Mais clínica! Flashcards
A partir de quantos mmHg há hipertensão porta? E surgimento de varizes? E risco de sangramento de varizes?
- HP: >5mmHg
- Varizes: >10mmHg.
- Risco de ruptura: > 12mmHg.
Varizes ISOLADAS em fundo gástrico. Em que pensar?
Pancreatite crônica que gerou trombose de veia esplênica.
Qual a abordagem das varizes esofágicas quando 1) Nunca sangrou x 2) Sangrou?
1) Nunca sangrou: rastreamento com EDA. Se presentes, realizar profilaxia primária com beta-bloqueador OU ligadura elástica.
- Alto risco de sangramento: varizes de médio a grosso calibre, cherry spots, child B/C.
2) Sangrou:
- 1º: estabilizar hemodinamicamente.
- 2º: descobrir fonte e tratar.
- 3º: prevenir complicações.
* EH: cristaloide, sangue, plasma (se INR>1,7), alvo Hb 7-9.
* EDA: escleroterapia | ligadura elástica (ESCOLHA!), associar cianoacrilato (não-obrigatório - usado também em varizes gástricas).
* Drogas IV: somatostatina | ocreotide | terlipressina.
- -> Se não resolver? Balão de Sengstaken-Blackmore (uso máximo por 24 horas).
- -> Medida definitiva: TIPS (shunt portossistêmico intra-hepático transjugular - bom para Tx).
- -> Ausência ou contraindicação ao TIPS: cirurgia de urgência > shunts não-seletivos.
Quais complicações prevenir e como em caso de varizes esofágicas que sangrou?
- Prevenir PBE: ceftriaxone IV seguido por norfloxacin 400mg VO BID (troca quando paciente estável) até completar 7 dias.
- Prevenir ressangramento: beta-bloqueador + ligadura elástica OU TIPS OU Tx OU cirurgia eletiva (shunt eletivo > esplenorrenal distal [Warren]).
Quando fazer paracentese em casos de ascite? E como avaliar?
- SEMPRE fazer paracentese diagnóstica.
- Avaliar Gradiente Albumina Soro-Ascite (GASA):
- ≥ 1,1 é transudato > hipertensão portal.
- <1,1 é exsudato > doença peritoneal.
Quando realizar profilaxia para PBE em cirróticos?
- Sangramento de varizes (por 7 dias)
- Líquido ascítico com proteínas <1,5mg/dL (até Tx ou resolução da ascite).
- Após PBE (profilaxia secundária até Tx ou resolução da ascite).
Como tratar a ascite do cirrótico?
- 1º: restrição de Na (2g/dia)
- Se não funcionar: associar diuréticos (espironolactona / furosemida) alvo: queda de 0,5kg/dia ou 1kg/dia se edema.
- Ascite refratária: paracenteses seriadas OU TIPS OU Tx hepático.
Fatores predisponentes e tratamento da encefalopatia hepática?
- Fatores predisponentes: hemorragia, constipação, PBE, alcalose (HipoK e diuréticos).
- Tto: dieta normal (evitar restrição proteica), lactulose, ATB (neomicina, metronidazol, rifaximina).
Como diagnosticar PBE? Como tratar?
- Paracentese com >250 PMN/mm3 já autoriza tratamento!
- Ascite neutrofílica: >250 PMN/mm3 + cultura negativa: mantém ATB.
- Bacterascite: < 250 PMN/mm3 + cultura positiva: OU PBE recente OU infecção de punção. Assintomático: nova paracentese (+ trata | - observa). Sintomático: tratar!
Como tratar? ATB cefalosporina 3ªG por 5 dias.
Quando e como realizar profilaxia primária de Sd hepatorrenal?
- Após PBE.
- Albumina 1º dia com 1,5g/kg e no 3º dia com 1g/Kg.
Como saber que é peritonite secundária e não PBE?
- Quadro mais florido.
- Infecção polimicrobiana.
- 2 ou mais no líquido ascítico: PTN > 1g/dL, glicose < 50mg/dL, LDH elevado.
Quando suspeitar de doença de Wilson? Como diagnosticar e como tratar?
- Depósito de cobre por diminuição da excreção biliar.
- Clínica: jovens 5-30 anos, hepatite fulminante/crônica ou cirrose, alterações de movimento e personalidade, anéis de Kaiser Fleisher (marcador de lesão em SNC), anemia hemolítica.
- Diagnóstico: triagem > ceruloplasmina diminuída.
confirmação: aumento cobre (urina, livre, hepático) OU identificar AKF. - Tto: quelante de cobre (trientina / penicilamina), Tx hepático.
Quais são os “6 H’s” da hemocromatose hereditária? Como diagnosticá-la e tratá-la?
- Heart
- Hiperpigmentação
- Hepatomegalia
- Hipogonadismo
- Hiperglicemia
- “Hartrite”
- Diagnóstico: triagem > aumento de ferritina e/ou Sat Transferrina.
Confirmação > teste genético - Tto: flebotomias seriadas (a cada 7-14 dias até diminuir ferritina e depois espaça).
Refratários: desferoxamina (quelante) | graves/refratários: Tx hepático.
Características de risco para malignidade em casos de Síndrome dispéptica? Qual a conduta quando presentes?
- Sd dispéptica (1 das 3): dor/queimação, plenitude pós-prandial, saciedade precoce.
Risco:
- > 45 anos.
- Sinais de alarme p/câncer (emagrecimento, anemia, disfagia, odinofagia, vômitos recorrentes, icterícia, hematêmese, massa abdominal palpável, linfadenopatia, história familiar, gastrectomia parcial prévia).
- Conduta: EDA!
Quais as complicações da DRGE?
Esofagite, úlcera, estenose péptica (disfagia), esôfago de Barret.
Quando pedir EDA em casos de DRGE?
- > 45 anos
- Sinais de alarme
- Afastar outras patologias
- Refratariedade ao tratamento clínico
Qual a alteração na EDA sugestiva de Barret? Como confirmar?
- EDA: áreas cor vermelho-salmão.
- Confirmação: biópsia + histologia.
Como tratar DRGE?
Medidas não-farmacológicas…
IBP dose plena por 8 semanas.
- Se recorrência após suspensão da medicação: IBP sob demanda ou crônico.
- Sem melhora: IBP dose dobrada (BID por + 8 semanas).
Como é a dispepsia na úlcera gástrica e na duodenal?
- Gástrica: piora com a alimentação.
- Duodenal: 2-3h após a alimentação e à noite.
Como diagnosticar úlcera gástrica?
- <45 anos e sem sinais de alarme: diagnóstico presuntivo.
- >45 anos ou sinais de alarme: EDA > biópsia sempre se úlcera gástrica e controle de cura com nova EDA.
Tratamento úlcera gástrica.
IBP por 4-8 semanas (ou bloqueador histamínico como ranitidina).
Pesquisa OBRIGATÓRIA de H. pylori.
* endoscopia: teste rápido da urease, histologia…
* sem endoscopia: teste da urease respiratória, Ag fecal, sorologia…
Quando há indicação de irradicação de H.pylori?
- Úlcera péptica.
- Linfoma MALT.
- Dispepsia funcional.
- Prevenção de adenoCa gástrico (metaplasia intestinal, pós-gastrectomia por Ca, parente de 1º grau com Ca gástrico, usuário crônico de AAS/AINE), alto risco para úlcera (ex: idoso).
Como erradicar H.pylori?
Claritromicina 500mg BID
Amoxacilina 1g BID
Omeprazol 20mg BID
Por 7 dias!
Controle de cura após 4 semanas do tratamento em casos de úlcera péptica ou linfoma MALT. Pesquisar novamente a bactéria!
Achados TEP maçico.
Hipotensão, cor pulmonale (disfunção de VD por alteração pulmonar), aumento de BNP e troponina.
Achados no ECG e Rx tórax específicos de TEP.
- ECG: S1Q3T3
- Rx tórax: Sinal de Westermark (oligoemia focal), Hampton (hipotransparência triangular periférica), Palla (dilatação do ramo descendente da artéria pulmonar).
Como diagnosticar TEP?
- Avaliar clinicamente (Wells em pacientes não internados).
- Baixa probabilidade (Wells ≤ 4): d-dímeros (+ fazer imagem | - descarta).
- Alta probabilidade: AngioTC (2ª escolha: cintilografia pulmonar). Se negativa: doppler de MIs. Se negativo: arteriografia.
Escore de Wells
- Clínica TVP 3pts
- Sem outro diagnóstico mais provável 3pts
- FC > 100bpm 1,5pts
- Imobilização ou cx recente 1,5pts
- Episódio prévio TVP/TEP 1,5pts
- Hemoptise 1pt
- Malignidade 1pt
Como tratar TEP?
Inicia-se tratamento quando suspeita e alta probabilidade!
- Anticoagulação por 3 meses (tempo mínimo).
Opções: - Heparina + warfarin 5mg/d (começam juntos)
*suspender heparina quando 2 INR entre 2-3 - Heparina 5 dias, depois dabigatran 150mg BID
- Rivaroxaban 15mg BID (sem heparina).
Se TEP maciço: trombólise em até 14 dias com alteplase!
Filtro de veia cava se contraindicação (ex: TEP + sangramento ativo) ou falha da anticoagulação.
Tríade clássica da embolia gordurosa e principal fator de risco.
- Fator de risco: fratura (fechada > exposta) de ossos longos e pelve.
- Tríade: hipoxemia + alteração neurológica + rash petequial após 12-72h da fratura.
Parâmetros espirométricos doença obstrutiva x restritiva.
- Doença obstrutiva: VEF1 muito diminuído, CVF diminuída, VEF1/CVF (tiffenau) < 70%.
- Doença restritiva: VEF1 e CVF diminuídos na mesma proporção, VEF1/CVF normal ou aumentado.
Como comprovar asma?
Espirometria com prova broncodilatadora positiva.
- VEF1 ≥ 200mL E ≥12% (ou ≥7% do previsto).
Qual o primeiro parâmetro espirométrico a alterar em paciente com DPOC?
FEF 25-75%
Principal causa de descompensação em paciente DPOC?
Infecção!
- Aumento da dispneia/cansaço, aumento do volume do escarro, ou escarro purulento.
- Principais bactérias: H. influenza, S. pneumonie, M. catarrhalis.
Conduta no DPOC exacerbado.
A - antibiótico (escarro purulento / necessidade de VNI ou intubação) - cobrir pseudomonas caso ATB frequente ou caso grave.
B - broncodilatador inalatório de ação curta + b2-agonista e/ou anticolinérgico (ipatrópio).
C - corticoide sistêmico por 5 dias (prednisona VO ou metilprednisolona IV)
D - dar oxigênio
* O2 suplementar em baixo fluxo 1-3L/min.
* VNI: pH ≤ 7,35 e PaCO2 ≥ 45mmHg (acidose respiratória)
* intubação: diminuição da consciência.
Classificação DPOC pelo VEF1
Estágio VEF1
- I: ≥80%
- II: 50-79%
- III: 30-49%
- IV: <30%
Como realizar a terapia de manutenção no DPOC?
- 0-1 exacerbações/ano: grupo A (poucos sintomas) e grupo B (muitos sintomas)
- ≥2 exacerbações/ano: grupo C (poucos sintomas) e grupo D (muitos sintomas)
- para todos: cessar tabagismo + vacina (pneumococo e influenza) + avaliar O2 domiciliar + broncodilatador SOS.
- A partir do grupo B: b-dilatador de longa ação (b2 agonista/anticolinérgico) + reabilitação pulmonar.
- Grupo C e D: adicionar corticoide inalatório + considerar cirurgia (pneumorredutora, Tx pulmão).
Medicações não reduzem mortalidade. Cessar tabagismo e oxigênio domiciliar reduzem!
Quando indicar O2 domiciliar para paciente DPOC?
- PaO2 ≤ 55mmHg ou SatO2 ≤ 88%.
- PaO2 56-59mmHg ou SatO2 89% se evidência de policitemia (Ht>55%) ou cor pulmonale.
15 horas por dia!
Reduz mortalidade!
Gravidade da crise asmática (parâmetros).
- Leve a moderado: PFE > 50%, paciente bem.
- grave: PFE 30-50%, alcalose respiratória, frases incompletas, FC > 110 bpm.
- Muito grave: PFE < 30%, acidose respiratória, MV abolido, sem sibilos.
Tratamento da crise de asma.
- O2: SatO2 ≥ 92% (criança ≥94%) -> muito grave IOT.
- B2-agonista de curta duração (3 doses 20/20min).
- pouca melhora ou crise grave/muito grave: + ipatrópio.
- Corticoide sistêmico: iniciar na 1ª hora.
- sem melhora: considerar sulfato de magnésio.
Na hora da alta: manter CTC por 5-7 dias e B2 agonista por 48 horas.
Iniciar corticoide inalatório.
Como classificar a asma em relação ao controle?
Avaliar nas últimas 4 semanas... A - atividades limitadas? B - broncodilatador de alívio >2x/semana? C - calada da noite (sintomas noturnos)? D - diurno sintomas >2x/semana?
- controlada: 0 respostas positivas.
- parcialmente controlada: 1-2
- não controlada: 3-4
Como realizar tratamento crônico da asma?
- Etapa 1 (todos): controle do ambiente, broncodilatador SOS.
- Etapa 2: + corticoide inalatório dose baixa.
- Etapa 3: + B2 agonista de longa duração.
- Etapa 4: + aumento da dose de corticoide inalatório +- antileucotrieno.
- Etapa 5: especialista (anti IgE, corticoide VO…)
- asma controlada por 3 meses: diminuir etapa.
- asma parcialmente controlada: considerar aumentar etapa.
- asma não controlada: aumentar etapa.
- asma não tratada sintomática, com exacerbações: geralmente inicia-se pela etapa II-III.
SEMPRE verificar aderência e técnica antes de aumentar etapa.
Etiologia das crises epilépticas conforme idade.
- neonatal: anóxia periparto, doença congênita…
- 6m-5a: convulsão febril.
- 5-12a: genética.
- adulto: ATC, tumor, neurocisticercose.
- idoso: AVE.
Qual crise convulsiva generalizada em que possível que a consciência seja mantida?
Mioclônica.
Tratamento da epilepsia.
- Tônico-clônica generalizada: valproato | lamotrigina.
- Focal: carbamazepina (escolha) | lamotrigina.
- Mioclônica/atônica: valproato | lamotrigina.
- Ausência: etossuximida (escolha) | valproato | lamotrigina.
Qual a Sd epilética mais comum do adulto?
Epilepsia do lobo temporal.
- causa: esclerose hipocampal.
EEG com ponta-onda de 3Hz. Qual o diagnóstico?
Ausência infantil ou pequeno mal.
- Início 5-8 anos.
- Fator desencadeante: hiperventilação.
Tríade da Sd de West (Sd dos espasmos infantis)
Lactente com espasmos + EEG com hipsarritmia + retardo DNPM.
- tto: ACTH, vigabatrina.
Tratamento convulsão febril.
Crianças 6m a 5 anos, em geral, tônico-clônica generalizada.
- Se em convulsão: diazepam.
- Se pós-crise: avaliar e tratar causa da febre.
- Punção lombar? Fortemente recomendada em crianças <12 meses (considerar entre 12-18m), mesmo se foco infeccioso conhecido (para excluir meningite!).
- Risco de epilepsia: recorrência, HF+, manifestação atípica, crise focal complexa, febre com duração <1h antes da convulsão, anormalidades do DNPM…
Conduta em Estado de Mal Epiléptico.
1º) diazepam IV (10mg) ou retal
- repetir dose SN.
Se não melhorar…
2º) Fenitoína IV (20mg/Kg)
- Repetir com metade da dose SN.
Se não melhorar…
3º) Fenobarbital IV (20mg/Kg)
- Repetir com metade da dose SN.
Se não melhorar…
Anestesia com midazolam, propofol ou pentobarbital.
Conduta AVCi.
- Estabilização clínica: controlar glicemia, temperatura, sódio.
- HAS permissiva: diminuir PA se >220 x 120 mmHg | > 185 x 110 se for trombolisar.
- Trombólise: rtPA (alteplase) 0,9mg/kg (máximo 90mg) até 4,5h dos sintomas iniciados, sem AVE/TCE nos últimos 3 meses, sem AVCh prévio.
- AAS (prevenção precoce) \ heparina profilática (se fez trombólise aguardar 24 horas para iniciá-los).
- Endovascular: trombectomia mecânica até 6h, oclusão de grande artéria.
Obs: NADA adia trombólise.
Quando fazer endarterectomia de carótida no AVCi?
AVCi aterotrombótico > se carótida do lado afetado com obstrução ≥ 70%.
Quando internar paciente que teve AIT?
Se 4 ou mais dos seguintes: ≥60 anos, HAS, DM, distúrbio motor ou da fala (envolvimento ACM), duração > 10min.
Objetivo: investigar a causa e prevenir AVE.
O que cada área do cérebro contém de mais importante?
- Frontal: linguagem (área de Broca) no hemisfério dominante (geralmente o esquerdo) + córtex motor (mais medial, controla PERNA).
- Parietal: córtex sensitivo (PERNA mais medial).
- Temporal: linguagem (área de Wernicke).
- Occiptal: visão.
- Tronco: pares cranianos (diplopia, disfagia, vertigem…)
- Cerebelo: coordenação - ataxia.
Síndromes isquêmicas conforme artéria cerebral afetada.
- A. cerebral média: motor + sensitivo contralateral (pode poupar perna!), afasia motora (Broca - hemisfério E) + afasia sensitiva (Wernicke - HE).
- A. cerebral anterior: motor e sensitivo da PERNA contralateral.
- A. cerebral posterior: déficit visual.
- AA lentículo-estriadas: hemiplegia contralateral PURA.
- Território vértebro-basilar: alteração de pares cranianos e coordenação.
Qual a artéria mais comumente acometida por ruptura de aneurisma sacular?
A. comunicante anterior.
Complicações da ruptura de aneurisma cerebral e tratamentos.
1) Ressangramento 1º-7º dia > intervenção precoce.
2) Vasoespasmo 3º ao 14º dia: acompanha com doppler transcraniano > tto: indução de hipertensão.
3) Hidrocefalia - aoágulo bloqueia drenagem liquórica > tto: derivação ventricular (externa ou peritonial).
4) Hiponatremia > se SIADH restringir volume | se perdedora de sal… repor volume.
Tratamento ruptura de aneurisma cerebral?
- Até o 3º dia (ou só após o 14ºd): clipagem Cx\endovascular.
- Controle de PA: PAS<160mmHg.
- Neuroproteção: nimodipina 60mg 4/4h por 14-21d (só em caso de HSA).
Qual o principal tipo de asma que se inicia nas crianças e qual se inicia na fase adulta?
- Crianças: asma extrínseca atópica ou alérgica.
- Adultos: asma criptogênica (“intrínseca”).
Qual droga utilizada para tratamento de asma não pode ser dada para crianças <5 anos?
LABA.
Lembrar: em crianças até 11 anos o tratamento de escolha do step 3 (em adultos corticoide baixa dose + LABA) é o corticoide em dose média.
Qual o distúrbio eletrolítico decorrente do uso de LABA?
Hipocalemia.
Qual o principal fator de risco para evolução desfavorável/fatal em uma crise de asma?
História de crise prévia com necessidade de internação em UTI, especialmente com indicação de IOT.
Enfisema DPOC x deficiência de alfa-1-antitripsina.
- DPOC: centroacinar, predomínio nos lobos superiores, associado com tabagismo, pacientes mais velhos.
- Deficiência de alfa-1-antitripsina: enfisema panacinar, que predomina nos lobos inferiores, em paciente jovem (<45anos), associado com vasculite pulmonar ANCA positivo padrão citoplasmático. Tto: reposição intravenosa semanal de alfa-1-antitripsina.
Quando utilizar roflumilast no DPOC?
GOLD III ou IV com história de bronquite crônica e exacerbações frequentes.
Quais as principais bactérias que colonizam as vias aéreas dos pacientes com fibrose cística?
S. aureis, H. influenza, P. aeruginosa, Burkholderia cepacia.
Qual pneumopatia intersticial difusa tem tabagismo como fator de proteção? E qual causa pneumotórax recorrente?
- Tabagismo protege: Pneumonite por hipersensibilidade.
- Pneumotórax recorrente: granulomatose de células de Langerhans.
Onde predominam os infiltrados ao Rx da sarcoidose, PID idiopática?
- Sarcoidose: 2/3 superiores infiltrado nodular ou reticulonodular.
- PID idiopática: infiltrado reticulonodular em lobos inferiores.
Qual a pneumoconiose mais comum no Brasil?
Silicose.
Quais os principais órgãos que a sarcoidose acomete?
Pulmão e olhos.
O que são as Síndromes de Loefgren e Sd de Heerfordt-Waldenstrom?
Formas agudas da sarcoidose.
- Loefgren: uveíte, eritema nodoso, adenopatia hilar bilateral e paratraqueal, artrite periférica aguda ou poartralgia.
- Heerfordt-Waldenstrom: febre, aumento de parótida, uveíte anterior, paralisia do nervo facial.
O que é o sinal de McConnel?
Disfunção aguda de VD > hipocinesia da parede livre e da base do VD, poupando o ápice, no ecoTT.
Quais as indicações de uso de trombolítico no paciente com TEP?
- Instabilidade hemodinâmica.
- Parada cardíaca em paciente com TEP.
- Defeitos de perfusão em metade ou mais da vasculatura pulmonar.
- Disfunção de VD (não é indicação absoluta).
Quais as principais contraindicação ao uso de trombolíticos?
- PA ≥ 185 x 110 mmHg.
- Glicemia <50 ou >400.
- Coagulopatia (plaquetas <100mil e/ou INR ou PTTA elevados).
- Hemorragia intracerebral em qualquer época.
- AVCi ou TCE grave nos últimos três meses.
- Grande cirurgia ou hemorragia gastrointestinal recente (últimos 2-3m).
- Estupor, coma.
HNF x HPPM. Quando usar HNF no TEP?
HNF é a heparina de escolha em pacientes instáveis hemodinamicamente, candidatos à trombólise, obesos mórbidos e portadores de IRC com ClCr<30mL.
Nos pacientes com maior risco de sangramento, também é melhor por ter na protamina um “antídoto”.
- manter TTPA entre 1,5-2,5.
Em todos os demais casos a HBPM é escolha, pela posologia mais fácil e por não precisar controlar com TTPA. Exceção: em obesos, gestantes e portadores de IRC deve-se dosar fator Xa.
Critérios de exclusão para trombólise.
- TCE significativo ou AVE nos últimos 3 meses.
- Sintomas sugestivos de HSA.
- Punção arterial em sítio não compressível nos últimos 7 dias.
- História prévia de hemorragia intracraniana.
- Neoplasia intracraniana, malformação arteriovenosa ou aneurisma.
- Cirurgia intracraniana ou intra-espinhal recente.
- PAS >185 ou PAD > 110 mmHg.
- Sangramento interno ativo.
- TC crânio demonstrando infarto > 1/3 do hemisfério cerebral.
- Glicose <50.
- Diátese hemorrágica, incluindo: plaquetas < 100000, uso de heparina nas últimas 48h com alteração do PTTa, uso de anticoagulantes com INR >1,7 ou TP>15s, uso atual de inibidores diretos da trombina ou fator Xa com alteração de testes de coagulação específicos.
Relativos: sintomas pequenos ou com rápida melhora; gravidez; convulsão no início dos sintomas com sintomas neurológicos residuais pós-ictais; cirurgia grande ou trauma grave nos últimos 14 dias; sangramento genitourinário ou digestivo nos últimos 21 dias; IAM nos últimos 3 meses.
Qual a artéria mais incriminada no AVE aterotrombótico?
Carótida interna.
Qual o principal fator de risco para AVE?
HAS.
Se embólico: condição mais associada é a FA.
AVE isquêmico pequeno: até quantos cm?
2cm.
Quais valores de glicemia precisam ser corrigidos em casos de AVE?
<60 ou >180.
Qual o tempo porta-agulha ideal em caso de AVE isquêmico?
60min.