Cirurgia Pediátrica Flashcards

1
Q

Quadro clínico de atresia de vias biliares?

A

○ Icterícia na 2a ou 3a semana de vida – Icterícia colestática
○ Hepatomegalia
○ Acolia fecal
○ Colúria
Não é congênito!

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2
Q

O que significa o sinal do cordão triangular?

A

Massa fibrosa de forma triangular ou tubular situada na porção cranial da bifurcação da veia porta, que representa a expressão ultrassonográfica do remanescente de tecido fibroso na regiao do porta hepatis.
Baixa S, Alta E para atresia de vias biliares.

No US, não se vê dilatação das vias biliares extra hepáticas.

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3
Q

Tratamento de atresia de vias biliares?

A

○ Cirurgia de Kasai – Portoenterostomia (Y) - <60-90 dias de vida
○ Transplante hepático

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4
Q

Criança com colangite de repetição, qual o diagnóstico?

A

Cisto de colédoco.
Icterícia, dor abdominal, massa palpável. Pode haver febre, piora da icterícia, colúria, acolia fecal.

No US pode ser observado dilatação de vias biliares extra hepáticas. ○ ColangioRM é o padrão ouro.

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5
Q

Qual o tratamento para cisto de colédoco?

A

Cirurgia: derivação biliodigestiva (quando tem o colédoco ou hepático viável para fazer).
Existem casos especiais – no tipo III (classificação de Todani) é uma coledococele (herniação para o duodeno) – nesses casos pode ser pensado em um tratamento endoscópico (CPRE).
Casos mais graves (tipo V) = transplante hepático

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6
Q

Qual tumor mais frequente na criança? E tumor sólido?

A

Câncer mais comum em crianças: hematológicos; tumor sólido: cranianos/neuro; extracraniano: neuroblastoma.

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7
Q

Quais as características de neuroblastoma?

A

Tumor maligno mais comum em lactentes
Tumor do sistema nervoso simpático
75% no abdome, 50% desses é na medula da suprarrenal
Metástase mais comum: medula óssea

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8
Q

Neuroblastoma: diagnóstico, estadiamento e tratamento:

A

Radiografia: massa grande no mediastino posterior
Padrão ouro: Tomografia – Massa grande em topografia renal
Biópsia (guia a quimioterapia) – prognóstico e tratamento dependem da histologia e genética do tumor

Estadiamento
● Biópsia de medula óssea
● Cintilografia com MIBG
● Vai de A até R (a prova não cobra)
● Biópsia da lesão
● Localização e invasão, histologia, idade (<18 meses, acompanhar) e o NMYC (gene associado)
● TC/RNM

Tratamento
Quimioterapia neo/adjuvante seguida de cirurgia

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9
Q

Diagnóstico diferencial de massa abdominal em crianças:

A

Neuroblastoma: perda de peso, HAS, diarreia
Tumor de Wilms: tumor renal mais frequente, 2a neoplasia abdominal mais frequente, idade média= 3 anos, 10% apresenta metástase pulmonar
Hepatoblastoma: massa em HCD, pênis alongado, testículos bem desenvolvidos e presença de pelos pubianos

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10
Q

Síndromes associadas ao tumor de Wilms?

A

○ Aniridia Esporádica (ausência de íris)
○ Denys Drash
Nefropatia
Pseudo-hermafroditismo masculino
Wilms
○ Beckwith-Wiedemann – Importante
Macroglossia
Hérnia Umbilical
Onfalocele
Hipoinsulinismo Neonatal
○ WAGR
Wilms, aniridia, alterações geniturinárias e retardo mental.

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11
Q

Tumor de Wilms: diagnóstico, estadiamento e tratamento.

A

Diagnóstico: US. Não se faz biópsia
Estadiamento com TC Tórax-Abd-Pelve/RNM
Tratamento QT neo (4 semanas ou 6 se metástase) + Nefrectomia Radical + QT/RT – < 6 meses não faz QT neoadjuvante.

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12
Q

Associações com hepatoblastoma?

A

Prematuridade extrema
Uso de oxigênio no período neonatal
Beckwith-Wiedemann
Polipose adenomatosa familiar

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13
Q

Hepatoblastoma: diagnóstico, estadiamento e tratamento.

A

Alfafeto proteína (marcador tumoral) – mais importante
- RN: mais elevado basal, mas decairia
Anemia e trombocitose podem estar presentes
Ultrassonografia
TC com massa hepática sólida crescida
Biópsia indicada para guiar terapêutica

Estadiamento apenas com a TC (PRETEXT)

Quimioterapia neoadjuvante
Hepatectomia com margem PRETEXT 1 e 2
Quimioterapia adjuvante
*Transplante hepático PRETEXT 3 e 4

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14
Q

Características do teratoma sacrococcígeo.

A

M3:1H
Lesão >5cm no intraútero indica parto cesárea
Classificação de Altman
Tipos 1, 2 e 3 tem um componente extracorpóreo (mais fácil diagnóstico)
Tipo 4 – intrapélvico (diagnóstico mais difícil piorando o prognóstico)

Tratamento
Ressecção da massa com incisão em V ou na sagital do períneo
Tem que tirar o Cóccix devido ao alto risco de recidiva
Comum bexiga neurogênica, incontinência

Seguimento
Alfa feto proteína e CA125

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15
Q

Hérnia diafragmática: quadro clínico, diagnóstico pré natal e pós natal, tratamento

A

Desvio de mediastino, compressão do átrio, hipoplasia pulmonar= hipertensão pulmonar
Hérnia de Morgagni – anterior direita e a hérnia de Bochdalek – posterior e esquerda (mais comum)

  • Pré-natal: USG
    Índice pulmão-cabeça (IPC): >1,35 – 100% sobrevivência
    IPC <0,6 – 100% não sobrevivência
  • Pós natal:
    Desconforto respiratório e abdome escavado (podem não existir nas primeiras 48 hrs)
    RHA no tórax
    Radiografia com alças na cavidade torácica

Tratamento: estabilização, não realizar ventilação com máscara (aumenta a pressão torácica), SNG, cirurgia após 48h de estabilidade

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16
Q

Diagnóstico diferencial de pneumonia de repetição? Como realizar o dx e tratamento?

A

CPAM (antiga Malformação Adenomatoide Cística)
- Lesões múltiplas e císticas na via aérea
- Risco de malignização

Sequestro pulmonar

Cisto broncogênico
- Cisto único – paratraqueal

Enfisema lobar congênito
- Parênquima hiperinsuflado levando a compressão da VA

Diagnóstico:
Excluir imunodeficiências e causas de broncoaspiração
TC 4-12 semanas de vida – mesmo se diagnóstico no pré-natal
Cirurgia aos 6 meses