Pneumo/infecto Flashcards

1
Q

CURB-65

A

C – Nível de consciência;
U – Ureia > 50 mg/dl;
R – Frequência respiratória ≥ 30 ipm;
B – Pressão sanguínea (blood pressure): PAS < 90 mmHg e/ou PAD ≤ 60 mmHg.
65 – Idade maior que 65 anos.

0-1: mortalidade baixa (1,5%) – baixo risco de mortalidade, é preferível o tratamento ambulatorial;
2: mortalidade intermediária (9,2%) – considerar tratamento hospitalar.
≥ 3: mortalidade alta (22%) – portador de PAC grave, necessidade obrigatória de internação.

CRB-65: 0: mortalidade baixa (1,2%) – provável tratamento ambulatorial.
1-2: mortalidade intermediária (8,15%) – avaliar o tratamento hospitalar.
3-4: mortalidade alta (31%) – hospitalização urgente.

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2
Q

A sífilis não se adquire por objetos perfuro-cortantes (V ou F)

A

Verdadeiro

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3
Q

Diagnóstico de sífilis primária?

A

Clínico - lesões de características ulceradas, bordas infiltradas (elevadas), fundo limpo, indolor, linfadenite satélite, unilateral, sem supuração
Sorologia só após 30 dias

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4
Q

Agente etiológico do linfogranuloma venéreo – LGV? Quadro clínico? Tratamento?

A

● Chlamydia trachomatis
Adenopatia dolorosa que fistuliza em múltiplos orifícios (“bico de regador”). As lesões genitais, geralmente, passam despercebidas, por serem pápulas ou úlceras indolores que desaparecem sem sequelas antes da disseminação linfática.
- Doxiciclina 100 mg 2x/d por 21 dias

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5
Q

Agente etiológico do cancro mole? Quadro clínico? Tratamento?

A

● Haemophilus ducreyi
As lesões são dolorosas, únicas ou múltiplas, com fundo sujo, podendo estar associadas a adenopatia inguinal que fistuliza por um único orifício.
- Azitromicina 1 grama em dose única.

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6
Q

Agente etiológico de donovanose? Quadro clínico? Tratamento?

A

● Klebsiella granulomatis
Ulceração de borda plana e delimitada, mas evoluem lenta e progressivamente, tornando-se vegetantes ou ulcerovegetantes. Não dolorosa, sangrante.
- Doxiciclina 100 mg 2x/d por 21 dias ou até sumir a lesão…

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7
Q

Tratamento de sífilis primária?

A

○ Úlcera genital com duração menor que 4 semanas: deve-se tratar para sífilis e cancro mole= dose de penicilina G benzatina 1.200.000 UI + azitromicina 1g ou ceftriaxona 250mg
○ Úlcera genital com > 4 semanas de duração = biópsia para descartar câncer! Nesses casos trata o cancro duro da sífilis, o cancro mole e a Chlamydia trachomatis (linfogranuloma venéreo) - e consequentemente para donovanose também= penicilina G benzatina 1.200.000 UI + azitromicina 1g + doxiciclina durante 21 dias.

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8
Q

Sinais clínicos de sífilis secundária?

A

● Rash maculopapular, descamativo nas bordas;
● Atinge região palmar e plantar
● Mialgia;
● Cefaleia;
● Linfonodomegalia generalizada – deve ser considerada a possibilidade de doenças monolike e HIV;
● Tosse seca;
● Faringite – placas acinzentadas em mucosas.

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9
Q

Possíveis diagnósticos de eritema em região palmar e plantar?

A

Sífilis secundária e farmacodermias

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10
Q

Diferença entre sífilis latente precoce e tardia?

A

Precoce
● Até 1 ano do contato
● VDRL’s razoavelmente altos, recorrência de sintomas da sífilis secundária
● Tratar como forma precoce

Tardia
● Após 1 ano (ou quando não se sabe)
● VDRL’s baixos ou negativos
● Tratar como forma tardia!

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11
Q

Principais acometimentos da sífilis terciária?

A

● Cardiovascular: aneurisma de aorta;
● Pele e tecidos derivados do ectoderma: goma sifilítica;
● Neurossífilis: sinal neurológico focal, tabes dorsalis, demência.

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12
Q

Tratamento da forma precoce de sífilis?

A

Primária, secundária e latente precoce
Penicilina benzatina 2.400.000 UI IM (ou doxiciclina 15 dias)
Cura: 2 diluições em até 6 meses

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13
Q

Tratamento da forma tardia de sífilis?

A

Latente tardia e terciária
Penicilina benzatina 7.200.000 UI IM (3 doses de 2.400.000 com intervalo de 7-10 dias)
Cura: 2 diluições em até 12 meses

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14
Q

O que pode explicar piora dos sintomas da sífilis logo após início do tratamento?

A

● Reação de Jarisch-Herxheimer
24-48h após penicilina
febre, rash, mialgia, cefaleia
piora das lesões
aumento do VDRL

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15
Q

Se falha do tratamento para sífilis, qual a conduta?

A

Não existe resistência! Então: ou é reinfecção ou associação à neurossífilis
Reinfecção: elevação de dois títulos ou mais (1/4 -> 1/16), persistência de título alto por mais de 1 ano (> 1/8)= 3d penicilina G benzatina – independente do que tenha feito na primeira vez.

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16
Q

Quando realizar coleta de LCR em paciente com falha de tratamento para sífilis?

A

Indicação de punção lombar para pesquisa de neurossífilis, em PVHIV:
● Presença de sintomas neurológicos e oftalmológicos;
● Evidência de sífilis terciária ativa;
● Falha no tratamento clínico, independentemente da história sexual.
*a punção rotineira sem sinais ou sintomas neurológicos não foi relacionado a melhores desfechos clínicos.

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17
Q

Como é realizado o monitoramento para pacientes com diagnóstico de sífilis?

A

○ Geral: 3 - 6 – 9 – 12 meses;
○ PVHIV: 3 - 6 – 9 – 12 – 18 - 24 meses;
○ Gestantes: mensal durante a gestação e, após, do mesmo modo que população geral.

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18
Q

Quadro clínico de neurossífilis precoce?

A

○ Precoce (< 5 anos da infecção);
- Meníngea (meningite asséptica):
- Predomínio no LCR de celularidade linfomonocitária, bacterioscopia e culturas negativas.
- Meningovascular (sinal neurológico focal);
- Ocular (Uveíte posterior/panuveíte): LCR frequentemente normal.

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19
Q

Quadro clínico de neurossífilis tardia?

A

○ Tardia (> 10 anos);
Tabes dorsallis (perda da propriocepção profunda, levando a marcha alargada);
Demência (uma das causas tratáveis de demência);
Epilepsia.

20
Q

Indicação de punção lombar na suspeita de neurossífilis?

A

○ Presença de sintomas neurológicos e oftalmológicos
○ Caso de evidência de sífilis terciária ativa
○ Após falha no tratamento clínica sem reexposição sexual
OBS: Para PVHIV, a punção lombar está indicada após falha do trata- mento, independentemente da história sexual.

21
Q

Como é realizado o tratamento e o seguimento da neurossífilis?

A

Tratamento preferencialmente com Penicilina G Cristalina
○ 4 milhões UI/4hs por 14 dias.
○ Se paciente tem alergia a penicilina -> Dessensibilização.
○ Alternativa: ceftriaxona 2g/dia por 14 dias (até 23% de falha).

Controle de cura: líquor com normalização dos parâmetros em até 6 meses.

22
Q

Qual exame para neurossífilis é mais sensível? qual mais específico?

A

VDRL no LCR: mais específico, menor sensível (molécula de VDRL é grande, difícil de passar BHE)
FTA-ABS: mais sensível, menos específico

23
Q

Características do LCR na neurossífilis?

A

HIV+;
● Proteinorraquia > ou igual a 60;
● Celularidade > ou igual a 20;
● Glicorraquia normal

HIV -;
● Proteinorraquia > ou igual a 40;
● Celularidade > ou igual a 5;
● Glicorraquia normal.

24
Q

Quando tratar neurossífilis? (como é feito dx)

A

Tratar para neurossífilis todo e qualquer paciente com manifestação neurológica e diagnóstico sorológico de sífilis.

25
Q

Coloração Gram?

A

Violeta (azul)
Lugol
Alcool
Fucsina

Gram positivo: maior camada de peptideoglicano, assim o azul penetra mais e não sai
Gram negativo: azul não se fixa. Fica vermelho no final

26
Q

Mecanismo de transmissão da TB?

A

Aerossóis

27
Q

Em quem investigar TB latente?

A

HIV, imunossuprimidos por corticosteróides, uso de anti-TNF, contactante domiciliar;
Pessoas com alterações radiológicas fibróticas sugestivas de sequela de TB;
Pré-transplante que irão realizar terapia imunossupressora;
Pessoas com silicose;
Neoplasia de cabeça e pescoço, linfomas e outras neoplasias hematológicas;
Insuficiência renal em diálise;
Diabetes mellitus;
Calcificação isolada (sem fibrose) na radiografia de tórax;
Profissionais de saúde, pessoas que vivem ou trabalham no sistema prisional.

28
Q

Como investigar TB latente?

A

Clínica, radiografia de tórax, escarro, LBA -> se tiver clínica, não é latente!
IGRA e PPD (E alta, S baixa) indicam apenas o contato prévio

29
Q

Como interpretar resultado de PPD e de IGRA?

A

Se contactante domiciliar ou profissional da saúde:
se >=5 mm: tratar
se < 5 mm, repetir o teste em 6-8 semanas -> para ser positivo, é preciso aumentar 10 mm em relação ao primeiro teste PPD

> 5mm: positivo se PVHIV, imunossuprimidos, alterações radiológicas

> 100mm: positivo se DM, silicose, diálise, profissionais de saúde/prisional, neoplasia CP ou hematológica

*IGRA: preferivel se vacina <5a

30
Q

Como é realizado o tratamento de TB latente?

A
  • Isoniazida 300mg/dia por 9 meses (180 - 270 doses) + piridoxina
    *Para PVHIV E contactante domiciliar de outra pessoa bacilífera, deve-se realizar o tratamento para TB latente, independentemente do resultado do PPD
    *Para gestantes: tratar após o parto
    *Para gestantes HIV+: tratar após o 3° mês de gestação
31
Q

Quando realizar rastreio para TB ativa?

A

Tosse >3 semanas
Qualquer tosse se pessoas em situação de rua, moradores de albergue, profissionais da saúde/sistema prisional, PVHIV, contactante, DM, indígenas e imigrantes

32
Q

Como realizar dx de TB ativa?

A

○ O Ministério da Saúde preconiza que:
Sempre solicitar os 3 exames laboratoriais juntos: pBAAR + TRM + Cultura com teste de sensibilidade (TS);
Qualquer exame positivo já fecha diagnóstico, mas cuidado com TRM em reinfecção!

○ Diagnóstico por critérios:
Clínico-epidemiológico;
Clínico-radiológico.

33
Q

Quais são os fármaco para tratamento de TB?

A

1ª linha: rifampicina, isoniazida, pirazinamida, etambutol
Fuoroquinolona (levo e moxi)
Injetáveis (aminoglicosídeos, mas genta não entra)
Terizidona
Linezolida

34
Q

Tratamento padrão de TB?

A

Tratamento padrão:
Fase intensiva: 2 meses de RIPE, sempre

Fase de manutenção: rifampicina e isoniazida;
● O tempo varia de 4 a 10 meses.

35
Q

Conceito de TB resistente:

A

Monorresistência: 1 droga
Resistência à rifampicina
Polirresistência: 2 drogas (exceto se rifampicina + isoniazida)
Multidroga resistência: rifampicina + isoniazida

36
Q

Se resistência à rifampicina, qual o tto da TB?

A

2m Capreomicina + Levofloxacino + IPE
10m Levo + IPE

37
Q

Se resistência à isoniazida, qual o tto da TB?

A

2m R + Levofloxacino + PE
7m R + Levo + E

38
Q

Se resistência à RI, qual o tto da TB?

A

8m Capreomicina + Levo + Terizidona + PE
10m Levo + Terizidona + E

39
Q

Efeitos colaterais da Rifampicina

A

RIMfampicina
Urina alaranjada
Interação medicamentosa indutora P450
● Cumarínicos
● Anticonvulsivantes
● Anticoncepcionais orais;
● Betabloqueadores
Intolerância gástrica
NIA
Anemia hemolítica
Agranulocitose
Vasculite
Exantema de hipersensibilidade

40
Q

Efeitos colaterais da isoniazida?

A

Neuropatia periférica
Reposição de piridoxina (B6)
Psicose
Crise convulsiva
Exantema de hipersensibilidade

41
Q

Efeitos colaterais da Pirazinamida?

A

Atenção: é o fármaco mais hepatotóxico, de forma aguda!
Aumento do ácido úrico
Poliartralgia
Rabdomiólise
Mioglobinúria e IRA

42
Q

Efeitos colaterais do Etambutol?

A

Neurite óptica (perda da visão principalmente para cores)
Não deve ser usado em indivíduos < 10 anos de idade

43
Q

Quais as drogas potencialmente causadoras de hepatotoxicidade do tto de TB?

A

Pirazinamida > isoniazida > rifampicina

44
Q

Qual a abordagem do efeito de hepatotoxicidade no tto de TB?

A

Leve
● Aumento assintomático de transaminases até 3x LSN
● Sem icterícia
Grave
● Transaminases ≥ 3x LSN com sintomas dispépticos
● Transaminases ≥ 5x LSN, sem outros sintomas
● Icterícia em qualquer grau

Cessar todas as medicações
E reintroduzir aos poucos: RE -> I -> P

45
Q

Como é realizado o seguimento de paciente com TB?

A

Consultas mensais: avaliação da adesão, baciloscopia de controle
Primeiro mês: teste HIV, glicemia, função hepática e renal
RX tórax: 2º e 6º mês

46
Q

Quando se considera falência de tto para TB? Quando se suspeita de resistência? O que é considerado abandono do tto?

A

Falência de tto: positivo até o 4º mês ou nova positividade após o 4º mês

Em se excluindo má adesão, suspeitar de resistência

Abandono: interrupção >30d= reiniciar tto

47
Q

Qual a conduta para paciente HIV+ e dx de TB?

A

Realizar genotipagem!

Tratar primeiramente a tuberculose!
Neuro TB: 8 semanas de intervalo
TB pulmonar: 2 semanas de intervalo