PARALISIA CEREBRAL Flashcards

1
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Definição:
A
  • Grupo de desordens motoras e posturais permanentes resultantes de um distúrbio não progressivo do cérebro imaturo
  • Lesão neurológica antes dos 2 anos de vida
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2
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Como pode ser dividida a etiologia (3)?
A
  • Pré-natal → principal
  • Perinatal
  • Pós-natal
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3
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • A depender da extensão das lesões neurológicas, quais as principais repercussões clínicas?
A
  • Convulsões
  • Distúrbios sensoriais
  • Distúrbios da percepção
  • Distúrbios da comunicação
  • Distúrbios de comportamento
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4
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Dentro da etiologia, quais os principais fatores pré-natais (4)?

São os principais causadores de PC

A
  • Infecções intrauterinas
  • Malformações cerebrais
  • Drogas
  • Incompatibilidade Rh
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5
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Dentro da etiologia, quais os principais fatores perinatais?
A
  • Peso ao nascimento > 2.500 g → 3:1000 nascidos vivos
  • Peso ao nascimento < 1.000 g ou IG < 32 semanas → 90:1000 nascidos vivos
  • Gemelaridade →↑ 12X
  • Complicações periparto
  • Sepse neonatal
  • Cirurgia cardíaca → < 1 mês
  • Parto vaginal&raquo_space;> cesariano
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6
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Dentro da etiologia, quais os principais fatores pós-natais?
A
  • Infecção
  • Hipóxia
  • Trauma
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7
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Fisiopatologia:
A
  • Leucomalácia periventricular → característica da diplegia
  • Hemorragia intraventricular e periventricular
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8
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Quais as características do acometimento do sistema piramidal (voluntário)?
A
  • Perda da modulação do neurônio motor superior (NMS) sobre o neurônio motor inferior (NMI)
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9
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Quais as características “positivas” da perda de modulação do neurônio motor superior (NMS)?
A
  • Espasticidade (contração muscular involuntária e aumentada)
  • Hiperreflexia
  • Clônus
  • Co-contração
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10
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Quais as características “negativas” da perda de modulação do neurônio motor superior (NMS)?
A
  • Fraqueza
  • Perda do controle motor seletivo
  • Coordenação motora ruim
  • Déficit sensorial
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11
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Como podem ser divididas as alterações motoras (3)?
A
  • Primárias
  • Secundárias
  • Terciárias
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12
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Qual a gênese das alterações motoras primárias?
A
  • Decorrem diretamente da lesão cerebral
    • Ex.: espasticidade, alterações do equilíbrio, movimentos involuntários
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13
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Qual a gênese das alterações motoras secundárias?
A
  • Decorrem da espasticidade (contração muscular involuntária e aumentada)
    • Deformidade flexível → deformidade estruturada (rígida)
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14
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Qual a gênese das alterações motoras terciárias?
A
  • Mecanismos compensatórios
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15
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Como deve ser a avaliação inicial?
A
  • Exame físico completo
  • Avaliar as contraturas / encurtamentos
  • Avaliar limitações articulares
  • Avaliar desvios rotacionais
  • Avaliar, através de exames de imagem, a coluna, quadril…
  • Classificar o paciente quanto a funcionalidade
  • Análise de marcha
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16
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Na avaliação inicial, também se faz necessário a avaliação dos principais marcos do desenvolvimento. Quais são os principais?
A
  • Controle cervical → 3 meses
  • Sentar sozinho → 6 meses
  • Engatinhar → 9 meses
  • Ortostatismo → 10 meses
  • Andar → 12 a 18 meses
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17
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • O que interfere no prognóstico da marcha?
A
  • Persistência dos reflexos primitivos acima de 12 meses
    • Preensão palmar → desaparece entre 2 e 4 meses de vida
    • Pressão plantar → desaparece entre 9 e 12 meses de vida
    • Moro → desaparece entre 4 e 6 meses de vida
    • Galant → desaparece entre 2 e 3 meses de vida
    • Tônico cervical assimétrico → persiste até o 6 meses de vida
    • Reação do paraquedista → início após 6 meses e persiste para sempre (paciente PC perde esse reflexo)
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18
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Quais as principais classificações (4)?
A
  • Por tipos clínicos (Phelps)
  • Topográfica
  • Funcional (GMFCS)
  • Escala de mobilidade funcional (FMS)
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19
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Classificação por tipos clínicos (Phelps) (3):
A
  • Espasticidade (piramidal)+ comum!
  • Atetóide (extrapiramidal)
  • Ataxia (cerebelar)
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20
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Quais as principais características da classificação do tipo clínico “espasticidade”?

Espasticidade = contração muscular involuntária e aumentada

A
  • Mais comum → 80%
  • Contração de musculatura agonista e antagonista
  • Lesão nos tratos piramidais do cérebro
  • Deposição de colágeno tipo I no endomísio = espessamento e fibrose do músculo (C14th)
  • Caracterizada por musculatura tensa e contraída
    • Luxações e subluxações são frequentes
  • Hiperreflexia e clônus
  • Rotação medial na hemipelve do lado acometido
  • Rigidez articular
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21
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Quais as principais características da classificação do tipo clínico “atetóide (extrapiramidal)”?

Atetose é um tipo de discinesia = movimentos involuntários, lentos, sinuosos e contorcidos

A
  • Segundo grupo mais frequente
  • Lesão dos núcleos (gânglios) da base
  • Discinesia → movimentos anormais lentos (atetose), exacerbados por tensão, nervosismo
  • Padrão migratório comum
  • Evitar alongamentos musculares → resultados imprevisíveis
  • Melhoria na prevenção à incompatibilidade de RH (kernicterus)
  • Pode ter distonia ou hipotonia associados
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22
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Quais as principais características da classificação do tipo clínico “ataxia”?

Ataxia = perda de coordenação dos movimentos voluntários

A
  • Incomum
  • Lesão no cerebelo em desenvolvimento
  • Mal diagnosticada
  • Acometimento principalmente da marcha
  • Movimentos não coordenados
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23
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Classificação topográfica (3):
A
  • Hemiparesia (hemiplegia)
    • 1 lado acometido
    • Crises convulsivas são frequentes
  • Diparesia (diplegia)
    • Comum
    • Predomínio dos MMII
  • Tetraparesia (quadriplegia)
    • Membros superiores e inferiores amplamente acometidos + tronco
    • Mais graves
    • Crises convulsivas
    • Problemas respiratórios e digestivos
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24
Q

Paralisia cerebral (PC)

  • Classificação funcional (GMFCS) (5):

GMFCS (Gross Motor Function Classification System)

A
  • Tipo 1 (+ comum / 35%) → menor comprometimento motor, dificuldades nas atividades motoras complexas
  • Tipo 2 → deambulação sem meios auxiliares, limitação na comunidade, pode necessitar de auxilio para subir e descer escadas
  • Tipo 3deambulação com meios auxiliares, pode necessitar de cadeira de rodas para longas distâncias
  • Tipo 4 → limitação de autodeslocamento, cadeirante
    comunitário, com controle de tronco e cervical
  • Tipo 5 → grave comprometimento de autodeslocamento, mesmo que cadeirante, sem controle de tronco e cervical

Ordem de frequência → 1, 2, 5, 4, 3

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25
# Paralisia cerebral (PC) - **V ou F:** - O paciente, uma vez classificado quanto à funcionalidade (GMFCS), não muda o tipo funcional.
- Verdadeiro
26
# Paralisia cerebral (PC) - No que se baseia a **classificação (escala) de mobilidade funcional (FMS)** (6→1)?
- **No status atual do paciente (pode mudar)** - ≠ da classificação GMFCS, em que o paciente não muda de tipo funcional (estático) - Auxilia no tratamento - 4 a 18 anos - **Tipo 6** → função preservada - **Tipo 5** → alguma limitação de deambulação em superfícies irregulares - **Tipo 4** → usa muletas (uma ou duas), sem ajuda de outra pessoa - **Tipo 3** → usa muletas, sem ajuda de outra pessoa - **Tipo 2** → usa andador, sem ajuda de outra pessoa - **Tipo 1** → usa cadeira de rodas
27
# Paralisia cerebral (PC) - Quais os principais padrões de **marcha** dos pacientes **hemiplégicos**?
28
# Paralisia cerebral (PC) - Quais os principais padrões de **marcha** dos pacientes **diplégicos**?
29
# Paralisia cerebral (PC) - De forma geral, qual o objetivo do tratamento?
- Proporcionar melhor qualidade de vida e melhoria das atividades diárias
30
# Paralisia cerebral (PC) - Qual o objetivo do tratamento de pacientes ***GMFCS de 1, 2 e 3***? ## Footnote ***Deambuladores funcionais***
- Avaliar deformidades para melhorar a marcha
31
# Paralisia cerebral (PC) - Qual o objetivo do tratamento de pacientes ***GMFCS 3 e 4***? ## Footnote ***Não deambuladores e com prognóstico de marcha***
- Manter os quadris locados, móveis e indolores - Manter pés plantígrados, ortetizáveis → para transferências e ortostase - Manter coluna alinhada / adequada
32
# Paralisia cerebral (PC) - Qual o objetivo do tratamento de pacientes ***GMFCS 4 e 5***? ## Footnote ***Não deambuladores e sem prognóstico de marcha***
- Proporcionar um bom posicionamento para otimizar higiene e evitar úlceras de pressão - Manter os quadris locados, indolores e coluna alinhada
33
# Paralisia cerebral (PC) - O que deve ser considerado para indicação do tratamento?
- Se as alterações são **primárias, secundárias ou terciárias** - Se as deformidades são **dinâmicas ou estruturadas**
34
# Paralisia cerebral (PC) - Quais as principais opções de tratamento para espasticidade?
- **Baclofleno** - **Toxina botulinica** - Melhor efeito **até 6 anos** - **Rizotomia dorsal seletiva** - **Cirurgias** - Melhor efeito **após 6 anos**
35
# Paralisia cerebral (PC) - Quais as principais **alterações dos quadris**?
- Desequilíbrio muscular → **contratura de adutores e flexores (iliopsoas, principalmente)** - **Valgo e anteversão femoral (RI do quadril)** - **Rotação lateral da hemipelve** (comum na hemiplegia espástica / pode confundir o quadro clínico) - Ausência de estímulo para deambular e ortostatismo - **Marcha em tesoura** - **Pode evoluir com subluxação ou luxação** - 47% dos pacientes com PC → dor
36
# Paralisia cerebral (PC) - Como é realizado o **teste de Thomas** para avaliação de contratura em **flexão** do quadril? | **Avalia principalmente o iliopsoas**
- Paciente em decúbito dorsal horizontal, com o membro a ser testado perto da borda da mesa de exame - O examinador realiza a flexão total de ambos os membros inferiores, levando os joelhos ao encontro do abdome da criança e provocando a retificação completa da lordose lombar - O membro a ser testado é gradativamente estendido, de modo a pender para fora da mesa, enquanto o membro contralateral é mantido em flexão máxima - Se houver contratura em flexão (principalmente do iliopsoas), a coxa do membro testado não tocará a mesa de exame e manterá com esta última um ângulo fixo, que será o ângulo da contratura em flexão do quadril
37
# Paralisia cerebral (PC) - Como é realizado o **teste de Staheli** para avaliação de contratura em **extensão** do quadril?
- Paciente em decúbito ventral com os membros inferiores para fora da maca - Realiza a extensão e averigua qual o déficit de extensão do quadril (comparar bilateralmente)
38
# Paralisia cerebral (PC) - Na avaliação radiográfica do quadril, o que corresponde e como é calculado o **índice de Reimers**?
- **É a "%" da cabeça femoral que não está coberta pelo acetábulo** - É calculada realizando RX em AP do quadril e traçando a **linha de Hilgenreiner e Perkins** - **Índice de Reimers (IR) > 30% → indica subluxação progressiva** → **intervir!**
39
# Paralisia cerebral (PC) - Com base na classificação funcional (GMFCS), qual a porcentagem de luxação/subluxação esperada dos quadris?
- **GMFCS 1→ 0%** - GMFCS 2 → 15% - GMFCS 3 → 41% - GMFCS 4 → 69% - **GMFCS 5 → 90%** - ***Crianças que não andam até 5 anos → 60%***
40
# Paralisia cerebral (PC) - Na avaliação radiográfica do quadril, o que corresponde e como é calculado o **índice acetabular (IA)**?
- Ângulo formado entre a **linha de Hilgenreiner** e a **borda acetabular** → se elevado (**> 25°**), indica acetábulo **raso (displásico)** → **intervir!**
41
# Paralisia cerebral (PC) - Quais os limites de referência do **índice de Reimers** e **índice acetabular (IA)** para intervenção no quadril?
- **Índice de Reimers (IR) → > 30%** - **Índice acetabular (IA) → > 25°**
42
# Paralisia cerebral (PC) - Quais as principais opções de tratamento para o luxações / subluxações do quadril?
- **Toxina botulínica** - **Tenotomia dos adutores / psoas** - **Osteotomia varizante do fêmur proximal** - **Acetabuloplastia**
43
# Paralisia cerebral (PC) - Qual a principal deformidade apresentada nos joelhos?
- **Flexão**
44
# Paralisia cerebral (PC) - Quais as principais causas de deformidade em flexão do joelho (3)?
- **Encurtamento dos isquiotibiais** (*semitendíneo, semimembranoso e cabeça longa do bíceps femoral*) - **Insuficiência do sóleo** - **Fraqueza do mecanismo extensor**
45
# Paralisia cerebral (PC) - Na avaliação do joelho, como é medido o **ângulo poplíteo** para investigação de **contratura dos músculos isquiotibiais** (*semitendíneo, semimembranoso e cabeça longa do bíceps femoral*)?
- É pesquisado unilateralmente - Paciente em decúbito dorsal - Flete-se o quadril em 90°, de forma a que a coxa fique no prumo - Estende-se, então, o joelho, medindo-se o ângulo formado pelo eixo da perna com o prolongamento imaginário do eixo da coxa - **Ângulos > 30° indica, com certeza, retração dos músculos isquiotibiais**
46
# Paralisia cerebral (PC) - Na avaliação do joelho, como é realizada a manobra de **Ely-Duncan** para investigação de **contratura do m. reto femoral**?
- Paciente posicionado em decúbito ventral, fazendo a flexão passiva dos joelhos - **A elevação das nádegas, se observada, indica retração do músculo reto femoral (m. bi-articular)** - Acredita-se que essa manobra indica concomitância de retração do m. sartório, pois não é eliminada com a tenotomia do reto femoral isoladamente
47
# Paralisia cerebral (PC) - Na avaliação do joelho, quais as formas de avaliação da **altura patelar**?
48
# Paralisia cerebral (PC) - Qual a principal causa e opções de tratamento cirúrgico para **patela alta** no sentido de **corrigir o flexo do joelho**?
- **Contratura do mecanismo extensor (quadríceps)** - Opções de tratamento: - **Encurtamento do tendão patelar** - **Hemiepifisiodese anterior do fêmur distal** - **Osteotomia extensora do fêmur distal** - **Transferência do semitendíneo** (componente dos isquiotibiais) **para o tubérculo dos adutores** (fêmur distal) → mantém a função de extensão do quadril, deixando de causar, portanto, a flexão do joelho
49
# Paralisia cerebral (PC) - Qual a principal causa e opções de tratamento cirúrgico para o **joelho rígido**?
- **Contratura (espasticidade) do m. reto femoral** - Caracterizada pela limitação da flexão na fase de **balanço da marcha** - Opções de tratamento: - **Transferência do m. reto femoral para flexor do joelho** - **Alongamento intramural do m. reto femoral**
50
# Paralisia cerebral (PC) - Quais as principais causas da alteração em equino do tornozelo ?
- **Espasticidade do tríceps sural** - **Fraqueza do tibial anterior** (*responsável pela dorsiflexão do tornozelo e inversão do pé*) **no balanço** (*"drop foot"*)
51
# Paralisia cerebral (PC) - **V ou F:** - A causa do equino, além das alterações do tríceps sural (espasticidade) e da fraqueza do tibial anterior, também pode estar relacionada a um mecanismo compensatório ao flexo do quadril e do joelho.
- **Verdadeiro** - *É de suma importante entender a causa do equino para que o tratamento seja eficaz e não decorra em iatrogenia!*
52
# Paralisia cerebral (PC) - O que é importante avaliar na deformidade em equino?
- Se a deformidade é dinâmica (causada por espasticidade) ou estruturada
53
# Paralisia cerebral (PC) - Nas deformidades em equino, qual teste pode ser realizado para diferenciar se a contratura da musculatura posterior superficial da perna é do gastrocnêmico ou do tríceps sural como um todo?
- **Teste de Silverskiold**
54
# Paralisia cerebral (PC) - Como é realizado o **teste de Silverskiold** para avaliação do encurtamento da musculatura posterior superficial da perna?
- O examinador segura com uma das mãos o calcanhar do paciente e, com a outra, o antepé - Realiza o movimento completo de extensão (dorseflexão) do tornozelo com o joelho em extensão e, em seguida, em flexão - Se o paciente ganhar amplitude de dorseflexão do tornozelo quando flexiona o joelho, significa que a contratura é do gastrocnêmio (isolada) - Se **não** houver ganho de amplitude de dorseflexão do tornozelo quando flexiona o joelho, significa que o **tríceps sural**, como um todo, está contraturado
55
# Paralisia cerebral (PC) - Quais as principais opções de tratamento para deformidade em equino?
- **Toxina botulínica** → bons resultados nas deformidades dinâmicas - **Gessos seriados** - **Órteses suropodálicas** - **Alongamentos**
56
# Paralisia cerebral (PC) - Quais as áreas (zonas) do tríceps sural podem ser alongadas na ocorrência de contraturas (3)?
- **Zona 1** → aponeurose (fáscia) do m. gastrocnêmio / sóleo - Menor alongamento, quando se comparado com a zona 3, porém é mais controlado - **Zona 2** → aponeurose de m. gastrocnêmio - **Zona 3** → tendão de Aquiles | ***No paciente com PC, as zonas 1 e 2 são preferenciais***
57
# Paralisia cerebral (PC) - Quais os 2 tipos de alongamento do tríceps sural (**zona 1**) para o tratamento das deformidades em equino?
- **Baumann** → alongamento intramuscular do gastrocnêmio e sóleo - **Strayer** → ressecção distal do gastrocnêmio
58
# Paralisia cerebral (PC) - Quais os 2 tipos de alongamento do tríceps sural (**zona 2**) para o tratamento das deformidades em equino?
- **Vulpius** → ressecção em **"V" invertido** do gastrocnêmio - **Baker** → ressecção em **"língua"** do gastrocnêmio
59
# Paralisia cerebral (PC) - Quais os 2 tipos de alongamento do tríceps sural (**zona 3**) para o tratamento das deformidades em equino?
- **White** → hemissecção dupla - **Hoke** → hemissecção tripla
60
# Paralisia cerebral (PC) - Quais as principais alterações dos pés (2)?
- **Pé plano valgo** - **Pé varo aduto**
61
# Paralisia cerebral (PC) - Quais as principais causas da deformidade do pé **"plano valgo"**?
- Fraqueza do tibial posterior - Espasticidade dos fibulares - Espasticidade do gastrocnêmio + sóleo
62
# Paralisia cerebral (PC) - Quais as principais opções de tratamento para deformidade do pé **"plano valgo"**?
- Artrorrise - Osteotomia de medialização do calcâneo - Osteotomia flexora do 1° raio - Alongamento da coluna lateral
63
# Paralisia cerebral (PC) - Quais as principais causas da deformidade do pé **"varo aduto"**?
- Hiperatividade do tibial anterior (varo e supinação do antepé) e tibial posterior (varo do retropé) - Estudar qual o principal causador da deformidade para indicar o tratamento mais adequado
64
# Paralisia cerebral (PC) - Quais as principais opções de tratamento para deformidade do pé **"varo aduto"**?
- Transferências tendíneas - Alongamentos - Osteotomias - Artrodeses
65
# Paralisia cerebral (PC) - A **marcha agachada (crouch gait)** é caracterizada, na fase de apoio, pelo flexo do joelho + ...
- **Flexão do quadril + excessiva dorsiflexão do tornozelo**
66
# Paralisia cerebral (PC) - Quais as principais alterações da coluna (3)?
- **Hiperlordose** - **Hipercifose** → **enfraquecimento dos paravertebrais** (mais comum) **ou** **contratura dos isquiotibiais** - **Escoliose**
67
# Paralisia cerebral (PC) - **V ou F:** - As deformidades da coluna são proporcionais ao déficit motor que o paciente apresenta.
- Verdadeiro
68
# Paralisia cerebral (PC) - Qual a "%" de acometimento da coluna nos pacientes hemiplégicos e quadriplégicos?
- Hemiplégicos → 5% - Quadriplégicos → 50 a 75%