Clínica de novo Flashcards

1
Q

ATR tipos I, II e III. Quais as particularidades de cada uma?

A
  • ATR I: túbulo coletor cortical, problema no bloqueio da secreção de H+ no tubo coletor, impedindo que a urina seja acidificada (PH urinário >5,3). Hipocalemia por perda urinária de K. Acidose hiperclorêmica AG normal. Crianças: déficit de crescimento e raquitismo.
    Causas: nefrocalcinose, congênitas, Sjogren.
  • ATR II: túbulo proximal, perda de bicarbonato na urina, comprometimento da reabsorção de HCO3 no túbulo proximal. Pode se associar com Sd Fanconi. Hipocalemia (K excretado junto com o bica). Acidose hiperclorêmica AG normal. PH urinário NORMAL.
    Causas: congênitas, MIELOMA MÚLTIPLO, amiloidose.
  • ATR IV: Única HIPERCALÊMICA, é a MAIS COMUM do adulto! Acidose hiperclorêmica AG normal.
    Causas: hipoaldosteronismo hiporreninêmico, ou resistência tubular à aldosterona (DM, nefropatia falciforme, nefropatia por analgésicos, doença de Addison).
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2
Q

Quais os distúrbios eletrolíticos encontrados na IRA?

A

Hiper: volemia, calemia, fosfatemia, magnesemia, uricemia, acidose.
Hipo: natremia, calcemia.

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3
Q

Fórmula de Korotkoff Gault.

A

Cl Cr = (140-idade) x Peso / Cr x 72

ATENÇÃO: se mulher multiplicar resultado por 0,85!
Obs2: NÃO utiliza-se essa fórmula para casos de injúria renal aguda!

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4
Q

Achados ECG na hipercalemia? Qual o tto?

A

Onda T alta e apiculada com redução do intervalo QT > achatamento da onda P e alargamento do QRS > desaparecimento da onda P.

1º: gluconato de cálcio.
- Depois: glicoinsulina venosa, nebulização com beta2-agonista, diuréticos de alça, resinas de troca e diálise (se refratária).

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5
Q

Correção da acidose com bicarbonato venoso pode provocar crise tetânuca em pacientes com hipocalcemia.
Verdadeiro ou Falso?

A

Verdadeiro.

Acidose possui efeito protetor contra tetani ao aumentar a fração livre do cálcio sérico.

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6
Q

Correção da acidose com bicarbonato venoso pode provocar crise tetânica em pacientes com hipocalcemia.
Verdadeiro ou Falso?

A

Verdadeiro.

Acidose possui efeito protetor contra tetani ao aumentar a fração livre do cálcio sérico.

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7
Q

Fórmula Ânion Gap.

Cite exemplos acidose com AG aumentado.

A

AG: NA - (Cl+HCO3) (normal: 8-12)
Exemplos acidose AG aumentado: acidose lática, cetoacidose, uremia, intoxicação por salicilatos, metanol e etilenoglicol.

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8
Q

Fórmula Ânion Gap.

Cite exemplos acidose com AG aumentado e normal.

A

AG: NA - (Cl+HCO3) (normal: 8-12)
Exemplos acidose AG aumentado: acidose lática, cetoacidose, uremia, intoxicação por salicilatos, metanol e etilenoglicol.
Normal: diarreia e perdas digestivas do piloro para baixo (fístulas), ATRs, hipoaldosteronismo, DRC fase precoce, acetazolamida etc.

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9
Q

Qual o tipo de injúria renal aguda mais prevalente?

A

Pré-renal (50 a 55% dos casos)

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10
Q

Qual o tipo de injúria renal aguda mais prevalente?

A

Pré-renal (50 a 55% dos casos)

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11
Q

Qual a causa de IRA mais comum no RN?

A

Asfixia perinatal.

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12
Q

Cite condições que causam Lesão Renal INTRÍNSECA com FE sódio <1%.

A
CONTRASTE IODADO.
Queimaduras graves.
AINE, ciclosporina.
Rabdomiólise.
etc...
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13
Q

Qual o parâmetro mais fidedigno para diferenciar IRA pré-renal ou intrínseca, por não sofrer influência do uso de diuréticos?

A

FE de ureia.

pré-renal: <35%
intrínseca: >50%

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14
Q

Qual a heparina de escolha em pacientes com ClCr <30mL/min?

A

Heparina não fracionada.

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15
Q

Quando deve-se indicar diálise de urgência?

A
  • Acido metabólica, hipercalemia e hipervolemia graves e refratárias.
  • Síndrome urêmica franca (encefalopatia, pericardite).
  • Algumas intoxicações (metanol, etilenoglicol, salicilato).
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16
Q

Cite alguns ATB que não precisam de ajuste posológico na insuficiência renal.

A

Oxacilina, ceftriaxone, clindamicina, cloranfenicol, azitromicina, doxiciclina, moxifloxacina, linezolida.

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17
Q

Cite causas de DRC com rins de tamanho normal ou aumentado.

A
DM!
Doença renal policística.
Amiloidose.
Nefropatia pelo HIV.
Nefropatia obstrutiva.
Anemia falciforme.
Esclerodermia.

Obs: reduzido quando <8,5cm.

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18
Q

Estágios da DRC de acordo TFG e Albuminúria.

A
TFG:
Estágio I: TFG > 90 mL/min/1,73m2
Estágio II: TFG 60-89 mL/min/1,73m2
Estágio IIIa: TFG 45-59 mL/min/1,73m2
Estágio IIIb: TFG 30-44 mL/min/1,73m2
Estágio IV: TFG 15-29 mL/min/1,73m2
Estágio V: TFG <15 mL/min/1,73m2

De acordo com albuminúria:
A1: <30mg/dia
A2: 30-300mg/dia.
A3: >300mg/dia.

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19
Q

Principal causa de DRC (mundo x Brasil)

A

Mundo: DM
Brasil: HAS (segundo lugar DM)

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20
Q

Qual a definição de DRC?

A
  • Evidências de anormalidades estruturais ou funcionais, presentes por mais de 3 meses, com implicações para a saúde.
  • Marcadores de dano renal: albuminúria ≥ 30mg/d (relação albumina:creatinina ≥30mg/g), anormalidades no sedimento urinário, distúrbios HE e outras anormalidades por desordens tubulares, alterações detectadas na histologia, anormalidades estruturais detectadas por exame de imagem, história de Tx renal.
  • Marcador de função reduzida: TFG < 60 mL/min/1,73m2.
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21
Q

Quais as principais manifestações clínico-laboratoriais da DRC?

A
  • Hipercalemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia.
  • Acidose metabólica com AG aumentado.
  • Osteodistrofia renal.
  • HAS.
  • Dislipidemia.
  • Sangramento urêmico.
  • Pericardite.
  • Anemia.
  • Neuropatia urêmica: disfunções do SNC e periférico, incluindo encefalopatia, poli/mono neuropatia.
  • Anorexia, náuseas, vômitos.
  • Hálito urêmico.
  • Prurido urêmico, neve urêmica.
  • Palidez, equimoses, hematoma, desidratação e desnutrição proteicocalórica.
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22
Q

Quais achados sugerem DRC?

A
  • Rins simétricos e de tamanho reduzido (<8,5cm)
  • Perda da relação córtico-medular.
  • anemia.
  • Hiperfosfatemia e hipocalcemia.
  • PTH elevado.
  • Sedimento urinário inativo ou com proteinúria e cilindros grosseiros.
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23
Q

Qual a Hb alvo no paciente renal crônico?

A

10 - 11,5 g/dL

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24
Q

Quando realizar reposição ferro IV em paciente renal crônico?

A

anemia e Sat. transferrina ≤ 30% e ferritina ≤ 500 ng/dL.

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25
Q

Qual a principal indicação para início de reposição de eritropoetina em paciente renal crônico?

A

Hb < 10 g/dL

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26
Q

Quais as ações do PTH?

A
  • 1,25 Hidroxi-Vitamina D (ativa) suprime tanto a secreção quanto a síntese de PTH.
  • Fosfato quando em níveis séricos elevados estimula a síntese de PTH.

PTH nos rins:

  • Aumenta absorção de cálcio e Mg.
  • Aumenta excreção de fosfato e bicarbonato.
  • Ativa a enzima 1alfa-hidroxilase, que forma a 1,25(OH1)D.

PTH no osso:
- Liberação de cálcio e fosfato para o LEC.

PTH no intestino:
- Efeitos indiretos através do aumento da vitamina D ativa.
Obs: quais as ações da Vt.D? Aumenta absorção de cálcio nos intestinos e, em menor grau, de fosfato e Mg. No osso, efeitos indiretos pelo aumento do cálcio sérico.

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27
Q

Qual o tratamento para a hiperfosfatemia do paciente renal crônico?

A
  • 1º: restrição de fosfato na dieta (800-900mg/d).
  • 2º (se continuar elevado após 2-4 meses de restrição): quelantes orais de fosfato > carbonato/acetato de cálcio, sevelamer, carbonato de lat^nio.

Obs: se VitD baixa > repor!

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28
Q

Qual o tratamento do hiperparatireoidismo terciário?

A

Paratireoidectomia subtotal.

Outras indicações deste procedimento na DRC: dor óssea intratável, prurido intratável, disfunção orgânica por deposição de fosfato de cálcio, calcifilaxia (isquemia cutânea e subcutânea por deposição de cálcio).

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29
Q

Qual a maneira mais simples e menos tóxica de tratar agudamente a disfunção plaquetária em pacientes urêmicos?

A

Análogo do hormônio antidiurético com pouca atividade vasopressora.

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30
Q

Distúrbios do cálcio e fosfato não respondem à terapia dialítica em pacientes urêmicos.
V ou F?

A

Verdadeiro.

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31
Q

Qual a TFG que indica diálise no DRC? E quando iniciá-la com uma TFG mais elevada?

A
  • ClCr <10 mL/min.

- ClCr 15 mL/min em diabéticos, ICC ou em pacientes com sinais evidentes de desnutrição.

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32
Q

Qual o principal germe causador de infecção de FAV no paciente DRC dialítico?

A

S. aureus.
De cateter também.
Geralmente MRSA.

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33
Q

Cálculo da osmolaridade plasmática.

A
  • Real: 2xNa + Gli/18 + ureia/6.

- Efetiva; exclui a ureia.

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34
Q

Qual a quantidade mínima de calorias para prevenir cetose?

A

100g glicose > 400kcal > presentes em 2L soro glicosado 5%

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35
Q

Como está a perda urinária de Na renal x extrarrenal em casos de perda volêmica.

A
  • Renal: tiazídicos, hipoaldosteronismo, nefropatia perdedora de sal (refluxo, NTA, doença cística medular, uropatia obstrutiva), Sd cerebral perdedora de sal -> Na urinário > 20 mEq/L.
  • Extrarrenal: vômitos, diarreia, hemorragias -> Na urinário < 20mEq/L.

Hipovolemia é o único caso em que a correção da hiponatremia pode ser obtida pela reposição de SF 0,9%!

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36
Q

Tratamento da hiponatremia hipervolêmica.

A

Restrição hídrica 800-1000mL/dia + furosemida.
VAPTANs.

Cirrose hepática, ICC, insuficiência renal…

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37
Q

Qual a principal causa de hiponatremia euvolêmica? Quais seus achados? E tratamento?

A

SIADH.
Outras: hipotireoidismo e insuficiência suprarrenal.

Achados SIADH:
Concentração urinária de sódio e osmolaridade urinária elevados! (urina inapropriadamente concentrada >100 mOsm/Kg e Na urinário > 40mEq/L).
Outros: ácido úrico baixo (<4mg/dL), hiponatremia hipotônica.
Tratamento: restrição de água livre | aumento da ingestão de sal | furosemida | VAPTANs.

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38
Q

Sd cerebral perdedora de sal. O que causa? Como tratar?

A

Mecanismo da hiponetremia por aumento da secreção de BNP, provocando perda excessiva de sódio na urina, levando a hiponatremia HIPOvolêmica (diferencia da SIADH, que é euvolêmica!).
Também cursa com osmolaridade urinária e sódio urinário elevados.
Tto: correção volêmica com SF 0,9%!

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39
Q

Fórmula déficit de Na.

A

Homem: 0,6 x peso x (Na final - Na inicial)
Mulher: 0,5 x peso x (Na final - Na inicial)

O aumento do sódio sérico deve ser inferior a 8-10 mEq/L em 24 horas e 18mEq/L em 48h.

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40
Q

Fórmula déficit de água livre.

A

Água corporal total x peso x [(Na/140) - 1].

hipernatremia aguda deve ser corrigida em caráter de urgência, mas não pode baixa mais de 1mEq/L/h na fase inicial, nem > 10mEq/L em 24h.

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41
Q

Hipocalemia por perda de potássio… Como definir se a perda é renal ou extrarrenal?

A
  • Extrarrenal: K urinário < 15mEq/dia.
  • Renal: K urinário >15mEq/dia.
  • secundária a perda digestiva pré-pilórica: Cl urinário <10mEq/L.
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42
Q

Qual a única ATR que cursa com hipercalemia?

A

ATR IV

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43
Q

Qual a principal causa de hipoaldosteronismo hiporreninêmico no adulto?

A

DM.

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44
Q

Cite uma causa de pseudo-hipercalemia.

A

Trombocitose.

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45
Q

Cálculo PCO2 esperado em uma acidose metabólica e na alcalose metabólica.

A

Acidose:
PCO2 esperado = (1,5 x HCO3) + 8 (+-2).

Alcalose:
PCO2: HCO3 + 15

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46
Q

Cálculo AG urinário.

Disserte sobre como estará AGu na acidose hiperclorêmica por causa gastrointestinal x renal.

A

AGU = (Na + K) - Cl.
AGU geralmente é negativo (-8 a -12)!

Obs: quanto mais negativo o AGU, mais cátions não medidos há (=amônio), ou seja, maior a capacidade de eliminação de ácidos na urina (amônio é o maior responsável por eliminação de ácidos na urina NH3+H = NH4).
Se AGU estiver neutro ou positivo, a urina não está eliminando ácidos, e alguma forma de acidose tubular renal está presente!

Se uma acidose hiperclorêmica é por causa gastrointestinal (perda de bica nas fezes) e os rins estão saudáveis > túbulos reagem secretando ácido, logo, AGU MUITO negativo!
Mas, se o problema está nos rins, a produção de amônio está comprometida e logo AGU neutro ou positivo!

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47
Q

Nefrolitíase, epidemiologia.

A

Mais frequente em homens (3:1) caucasianos, que vivem em climas áridos.
Mais comum em obesos e portadores de Sd metabólica.
Mais comum em países desenvolvidos.
Pico de acometimento na 4ª a 6ª década de vida.

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48
Q

Cálculos urinários e pH em que se formam.

A
  • Ác. úrico e cistina: pH “mais ácido” (>5)
  • Estruvita e hidraxiapatita: pH “menos ácido” ou alcalino (pH>6).
  • Oxalato de cálcio: independe do pH.
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49
Q

Rx abdome não aparece cálculo, mas na TC aparece. O cálculo é provavelmente de quê?

A

Ácido úrico (radiotransparente).

Obs: cálculos de indinavir podem ser invisíveis mesmo na TC!

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50
Q

Quais os pontos de obstrução mais comuns na nefrolitíase?

A
  • Junção ureteropélvica (o mais comum!).
  • Terço médio do ureter (cruzamento com os vasos ilíacos).
  • Junção vesicoureteral.
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51
Q

Qual a manifestação mais comum da nefrolitíase?

A

Hematúria.

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52
Q

Em qual tipo de cálculo urinário a terapia intervencionista está sempre indicada?

A

Cálculo coraliforme.

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53
Q

Qual a conduta no evento agudo de uma nefrolitíase. Quando intervir cirurgicamente?

A

1) Analgesia (AINE, refratários opioides).
2) Hidratação venosa (cuidadosa, evitar hidronefrose).
3) Avaliar intervenção.
Intervir se:
- Paciente sintomático com cálculo >7mm (ou 10mm).
- Assintomático, mas a) cálculo coraliforme, b) cálculo causando obstrução ureteral total em rim único, com insuficiência renal, c) cálculo associado a pielonefrite não drenada.

Novidade: uso de tamsulosin (bloqueador alfa-1) 0,4mg/dia, para relaxar vias urinárias e ajudar eliminação do cálculo.

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54
Q

Como intervir cirurgicamente em casos de nefrolitíase?

A
  • Cálculos proximais com <2cm: LECO.
  • Cálculos proximais >2cm, ou menores mas refratários à LECO: nefrolitotomia percutânea, ou ureteroscopia flexível.
  • Cálculos no ureter médio: ureteroscopia flexível ou semiflexível, ou LECO.
  • Cálculos no ureter distal: ureteroscopia rígida.
  • Litíase complicada (cálculo associado a pielonefrite não drenada, obstrução ureteral em rim único com IRA): desobstrução imediata com nefrostomia percutânea ou stent ureteral (duplo J).
  • Cálculo coraliforme: LECO + nefrolitotomia percutânea.

Em último caso nefrolitotomia aberta!

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55
Q

Quando mesmo em cálculos proximais <2cm devemos evitar a LECO?

A

1) Cálculos de bruxita, cistina e oxalato de cálcio (ou seja, cálculos de grande resistência com densidade >1000 HU) -> Nesses casos, tentar a LECO apenas se o cálculo tiver <1cm.
2) Cálculos >1cm no pólo inferior do rim: recorrer à nefrolitotomia percutânea, pois as ondas de choque não atuam bem nessa região.

Obs: a LECO não deve ser utilizada em gestantes, portadores de marca-passo, ou aneurisma de aorta abdominal/A. renal.

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56
Q

Qual a principal causa de nefrolitíase?

O que restringir na dieta de pacientes com nefrolitíase?

A

Hipercalciúria idiopática (>300mg/dia em homens, e >250mg/dia em mulheres), em todas as idades.

NÃO restringir cálcio, pois aumenta absorção intestinal de oxalato!
Restringir SAL e PROTEÍNAS.
Se refratária à dieta, associar tiazídicos.

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57
Q

Como tratar a hiperoxalúria entérica?

A

Colestiramina + suplementação de cálcio.

Hiperoxalúria hereditária: piridoxina.

58
Q

Quais bactérias formam cálculos coraliformes?

A

PROTEUS.
Outras: Klebsiella, Pseudomonas, Staphylococcus.
- Urease degrada ureia em amônia e CO2 alcalinizando a urina, favorecendo formação de cristais de fosfato amoníaco magnesiano.

59
Q

Qual a principal causa de obstrução do trato urinário em crianças?

A

Obstrução congênita da junção ureteropélvica.

Também é a principal causa de hidronefrose patológica no feto (2º lugar: refluxo vesico-ureteral).

60
Q

Qual o principal exame para avaliar viabilidade renal?

A

Cintilografia renal com DTPA.

61
Q

Quais as articulações mais acometidas pela osteoartrose?

A

Coluna vertebral (cervical e lombar), interfalangianas distais, joelhos e quadril (ordem de acometimento é controversa).

  • Nódulos de Heberden (interfalangianas distais) são mais frequentes que os nódulos de Bouchard (interfalangianas proximais).
  • Obs: na AR há apenas os nódulos de Bouchard!
  • Obs2: a dor de coluna na osteoartrose piora à extensão, o que difere da dor da hérnia de disco que piora à flexão.
62
Q

Quais os achados radiológicos de uma osteoartrose?

A
Osteófitos.
Redução do espaço articular.
Esclerose do osso subcondral.
Cistos subcondrais.
Colapso do osso subcondral.

Encontro de alguma dessas + quadro clínico típico fecha o diagnóstico!

63
Q

Qual a causa mais comum de dor crônica no joelho em pacientes >45 anos?

A

Osteoartrose.

64
Q

Entesite de coluna vertebral de caráter ascendente, iniciada sempre a partir de uma sacroileíte. No que pensar?
Cite as principais características dessa doença.
Qual a manifestação extra-articular mais comum?
Como fechar diagnóstico?
Qual o tratamento?

A

Espondilite anquilosante.
É uma espondiloartropatia soronegativa (FR e anti-CCP negativos).
Antígeno HLA-B27 presente em 90% dos casos.
Homem jovem (~23 anos).
Principal manifestação extra-articular: uveíte anterior aguda.
Rx: “coluna em bambu” ou “cera derretida”.

Diagnóstico: presença de sacroileíte (obrigatório) + dor lombar que perdura por mais de 3 meses (melhora com exercícios e não com repouso) OU limitação funcional da coluna lombar OU redução da capacidade de expansão do tórax.

TTo: fisioterapia, AINEs, sulfassalazina (p/ artrite periférica), neutralizadores de TNF (infliximab). EVITAR corticoide sistêmico.

65
Q

Sinais e sintomas na Sd da cauda equina.

A

Anestesia perineal em sela, dor lombar baixa, dor e fraqueza de membros inferiores, perda do tônus esfincteriano retal e urinário, perda dos reflexos esfincteriano anal e bulbo cavernoso.

66
Q

Defina artrite reativa.
Geralmente ocorre após quais infecções?
O que é a Sd Reiter?

A

Artrite que ocorre geralmente após uretrite (em adultos) e gastroenterite (em crianças).
Patógenos clássicos: clamídia, yersinia, salmonella, shigella, campylobacter.

  • Padrão: mono ou oligoartrite assimétrica, que predomina em membros inferiores.
  • Manifestações extra-articulares comuns: conjuntivite, uveíte anterior, úlceras orais, balanite circinada, ceratoderma blenorrágico.
  • Sd Reiter: artrite reativa + conjuntivite + uretrite não gonocócica.

TTo com AINE, evitar corticoide sistêmico.

67
Q

Artrite de interfalangianas distais, com “dedos em salsicha” ou artrite mutilante das mãos e dos pés (“deformidade em telescópio” ou “binóculo de teatro”). No que pensar?

A

Artrite psoriática.

68
Q

Quais os bulbos pulposos que mais frequentemente herniam?

A

Entre L4-L5 e L5-S1.

69
Q

Quando tratar cirurgicamente pacientes com hérnia de disco? Qual a única indicação de tto cirúrgico emergencial?

A
  • Fraqueza progressiva em decorrência de lesão da raiz nervosa.
  • Distúrbio intestinal, vesical ou outro sinal de descompressão da medula espinhal.
  • Dor recorrente e incapacitante, apesar do tratamento conservador (após 6-8 semanas de TTo).
  • Presença de Sd cauda equina -> ÚNICA INDICAÇÃO EMERGENCIAL DE TTO CIRÚRGICO!
70
Q

Paresias irradiadas para dorso do pé sem qualquer acometimento dos reflexos é sugestivo de compressão de qual raiz nervosa?

A

L5

71
Q

Critério diagnóstico para Mieloma Múltiplo.

A
  • Plasmocitose medular ≥ 10% (sempre) + componente M sérico > 3g/dL OU componente M na urina.
    ASSOCIADO a pelo menos 1 dos critérios clínico-laboratoriais (lesões de órgãos-alvo):
    1) Hipercalcemia.
    2) Anemia.
    3) Lesões ósseas líticas.
    4) Insuficiência renal.

Todos os pacientes com suspeita de MM devem ser submetidos à biópsia ou aspirado de MO.

72
Q

Qual o mieloma mais comum? E o de pior prognóstico?
Quem é o paciente típico?
Quais as principais alterações clínicas-laboratoriais?

A

Mais comum: IgG (o de melhor prognóstico)
Pior prognóstico: IgD.

Idoso (~68 anos), negro.

Lesões esqueléticas líticas com dor lombar.
Insuficiência renal.
Alterações neurológicas (compressão medular, perda da função esfincteriana e paraparesia).
Anemia, rouleaux de hemácias, VHS aumentado.
Predisposição a infecções.
Hipercalcemia.

73
Q

Com o que é feito o estadiamento do Mieloma Múltiplo?

A

Beta2-microglobulina.

I: Beta2microglobulina <3,5 mg/dL e albumina ≥ 3,5 mg/dL.
II: paciente que não se encaixa em I ou III.
III: beta2microglobulina ≥ 5,5 mg/dL.

74
Q

Qual o sintoma mais comum do mieloma múltiplo?

A

Dor óssea.
Mais acometidos: coluna lombar (principal - dor movimento dependente, poupa pedículos vertebrais), crânio (aspecto em “sal e pimenta”), costelas e esterno.

Lesões ósseas NÃO são vistas à cintilografia!

75
Q

Qual a proteína de cadeia leve encontrada no filtrado glomerular do paciente com Mieloma Múltiplo?
Qual a causa mais comum de insuf. renal no MM?

A

Bence-Jones.
Não aparece no dipstick! Se tiver proteína + nele, pesquisar outra causa!

  • Causa mais comum de I. renal: hipercalcemia (nefrocalcinose).
76
Q

Tratamento do Mieloma Múltiplo.

A

Estágio I: tratar apenas os com sintomas.

  • Paciente < 70 anos, sem comorbidades importantes e com status performance razoável: tx autólogi de células hematopoiéticas.
  • Outros: QmT com melfalan e prednisona e talidomida.

TTo IRA: hidratação venosa vigorosa + plasmaférese. Se hiperuricemia associar alopurinol.

77
Q

O que é a Sd de POEMS?

A

Uma forma de mieloma com…
Polineuropatia, Organomegalia, Endocrinopatia, Monoclonal gamopatia, Skin Changes.

Há lesões ósseas BLÁSTICAS.
Hepatoesplenomegalia.

78
Q

Defina.

  • Gamopatia monoclonal de significado indeterminado.
  • Mieloma assintomático (smoldering myeloma).
  • Plasmocitoma solitário.
  • Mieloma não secretor.
  • Plasmocitoma extramedular.
A
  • Gamopatia monoclonal de significado indeterminado: proteína M sérica <3 g/dL, clones plasmocitários na MO <10%, sem evidência de outras desordens proliferativas de células B, sem evidência de lesão orgânica ou funcional por mieloma.
  • Mieloma assintomático (smoldering myeloma): proteína M sérica >3 g/dL ou clones plasmocitários na MO ≥10%, sem evidência de lesão orgânica ou funcional por mieloma.
  • Plasmocitoma solitário: ausência de proteína M sérica ou urinária, única área de lesão óssea por clones plasmocitários, MO incompatível com MM, investigação óssea normal, sem evidência de lesão orgânica ou funcional por mieloma.
  • Mieloma não secretor: ausência de proteína M sérica ou urinária, clones plasmocitários na MO ≥10% ou plasmocitoma, presença de lesão orgânica ou funcional por mieloma.
  • Plasmocitoma extramedular: ausência de proteína M sérica ou urinária, MO normal, investigação óssea normal, sem evidência de lesão orgânica ou funcional por mieloma, mas presença de tumor extra-medular de clones plasmocitários.
79
Q

O que é a macroglobulinemia de Waldeström?
Quais suas diferenças em relação ao Mieloma Múltiplo?
Qual seu tratamento?

A

Neoplasia plasmocitária com hipersecreção de IgM, porém SEM lesão óssea!

Diferenças do MM:
Sd de hiperviscosidade na maior dos pacientes.
Presença de linfadenopatia e hepatoesplenomegalia.
Ausência de lesões ósseas líticas e hipercalcemia.
Menor incidência de insuf. renal.

TTo: rituximab.

80
Q

Qual o achado clássico da Sd hiperviscosidade.

Como tratá-la?

A
  • Retinopatia com vasos em forma de salsicha.

- Plasmaférese.

81
Q

Qual o principal sintoma das metástases vertebrais? Qual o melhor exame para diagnóstico?

A

Dorsalgia contínua é o primeiro sintoma!
Coluna vertebral (torácica) é o principal sítio de metástase óssea, e os sítios primários mais comuns são mama, pulmão e próstata.
Melhor exame: RNM com gadolíneo.
Acometem principalmente os pedículos vertebrais!
TTo compressão medular: dexametasona em bolus + RdT local ou cx.

82
Q

Quais as drogas de primeira escolha em casos de disfunção erétil?

A

Inibidores de 5-fosfodiesterase (exceto em casos de hipogonadismo -> dar testosterona).

Sildenafil, vardenafil, tadalafil.

Obs: são contraindicados em usuários de nitratos!

83
Q

Qual a diferença no HMG entre talassemia e anemia ferropriva?

A

RDW aumentado na ferropriva, e normal na talassemia.

84
Q

Qual a anemia hipercrômica?

A

Esferocitose hereditária.

85
Q

Como calcular o Índice de reticulócitos Corrigido, e o Índice de produção Reticulocitária?

A

IRC = Ht/40 X %reticulócitos OU Hb/15 X %reticulócitos.

IPR = IRC/2 (usar quando Ht<30%)

86
Q

Cite os principais achados (e o que significam) na análise de sangue periférico?

A
  • Macrovalócitos e neutrófilos hipersegmentados: anemia megaloblástica.
  • Drenpanócitos: anemia falciforme.
  • Esferócitos: esferocitose ou AHAI.
  • Esquizócitos/hemácitas em capacete: anemia hemolítica microangiopática.
  • Equinócitos (hemácias cremadas): uremia.
  • Acantócitos (hemácias espiculadas): doença hepática grave ou Abetalipoproteinemia.
  • Dacriócitos (hemácias em lágrima): hematopoiese extramedular (ex: metaplasia mieloide agnogênica, mielofibrose).
  • Hemácias mordidas e corpúsculos de Heinz: deficiência de G6PD.
  • Hemácias em forma de charuto e lápis: anemia ferropriva.
  • Corpúsculo de Howell-Jolly: hipoesplenismo.
  • Corpúsculo de Pappenheimer: anemia sideroblástica.
87
Q

Quais os limites normais de Hb?

A

Homens >13.
Mulheres >12.
Gestantes e crianças abaixo de 6 anos >11.
Crianças entre 6 e 14 anos >12.

88
Q

Qual o papel da trasnferrina e da hepcidina?

A

Transferrina: transporta ferro.
Hepcidina: diminui absorção de ferro pelo intestino (inibe a ferroportina) e diminui liberação de ferro do sistema reticuloendotelial (macrófagos),

89
Q

Por quanto tempo e em qual dose repor ferro na anemia ferropriva? Como avaliar resposta inicial?

A

200mg Fe elementar por dia = 300mg sulfato ferroso TID (60mg Fe elementar TID).
1mg ferro elementar = 5 mg sulfato ferroso.

Repor por 6-12 meses após normalização do HMG ou até ferritina > 50ng/mL.

Resposta inicial:
Reticulocitose: aumenta com 4-5 dias e faz pico reticulocitário por volta de 7-10 dias.

90
Q

Quando repor ferro por via parenteral na anemia ferropriva?

A
  • Intolerância ao ferro oral.
  • Incapacidade de atender necessidades por via oral, seja por demanda aguda grande, seja por demanda contínua (ex: pcte DRC em uso de eritropoetina e HMD, sangramento TGI persistente).
  • Anemia ferropriva refratária à terapia oral, apesar de aderência terapêutica.
91
Q

Quando um prematuro com baixo peso deve receber suplementação de ferro? E RN a termo?

A

Sempre a partir do 30º dia após o nascimento, independente se em aleitamento materno > prematuros!

Entre 6 meses a 24 meses de vida > a termo! 1mg/kg/dia.

92
Q

Como está a hepcidina na anemia doença crônica? E o TBIC?

A

Hepcidina elevada, assim como IL-1 e TNFa (inibem produção de EPO e responsividade dos percusores eritroides a ela).
TBIC baixo ou normal.

93
Q

Quando repor EPO em paciente com anemia de doença crônica?

A

DRC, artrite reumatoide, HIV.

Alvo: Hb 11-12.

94
Q

Fácies em esquilo. Hemólise extravascular crônica. Eritropoiese ineficaz. Risco de hemocromatose mesmo na ausência de reposição inadvertida de ferro ou transfusões. Hemácias microcíticas/hipocrômicas e hemácias em alvo.
No que pensar? Como confirmar diagnóstico?

A

Talassemia.
Mais comum beta-talassemia.
Eletroforese de hemoglobina.

95
Q

O que podemos encontrar na Anemia de Cooley?

Como tratar?

A

Beta-talassemia Major.
Anemia grave, iniciada após 6m de vida, icterícia, deformidades ósseas devido à hipertrofia da MO secundária a eritropoiese ineficaz. Rx crânio: hair-on-end.
ICC -> principal causa de óbito.
Baixa estatura, retardo do crescimento, suscetibilidade à infecções (asplenia).
Hepatoesplenomegalia pela hemólise crônica.
Litíase biliar (bilirrubinato de cálcio).
Hemocromatose por transfusões frequentes.

TTo:
Hipertransfusão crônica.
Quelante de ferro -> desferoxamina.
Ácido fólico.
Esplenectomia quando aumento da necessidade transfusional >50% em um ano, de preferência após os 5 anos de idade *menor risco de sepse por encapsulados.
Tx medula óssea alogênico - curativo.
96
Q

Como é a eletroforese de Hb na alfa-talassemia?

A

Importante saber que na minor a eletroforese de Hb é normal!

Doença HbH -> 5-40% Hb H e níveis de HbF e bA1 normais.
Hidropsia fetal (major) -> 80% Hb Bart e ausência de HbA.
97
Q

Quais das talassemias tem maior risco de trombose?

A

Beta-talassemia INTERMEDIA.

98
Q

Diagnóstico de anemia sideroblástica? E TTo?

A

Sideroblastos em anel >15% dos precursores eritróides.
Anemia hipocrômica + ferro sérico e índice de saturação da transferrina elevados (paradoxo).
TTo: suporte transfusional. Quelação de ferro com desferoxamina.

Obs: Etanol é a causa mais frequente de AS induzida por drogas.

99
Q

Tipo mais comum de hemólise?

A

Extravascular (fígado e baço).

Obs: achado mais específico de hemólise é a queda da haptoglobina sérica.

100
Q

Qual a causa mais comum de anemia hemolítica adquirida?

E como tratar?

A

anemia hemolítica autoimune.
Mulheres >50 anos.
IgG - anticorpos quentes, tipo mais comum. Formação de esferócitos.
IgM - anticorpos frios. pode ser induzida por infecção (Mycoplasma, EBC), associada com doenças linfoproliferativas.

  • IgG: corticoides, esplenectomia (não responde a corticoide ou recai com desmame), rituximab (não responde corticoide e não pode fazer esplenectomia)
  • IgM: rituximab.
    Ambas: repor folato, transfusão se emergência com anemia grave e descompensada.
101
Q

Os três medicamentos que tem maior risco de causar AHAI?

A

Metildopa.
Penicilina.
Quinidina.

102
Q

Que anemia é diagnosticada com o teste de fragilidade osmótica? Qual seu tratamento?

A

Esferocitose hereditária.

TTo: esplenectomia após 5 anos de idade.

103
Q

Que vacinas um paciente que realizará esplenectomia deve fazer?

A

Pneumococo, H. influenza B (encapsulados).
Influenza.

Obs: salmonella não tem vacina, mas é germe capsulado!

104
Q

Quais as drogas mais comuns que desencadeiam hemólise na Def. G6PD?

A

Sulfas, nitrofurantoína, dapsona, primaquina, naftaleno.

105
Q

Que alterações podem ocorrer em quem possui traço falcêmico?

A

Hematúria (necrose de papila) e risco de infarto esplênico em altas altitudes.

106
Q

Cite, resumidamente, as principais complicações agudas da anemia falciforme?

A

Dactilite: entre 5-6m até 3 anos (primeira manifestação de dor na criança).

Crise álgica: causa mais comum de admissão hospitalar. Precipitada por baixa umidade, frio, desidratação, infecção, acidose, estresse, álcool, hipoxemia, menstruação.

  • ossos longos de extremidades, coluna vertebral, arcos costais, crânio.
  • dor intensa com necessidade de opioides.
  • pode ser também abdominal, hepática.

Priapismo: ereção involuntária e dolorosa >30min, idade média 12 anos, analgesia e hidratação, refratários -> transfusão de troca, avaliação urológica para dranagem dos corpos cavernosos.

Sd torácica aguda: principal causa de óbito e principal complicação de cirurgia e anestesia. Ag infeccioso mais comum S. pneumonie; embolia gordurosa, TEP, infarto costal. Febre alta, taquipneia, dor torácica, leucocitose, infiltrado pulmonar. TTO: transfusão, ATB empírico (cefa 3ªG + macrolídeo).

107
Q

Qual a principal causa de óbito em crianças falcêmicas com menos de 5 anos? Como prevenir?

A

Sepse pneumocócica

Profilaxia com penicilina V oral (dos 3m até os 5 anos) e vacina anti-pneumocócica.

108
Q

Quais as crises anêmicas da anemia falciforme e como tratá-las?

A
  • Crise de sequestro esplênico: crianças 6m-1a, tto com hemotransfusão. Esplenectomia após estabilização do quadro.
  • Crise aplásica: a mais comum. Infecção parvovírus B19 (agente do eritema infeccioso). Tto com hemotransfusão. Curso auto-limitado (5-10d).
  • Crise megaloblástica: consumo exagerado de ácido fólico. Reposição de folato 1-2mg/dia profilático.
  • Crise hiper-hemolítica: aumento da hemólise por infecção, ou concomitância de def. G6PD, ou transfusão sanguínea com bolsa incompatível.
109
Q

Vértebra em boca de peixe. O que pensar?

A

Anemia falciforme.

110
Q

O que é o efeito Bohr?

A

Diminuição da afinidade do oxigênio pela Hb devido ao aumento dos níveis de 2,3-difosfatoglicerato.

111
Q

Alterações renais na anemia falciforme, quais são?

A
  • Hematúria: necrose de papila.
  • Isostenúria: incapacidade de concentrar urina (isquemia da medula), Alteração mais comum e precoce renal.
  • Glomerulopatia: GESF.
  • Hipoaldosteronismo hiporreninêmico.
112
Q

Osteonecrose de fêmur é complicação de qual anemia principalmente?

A

Anemia falciforme, principalmente hemoglobinopatia SC!

113
Q

Retinopatia não-proliferativa em “cor de salmão” e presença de “manchas negras irradiantes”, ou proliferativa com “neovasos semelhantes à gorgônia”.
Qual doença pensar?

A

Anemia falciforme.
Variante mais associada com retinopatia: hemoglobinopatia SC.
Iniciar Screening aos 10 anos!

114
Q

Que exame confirma anemia falciforme?

A

Eletroforese de Hb.

HbS > 85-90% é anemia falciforme, variantes geralmente >50%.

115
Q

Quando a hidroxiureia está indicada em pacientes falcêmicos?

A
  • Episódios álgicos frequentes (>3 crises com necessidade de internação no último ano).
  • História de Sd torácica aguda, ou AVE, ou evento vaso-oclusivo grave.
  • Anemia grave sintomática.
  • Recente: crianças 9-18m, independente da gravidade da doença.
116
Q

Como realizar prevenção primária e secundária do AVE na anemia falciforme?

A
  • Primária: Medir fluxo da artéria cerebral média em pacientes entre 2-16 anos, a cada 12-18m, e inicir transfusões crônicas naqueles com fluxo ao doppler transcraniano >200cm/s.
  • Secundária: transfusão crônica, por tempo indeterminado, com objetivo de reduzir HbS<30% nos primeiros dois anos, e <50% a partir de então.

Obs: no AVE -> exsanguíneotransfusão de troca (alvo: Hb 10), dentro da primeira hora do evento. Oxigênio (manter StO2>96%).

117
Q

Qual variante da anemia falciforme chega à idade adulta com esplenomegalia?

A

S/Talassemia B+

118
Q

Qual a variante de anemia falciforme mais associada com hemácias em alvo na periferia?

A

Hemoglobinopatia SC.

119
Q

Qual a única anemia em que há um defeito adquirido e não herdado da membrana celular do eritrócito?

A

Hemoglobinúria paroxística noturna.

Causa: anemia hemolítica intravascular que produz hemoglobinúria, principalmente à noite. Pode ter dor abdominal, febre, cefaleia. Deficiência de ferro, hipercoagulabilidade (tromboses! - principal causa de óbito), leucopenia e plaquetopenia.

diagnóstico: pesquisa de moléculas CD55 e CD59 na superfície das hemácias ou granulócitos, a partir da citometria de fluxo!

120
Q

Quais os cinco critérios diagnósticos da Púrpura trombocitopênica trombótica?

A

microangiopatia, trombocitopenia, quadro renal, quadro neurológico, febre.

121
Q

Cobalamina é fator para quais enzimas?

A

Metionina sintetase: transforta o folato circulante inativo em THF (folato ativo). Nesta reação homocisteína é convertida em metionina. Logo, tanto da def. B12 quanto de folato há aumento de homocisteína.

Metilmalonil CoA sintetase: cataliza a conversão do metimalonil CoA em succinil CoA. Logo, def. B12 = aumento do ácico metilmalônico (só na def. B12)

122
Q

Qual a causa mais comum de def. B12?

A

Anemia perniciosa.
Doença de idosos.
Anticorpos anti-célula parietal (90%) e anti-fator intrínseco (60%). Atrofia da mucosa gástrica.
Associada com Graves, Hashimoto, Vitiligo.

123
Q

Quais as manifestações neurológicas da def. B12?

A

Neuropatia periférica, alteração de marcha, perda de memória, déficits cognitivos, sintomas psiquiátricos, demência, Sd dos sistemas combinados (acometimento do cordão posterior da medula + feixe piramidal lateral = desequilíbrio, perda da propriocepção, diminuição da sensibilidade vibratória, marcha atáxica, sinal de Romberg + fraqueza e espasticidade dos MMS, Babinski, hiper-reflexia).

Obs1: alterações neurológicas não ocorrem na def. folato.
Obs2: Podem estar presentes mesmo na ausência de anemia!

124
Q

Quando transfundir hemácias?

E plaquetas?

A

Hb <10 em sintomáticos ou c/comorbidades.

Plaquetas < 10.000

125
Q

Conduta neutropenia febril.

A

Neutrófilos < 500 e febre > ou igual a 38,5ºC

Colher culturas, Rx tórax, ATB empírico (betalactâmico com ação anti-pseudomonas - cefepime) + vancomicina se evidência de MRSA (mucosite, cateter infectado, celulite, choque) + antifúngico se ainda com febre depois de 4-7 dias (anfo B ou caspofungina ou voriconazol).

126
Q

Hemácias em forma de lágrima + leucoeritroblastose, no que pensar?

A

Primária: metaplasia mieloide agnogênica.
Secundária: mieloftise.

Biópsia MO: hipocelular + fibrose.
Tto: suporte.

127
Q

Quais são os achados da aplasia de medula?

A

Pancitopenia e mais NADA!
Biópsia MO: hipocelular + gordura.
<45 a -> Tx MO.
>45 a -> imunossupressão.

128
Q

Idoso com citopenias + células anormais (sideroblastos em anel, plaquetas gigantes, eliptócitos, acantócitos).
No que pensar?

A

Mielodisplasia.

Diag: citopenias + cél. anormais + <20% blastos na MO.

129
Q

Bastonetes de Auer. O que pensar?

A

Leucemia mieloide aguda.

130
Q

Características dos blastos na LMA?

A

Morfologia: Bastonetes de Auer.
Citoquímica: mieloperoxidase e Sudan Black B.
Imunofenotipagem: CD13, CD14, CD33, CD34.
Citogenética: t(8, 21), t(15, 17), inv/del16.

131
Q

Cite os subtipos da LMA e suas características principais.

A
  • M0 (LMA indiferenciada): incomum, prognóstico ruim.
  • M1 (diferenciação mínima): idem 0.
  • M2 (L. mieloblástica aguda): A MAIS COMUM!
  • M3 (L. promielocítica aguda): melhor prognóstico, CIVD, tto com ácido transrretinoico.
  • M4 (L. mielomonocítica aguda): hiperplasia gengival.
  • M5 (L. monocítica aguda): hiperplasia gengival.
  • M6 (eritroleucemia aguda) e M7 (L. megacariocítica aguda): incomuns, prognóstico ruim.
132
Q

Qual a imunofenotipagem Linf. B x Linf. T na LLA? E citoquímica/citogenética?

A
  • Linf B: CD10, CD19, CD20 (80%).
  • Linf. T: CD2, CD3, CD5 (20%).

Citoquímica: PAS positivo.
Citogenética: t(8,14), t(9,22), t(4,11)

133
Q

Qual o câncer mais comum na infância?

Qual sua clínica?

A

LLA.

Pancitopenia + infiltração do SNC e testículos + dor óssea + adenomegalias.

134
Q

Quais os subtipos de LLA de linf.B?

A

L1 (variante infantil): bom prognóstico.
L2 (variante adulto): mau prognóstico, 20% sobrevida.
L3 (burkitt-like)

135
Q

Qual a citogenética marcante da LMC?

Cite clínica, laboratório, diagnóstico e Tto LMC.

A

Cromossomo Philadelphia -> t(9,22)

Clínica: anemia, esplenomegalia, Sd leucostase (visão turva, cefaleia, diminuição da consciência), SEM infecção. Pode evoluir para LMA (crise blástica).

Lab: leucocitose granulocítica acentuada c/D à E + FA leucocitária baixa.

Diag.: clínica + cromossomo philadelphia.

Tto: mesilato de imatinibe. Se não responde Tx MO.

136
Q

LLC pode estar associada com que doenças?

A

PTI e AHAI.

137
Q

Clínica + diagnóstico + TTo LLC.

A

Clínica: idoso, adenomegalia, esplenomegalia, infecção de repetição (principalmente encapsulados).

Diagnóstico: >4000 linfócitos B e CD5+ (tem que ter na MO também!).

Tto: paliativo com Qt. CTC se PTI ou AHAI,

138
Q

O que é a Sd de Richter?

A

Transformação da LLC em linfoma não Hodgkin agressivo.

139
Q

Policitemia Vera.

Clínica, diagnóstico e tto.

A

Prurido, esplenomegalia, Sd. hiperviscosidade, úlcera péptica, pletora facial, eritomelalgia.

Diag.: 1º passo - massa eritrocitária (radioisótopo) estará elevada (afasta hemoconcentração).
2º passo - medir EPO sérica, estará baixa (afasta hipoxemia).
3º passo - mutação JAK2 (confirmatório).

Tto: flebotomia de repetição.
outros: hidroxiureia, fósforo radioativo.

140
Q

Tto eritromelalgia.

A

Dor em queimação nos pés e mãos.

AAS em baixas doses.

141
Q

Tto trombocitemia essencial.

A

plaq > 500.000 mil + esplenomegalia, trombose, sangramento, eritromelalgia.

Diag.: exclusão.
Tto: hidroxiureia, ANAGRELIDA.