Cirurgia Flashcards

1
Q

Indicações para tratamento cirúrgico em obesos.

A

1) Obesos mórbidos (IMC ≥ 40)
2) IMC ≥ 35 com comorbidades agravadas ou causadas pela obesidade, estigmatização social e depressão.

Deve-se preencher alguns critérios:

1) Falha terapêutica dietética (por pelo menos 2 anos).
2) Estabilidade psiquiátrica.
3) Ausência de dependências químicas.
4) Conhecimento da cirurgia e suas sequelas por parte do paciente e familiares.
5) Motivação individual.
6) Ausência de problemas clínicos que se sobreponham à sobrevida da cirurgia.
7) Idade > 18 anos.

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2
Q

Principais cirurgias para obesidade.

A

Restritivas:

  • Banda gástrica ajustável: perda de peso moderada. Baixa taxa de complicações (principal: deslocamento do anel da posição original), perda de 34-39kg.
  • Gastrectomia em manga: complicação mais temido é a fístula, perda de peso esperada de 60% em dois anos. Simples, preservação do piloro, redução níveis de grelina, menor incidência de hérnias e disabsorção.

Predominantemente disabsortivas:

  • Derivação biliodigestiva: gastrectomia distal. Absorção apenas nos últimos 50cm de íleo.
  • Swith duodenal: reduz incidência de úlceras anastomóticas (gastrectomia em luva). Cirurgia com maiores médias de perda de peso. Complicações comuns: deiscência anastomose, desnutrição.

Predominantemente restritivas:
- By-pass gástrico em Y de Roux (Capella e Wittgrove): perda ponderal 41-45,5kg, melhora da DM e hipertensão. Principais complicações: hérnias incisionais e internas, hematoma/seroma, deiscência de anastomose (gastrojejunostomia), Sd dumping, deficiência ferro e Vit B12.

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3
Q

Parede posterior do canal inguinal é formada por…

A

Fáscia transversalis, músculo oblíquo interno e músculo transverso.

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4
Q

Parede anterior do canal inguinal é formada por…

A

Aponeurose do músculo oblíquo externo.

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5
Q

O que marca o início e o final do canal inguinal?

A

Início: anel inguinal interno.

Final: anel inguinal externo.

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6
Q

O que passa por dentro do funículo espermático?

A
  • Plexo venoso pampiniforme (anterior).
  • Plexo venoso posterior.
  • Músculo cremáster.
  • A. testicular, A. ducto deferente, A. cremastérica.
  • Vasos linfáticos.
  • Ducto deferente.
  • Conduto peritônio-vaginal obliterado.
  • Ramo genital do nervo gênito-femoral.
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7
Q

Hérnia inguinal INDIRETA x DIREITA.

A
  • Indireta: MAIS COMUM entre todas em qualquer faixa etária, tanto em homem quanto mulher. Se anuncia pelo anel inguinal INTERNO (EF: toca na PONTA do dedo). Causa: patência do conduto peritoneovaginal (defeito congênito), típica da infância. É a que mais encarcera dentre as inguinais. Encontra-se LATERAL aos vasos epigástricos inferiores.
  • Direta: ocorre pelo enfraquecimento da parede posterior (EF: toca na POLPA do dedo), na fáscia transversalis (triângulo de Hasselbach > limites: ligamento inguinal, vasos epigástricos inferiores, borda lateral do m. reto abdominal). Encontra-se MEDIAL aos vasos epigástricos inferiores.
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8
Q

Hérnia femoral.

A

Mais comum em mulheres e à direita. Se anuncia ABAIXO da canal inguinal. Maior risco de encarceramento dentre todas as hérnias.

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9
Q

Conduta em hérnia redutível x encarcerada x estrangulada.

A
  • Redutível: cx eletiva.
  • Encarcerada: 1º tentativa de redução manual (evitar se >6-8h de evolução). 2º cx urgência se refratária ou obstrução intestinal.
  • Estrangulada: cx emergência (inguinotomia).

Obs: se reduzir com anestesia -> laparotomia xifopubiana para avaliar conteúdo reduzido.

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10
Q

Técnicas cirúrgicas para hérnias > Abordagem anterior x Lichienstein x Shouldice x Mcvay.

A
  • Abordagem anterior: herniorragia anterior + reforço posterior.
  • Shouldice: imbricação de músculos, técnica difícil, maior risco de dor crônica.
  • Lichienstein: tela livre de tensão (ESCOLHA!), técnica fácil e de baixos índices de recidiva.
  • McVay: boa para hérnia femoral, usa o ligamento de Cooper.
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11
Q

Hérnia Richter x Littré x Amyand x Garangeot x Pantalona x por deslizamento x Spiegel.

A
  • Richter: pinça borda antimesentérica (isquemia sem obstrução, mais comum na hérnia femoral).
  • Littré: contém o divertículo de Meckel.
  • Amyand: contém o apêndice cecal.
  • Garangeot: hérnia femoral que contém o apêncice.
  • Pantalona: mista (direta + indireta).
  • Por deslizamento: parte do saco herniário é formado pela víscera que o ocupa.
  • Spiegel: hérnia entre borda lateral do m. reto abdominal e linha semilunar.
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12
Q

Conduta na criança com hérnia indireta e hérnia umbilical.

A
  • Umbilical: expectante. Em geral fecha até os 2 anos. Quando operar? 1) Não fechou até 4-6 anos, 2) >2 cm, 3) associada à DVP, 4) Concomitante à H. inguinal.
  • Inguinal indireta: correção cirúrgica obrigatória (não faz reforço de parede posterior) + exploração cirúrgica contralateral, devido ao alto risco de encarceramento.
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13
Q

Íleo paralítico x Sd Ogilvie.

A
  • Íleo paralítico: pós-operatório/drogas/DHE/processos inflamatórios, todo o intestino. Distensão, dor, vômitos. Tto: dieta zero, SNG, HV+correção DHE, suspender drogas (ex: opioides) e EXCLUIR causa mecânica.
  • Ogilvie: somente cólon, pacientes graves/traumas/sepse/processos inflamatórios/drogas (opioides). Distensão, peristalse presente. Tto: suporte + neostigmina. Colonoscopia se ceco > 11-13cm diâmetro.
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14
Q

Principais causas de obstrução intestinal.

A

Intestino delgado:
- Adultos: BRIDAS (30-70%), neoplasia (20%), hérnias (10%).

Intestino grosso:

  • Câncer (principal), volvo (+ comum sigmoide), divertículo.
  • Obs: infância -> intussuscepção (principal), áscaris, bezoar, hérnia.
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15
Q

Principal causa de obstrução em alça fechada.

A

Obstrução colônica com VIC competente.

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16
Q

Qual o primeiro e segundo exame na investigação de obstrução intestinal?

A

1) Toque retal.

2) Rx rotina de abdome agudo (tórax+abdome ortostase e deitado).

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17
Q

Tríade de Riegler e Sd Bouveret.

A
  • Tríade de Riegler: aerobilia + distensão do delgado + cálculo ectópico (impactado no íleo distal) -> íleo biliar.
  • Sd Bouveret: cálculo impactado no piloro/duodeno também consequente de fístula entre vesícula e intestino.
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18
Q

Tratamento de volvo de sigmoide.

A
  • Não complicado: descompressão endoscópica + sigmoidectomia eletiva.
  • Complicado: cirurgia imediata -> sigmoidectomia a hartmann.
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19
Q

Onde câncer de cólon mais obstrui? E onde mais sangra?

A
  • Obstrui mais à esquerda.

- Sangra mais à direita.

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20
Q

Qual a principal causa de obstrução intestinal entre 6 meses e 6 anos?

A

Intussuscepção intestinal.

  • Clássico: fazes em framboesa, massa palpável em formato de salsicha, USG com sinal do pseudo-rim/arcos concêntricos.
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21
Q

Tratamento intussuscepção intestinal? E qual o local mais comum de ocorrência?

A

Redução com enema com bário ou ar (pode até 3 tentativas). Se refratário ou neoplasia: cirurgia.
Local mais comum: VIC.

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22
Q

Quais os fatores de risco para brida pós-operatória?

A

Infecção abdominal, isquemia de alças, presença de corpo estranho.

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23
Q

Qual a atresia intestinal mais comum?

A

Jejunoileal.

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24
Q

Vômitos biliosos após nascimento + sinal da dupla-bolha. No que pensar? Como tratar?

A

Atresia duodenal.

Tratamento: bypass ou duodenoduodenostomia com anastomose em diamante.

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25
Q

Qual o local do cólon mais sujeito à ruptura?

A

Ceco.

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26
Q

Doença de Hirschsprung. Clínica, diagnóstico e tratamento.

A

Meninos > meninas.
Distensão abdominal, vômitos, falência na expulsão do mecônico, toque retal com saída explosiva de gazes e fezes, ampola retal vazia. Constipação crônica+déficit de crescimento.
Diagnóstico: biópsia retal (padrão ouro) -> ausência de células ganglionares.
Tratamento: cirurgia.

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27
Q

Sinal de Cullen e Gray-Turner.

A

Pancreatite aguda.

Cullen: equimose periumbilical.
Gray-Turner: flancos.

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28
Q

Diagnóstico de Pancreatite Aguda.

A

2 dos 3:

  • Dor abdominal em barra, náuseas/vômitos.
  • Amilase e lipase ≥ 3x LSN (NÃO têm relação com gravidade/prognóstico).
  • Imagem compatível (TC/USG).
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29
Q

Dentre lipase e amilase, qual declina primeiro? Qual a mais específica?

A
  • Amilase eleva 2-12 horas e declina antes 3-6 dias.

- Lipase é mais específica.

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30
Q

Quais os passos de tratamento na pancreatite aguda?

A
  • 1º passo: definir causa e gravidade (critérios de Atlanta)
    De uma forma geral, grave quando: disfunção orgânica (choque, IRA, IRpa), complicação local (necrose, abscesso), complicação sistêmica (CIVD, Ca < 7,5) etc…
  • 2º passo: definir tratamento.
    LEVE: repouso + dieta zero + analgesia + HV + correção eletrólitos + suporte.
    GRAVE: leve+UTI.
    Suporte enteral em ambas, se não conseguir: NPT.
    CPRE com papilotomia: se colangite ou obstrução.
    HV: objetivo de diurese 0,5mL/Kg/h.
  • 3º passo: acompanhar complicações.
  • 4º passo: antes da alta…
  • dor controlada e alimentação normal.
  • colecistectomia se p. biliar (leve: mesma internação | grave: após 6 semanas)
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31
Q

Complicações da pancreatite aguda. Quais as principais e a conduta de cada uma delas?

A
  • Coleção fluida aguda (30-50%): conduta expectante. Se infectar fazer punção + ATB (imipenem).
  • Necrose pancreática: conduta expectante se estéril. Se infectar: punção + necrosectomia + ATB (imipenem), mas se paciente estável com ATB protelar necrosectomia o máximo possível.
  • pode infectar principalmente a partir da segunda semana.
  • Pseudocisto: >4-6 semanas. Tratamento se sintomático, aumento progressivo ou complicação (abscesso) -> EDA com drenagem endoscópica transgástrica.
  • abscesso = pseudocisto infectado.
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32
Q

Qual a isquemia intestinal mais comum?

A

Isquemia colônica.

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33
Q

Áreas mais propensas à isquemia em casos de isquemia colônica? Qual o achado típico no clister opaco?

A

Flexura esplênica e junção retossigmoide.

Sinal das impressões digitais (thumbprinting).

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34
Q

Quais os fatores de risco para isquemia colônica? Tratamento?

A

Idoso com FR para aterosclerose, hipoperfusão intestinal, CIRURGIA DE AORTA.

Tratamento: suporte.
Colectomia se hemorragia maciça, peritonite, colite fulminante, estenose, refratária ao tratamento clínico, colopatia perdedora de proteínas.

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35
Q

Principal causa de isquemia mesentérica aguda?

A

Embolia (50%) => cardiopatia emboligênica (FA, IAM recente).

36
Q

Tratamento isquemia mesentérica aguda.

A
  • Êmbolo/trombo arterial: heparinização + laparotomia + embolectomia/trombectomia + avaliar alça. Pós operatório: papaverina.
  • Trombose venosa: apenas heparinização.
  • Vasoconstricção (não oclusivo): papaverina intra-arterial. Laparotomia em refratários ou irritação peritoneal.
37
Q

Paciente mais velho, com dor abdominal pós alimentar, perda de peso, “medo de comer”… O que pensar?

A

Angina mesentérica, principalmente se outros sinais sistêmicos de aterosclerose.

38
Q

Onde os divertículos são mais comuns no cólon?

39
Q

Quais as complicações mais comuns da diverticulose, e onde ocorrem?

A
  • Diverticulite (25%), cólon E.

- Sangramento (15%), cólon D.

40
Q

O diagnóstico de diverticulite aguda é clínico. Quando solicitar exame? Qual?

A

TC = padrão outro para diagnóstico. EVITAR colono e enema no quadro agudo!
TC solicitada em casos de dúvida diagnóstica.

41
Q

Tratamento da diverticulite aguda.

A

SEM complicações:

  • e sintomas mínimos: ATB (cipro+metro) VO + dieta líquida.
  • e sintomas exuberantes: ATB IV (cefa 3ªG + metro) + HV + dieta zero (internar!).

COM complicações:

  • Abscesso ≥ 4cm: drenagem + ATB IV + colono 4/6 semanas (afastar neoplasia) + cx eletiva (sigmoidectomia com anastomose primária) 6-8 semanas.
  • Peritonite/obstrução: cx urgência (colectomia a Hartmann) *lavagem laparoscópica como alternativa se pcte estável hemodinamicamente e hinchey III (purulenta).
42
Q

Quando indicar cirurgia eletiva na diverticulite aguda não complicada?

A
  • Imunodeprimidos.
  • Incapacidade de excluir câncer colorretal.
  • Após 2-3º episódio.
  • Fístula (mais comum: colovesical em homens).
  • < 50 anos (controverso).
43
Q

Sinais clássicos da apendicite aguda?

A
  • Blumberg: dor à descompressão súbita em McBurney.
  • Rovsing: compressao em FID gera dor em FIE; obturador (flexão da coxa + rotação interna do quadril), Dumphy (dor FID que piora com a tosse), Lenander (T retal > T. axilar ≥ 1ºC).
44
Q

Quando solicitar exame de imagem para diagnóstico de apendicite aguda?

A

Probabilidade intermediária (criança <10 anos, idoso, mulher, gestante), ou dúvida, suspeita de complicação, ou >48h início do quadro.

Qual? TC abdome é escolha!
Gestante: USG ou RNM.

45
Q

Achados apendicite aguda à USG?

A

Espessamento parede >7mm, gordura borrada, sinal do alvo (distorção/irregularidade da luz), sinal da roda de fogo (hipervascularização da parede)

46
Q

Tratamento apendicite aguda.

A
  • Simples (sem complicação e <48 horas): HV + ATB profilático + apendicectomia.
  • Suspeito de complicação ou >48h: IMAGEM
  • normal: idem simples.
  • fleimão (<4cm): ATBterapia + colonoscopia (4-6 semanas) +- apendicectomia tardia.
  • abscesso (>4-6cm): drenagem + ATBterapia + colonoscopia (4-6 semanas) +- apendicectomia tardia.
47
Q

Conduta hemorragia digestiva alta e baixa.

A

1º) SEMPRE estabilizar hemodinamicamente.

  • Alta: EDA nas primeiras 24 horas.
  • Baixa: colonoscopia.
48
Q

Quais as principais causas de hemorragia digestiva alta?

A

1º lugar: úlcera péptica.
2º: varizes esofágicas.
3º: laceração (Mallory-Weiss).

49
Q

Quando indicar cirurgia em caso de úlcera péptica sangrante?

A
  • Falha terapia endoscópica (2 tentativas)
  • Choque refratário (>6UI sangue ou hemorragia recorrente).
  • Hemorragia contínua: >3UI/dia de sangue.
50
Q

Tríade de Sandblow

A

Hemobilia (por cx VB, trauma…)

  • hemorragia digestiva + dor em HD + icterícia.
  • Tto: arteriografia.
51
Q

Estômago em melancia.

A

Estasia vascular do estômago que pode gerar sangramento de pequena monta (mulher>homem, cirrose, colagenoses…). Tratamento suporte.

52
Q

Dieulafoy.

A

Artéria dilatada na submucosa, mais comum no estômago (peq curvatura).
Sangramento maciço.
Tto: EDA.

53
Q

Quais as principais causas de hemorragia digestiva baixa?

A

Obs: sempre excluir HDA (20% dos casos).

Divertículo > angiodisplasia > adenocarcinoma.

Obs: crianças e jovens a principal causa é o divertículo de Meckel!

54
Q

O que fazer em casos de hemorragia digestiva baixa que a colonoscopia nem a EDA identificaram sangramento?

A

1) cintilografia com hemácias marcadas -> detecta fluxo 0,1mL/min.
2) Arteriografia -> fluxo 0,5mL/min. Trata com embolização do vaso.
3) Colectomia total/subtotal no “desespero”.

55
Q

Conduta no “sangue oculto nas fezes”.

A

Avaliar se há câncer de cólon (colonoscopia com biópsia).

56
Q

Conduta no sangramento digestivo obscuro e qual sua principal causa.

A

1º) Repetir EDA e colonoscopia.
2º) Investigar delgado => cápsula endoscópica/cintilografia/angioTC/arteriografia.

Principal causa: angiodisplasia.

57
Q

Úlcera duodenal sangrante. Conduta.

A

Pilorotomia + ulcerorrafia + vagotomia troncular + piloroplastia.

58
Q

Padrão-ouro diagnóstico colelitíase.

A

USG abdominal.

59
Q

Como tratar colelitíase sintomática clinicamente? E quando?

A

Para pacientes com alto risco cirúrgico ou que não querem operar:

  • Ácido ursodesóxicólico SE cálculo de colesterol < 1cm que “flutua” no colecistograma oral ou cintilografia biliar, por período mínimo de 2 anos.
  • Pré-requisito: vesícula funcionante avaliada por cintilografia biliar ou colecistograma oral.
60
Q

Quando operar colelitíase mesmo se assintomática?

A
  • Vesícula em porcelana.
  • Cálculo >2,5-3,0cm
  • Cálculo associado com pólipo.
  • Anemia hemolítica.
  • Pré cirurgia bariátrica.
  • Tx de órgãos sólidos.
  • Vesícula com anomalia congênita…
61
Q

Por quem é formato o Triângulo de Callot e quem passa por ele?

A
  • Ducto cístico, ducto hepático comum, borda inferior do fígado.
  • Quem passa: artéria cística.
62
Q

Padrão ouro no diagnóstico de colecistite?

A

Cintilografia biliar.

MAS primeiro exame é a USG abdominal.

63
Q

Tratamento colecistite?

A
  • Colecistectomia VLP precoce (primeiras 24-72 horas).
  • Casos graves sem condição cirúrgica: colecistostomia percutânea.
  • Se empiema: colecistectomia imediata! ATB + HMC.
64
Q

O que colecistite enfisematosa? Quais os fatores de risco?

A
  • Infecção da vesícula biliar pelo clostridium > ar no interior e na parede da vesícula.
  • FR: homens diabéticos.
  • Conduta: colecistectomia.
65
Q

Padrão ouro diagnóstico de coledocolitíase?

A

CPRE.

Primeiro exame: USG abdominal.

66
Q

Quais as complicações de uma CPRE?

A

Pancreatite, colangite, sangramento, perfuração…

67
Q

Quais os preditores de risco para coledocolitíase e qual a conduta de acordo com o risco?

A
  • Alto risco: icterícia, bilirrubina > 4,0, colangite, USG com cálculo > CPRE antes da colecistectomia.
  • Médio risco: colédoco >6mm, bilirrubina 1,8-4,0, testes hepáticos anormais, pancreatite biliar > vai operar: colangiorafia ou USG endoscópica intra-op | não vai ou já operou: USG endoscópica ou colangioRNM, se +: CPRE.
  • Baixo risco: sem preditores > apenas colecistectomia.
68
Q

Quando está indicada a derivação biliodigestiva?

A
  • Colédoco >1,5-2,0cm de diâmetro.
  • Múltiplos cálculos (>6).
  • Cálculos intra-hepáticos residuais.
  • Coledocolitíase primária.
  • Divertículo duodenal.
  • Estenose de colédoco.
  • Estenose de esfíncter de Oddi.
69
Q

Coledocolitíase residual x estenose cicatricial.

A
  • C. residual: até 2 anos da colecistectomia. Icterícia flutuante episódica. Tto: papilotomia endoscópica.
  • Estenose cicatricial: manifesta-se nos primeiros meses com icterícia contínua e PROGRESSIVA. Tto: colocação de endoprótese ou derivação biliodigestiva.
70
Q

Tratamento colangite.

A
  • Não supurativa / não grave: ATB + drenagem biliar ELETIVA (em 24-48 horas) > CPRE com papilotomia ou colecistectomia com colangiografia intra-op.
  • Supurativa / grave (pus na via biliar sob pressão - penta de Reynolds): ATB + drenagem de via biliar IMEDIATA.

Obstrução baixa: CPRE.
Obstrução alta: drenagem por colangiografia trans-hepática percutânea.
- Colecistectomia pode ser realizada 7-10 dias após melhora clínica total do paciente.

71
Q

Quando realizar colecistectomia por presença de pólipos?

A
  • Sintomáticos.

- Assintomáticos se: associado a colelitíase | idade > 60 anos | diâmetro > 1cm | crescimento documentado na USG.

72
Q

Quais veias formam a veia porta?

A

Veia mesentérica superior, veia esplênica e veia gástrica E.

73
Q

Qual a abordagem inicial em casos de disfagia?

A

Esofagografia baritada.

74
Q

Divertículo de Zenker é formado em que local? Como diagnosticar e tratar?

A
  • Divertículo falso de pulsão, formado no triângulo de KILIAN, por hipertonia do EES (músculo cricofaríngeo).
  • Diagnóstico: esofagografia baritada (padrão ouro).
  • Tratamento:
  • < 2cm: faringomiotomia.
  • ≥ 2cm: faringomiotomia + diverticulopexia (até 5cm) ou diverticulectomia.
  • > 3cm: faringomiotomia + diverticulotomia por EDA.
75
Q

Como fazer diagnóstico de acalásia? Qual o padrão ouro?

A
  • Esofagografia baritada: sinal do “bico de papagaio” ou “chama de vela”.
  • EDA: afastar câncer, presença de pregas convergentes.
  • Padrão ouro: manometria esofágica.
76
Q

Esôfago em saca-rolhas ou contas de rosário na fluoroscopia baritada. Em que pensar?

A

Espasmo esofagiano difuso.

77
Q

Qual o distúrbio de hipermotilidade mais comum do esôfago?

A

Esôfago em quebra-nozes.

78
Q

Qual o tratamento do Anel de Schatski?

A

Dilatação endoscópica do anel.

79
Q

Indicações cirúrgicas na DRGE?

A
  • Refratariedade ao tratamento clínico.
  • Alternativa ao uso crônico de IBP.
  • Complicações (estenose/úlcera).

Fazer antes: PHmetria 24h (padrão ouro) + esofagomanometria (escolher técnica).

80
Q

Quais os tipos de cirurgia para DRGE?

A
  • Fundoplicatura de Nissen (360º - total): é a melhor! Mas evitar se esofagomanometria <30mmHg no esôfago distal ou <60% atividade peristáltica.
  • Fundoplicatura parcial:
  • Anterior (Dor/Thal)
  • Posterior (Toupet/Lind)
81
Q

Conduta no Esôfago de Barret?

A
  • IBP dose plena QD.
  • Metaplasia: EDA a cada 3-5 anos com biópsia.
  • Displasia de baixo grau: ablação endoscópica ou EDA a cada 12 meses.
  • Displasia de alto grau: ablação endoscópica.
82
Q

Indicações cirúrgicas em casos de úlcera péptica.

A
  • Refratariedade / recidiva
  • Perfuração
  • Hemorragia refratária
  • Obstrução
83
Q

Classificação de úlceras gástricas.

A
  • Com hipercloridria:
  • duodenal
  • gástrica II (corpo)
  • gástrica III (pré-pilórica)
  • Com hipocloridria:
  • tipo I (pequena curvatura baixa)
  • tipo IV (pequena curvatura alta)
84
Q

Como se fazem os tratamentos cirúrgicos das úlceras pépticas?

A
  • Úlcera duodenal: três opções.
  • vagotomia troncular + piloroplastia (intermediária)
  • vagotomia troncular + antrectomia com reconstrução de trânsito (mais complicações, menor recidiva)
  • vagotomia supersseletiva/gástrica proximal (maior recidiva, menos complicações)

Obs:

  • Billroth I: gastroduodenoanastomose.
  • Billroth II: gastrojejunoanastomose + alça aferente.
  • Úlcera gástrica tipo I: antrectomia + reconstrução a billroth I.
  • Tipo II e III: vagotomia troncular + antrectomia com reconstrução a Billroth II (ou I).
  • Tipo IV: gastrectomia subtotal + reconstrução em Y de roux.

CIRURGIA NA URGÊNCIA: rafia da úlcera + patch com omento.

85
Q

Sd de Dumping x Gastrite alcalina x Sd alça aferente.

A
  • Sd dumping
  • precoce: dor náusea, diarreia, taquicardia, palpitação, rubor.
  • tardio (2-3h após alimentação): hipoglicemia.
    tto: dieta fracionada.
  • Gastrite alcalina
  • Billroth II > I
  • vômito bilioso SEM melhora da dor.
  • tto: reconstrução do trânsito em Y-roux.
    Colestiramina atenua mais não resolve.
  • Sd Alça aferente
  • apenas Billroth II
  • dor que piora no período pós-prandial e melhora após vômito bilioso em jato.
  • tto: reconstrução do trânsito em Y-roux.