Obstetrícia Flashcards

1
Q

Qual a definição de abortamento?

A

É a interrupção da gestação antes de 20 - 22 semanas e/ou feto com peso ≤ 500 gramas. Pode ser precoce (<=12s) ou tardia (>12s)

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2
Q

Quais as possíveis apresentações do aborto se o colo uterino estiver aberto?

A

Aborto incompleto, inevitável ou infectado.

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3
Q

Qual a conduta em um aborto incompleto?

A

Aborto incompleto: útero menor e com restos (endométrio >15mm), colo uterino aberto, logo, fazer o esvaziamento

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4
Q

Quais as possíveis apresentações do aborto se o colo uterino estiver fechado?

A

Aborto completo, ameaça de aborto ou aborto retido.

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5
Q

Qual a conduta em aborto retido?

A

Conduta expectante;
● Esperar a eliminação em até 28 dias.
Conduta Ativa;
● Misoprostol + curetagem ou AMIU (aspiração manual intrauterina);
1. Observação: pacientes com IG > 12 semanas, há o risco da presença de espículas ósseas;
2. Dessa forma, deve-se eliminar o produto conceptual antes de curetar / aspirar, pelo alto risco de perfuração intrauterina.

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6
Q

Qual a conduta em aborto completo?

A

Seriar beta-hCG, se não houver material para anatomopatológico

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7
Q

Qual a conduta no aborto infectado?

A

Esvaziamento + antibioticoterapia;
● Gentamicina + ampicilina + (clindamicina ou metronidazol), por 48 horas.

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8
Q

Qual a escolha do esvaziamento uterino de acordo com a IG?

A

<=12 semanas: AMIU ou curetagem
>12 semanas: sem feto (incompleto)= curetagem. Com feto (inevit-avel ou retido)= misoprostol +- curetagem

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9
Q

Paciente com histórico de 3 abortos que ocorreram entre 12-16 semanas de IG. Qual o possível diagnóstico e o tratamento no caso de nova gestação?

A

Incompetência istmo cervical. Apresenta como características colo curto, dilatação de colo uterino indolor, e feto vivo/normal.
Realizar a cerclagem 12-16 semanas (técnica de Mcdonald)

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10
Q

Quais são os anticorpos na Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo? E o tratamento no caso de gestação?

A

Anticardiolipina, anticoagulante lúpico e anti beta 2 glicoproteína. Histórico de tromboses, abortos de repetição (>=3) com feto morto. Tratamento: AAS + heparina desde o início de gestação.

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11
Q

Qual o quadro clínico de gestação ectópica?

A

Dor, atraso menstrual e sangramento vaginal (pouco). USG: útero vazio. bHCG >1500 (2000)

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12
Q

O bHCG deve dobrar em ___ horas?

A

48 horas

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13
Q

Quando realizar tratamento expectante no caso de gestação ectópica?

A

Se ectópica integra, bHCG declinante. Realizar o acompanhamento do betaHCG semanalmente.

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14
Q

Quando realizar o tratamento medicamentoso em gestação ectópica?

A

Ectópica íntegra, sem BCF, líquido livre limitado a pelve, massa <3,5cm, bHCG<5000 e crescente= metotrexate IM múltipplas ou única dose (betaHCG dias 4 e 7, observar declínio de 15%)

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15
Q

Quais são as CI do metotrexato (ectópica)?

A

● Recidiva ectópica na mesma tuba;
● Amamentação;
● Alteração das enzimas hepáticas ou creatinina;
● Impossibilidade de seguimento.

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16
Q

Local mais comum de gestação ectópica?

A

Região ampular da trompa

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17
Q

Qual a diferença entre mola hidatiforme completa e parcial?

A

A completa é diploide mas só com material genético paterno, logo, não há embrião e tem 20% chance de malignização.
A parTRIAL apresenta é triploide (2 paternos e 1 materno), tem tecido fetal e a chance de malignização é menor.

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18
Q

Qual o quadro clínico de doença trofoblástica gestacional?

A

Sangramento de repetição, vesículas, hiperêmese, hipertireoidismo (HCG) e aumento do volume uterino.

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19
Q

Como é realizado o controle de cura de doença trofoblástica gestacional?

A

Dosar bHCG semanalmente até 3 resultados negativos (queda de 10%) e mensalmente até 6 meses. Sugere malignização: se aumento em 2 semanas (dosar 1-7-14d); 3 semanas em platô (1-7-14-21d), 6 meses e ainda positivo, presença de metástases (pulmão).

Gravidez somente após 6 meses.

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20
Q

Exames complementares no caso de DTG:

A

● Hemograma;
● Tipagem sanguínea + fator Rh;
● Beta-hCG quantitativo;
● TSH + T4l;
● Sorologia para HIV, sífilis;
● Radiografia de tórax (especialmente se AU (altura uterina) > 16 cm).

21
Q

Em caso de malignização de DTG (mola invasora, coriocarcinoma, tumor trofoblástico do sítio placentário), qual a conduta?

A

Se malignização: repetir exame físico e ginecológico, USG transvaginal e radiografia de tórax. Se coriocarcinoma ou metástase pulmonar: proceder com ressonância magnética de sistema nervoso central e de abdome.

Tratamento:
● NTG não metastática;
1. Quimioterapia na primigesta x Histerectomia na multípara;
2. No coriocarcinoma, pode ser necessário quimioterapia complementar além da histerectomia.
● NTG metastática;
1. Quimioterapia +/- radioterapia;
2. Não biopsiar metástase vaginal: há risco de sangramento volumoso.
Cuidados pós-tratamento: Gestação somente após 12 meses de beta- hCG negativo!
OBS.: Quimioterapia – utilizar metotrexato ou actinomicina D.

22
Q

Quais os possíveis dx de sangramento da segunda metade da gestação?

A

Descolamento prematuro da placenta
Placenta prévia
Rotura uterina
Rotura de vasa prévia
Rotura de seio marginal

23
Q

Quais os fatores de risco para DPP?

A

HAS, trauma, >35a, polidramnia, gemelaridade, drogas (tabaco, cocaína).

24
Q

Quadro clínico de DPP?

A

Dor, taquissistolia, hipertonia, SFA, hemoâmnio, sangramento.

25
Q

Conduta em DPP?

A

1° passo - Amniotomia:
Favorece a redução do hematoma retroplacentário e da passagem de tromboplastina para a circulação materna;
Sendo assim, melhora a perfusão fetal e auxilia na redução da reatividade uterina.

2° passo - Manter a estabilidade hemodinâmica, e avaliação se o feto está vivo;
Paciente instável? Feto vivo? Parto pela via mais rápida. Normalmente, é por meio da cesárea, contudo é preciso analisar caso a caso.
Paciente estável? Óbito fetal? Preferir parto por via vaginal.

26
Q

Conduta no caso de útero de Couvelaire (apoplexia uteroplacentária)?

A
  1. Massagem + ocitócito
  2. sutura B-Lynch (diminuir sangramento)
  3. Ligadura da artéria hipogástrica e uterina
  4. Histerectomia
27
Q

Definição de placenta prévia? Qual a diferença entre placenta de inserção baixa?

A

Placenta que se encontra no segmento inferior do útero após o período de 28 semanas de gestação.
○ Placenta prévia: recobre totalmente ou parcialmente o orifício interno do colo (OIC).
○ Placenta de inserção baixa: atinge um raio de até 2 cm do OIC.

28
Q

Diagnóstico e conduta na placenta prévia?

A

Diagnóstico: USG

Programação da cesárea;
Período: a partir 36a - 36a e 6 dias de gestação;
Caso haja inserção baixa, pode-se tentar o parto por via vaginal;
Deve-se evitar a incisão placentária.
OBS.: Tais quadros podem ser associados à ocorrência de acretismo placentário.

29
Q

O que é o acrestimo placentário?

A

Aderência anormal da placenta ao miométrio. parede uterina, com ausência parcial ou total da decídua basal e desenvolvimento imperfeito da camada fibrinóide.
O diagnóstico é através do USG ou RM (pré natal) ou pós natal se dificuldade para extrair placenta (>30min) Deve-se programar cesárea a partir da 36a semana e preparar equipe para protocolo de transfusão maciça.

30
Q

Quadro clínico de placenta prévia?

A

Sangramento:
Progressivo
Repetição
Espontâneo
Vermelho vivo
Indolor
Ausência de hipertonia e sofrimento fetal
*Não realizar toque vaginal!!

31
Q

Sinal de Bandl? Sinal de Frommel?

A

○ Sinal de Bandl: refere a presença de anel de constrição patológico. Gera o “sinal da ampulheta”.
○ Sinal de Frommel: observado pela palpação do ligamento redondo.

32
Q

Quadro clínica de rotura de vasa prévia? Diagnóstico? Conduta?

A

○ Sangramento de início súbito. Em geral, é indolor. Normalmente, pode ocorrer após a amniotomia. OBS: sangramento é fetal.

Diagnóstico:
○ Inspeção da placenta;
○ Ultrassom com dopplerfluxometria

Conduta:
○ Cesárea eletiva com 36 semanas. Quando houver diagnóstico precoce.
○ Cesárea de emergência. Caso o diagnóstico seja dado durante o trabalho de parto, com sofrimento fetal. A via vaginal não é ideal, nesses casos.

33
Q

O que é rotura do seio marginal?

A

○ É a rotura da periferia do espaço interviloso. Manifesta-se por meio de: sangramento súbito periparto
OBS.: A origem do sangramento é materna!
○ É dado através da histopatologia o dx

34
Q

Como deve ser realizado o pré natal?

A

Início antes das 12 semanas. Mínimo de 6 consultas.
Mensais até 28° semana;
Quinzenais entre 28 – 36 semanas;
Semanais no termo.

35
Q

Regra de Naegele

A
  1. Dia da última menstruação + 7;
  2. Mês da última menstruação – 3.
36
Q

Como é realizado a manobra de Leopold?

A
  1. Palpação do fundo uterino
  2. Palpação lateral
  3. Palpação da apresentação fetal
  4. Identificação da insinuação fetal
37
Q

Quais exames devem ser realizados no primeiro trimestre da gestação?

A

Hemograma
Tipagem sanguínea, fator Rh e CI
GJ
HIV + sífilis
Hepatite B
Toxoplasmose
Urina tipo 1 e urocultura
Colpocitologia oncótica
Protoparasitológico de fezes

FEBRASGO:
T4 livre + TSH
Sorologia de rubéola e CMV
Ferritina sérica
Hemoglobina glicada

Situações especiais – recomendação do Ministério da Saúde;
Eletroforese de hemoglobina - antecedentes de anemia falciforme ou anemia crônica
Exame de secreção vaginal

38
Q

Quais exames devem ser realizados no segundo trimestre da gestação?

A

Teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com 75g de dextrosol. Solicitar entre 24 – 28 semanas se primeiro GJ normal
Coombs indireto - se for Rh negativo, repetir mensalmente até 28 semanas
Toxoplasmose - se suscetível, solicitar sorologias mensalmente

39
Q

Quais exames devem ser realizados no terceiro trimestre da gestação?

A

Hemograma
VDRL + anti-HIV + sorologia para hepatite B (HbsAg);
Urocultura + urina tipo 1;
Rastreio de Estreptococo do grupo B, vaginal e anal;
- entre 36 sem 0/7 dias – 37 sem 6/7 dias de gestação.

40
Q

Quando realizar o US obstétrico inicial, morfológico de primeiro e seguno trimestre, e obstétrico de terceiro trimestre? E suas respectivas funções?

A

Obstétrico inicial: 6-9 semanas
Datação

Primeiro trimestre: 11-14 semanas
Rastreio de cromossomopatias

Segundo trimestre: 18-24 semanas
Colo uterino e placenta

Obstétrico do terceiro trimestre: 34-36 semanas
Demonstra a apresentação fetal
Avaliação da vitalidade fetal (através da Dopplervelocimetria e ILA)
Peso fetal estimado

41
Q

Como é realizado a imunização da tríplice bacteriana na gestante?

A
  • Se previamente vacinada com 3 doses do componente tetânico: uma dose de dTpa a partir da 20a semana
  • Se vacina incompleta (apenas duas doses): ‘’
  • Se vacina incompleta (apenas uma dose): uma dT + uma dTpa (essa a partir da 20a semana)
  • Se vacina incompleta( 0 doses): duas dT + uma dTpa (essa a partir da 20a semana)

*intervalo de 1 mês entre cada dose

42
Q

Imunização para hepatite B em gestante sem vacinação prévia?

A

3 doses:
● Segunda dose: 1 mês após a dose inicial;
● Terceira dose: 6 meses após a dose inicial.

43
Q

Como é realizado o diagnóstico de DMG?

A

Teste oral de tolerância à glicose (TOTG) – 0/1h/2h
DMG se :
● Medição inicial: ≥ 92 mg/dL;
● Medição na 1° hora: ≥ 180 mg/dL;
● Medição na 2° hora: ≥ 153 mg/dL.

Diabetes prévio, se:
● Medição inicial: ≥ 126 mg/dL;
● Medição após 2 horas: ≥ 200 mg/dL.

Na impossibilidade de realização do TOTG-75g  proceder com a repetição da glicemia de jejum entre 24 – 28 semanas.

44
Q

Como é realizado o tratamento de bacteriúria assintomática na gestante? E de pielonefrite?

A

Bacteriúria Assintomática= >100000 UFC. Realizar a urocultura obrigatoriamente antes e após tratamento.
A repetição do quadro prediz profilaxia até o parto.
Pielonefrite: hospitalização obrigatória. Antibioticoterapia parenteral – ceftriaxona 2 g, EV, 1x ao dia

45
Q

Como é realizado a profilaxia de ITU/pielonefrite na gestante?

A

Profilaxia – 2 ou mais episódios de cistite ou 1 episódio de pielonefrite;
● Nitrofurantoína 100 mg/dia;
Alguns guidelines não recomendam o uso a partir de 37 semanas de gestação, pelo risco aumentado de icterícia neonatal.
● Cefalexina 250 - 500 mg/dia.

46
Q

Conduta em toxoplasmose na gestante:

A

Se IgM- e IgG-: repetir mensalmente
Se IgM- e IgG+: não suscetível
Se IgM+ e IgG-: iniciar espiramicina e repetir após 14 dias.
Após 14d
- se IgM- e IgG-: falso positivo
- se IgM+ e IgG+: e <16sIG faz o teste da avidez.
– Avidez +, a infecção foi há mais de 4 semanas
– Avidez -, encaminha para pré natal de alto risco
e se >16sIG, faz o tratamento tríplice (pirimetamina + sulfadiazina + ácido folínico)

47
Q

Qual o ganho de peso esperado durante uma gestação de acordo com o peso inicial da gestante?

A

IMC <18,5: 12,5-18kg
IMC <25: 11,5-16kg
IMC <30: 7-11,5kg
IMC >=30: 5-9kg

OBS.: O ganho de peso no primeiro trimestre deve ser entre 0,5 – 2,0 kg.

48
Q

Quando é realizado a suplementação de ferro para gestantes?

A

Administrar entre a 20° semana de gestação e o 3° mês pós-parto