PNEUMO Flashcards

1
Q

Paciente de 73 anos de idade, tabagista (trinta anos-maço), que já trabalhou, ao longo da vida, como motorista de ônibus, em indústria metalúrgica e com a confecção de telhas e materiais para caixas d’água, queixa-se de perda de peso, dispneia crônica, baqueteamento digital e tosse. TC de tórax mostrada a seguir. Pensar em:

A

Mesotelioma

1. Definição:
Tumor maligno raro que se origina nas células do mesotélio, mais comumente na pleura (80-90%), mas também no peritônio, pericárdio ou túnica vaginal.

2. Quadro Clínico (palavras-chave):
- Exposição prévia ao asbesto (principal fator de risco).
- Dor torácica, dispneia progressiva, derrame pleural.
- Perda de peso, fadiga, tosse seca.
- Casos avançados: Hipocratismo digital, invasão de estruturas adjacentes.

3. Exame Diagnóstico:
- Imagem:
- Radiografia/TC de tórax: Derrame pleural unilateral, espessamento pleural nodular.
- PET-CT: Avaliação de extensão.
- Citologia: Líquido pleural (baixa sensibilidade).
- Biópsia pleural: Diagnóstico definitivo (imuno-histoquímica para marcadores específicos, como calretinina e WT1).

4. Tratamento:
- Localizado: Cirurgia (pleurectomia/decorticação ou pleuropneumonectomia).
- Avançado:
- Quimioterapia: Pemetrexede + cisplatina.
- Imunoterapia (em casos selecionados): Inibidores de checkpoint imunológico (ex.: nivolumabe).
- Terapia paliativa: Drenagem de derrame pleural, pleurodese.

5. Prognóstico:
- Geralmente reservado; sobrevida média de 12 a 18 meses após o diagnóstico.

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2
Q

Paciente de 74 anos de idade, com neoplasia pulmonar, deu entrada no pronto-socorro com face pletórica, circulação colateral em tórax, edema cervical e, em face, rouquidão. Relatou que, nas últimas horas, vem apresentando piora da fonação. No exame físico, também se nota estridor laríngeo. Sinais vitais: PA de 155x95 mmHg; FC de 110 bpm; Pensar em:

A

Síndrome da Veia Cava Superior (SVCS)

1. Definição:
Condição causada pela obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo na veia cava superior, frequentemente devido a compressão extrínseca ou trombose.

2. Quadro Clínico (palavras-chave):
- Edema facial, ingurgitamento jugular, edema de membros superiores.
- Dispneia, tosse, rouquidão, cefaleia, tontura.
- Veias colaterais torácicas visíveis.
- Casos graves: Estridor laríngeo, edema cerebral.

3. Causas:
- Neoplásicas (mais comuns): Câncer de pulmão (70%), linfoma, metástases mediastinais.
- Não neoplásicas: Trombose associada a cateter venoso central, mediastinite fibrosante.

4. Exame Diagnóstico:
- Imagem:
- TC de tórax com contraste (método de escolha): Mostra compressão ou trombose.
- RM de tórax: Avaliação detalhada em casos duvidosos.
- Laboratório: Pesquisa da etiologia (biópsia, marcador tumoral).

5. Tratamento:
- Suporte: Elevação da cabeça, oxigênio suplementar.
- Etiológico:
- Neoplasias: Radioterapia, quimioterapia, terapia alvo (dependendo do tumor).
- Trombose: Anticoagulação ou trombólise.
- Intervenção: Colocação de stent venoso em obstruções graves ou refratárias.

6. Importante:
- Emergência em casos de comprometimento respiratório ou neurológico.

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3
Q

Homem de 68 anos, ex-tabagista com histórico de 30 maços/ano, procura atendimento por dispneia progressiva há dois anos, piorando nos últimos seis meses. Relata tosse seca crônica e nega exposição ocupacional relevante ou doenças autoimunes. Ao exame físico, apresenta estertores crepitantes bilaterais tipo “velcro” e baqueteamento digital.

A

Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI)

1. Definição:
Doença pulmonar intersticial crônica, progressiva e de causa desconhecida, caracterizada por fibrose pulmonar e comprometimento da troca gasosa.

2. Quadro Clínico (palavras-chave):
- Dispneia progressiva aos esforços
- Tosse seca crônica
- Estertores crepitantes tipo “velcro”
- Baqueteamento digital (hipocratismo)

3. Exame Diagnóstico:
- TCAR (Achado clássico! 🔑)Padrão de favo de mel e vidro fosco (predominantemente nas bases).
- Espirometria: Padrão restritivo (↓ CVF, VEF1/CVF normal).
- DLCO: Reduzida (diminuição da troca gasosa).
- Biópsia pulmonar (se dúvida diagnóstica): Fibrose intersticial com arquitetura distorcida.

4. Tratamento:
- Antifibróticos: Pirfenidona ou Nintedanibe (reduzem progressão).
- Oxigenoterapia se hipoxemia.
- Reabilitação pulmonar.
- Transplante pulmonar (casos avançados).

5. Prognóstico:
Doença progressiva e sem cura, com sobrevida média de 3 a 5 anos após o diagnóstico.

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