter quantas dejeções/dia?

A

A partir dos 5-7 dias de vida, deve ter fezes amareladas e soltas e devem ocorrer cerca de 4x/dia

62
Q

Como tratar o ingurgitamento mamário?

A
  • Aplicação de compressa húmidas e mornas e massagem antes das mamadas
  • Retirar o leite da mama (colocando o bebé a mamar, se possível, ou com massagem manual ou bomba)
  • Deve continuar a retirar com a frequência necessária para que as mamas fiquem mais confortáveis e até que o ingurgitamento desapareça.
  • Revisão da técnica da amamentação
  • Aplicação de compressas húmidas e frias após a mamada ajudará a reduzir a dor
63
Q

Tratamento da Mastite?

A
  • Esvaziamento frequente e completo das mamas
  • Retirar o leite manualmente ou com bomba;
  • Manter amamentação caso não haja desconforto materno pode continuar mesmo no lado afetado
  • Antibioterapia (amoxicilina + ac. clavulânico; flucloxacilina)

–> A situação melhora, habitualmente em 1-2 dias. Caso não seja tratada pode evoluir, embora raramente, para abcesso mamário.

64
Q

Prevenção de fissuras nos mamilos?

A
  • Colocar a criança numa posição correta e verificar sinais de boa pega
  • Não deve lavar os mamilos com sabão, devem ser lavados unicamente uma vez ao dia;
  • Não deve interromper a mamada, o bebé deve deixar a mama espontaneamente;
  • Se a mãe tiver de interromper, deve colocar um dedo, suavemente, na boca do bebé de modo a interromper a sucção.
65
Q

Tratar mamilos dolorosos /com fissuras

A
  • Amamentar por períodos mais curtos, iniciando a amamentação pelo mamilo não doloroso;
  • Aplicação de uma gota de leite no mamilo e aréola, após o banho e após cada mamada (facilita a cicatrização)
  • A mãe deve expor os mamilos ao ar e ao sol, sempre que possível, no intervalo das mamadas
66
Q

Características das fórmulas anti-refluxo (AR)

A
  • Espessadas com amido de milho/arroz ou farinha de alfarroba
  • > quantidade de HC e < de lípidos – aumenta o esvaziamento gástrico
  • Recomendação: RGE com compromisso no crescimento
67
Q

Características das fórmulas saciedade

A
  • Contêm amido de milho, maltodextrinas e ácidos gordos de cadeia longa
  • Aumentam a saciedade no período noturno
68
Q

Características das fórmulas anti-obstipante (AO)

A
  • Ricas em lactose e magnésio que promovem a motilidade intestinal
69
Q

Características das fórmulas anti-cólica (AC)

A
  • Menor quantidade de lactose

< flatulência e cólicas

70
Q

Características do desenvolvimento que permitem o inicio da diversificação alimentar?

A
  • Maturação GI e renal: digestão, absorção e metabolização de alimentos
  • Maturação endocrinológica: transição de uma dieta rica em gordura (leite) para uma dieta rica em hidratos de carbono leva a alterações hormonais (insulina, hormonas da suprarrenal) que influenciam o próprio processo de crescimento e adaptabilidade digestiva
  • Neuro-desenvolvimento:
    » 4 meses:
    - maior estabilidade do maxilar e pescoço
    - padrão primitivo de sucção começa a modificar-se» 5-8 meses:
      - passagem da sucção para a mastigação
      - melhor controlo cefálico
      - manifesta interesse pela comida dos adultos
      - atenuação do reflexo de extrusão
71
Q

Vantagens do LM

A

Para a criança:
menor risco de doenças, de obesidade, de morte súbita e melhor neurodesenvolvimento);

Para a mãe:
Recuperação mais rápida do peso, menor risco de cancro da mama, ovário e útero).

O LM é mais económico, mais disponível (está sempre pronto e à temperatura certa)

72
Q

Contra-indicações para o LM

A

Absolutas:
Mãe com HIV ou HTLV1

RN com galactosemia e fenilcetonúria

Relativas:
HSV no mamilo, Varicela, TB materna - Leite extraido ok
Psicose grave materna
Tratamento oncológico materno

As mães com consumo de drogas como cocaína e canabinóides, o aleitamento materno está contra-indicado pelo risco de complicações a longo prazo a nível do neurodesenvolvimento. O consumo de metadona não constitui uma contra-indicação para o aleitamento materno, no entanto, deve assegurar-se a vigilância de eventual Síndrome de Privação no RN.

73
Q

A partir de quando se começa a fechar a janela para a habituação a novos sabores?

A

A partir dos 2 anos

74
Q

Nos prematuros a idade para a introdução alimentar deve ter a conta a idade corrigida, ou cronológica?

75
Q

Papas sem gluten são preparadas a partir do quê?

A
  • Milho

- Arroz