Pediatria Flashcards
Tempo de incubação da maioria das doenças exantemáticas.
1-3 semanas.
Vírus que causa sarampo.
Paramixovírus.
Manchas de Koplik
Enantema (manchas brancas com halo de hiperemia próximo aos molares) patognomônico do sarampo.
Quais doenças exigem isolamento aéreo?
Sarampo, varicela, tuberculose.
Tratamento do sarampo.
Vitamina A.
Suporte.
Descamação furfurácea.
Sarampo.
Profilaxia do sarampo.
1) Pré-contato: vacina (12-15 meses).
2) Pós-contato:
- Vacina até o 3º dia (crianças >6 meses).
- Imunoglobulina até 6º dia para crianças <6m, grávidas e imunodeprimidos.
Lifadenopatia retroauricular, occiptal e cervical posterior em doença exantemática.
Rubéola.
Sinal de Forscheimer
Enantema da rubéola.
Não é patognomônico.
Vírus do Eritema infeccioso
Parvovírus B19 (DNA hélice única).
Exantema do Eritema infeccioso.
Trifásico.
1) Face esbofeteada.
2) Exantema RENDILHADO, reticulado (acentuação em superfícies extensoras).
3) Recidiva com luz solar, estresse, calor, exercício…
Vírus do Exantema súbito
Herpes vírus 6 (e o 7 numa minoria).
Exantema com progressão centrífuga.
Exantema súbito.
Quando pensar em complicação na varicela?
Quando febre dura mais que 3 dias após surgimento do exantema.
Profilaxia varicela
1) Pré-contato: vacina aos 15 meses.
2) Pós-contato:
- Vacina até o 5º dia (crianças ≥ 9 meses)
- Imunoglobulina até 4º dia em gestantes, RN-PMT com <28 semanas ou <1kg (até 28 dias dv), ou ≥ 28 semanas se mãe não teve varicela.
- RN cuja mãe apresenta varicela de 5 dias antes até 2 dias após o parto recebe IgHAVZ.
Quando dar aciclovir para pacientes com varicela?
- Aciclovir oral (em até 72h): >12 anos (não-gestantes), paciente >12m com doenças pulmonares ou cutâneas crônicas; uso de corticoide em dose não-imunossupressora ou uso de corticoide inalatório; uso crônico de salicilatos; 2º caso em um mesmo domicílio.
- Aciclovir IV (até 72h): imunodeprimidos, corticoide em dose imunossupressora, doença grave ou progressiva, RN com varicela neonatal por exposição perinatal.
Vírus das maiorias das meningites virais?
Enteroviroses não-pólio.
Doença mão-pé-boca.
Coxsakie A16 (principal). Outros: enterovírus 71, coxsakie A e B, echovírus...
Herpangina
Febre alta, odinofagia, lesões ulceradas e vesiculares em faringe posterior, NÃO disseminadas pela cavidade oral.
Vírus da mononucleose infecciosa
Ebstein-Barr
Quadro clínico mononucleose infecciosa
INSIDIOSO, fadiga, faringite, linfadenomegalia generalizada, esplenomegalia (50% casos - risco de ruptura 0,5%).
A partir de que idade se pede anticorpos heterófilos da mononucleose infecciosa?
A partir de 4 anos de idade.
Anticorpos precoce e tardio da mononucleose infecciosa?
Precoce: anti-VCA
Tardio: anti-EBNA
Causador da escarlatina
Streptococo pyogenes (GAS)
Sinal de Pastia e Filatov
Sinais encontrados na escarlatina.
- Pastia: acentuação do exantema em fossas cutâneas.
- Filatov: palidez peribucal.
Lembre: exantema da escarlatina é EM LIXA, áspero, com descamação LAMINAR/lamelar grosseira.
Enantema da escarlatina
Língua em morango/framboesa.
Critérios da doença de Kawasaki
Febre alta por ≥ 5 dias + 4 dos abaixo:
- Conjuntivite bilateral não-exsudativa.
- Alterações labiais e na cavidade oral.
- Linfadenopatia cervical.
- Exantema polimórfico.
- Alterações das extremidades.
Quando realizar ecocardiograma na D. Kawasaki?
No diagnóstico e após 2-3 semanas. Se normal, repetir após 8 semanas do início do quadro e, se normal, repetir em 1 ano.
Obs: geralmente os aneurismas coronarianos aparecem na 3 semana da doença.
Tratamento Kawasaki
Altas doses de Ig IV (10 dias) + aspirina em dose anti-inflamatória até 48h pós desaparecimento da febre e, após, em dose anti-plaquetária por 6-8 semanas.
Obs: se anomalias coronarianas > AAS + clopidogrel por tempo indeterminado.
Taquipneia por idade.
- Até 2 meses: ≥60irpm.
- 2m a 12m: ≥50irpm.
- 12m a 5 anos: ≥40 irpm.
Principal vírus do resfriado comum
Rinovírus
Principal sinal de otite média à otoscopia.
MT abaulada.
Quando é obrigatório ATB na otite média?
- <6 meses.
- Bilateral entre 6m e 2 anos.
- Qualquer idade se OTORREIA ou doença grave (otalgia >48h, febre > 39ºC, otalgia mod-grave).
Principais agentes otite média aguda?
- S. pneumonie.
- H. influenza.
- M. catarralis
Tratamento OMA
- Amoxacilina (45-50mg/kg/dia) por 10 dias.
Quando dar dose dobrada de amoxacilina na OMA?
- Criança <2 anos, ou imunossupressos, ou anomalias craniofaciais.
- Criança que vai para a creche.
- Uso recente de ATB.
Quando dar amoxacilina-clavulanato na OMA?
- Falha terapêutica com amoxacilina.
- Desde o início se: otite+conjuntivite > altas chances de ser H. influenza.
Obs: se falha com amoxi-clav, dar ceftriaxone.
OMA recorrente.
3 ou mais episódios em 6 meses, ou 4 ou mais em um ano.
Principais agentes da otite média crônica supurativa.
P. aeruginosa e S. aureus.
Quando suspeitar de sinusite bacteriana?
Quadro arrastado (sintomas ≥10 dias, tosse DIURNA +- noturna) e/ou quando grave (≥3d febre ≥39ºC, secreção purulenta) e/ou “quadro que piora”.
Agente da faringite bacteriana
Streptococo beta-hemolítico do grupo A. (S. pyogenes).
Tratamento faringite bacteriana
Escolha: penicilina benzatina IM dose única.
Alternativa: amoxacilina 10 dias.
Obs: se iniciar ATB em até 9 dias do início do quadro, previne febre reumática.
Febre faringo-conjuntival
Causada por adenovírus.
Tríade: faringite+conjuntivite não-exsudativa+sintomas IVAS.
Quando pensar em PFAPA? Qual seu tratamento?
Episódios recorrentes de febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite, com culturas negativas.
Tto: corticoide na fase aguda.
Abscesso peritonsilar x retrofaríngeo
- Peritonsilar: mais em adultos jovens. QC: amigdalite, disfagia, sialorreia, TRISMO, odinofagia, abaulamento da região periamigdaliana, desvio contralateral da úvula. Tto: ATB parenteral + drenagem.
- Retrofaríngeo: mais em crianças, pouco frequente. QC: IVAS recente, febre alta, dor de garganta, disfagia +- sialorreia, TORCICOLO… Tto: internação + TC + ATB IV.
Estridor + posição do tripé
Epiglotite aguda.
- Início agudo, evolução fulminante, febre alta.
- Tto: garantir via aérea + ATB IV.
- Rx: sinal do polegar.
- Etiologia: H. influenza B | S. pneumonie | S. pyogenes | S. aureus
Vírus causador da laringotraqueíte aguda e quadro clínico.
Parainfluenza.
- Tosse METÁLICA/ladrante, febre baixa, estridor, rouquidão.
- Rx: sinal da ponte | ponta do lápis.
Tto laringotraqueíte aguda
Conforme gravidade:
1) Estridor ao repouso: adrenalina NBZ + corticoide.
2) Sem estridor ao repouso: corticoide.
Sinais de gravidade na pneumonia
- Batimento de asa nasal
- Tiragem subcostal (OMS tirou na lista dela, MS mantém)
- Cianose | Saturação O2 < 92%
- Gemência
Critérios de internação hospitalar na pneumonia
- <2 meses.
- Comprometimento respiratório grave.
- Rx tórax com complicações
- Mal estado-geral (vômitos persistentes, incapacidade de ingerir líquidos…)
- Comorbidades.
- Falha terapêutica ambulatorial.
Outros sinais de perigo segundo a OMS: convulsões, letargia ou inconsciência, estridor em criança calma, desnutrição grave.
Tratamento pneumonia
- <2 meses: ampicilina + aminoglicosídeo (sempre internado).
- > 2 meses:
1) Ambulatorial: amoxacilina 10 dias ou penicilina procaína IM.
2) Internado: penicilina cristalina IV - Se pneumonia grave/extensa: oxacilina associada com ceftriaxone ou cloranfenicol. Se suspeita de MRSA, utilizar vancomicina.
Quando derrame pleural é empiema?
Um dos abaixo:
- pH <7,2
- purulento
- bactérias visíveis no gram
- glicose <40
Agente da pneumonia afebril do lactente.
Clamídia tracomatis.
- Em torno do 3ºtri de vida;
- Conjuntivite no final da 1ªsem de vida.
Quando realizar drenagem torácica do derrame pleural?
Se for empiema
Quando realizar prevenção de bronquiolite com palivizumab?
- Nascidos com <29 sem no primeiro ano de vida.
- Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade, ativa nos últimos seis meses, e que tenham <2 anos.
- Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica.
Preditores de asma no futuro, em crianças com <2anos.
- Episódios recorrentes de sibilância.
- História familiar.
- Rinite alérgica.
- Eczema tópico.
- Eosinofilia >3%
Interpretação da avaliação nutricional por Gòmez.
Avaliação do Peso/Idade (valor ideal = p.50)
- > 90%: eutrófico.
- 76-90%: desnutrido leve / grau I
- 61-75%: desnutrido moderado / grau II
- ≤60%: desnutrido grave / grau III
Obs: edema é desnutrição GRAVE.
Interpretação da avaliação nutricional por Waterlow.
Peso/Estatura e Estatura/Idade.
- P/E ≤90%: magro.
- E/I ≤95%: baixo.
Estrófico: nem baixo, nem magro.
Desnutrição aguda: magro e estatura normal.
Desnutrição crônica: baixo e magro.
Desnutrição pregressa: baixo e peso normal.
Interpretação escores (P/I, E/I, P/E, IMC) crianças até 5 anos.
0-5 anos
Peso/idade:
- EZ > +2: peso elevado para a idade.
- EZ ≥ -2 e ≤ +2: peso adequado para a idade.
- EZ < -2 e ≥ -3: baixo peso para idade.
- EZ < -3: muito baixo peso para a idade.
E/I:
- EZ ≥ -2: estatura adequada para a idade.
- EZ < -2 e ≥ -3: baixa estatura para a idade.
- EZ < -3: muito baixa estatura para a idade.
P/E e IMC:
- EZ >+3: obesidade.
- EZ > +2 e ≤ +3: sobrepeso.
- EZ > +1 e ≤ +2: risco de sobrepeso.
- EZ ≥ -2 e ≤ +1: eutrofia.
- EZ < -2 e ≥ -3: magreza.
- EZ < -3: magreza acentuada.
Ganho de peso no primeiro ano de vida.
-1º tri: 700g/mês ou 25-30g/dia.
-2º tri: 600g/mês ou 20g/dia.
-3ºtri: 500g/mês ou 15g/dia.
-4ºtri: 400g/mês ou 12g/dia.
Peso duplica com 4-5 meses e triplica com 12 meses.
Pré-escolar: 2kg/ano ou 6-8g/dia.
Escolar: 3-3,5kg/ano.
Peso quadruplica com 2-2,5 anos.
Velocidade de crescimento das crianças/adolescentes.
Comprimento médio ao nascer: 50cm.
- 1º ano: 25cm/ano (15 no 1º semestre e 10 no 2º semestre)
- 2º ano: 12cm/ano.
- 2-4 anos: 7-8cm/ano.
- 4-6: 6-7cm/ano.
- 6 anos-puberdade: 5cm/ano (Nelson: 6-7cm/ano)
Adolescência:
- Meninas: 8-10cm/ano.
- Meninos: 10-12cm/ano.
Fórmula para estimar altura de crianças 2-12 anos?
Altura = idade (anos) x 6 + 77.
Fórmula para estimar peso da criança.
- 3-12m: idade (meses) x 0,5 + 4,5
- 1-6 anos: idade (anos) x 2 + 8
- 7-12 anos: [idade (anos) x 7 - 5] / 2
Crescimento PC no primeiro ano de vida.
- 1º tri: 2cm/mês.
- 2º tri: 1cm/mês;
- 3º e 4º tri: 0,5cm/mês
- 2º ano: 2cm/ano.
- Pré-escolar até 18 anos: 5cm
PC médio ao nascer: 35cm.
Crescimento no primeiro ano: 12cm.
Quais os fatores determinantes do crescimento nos dois primeiros anos de vida?
Fatores ambientais, incluindo a nutrição.
Interpretação escores (P/I, E/I, IMC) crianças de 5 a 10 anos.
Peso/idade:
- EZ > +2: peso elevado para a idade.
- EZ ≥ -2 e ≤ +2: peso adequado para a idade.
- EZ < -2 e ≥ -3: baixo peso para idade.
- EZ < -3: muito baixo peso para a idade.
E/I:
- EZ ≥ -2: estatura adequada para a idade.
- EZ < -2 e ≥ -3: baixa estatura para a idade.
- EZ < -3: muito baixa estatura para a idade.
IMC:
- EZ >+3: obesidade grave.
- EZ > +2 e ≤ +3: obesidade.
- EZ > +1 e ≤ +2: sobrepeso.
- EZ ≥ -2 e ≤ +1: eutrofia.
- EZ < -2 e ≥ -3: magreza.
- EZ < -3: magreza acentuada.
Correlação entre EZ e percentis.
EZ +3 = 99,9 EZ +2 = p.97 EZ +1 = p.85 EZ 0 = p.0 EZ -1 = p.15 EZ -2 = p.3 EZ -3 = p.0,1
Interpretação escores (E/I, IMC) crianças de 10-19 anos.
E/I:
- EZ ≥ -2: estatura adequada para a idade.
- EZ < -2 e ≥ -3: baixa estatura para a idade.
- EZ < -3: muito baixa estatura para a idade.
IMC:
- EZ >+3: obesidade grave.
- EZ > +2 e ≤ +3: obesidade.
- EZ > +1 e ≤ +2: sobrepeso.
- EZ ≥ -2 e ≤ +1: eutrofia.
- EZ < -2 e ≥ -3: magreza.
- EZ < -3: magreza acentuada.
Cálculo para estimativa de PC no 1º ano dv.
Comprimento/2 +10 = PC (+/- 2cm)
Dentição na criança.
- Qual a ordem de erupção.
- Dentição decídua.
- Ordem: incisivos centrais > incisivos laterais > caninos > primeiro molar > segundo molar.
- Dentição decídua: completa-se até os 3 anos e começa a cair em torno dos 6 anos, até os 12 anos.
Principais características do Marasmo e do Kwashiorkor
- Marasmo: deficiência calórica total, instalação insidiosa, mais comum em crianças <1 ano, emagrecimento acentuado com pobreza de tecido celular subcutâneo, pele enrugada, desaparecimento da bola gordurosa de Bichat (fácies senil/simiesca), apetite preservado, irriquieto/agitado.
- Kwashiorkor: deficiência dietética de proteínas, instalação rápida, apatia/letargia, alterações de pele (pedra de calçamento/flaky paint - áreas de hipocromia alternadas com áreas de hipercromia, mais em área de atrito), alterações de cabelo (sinal da bandeira), EDEMA, tecido celular subcutâneo preservado, ascite, hepatomegalia (esteatose hepática), ausência de apetite.
Tratamento da desnutrição (fases e particularidades).
1ª fase) Estabilização (1-7 dias): prevenção e tratamento de hipoglicemia, hipotermia, distúrbios hidroeletrolíticos e infecção + dieta ADEQUADA p/idade + micronutrientes.
- Hipocalemia e desidratação. NÃO tratar hiponatremia (Na corporal total está aumentado).
- Hidratar por via oral, mesmo se grave.
- NÃO dar ferro nessa fase.
- SEMPRE se dá ATB.
2ª fase) Reabilitação (2-6 semanas): dieta hiperproteica e hipercalórica + ferro dose terapêutica.
* Retorno do apetite é marcador de boa evolução clínica.
3ª fase) Acompanhamento.
Obs: crianças com edema SEMPRE serão internadas.
Obs2: transfusão de sangue quando Hb <4 g/dL ou <6g/dL+desconforto respiratório.
Obs: alta quando P/I ≥ EZ -2 (ou CB ≥ 125mm)
Quais as complicações da síndrome de realimentação?
HIPOFOSFATEMIA, hipocalemia.
Cálculo do alvo genético para altura.
Homem: altura do pai + altura da mãe + 13 / 2 (+/- 5-8,5cm)
Mulher: altura do pai + altura da mãe - 13 / 2 +/- 5-8,5cm)
p. 3 homens: 1,63m
p. 3 mulheres: 1,51m
Como avaliar baixa estatura?
1º) Definir se há baixa estatura (E/I < p.3)
2º) Avaliar velocidade de crescimento.
Se VC normal = variante normal do crescimento.
- E idade óssea = idade cronológica > Idade estatural + pais baixos -> baixa estatura familiar.
- E idade óssea atrasada com IE = IO + pais de altura normal -> retardo constitucional do crescimento.
Se VC anormal = condições mórbidas.
- Mulher: fazer cariótipo.
- Alteração fenotípica? Se SIM é doença genética | se NÂO avalia-se IMC -> se bem nutrido ou obeso é doença endócrina | se emagrecido: desnutrição.
Obs: idade estatural = estatura cujo p.50 equivale à idade.
Qual a causa endócrina mais comum de baixa estatura?
Hipotireoidismo adquirido (Hashimoto)
Indicações clínicas para uso de GH recombinante em crianças com baixa estatura.
- Deficiência de GH.
- CIUR sem crescimento de recuperação.
- IRC.
- Sd Turner.
- Sd Prader-Willi
- Baixa estatura idiopática (casos selecionados).
Achados na Deficiência congênita de GH.
Micropênis, icterícia prolongada, hipoglicemia no período neonatal.
Classificação de obesidade crianças >2 anos pelo Nelson.
- Sobrepeso: IMC entre p85-p94
- Obesidade: ≥p95
Exames subsidiários na avaliação de crianças e adolescentes com sobrepeso.
GJ, perfil lipídico, ALT.
- GJ <100 adequado | 100-126: ampliar avaliação | ≥126: DM
- CT < 150 | LDL < 100 | HDL ≥45 |TGC <100
- ALT < 40
Classificação de HAS nas crianças e conduta.
Obs: precisa de 3 ocasiões diferentes para confirmar.
- Normal: < p90
- Pré-hipertensão: p90 a < p95 OU se PA >120/80 mmHg
- Hipertensão estágio 1: p95 a p99 + 5mmHg
- Hipertensão estágio 2: >p99 + 5 mmHg
Conduta:
- Pré-hipertensão: reavaliar em seis meses.
- HAS estágio I:
- assintomático: reavaliar em 1-2 semanas, se confirmado encaminhar para avaliação diagnóstica.
- Sintomático: encaminhar para avaliação diagnóstica.
- HAS estágio II: Encaminhar para avaliação diagnóstica.
Critérios para Síndrome Metabólica em crianças e adolescentes (10-16 anos).
- TGC ≥150
- HDL < 40
- PAS ≥130mmHg e PAD ≥85mmHg
- GJ ≥100 ou presença de DM
- C. abdominal: não há valor absoluto, usar normogramas de percentil por idade e sexo.
Obs: NÃO é possível caracterizar Sd Metabólica em menors de 10 anos!!!
Recomendações quanto às mídias digitais na infância.
- Nenhuma exposição até os 2 anos.
- > 2 anos: máximo 2 horas/dia.
Obs: recomendação de 60min atividade física diária.
Qual a causa exógena mais comum de alta estatura?
Obesidade.
Quando há indicação de tratamento farmacológico da HAS em crianças/adolescentes?
Sintomáticos, hipertensão secundária, lesão de órgão-alvo, DM, falha das medidas não-farmacológicas.
Classes: IECA, antagonistas da angiotensina, betabloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio, diuréticos.
Quando avaliar perfil lipídico nas crianças? Quando medicar?
- Pais ou avós com história de aterosclerose antes dos 55 anos.
- Pais com colesterol sérico >240 mg/dL.
- Outros fatores de risco associados (HAS, DM, obesidade, tabagismo, dieta “gorda”, uso de drogas que cursam com dislipidemia etc).
- Manifestações de dislipidemia (xantomas, xantelasmas, pancreatite, arco corneal etc).
Obs: rastreamento indicado somente após os 2 anos e deve ocorrer antes dos 10 anos.
Conduta:
Medicação apenas em crianças MAIORES de 10 anos com níveis de colesterol elevados* apesar das orientações nutricionais. Droga de escolha: estatinas.
*SBP: LDL >190 = dislipidemia genética | LDL >160 + 2 ou mais fatores de risco (HDL <35, HAS, obesidade, DM) ou HF doença arterial coronariana prematura
Deficiência de Vit A.
Alterações oculares (nictalopia, xeroftalmia, ceratomalácia, manchas de Bitot) e queratinização de vários epitélios (hiperceratose folicular).
Xeroftalmia é o principal indicador de hipovitaminose A.
Nictalopia é um dos sintomas mais precoces.
Deficiência de Vit D.
- Raquitismo na infância: craniotabes, rosário raquítico, sulcos de Harrison, alargamento dos punhos e tornozelos, fraturas em galho verde.
- Cálcio normal ou reduzido, fósforo diminuído, PTH e FA aumentados.
- Adultos: osteomalácia.
Craniotabes é um dos sinais mais precoces em lactentes.
Deficiência de Vit E.
Anemia hemolítica em prematuros (2º mês de vida), trombocitose e edema (pálpebras e MIs).
- Deficiência prolongada: sintomas neurológicos > neuropatia periférica, ataxia e oftalmoplegia.
Deficiência de Vit K.
- RN: doença hemorrágica do RN.
Vit K participa na síntese hepática dos fatores de coagulação II, VII, IX e X.
Deficiência de Vit C.
Escorbuto:
- Dor nos membros com pseudoparalisia e posição em rã.
- Edema tenso nos membros, hemorragia subperióstea, edema articular, artralgia, fraqueza.
- Rosário nas junções costocondrais e depressão esternal (angulação mais aguda).
- Alterações gengivais.
- Sangramentos diversos (púrpura, equimoses cutâneas).
- Atraso na cicatrização de feridas.
- Petéquias perifoliculares.
- Sd Sjögren-like.
- Achados rx: linha de Fraenkel, sinal do Anel de Wimberger, imagem em halteres ou clavas.
Deficiência de Vit B1.
TIAMINA.
- Beribéri seco (irritabilidade, neurite periférica, ataxia) e molhado (disfunção cardíaca e renal, taquicardia, edema, cardiomegalia, IC). Outros: ptose palpebral, rouquidão/afonia por paresia de cordas vocais, meningismo, aumento da PIC
- Encefalopatia de Wernicke - ataxia, alteração oculomotora, confusão mental.
Deficiência de Vit B2.
Riboflavina.
- Queilite angular e glossite.
- Conjuntivite, ceratite, fotofobia, lacrimejamento.
- Dermatite seborreica.
- Anemia.
Deficiência de Vit B3.
NIACINA.
- Pelagra: demência, diarreia e dermatite (áreas expostas - luvas e botas, colar de Casal).
Deficiência de Vit B6.
Piridoxina.
- Convulsão de difícil controle em lactentes.
Deficiência de Vit. B9.
Ácido fólico.
- Risco quando lactentes são alimentados com leite de cabra.
- Anemia megaloblástica.
Deficiência Vit B12.
Cobalamina.
- Anemia megaloblástica, neutrófilos plurissegmentados.
- Astenia, anorexia, fraqueza, irritabilidade.
- Sd. de degeneração combinada da medula, ataxia, parestesias, paraplegia espástica, incontinência urinária e fecal, sinal de Lhermitte.
- Osteoporose.
Quais as deficiências de micronutrientes mais comuns?
Deficiência de Vit A, ferro e iodo.
Deficiência de zinco.
- Atrofia do tec. linfoide, diminuição de células produtoras de anticorpos e linfócitos natural-killer.
- Retardo do crescimento e hipogonadismo hipogonadotrófico.
- Alopécia, dermatite bolhosa, diarreia crônica.
Uma das causas é a Acrodermatite Enteropática: absorção intestinal ineficaz de zinzo, com lesões cutâneas vesicobolhosas/eczematosas/psoriásiformes em região perioral, perineal, bochechas, cotovelos, joelhos e tornozelos, cabelo de coloração avermelhada e locais de alopecia.
O que geralmente vem primeiro: adrenarca ou gonadarca?
Adrenarca.
Quais as características do crescimento na puberdade?
Centrípeto, distal-proximal.
Ganho de 20% da altura e 50% do peso.
Fases de Tunner na mulher e no homem e características relacionadas a cada uma.
Mulheres:
- MI: padrão infantil.
- MII: broto mamário subareolar > telarca início 8-13a (costuma ser o primeiro sinal perceptível de puberdade!).
- MIII: aumento da mama e aréola (pico da VC 8-9cm/ano).
- MIV: duplo contorno > menarca próxima (geralmente 2-2,5a após telarca).
- MV: mama madura.
Homens:
- GI: pré-puberal.
- GII: aumento do volume testicular (efeito do LH e FSH) ≥4mL (início 9-14a).
- GIII: aumento do pênis (comprimento) > ocorrência da primeira espermaca quando volume testicular em torno de 12mL.
- GIV: aumento do pênis em diâmetro > silhueta da glande aparece. (VC em seu pico 9-10cm/ano)
- GV: genitália adulta.
Pêlos:
- PI: pré-puberal.
- PII: pubarca > pelos lisos e finos, mais escurecidos, apenas nos grandes lábios/base do pênis.
- PIII: pelo na sínfise púbica.
- PIV: grande quantidade, aspecto adulto.
- PV: raiz das coxas.
Com que idade a puberdade é considerada precoce?
- Meninas <8a.
- Meninos <9a.
Qual a diferença entre puberdade precoce central e periférica?
- Central: depende de GnRh.
- Periférica ou pseudopuberdade: independe de GnRh.
Quais as causas de puberdade precoce?
- Central: isossexual sempre. Mais comum em mulheres! Maioria idiopática (90%) em mulheres, alteração de SNC (75% em homens). Mais comum alteração do SNC: hamartoma hipotalâmico (relacionado com epilepsia gelástica).
- Periférica: isossexual ou heterossexual. Em homens apenas aumenta pênis, se um testículo aumentado pensar em tumor. Cistos ovarianos, tumores suprarrenal, HAC (defic. 21-hidroxilase).
Obs: neoplasia em geral causa puberdade precoce, mas craniofaringioma causa atraso puberal!
Como realizar avaliação da puberdade precoce? Como tratar?
1) Rx mão e punho E -> idade óssea IO>IE>IC.
2) FSH e LH para diferenciar periférica (níveis puberais) de central (aumentados).
3) RM região hipotalâmica-hipofisária (se central) em meninos (todos), e em meninas <6 anos e/ou puberdade em ritmo acelerado e/ou níveis elevados de estradiol.
4) USG pélvica/abdominal.
- meninas pélvica SEMPRE, e abdominal se sinais de virilização.
- meninos: abdominal para investigar periférica.
Tto: tratar causa base. Se central utilizar análago de GnRH (leuprorrelina).
Conduta na ginecomastia masculina na adolescência?
- Se antes de iniciar a puberdade, é patológica, do contrário é fisiológica e comum em até 70% dos garotos, com involução espontânea em 2 anos. Se >5cm, a involução é menos provável.
Qual a peculiaridade da puberdade precoce por hipotireoidismo?
Diferente das outras, a idade óssea está ATRASADA em relação à idade cronológica! E o crescimento é inadequado.
Qual a tríade da Síndrome de McCune-Albright?
Precocidade puberal, manchas café com leite (de contornos irregulares) e displasia fibrocística polióstica.
O que é a Síndrome de Kallmann?
Forma mais comum de deficiência isolada de gonadotrofinas. Associada com hipoplasia/aplasia dos bulsos ofatórios (ANOSMIA) e atraso puberal.
Qual o tumor hipotalâmico-hipofisário mais associado com atraso puberal?
Craniofaringioma.
Com que idade o reflexo de Moro desaparece? E os de preensão plantar e palmar?
Aos três meses some sua forma típica ou completa, aos seis meses some completamente.
Preensão palmar some aos três meses, e plantar aos 6-8 meses.
Com quantos meses surge o reflexo do paraquedista? Qual outro reflexo surge após a fase neonatal?
- Reflexo do paraquedista surge com oito a nove meses e fica por toda a vida.
- Reflexo de Landau surge com três meses e desaparece aos dois anos.
Como caracterizar “provável atraso no desenvolvimento”, “alerta para o desenvolvimento” e “desenvolvimento adequado com fatores de risco”?
- provável atraso no desenvolvimento: perímetro cefálico +2 escores Z, ou presença de 3 ou mais alterações fenotípicas, ou ausência de 2 ou mais marcos para a faixa etária.
- conduta: referir para avaliação neuropsicomotora.
- alerta para o desenvolvimento: ausência de 1 ou mais marcos para a sua faixa etária.
- conduta: orientar familiar sobre estimulação da criança e marcar retorno em 30 dias.
- desenvolvimento adequado com fatores de risco: todos os marcos para a faixa etária presentes, mas há presença de 1 ou mais fatores de risco.
- informar familiar sobre sinais de alerta.
Fatores de risco:
- Ausência ou pré-natal inadequado.
- Problemas na gestação, parto ou nascimento.
- Prematuridade.
- Peso abaixo de 2,5kg.
- Icterícia grave.
- Hospitalização no período neonatal.
- Doenças graves como meningite, TCE e convulsões.
- Parentesco entre os pais.
- Casos de deficiência ou doença mental na família.
- Fatores de risco ambientais (violência doméstica, depressão materna, drogas ou alcoolismo entre moradores da casa, suspeita de abuso sexual…).
O que a criança faz com 4 meses?
Postura simétrica. Mãos na linha média. Agarra objeto e leva à boca. Sustentação da cabeça. Gargalhadas. Sons guturais (ahh, ngah!).
O que a criança faz com 6-7 meses?
Rola. Senta com apoio. Transfere objetos. Polissílabos vogais. Prefere a mãe.
O que a criança faz com 9-10 meses?
Senta sem apoio.
Engatinha.
Pinça com apoio (assistida).
Sentido de permanência (brinca de esconde-acha).
Fala mama/papa, olha quando chamado pelo nome.
Ansiedade com estranhos.
O que a criança faz com 1 ano?
Anda com apoio. Entrega objetos por solicitação. Pinça. Participa de brincadeiras. Ajuda a se vestir. Diz uma ou duas palavras além de mama/dada.
Com que idade o bebê tem sorriso social?
2 meses.
Com que idade a criança forma frases com 3 palavras (sujeito, verbo, predicado)? E faz torre com 7 cubos?
24 meses.
Com que idade criança demonstra o que deseja apontando com o dedo? E queixa-se que está sujo de urina? E vai ao banheiro sozinho?
15 meses.
18 meses.
4 anos.
Qual o ganho de altura e peso em percentual na puberdade?
Altura: 20% da altura final.
Peso: 50%