Pé Diabético Flashcards

1
Q

Qual a definição de pé diabético?

A

Úlceras nos pés, as quais servem de porta de entrada para infecções, as quais podem ser dos tecidos e até mesmo dos ossos(osteomielite).

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2
Q

Quais são dois fatores de risco importante?

A

Presença de neuropatia periférica associada a doença arterial periférica.

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3
Q

Quais são todos os fatores de risco?

A

neuropatia periférica, DAP, HP de úlcera/amputação, artropatia de charcot, alterações estruturais do pé, limitação de movimentação do tornozelo, prejuízo visual e controle glicêmico ruim.

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4
Q

Qual a etiologia e os três grupos de divisão?

A
  • Abnormal distribution of plantar pressures due to structural/biomechanical abnormalities (e.g., bunions, hammer or mallet toes, Charcot midfoot deformities), impaired joint mobility, gait abnormalities, and motor neuropathies.
  • Impaired protective mechanisms (e.g., dry skin, immune system abnormalities, peripheral artery disease)
  • Impaired recognition due to sensory neuropathy and/or visual impairments.
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5
Q

A hiperglicemia por si só causa infecções nos pés?

A

Não, o mecanismo que ocorre é o de neuropatia periférica e comprometimento do sistema imune devido a Hiperglicemia crônica, dois fatores que associados predispoem a ocorrência de lesões, as quais são porta de entrada para bacterias.

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6
Q

Qual a classificação de risco proposta pela ADA? *não avalia paciente com úlcera ativa, infecções, feridas ou perda de tecido.

A
  • *Alto Risco(úlcera em remissão) -** History of previous toe, partial foot, or leg amputation, or history of previous foot ulcer but no active foot ulcer currently.
  • *Risco Moderado -** DAP associada ou não a neuropatia periférica, sem úlcera ativa.
  • *Risco Baixo -** sem DAP diagnósticada, com neuropatia periférica associada e sem úlcera ativa.
  • *Risco Normal -** Paciente não apresenta nem DAP, nem neuropatia periférica –> não há úlcera ativa, porém o risco é maior que a população em geral.
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7
Q

Qual a prevenção primária para o pé diabético?

A

ADA - recomenda visitas anuais para avaliação dos pés e identificar fatores de risco associados(avaliação da integridade da pele, avaliação de deformidades ósseas, avaliação dos pulsos pediosos e avaliação da neuropatia periférica com monofilamento).
Além disso - cessação do tabagismo e controle rigoroso das comorbidades(DM, HAS e Dislipidemia - terapia medicamentosa otimizada).

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8
Q

Em quais pacientes devo realizar o ITB como instrumento de screening? *Recomendação AHA/ACC

A

Naqueles que possuem ulceras em mmii que não se curam, pacientes com sintomas pós esforço físico na perna, paciente com >=50 anos com DM ou história de tabagismo e em todos os pacientes com mais de 65 mesmo na ausência de comorbidades.

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9
Q

Quem deve utilizar calçados especializados?

A

Pacientes com alto risco para desenvolvimento do pé diabético(neuropatia periférica grave, deformidades nos pés ou amputações prévias).

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10
Q

Quais as outras apresentações do pé diabético?

A

Artropatia de chacot - midfoot collapse, deformidade que cursa com úlceras e infecções no midfoot. Úlceras de calcanhar - menos frequente, geralmente ocorre nos pacientes que ficam muito tempo em decúbito.
Úlceras na perna - ocorrem geralmente devido a insuficiência crônica venosa.
*infecções podem surgir desde feridas pontuais até as úlceras devido a trauma de repetição.

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11
Q

Como se define uma úlcera do pé? Quais são os sinais de infecção?

A

Defeito epitelial distal/sobre o maleolo que persiste por duas ou mais semanas.
Sinais de infecção - mal estar, febre, calafrios ou anorexia; além das alteraçõs locais da ferida(edema, calor local).

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12
Q

Quais investigações laboratoriais/imagem devo solicitar para o paciente diagnosticado com pé diabético?

A

Hemograma, glicemia e foot X-ray.
*leucocitose pode sugerir infecção(baixa sensibilidade/especificidade).
RNM do pé - padrão ouro para avaliar osteomielite.
Testes de função renal - para avaliar a possibilidade do uso de contrastes venosos.

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13
Q

A úlcera venosa da perna entra como diagnóstico diferencial, qual as diferenças?

A

Geralmente ocorre abaixo do joelho e acima do maléolo, raramente ocorre no dorso do pé; geralmente há lipodermatoesclerose(espessamento da pele e discoloração devido a inflamação, cicatrizes e deposição de hemossiderina) ao redor da lesão.
Exames - US ou pletismografia venosa confirma o diagnóstico de insuficiência venosa, contudo vale lembrar que as úlceras venosas podem ocorrer em um sistema venoso competente.

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14
Q

A gota entra como diagnóstico diferencial, qual as diferenças?

A

Associada a dor, edema e eritema no pé, porém não é geralmente adjacente a uma úlcera. Na radiografia plana vemos sinais de gota(redução do espaço articular, erosões ósseas e artrite tofosa)

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15
Q

A atropatia aguda de Charcot entra como diagnóstico diferencial, qual as diferenças?

A

Pode causar dor, edema e eritema; pode não estar associada a uma úlcera, geralmente ocorre no midfoot.

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16
Q

Como funciona a classificação Wifi - Wound, ischemia e infecção?

A
17
Q

Quais devem ser os cuidados com a ferida após o diagnóstico?

A

Debridamento da lesão, calos devem ser debridados também, enxertos de pele podem ser utilizados para áreas que tenham um grande defeito epitelial.
Evitar os traumas repetitivos - total cast contact/cast-walkers não removíveis.
Nutrição adequada - melhora a recuperação das lesões.

18
Q

Quais as recomendações para a antibiotico terapia? Quais são os sinais de infecção?

A

Não devo utilizar swabs superficiais - baixa correlação com as bactérias profundas. *nas infecções moderadas-graves deve-se colhar cultura profunda.
Sinais de infecção - eritema, edema, calor e dor.
Infecção leve - eritema localizado <=2cm da úlcera/ferida, calor, edema ou dor local.
Quinolona + Clinda - boa cobertura.
Se MRSA suspeito - doxiciclina ou trimetropim/sulfa.
Infecção moderada - definida como eritema > 2 cm da lesão ou contaminação do tecido profundo(p.e osteomielite ou abcesso).
Tratamento com atb oral/venoso - opções são = clinda ou trimetropim/sulfa + quinolona ou amox+clavulanato(Esquema oral).
Vanco + carbapenêmico ou ampicilina/sulbactam ou quinolona + metronidazol(esquema venoso).
Infecção grave - sinais de infecção acima associados a dois ou mais sinais de SIRS –> terapia venosa –> vanco + carbapenêmico ou ampicilina/sulbactam ou quinolona e metronidazol.
*a terapia definitiva deve ser baseada na cultura colhida e deve ser continuada até os sinais de resolução.

19
Q

Em quais casos é necessária a ocorrência de cirurgia? Em quais casos realizo amputação?

A

Nos casos de infecção moderada-grave - debridamento, drenagem de abcessos nas infecções mais profundas.
Intervenção endovascular - ajuda a revascularização do pé diabético.
Amputação - áreas de gangrena irreversível(amputações menores), as maiores são reservadas a duas situações –> infecção/gangrena tão extensa que impede reconstrução correta e irá afetar a funcionalidade do membro ou nos paciente que não tem utilização do membro afetado.

20
Q

Qual o prognóstico?

A

Pode levar diversos meses para a recuperação total da ferida/úlcera, o objetivo é evitar as recorrências e evitar a amputação de membro.