INFECTO Flashcards

1
Q

Febre subita, mialgia, cefaleia retroorbitaria, sangramentos, aumento de Ht e plaquetopenia, pensar em:

A

Dengue
2. Exame Diagnóstico:
* Hemograma: Leucopenia, trombocitopenia, hematócrito elevado.
* Sorologia: Anticorpos IgM/IgG (a partir do 6° dia de sintomas).
* Teste rápido (NS1): Detecta antígeno viral nos primeiros 5 dias.
* PCR: Confirmação em casos precoces.
3. Tratamento:
* Casos leves: Hidratação oral, sintomáticos (paracetamol).
Casos graves: Hidratação venosa, suporte em UTI, evitar anti-inflamatórios não esteroidais
(AINEs) e aspirina.

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2
Q

Febre, cefaleia, mialgia em panturrilhas, icterícia, insuficiência renal hipocalemica, hemorragias, conjuntivite sem exsudato, hipotensão, elevacao discreta de transaminases, pensar em:

A

Leptospirose.

**DDX: **
-Sorologia (ELISA para anticorpos IgM).
-PCR para detecção do DNA bacteriano (na fase precoce)
TTO: Casos leves: Doxiciclina ou Amoxicilina.
Casos graves: Penicilina G cristalina ou Ceftriaxona intravenosa.
Suporte clínico: hidratação, manejo de complicações

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3
Q

Febre intermitente (terçã ou quartã) em viajante, calafrios, sudorese, cefaleia, mialgia, fadiga, icterícia, anemia, esplenomegalia, pensar em

A

Malária
2. Exame Diagnóstico:
- Gota espessa: Padrão-ouro para identificar o Plasmodium e parasitemia.
- Teste rápido: Detecção de antígenos do Plasmodium.
- TC/RM (em casos graves): Avaliação de malária cerebral.

3. Tratamento:
- P. vivax/P. ovale: Cloroquina + Primaquina (para hipnozoítos hepáticos).
- P. falciparum:
- Não grave: Artemeter-lumefantrina.
- Grave: Artesunato intravenoso.
- P. malariae/P. knowlesi: Cloroquina.
- Hidratação, suporte hemodinâmico e controle de complicações.

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4
Q
  • Febre alta, cefaleia, mialgia (principalmente lombar), náuseas, icterícia (a custa de BD), hemorragias (gastrointestinais, epistaxe), insuficiência hepática (transaminases >1000), insuficiência renal, hipotensão.
  • Sinal de Faget (febre com bradicardia relativa).
A

2. Exame Diagnóstico:
- Sorologia: IgM para febre amarela.
- PCR: Detecta RNA viral na fase inicial.
- Laboratorial: Transaminases > 1000 U/L, aumento de bilirrubina direta, trombocitopenia, prolongamento de INR, aumento de creatinina.

3. Tratamento:
- Suporte clínico: Hidratação, controle de sangramentos, manejo da insuficiência hepática e renal.
- Não há tratamento antiviral específico.
- Prevenção: Vacina (17D) e controle do vetor (Aedes aegypti).

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5
Q

-Cefaleia, febre, déficits neurológicos focais, convulsões, confusão mental, hemiparesia, alteração do nível de consciência.
-Comum em HIV com CD4 < 100 células/mm³.

A

Neurotoxoplasmose
2. Exame Diagnóstico:
- Imagem (TC/RM): Lesões hipodensas com realce em anel, efeito de massa e edema perilesional.
- Sorologia: IgG positivo para Toxoplasma gondii (confirma exposição prévia).
- PCR no líquor: Detecta DNA do parasita (alta especificidade).
- Líquor: Pleocitose, aumento de proteínas, glicose normal ou reduzida.

3. Tratamento:
- Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido folínico por 6 semanas.
- Alternativa: Clindamicina no lugar da Sulfadiazina.
- Corticoides (ex.: dexametasona) para edema cerebral significativo.
- Anticonvulsivantes se houver crises convulsivas.
- TARV apos 2 semanas

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6
Q
  • Cefaleia, febre, náuseas, vômitos, rigidez de nuca, alteração do nível de consciência, déficits neurológicos focais, sinais de hipertensão intracraniana.
  • Frequente em HIV com CD4 < 100 células/mm³.
A

Neurocriptococose
2. Exame Diagnóstico:
- Líquor:
- Pressão de abertura elevada (>20 cmH2O).
- Pleocitose linfocitária, aumento de proteínas, glicose reduzida.
- Tinta da Chin : Leveduras encapsuladas (Cryptococcus spp.).
- Antígeno criptocócico (CRAG): Alta sensibilidade e especificidade no líquor e no sangue.
- Cultura de líquor: Padrão-ouro.

3. Tratamento:
- Indução (2 semanas):
- Anfotericina B deoxicolato ou lipossomal + Flucitosina.
- Consolidação (8 semanas):
- Fluconazol 400-800 mg/dia.
- Manutenção:
- Fluconazol 200 mg/dia por pelo menos 1 ano ou até CD4 > 200 por 6 meses com TARV.

4. Reintrodução da TARV:
- Iniciar TARV 4 a 6 semanas após o início do tratamento antifúngico para evitar síndrome inflamatória de reconstituição imune (SIRI)
- Nao usar corticoide

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7
Q
  • Déficits neurológicos focais (hemiparesia, ataxia).
  • Alterações cognitivas, confusão mental, demência progressiva.
  • Convulsões, alteração do nível de consciência.
  • Comum em pacientes imunossuprimidos (ex.: HIV com CD4 < 200 células/mm³, as vezes <50).
A

Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LEMP)
2. Exame Diagnóstico:
- Imagem (TC/RM):
- Lesões hipodensas multifocais na substância branca, sem efeito de massa ou edema.
- PCR no líquor: Detecta DNA do vírus JC (alta sensibilidade e especificidade).
- Biópsia cerebral (raro): Confirmatória em casos duvidosos.

3. Tratamento:
- Sem terapia antiviral específica para o vírus JC.
- Principal abordagem: Início ou otimização da TARV em pacientes com HIV para restaurar imunidade (CD4).
- Monitoramento cuidadoso para evitar e manejar síndrome inflamatória de reconstituição imune (SIRI).

4. Prognóstico:
- Alta mortalidade, especialmente em casos de progressão rápida. Resposta depende da recuperação imunológica.

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8
Q
  • Dispneia progressiva, tosse seca, febre, hipoxemia desproporcional, fadiga, perda de peso, LDH aumentado,TC de tórax com Vidro fosco bilateral e difuso, padrão intersticial.
  • Comum em HIV com CD4 < 200 células/mm³.
A

Pneumocistose
2. Exame Diagnóstico:
- Imagem (TC de tórax): Vidro fosco bilateral e difuso, padrão intersticial.
- Lavado broncoalveolar (LBA): Identificação de Pneumocystis jirovecii (Giemsa, Gomori, imunofluorescência).
- Beta-D-glucano (sérico): Marcador inespecífico elevado.
- Gasometria arterial: Hipoxemia, aumento do gradiente alveoloarterial.

3. Tratamento:
- Primeira linha: Sulfametoxazol-Trimetoprima (SMX-TMP) por 21 dias.
- Casos graves (PaO₂ < 70 mmHg ou gradiente alveolar > 35): Adicionar corticoides (prednisona ou metilprednisolona).
- Alternativas: Pentamidina ou Atovaquona em intolerância ao SMX-TMP.
4. Reintrodução da TARV:
- Iniciar TARV 2 semanas após o início do tratamento da pneumocistose para evitar a síndrome inflamatória de reconstituição imune (SIRI).

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9
Q
  • Febre, perda de peso, sudorese noturna, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia, tosse, dispneia.
  • Casos graves: Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), úlceras orais, insuficiência adrenal, LDH e ferritina aumentados
  • Mais comum em HIV com CD4 < 150 células/mm³.
A

Histoplasmose
2. Exame Diagnóstico:
- Antígeno de Histoplasma: Detectado no sangue ou urina (alta sensibilidade em casos disseminados).
- Cultura de sangue ou líquor: Padrão-ouro, mas de crescimento lento.
- Biópsia (tecidos infectados): Identificação de leveduras em macrófagos (coloração de Giemsa ou PAS).
- Imagem (TC de tórax): Infiltrados pulmonares difusos, adenopatia mediastinal.

3. Tratamento:
- Casos leves a moderados: Itraconazol por 12 meses.
- Casos graves/disseminados:
- Indução com Anfotericina B lipossomal por 1-2 semanas.
- Consolidação com Itraconazol por pelo menos 12 meses.

4. Reintrodução da TARV:
- Iniciar TARV 2 semanas após o início do tratamento antifúngico para evitar síndrome inflamatória de reconstituição imune (SIRI).

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10
Q
  • Cefaleia, rigidez de nuca, déficits neurológicos focais, confusão mental, alterações visuais, zumbido.
  • Síndromes específicas:
    • Meningovascular: AVC em jovens.
    • Parética: Alterações cognitivas e psiquiátricas.
    • Tabes dorsalis: Ataxia sensorial, dores lancinantes, pupilas de Argyll Robertson.
  • Líquor:
    • Pleocitose linfocitária.
    • Proteínas elevadas.
A

Neurosífilis
2. Exame Diagnóstico:
- Líquor:
- Pleocitose linfocitária.
- Proteínas elevadas.
- VDRL positivo no líquor (diagnóstico confirmatório).
- Testes sorológicos no sangue:
- VDRL/RPR (triagem).
- FTA-Abs ou TPHA (confirmatório).

3. Tratamento:
- Penicilina G cristalina 18-24 milhões de UI/dia (3-4 milhões a cada 4h) por 10-14 dias.
- Alternativa (alergia): Ceftriaxona 2g/dia por 10-14 dias.

4. Reintrodução da TARV:
- Em pacientes com HIV, iniciar TARV após 2 semanas do início do tratamento da neurossífilis, para reduzir risco de síndrome inflamatória de reconstituição imune (SIRI).

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11
Q

Agricultor ou trabalhador rural, exposição a solos úmidos com Tosse crônica, febre, perda de peso, sudorese noturna, linfadenopatia, lesões cutâneas (ulceradas ou verrucosas), úlceras orais dolorosas, hepatoesplenomegalia.

A

Paracoccidioidomicose (PCM)
- Casos graves: Insuficiência respiratória, insuficiência adrenal (forma disseminada).
2. Exame Diagnóstico:
- Direto (escarro ou secreção): Leveduras com múltiplos brotamentos (“roda de leme”).
- Sorologia: Imunodifusão ou ELISA para anticorpos.
- Biópsia: Granulomas com leveduras características (coloração GMS ou PAS).
- Imagem (TC de tórax): Infiltrados pulmonares, fibrose, adenopatia hilar.
3. Tratamento:
- Formas leves a moderadas: Itraconazol por 6-12 meses.
- Formas graves/disseminadas:
- Indução com Anfotericina B lipossomal por 2-4 semanas.
- Consolidação com Itraconazol por 12 meses.
4. Reintrodução da TARV:
- Iniciar TARV 2 semanas após o início do tratamento antifúngico, para evitar síndrome inflamatória de reconstituição imune (SIRI).

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12
Q

Homem de 35 anos, trabalhador rural, apresenta febre alta há 5 dias, cefaleia intensa, mialgia e vômitos. Ao exame, notam-se rash cutâneo nos punhos e tornozelos, que se espalhou para tronco e extremidades, além de petéquias. Qual o diagnóstico provável e como tratar?

A

Febre Maculosa

1. Quadro Clínico (palavras-chave):
- Epidemiologia: Exposição a áreas rurais, contato com carrapatos (Rhipicephalus sanguineus ou Amblyomma cajennense).
- Sintomas: Febre alta, cefaleia intensa, mialgia, náuseas, vômitos, rash cutâneo (inicial nos punhos e tornozelos, evolui para tronco e extremidades), petéquias, dor abdominal.
- Casos graves: Hipotensão, insuficiência renal, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), hemorragias.

2. Exame Diagnóstico:
- Clínico e epidemiológico: Baseado em história de exposição e sintomas típicos.
- Laboratorial:
- Trombocitopenia.
- Elevação de transaminases.
- Hiponatremia.
- Confirmação:
- Sorologia (IgM/IgG para Rickettsia rickettsii).
- PCR em amostras de sangue ou tecido.

3. Tratamento:
- Antibiótico imediato (não esperar confirmação laboratorial):
- Doxiciclina: 100 mg 2x/dia por 7 a 10 dias.
- Casos graves: Internação para suporte intensivo.

4. Prevenção:
- Uso de roupas adequadas em áreas endêmicas, repelentes e inspeção do corpo para remoção precoce de carrapatos.

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13
Q

Paciente DRC, em uso de cateter de longa permanencia com febre, calafrios, tosse e dispneia com HMC positiva para Pseudomonas e imagens pulmonares multifocais, pensar em:

A

Embolizacao septica secundaria a endocardite de valva tricuspide

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14
Q

Homem de 25 anos, veterinário, apresenta aumento de volume cervical esquerdo e febre vespertina há três semanas. Nega quaisquer outros sintomas. Ao exame físico, apresenta massa supraclavicular esquerda sugestiva de linfonodomegalia indolor, firme e não aderente. Não havia outras anormalidades. Após propedêutica adequada extensa foi realizada biópsia excisional linfonodal que revelou:
linfadenite granulomatosa supurativa, sem elementos infecciosos específicos às colorações especiais.

A

Bartonelose – Flashcard

1. Definição:
Infecção por bactérias do gênero Bartonella, com apresentações distintas conforme a espécie e o hospedeiro.

2. Quadro Clínico (palavras-chave):
- Doença da arranhadura do gato (B. henselae): febre + linfadenopatia regional dolorosa + contato com gato
- Angiomatose bacilar (imunossuprimidos): lesões cutâneas vasoproliferativas, fígado e baço
- Febre Oroya / Verruga peruana (B. bacilliformis): febre + anemia hemolítica + lesões cutâneas angiomatóides (endêmica no Peru)

3. Exame Diagnóstico:
- Sorologia (IgM/IgG)
- PCR
- Biópsia com coloração de Warthin-Starry (angiomatose)
- Hemocultura (difícil crescimento)

4. Tratamento:
- Formas leves: azitromicina
- Graves/imunossuprimidos: doxiciclina + rifampicina
- Bartonella bacilliformis: cloranfenicol ou ciprofloxacino

Palavras-chave para questão:
Gato + linfadenite dolorosa → Bartonella henselae
HIV + lesão vascular → angiomatose bacilar
Peru + febre + anemia → Bartonella bacilliformis

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